SOBRE SAKAMICHI

Em meados dos anos 60 Nishimi Kaoru, garoto tímido, reservado e muito inteligente se encontrava mais uma vez como o novato do colégio. Cansado e desanimado com o novo ambiente, Kaoru não fez questão de tentar reverter a situação. Mas o que aos seus olhos os próximos dias seriam de pacatos, muda completamente quando conhece a delicada Mukae Ritsuko, a representante de sala e Kawabuchi Sentaro, o valentão. Tudo devido ao gosto em comum: a música. Em especial o Jazz.

Ao total são 12 episódios, dirigido por Shinichiro Watanabe o mesmo de Cowboy Bebop e animado pela Tezuka Productions e MAPPA.

UNIDOS PELO JAZZ

Kaoru, infelizmente, tem certa dificuldade em se entrosar com outras pessoas por causa da frequente troca de escola, devido às mudanças constantes de trabalho do seu pai após o divórcio. Os dias cinzas mudaram completamente depois que entrou no novo colégio, da cidade do interior e hábitos totalmente diferentes do que de costume.

Ritsuko, por sua vez, ficou encarregada de mostrar os arredores do novo ambiente escolar e logo se encanta com a beleza delicada da garota. Romance? Talvez. O que ninguém sabe, é que Kaoru sofre fortes episódios de náuseas quando o aglomerado de pessoas o cerca e para amenizar o mal-estar, ele corre imediatamente para o terraço do prédio para dar aquela respirada.

Sem chances de ficar sozinho, pois o espaço já é ocupado por Sentaro, o famoso delinquente, o ser evitado por ser briguento. Porém, as coisas mudam quando, involuntariamente, é convidado a conhecer o porão da loja do pai da Ritsuko, onde tem um piano a sua espera. Kaoru é surpreendido com as batidas da bateria, mas principalmente com quem a toca, nada mais nada menos que o garoto com quem se encontrou na cobertura. Eis o início da amizade. Enfim unidos pela música. Unidos pelo jazz.

MÚSICA: MUITO MAIS QUE UMA VÁLVULA DE ESCAPE

Sim, Sakamichi foca bastante na questão musical em especial o Jazz. Mas não pela composição técnica, como ensinar a ler as partituras, por exemplo, e sim citar grandes nomes da categoria como Art Blakey and the Jazz Messengers ao som de Moanin, trilha sonora principal da obra e também como é representado de forma geral.

Querendo ou não a música, assim como a pintura, também é arte. As palavras, a melodia, a escolha dos instrumentos, tudo isso faz parte da expressão dos sentimentos do compositor. Nessa parte o anime consegue mostrar em vários momentos. No episódio 7, quando a energia acaba durante o festival e para salvar o evento Kaoru, pela primeira vez, mostrou aos colegas de classe suas habilidades no piano e, sem pensar duas vezes, Sentaro o acompanha no rítimo de My Favorite Things, Someday My Prince Will Come, and Moanin. (Minha cena preferida s2).

Além, é claro, de causar um choque instantâneo por tamanha surpresa, o recital serviu para reatar a amizade entre os garotos, após um tempo de estranheza. Aqui, é fácil de entender a importância da presença musical durante a obra, pois mostra que é muito mais que uma válvula de escape e sim o jeito deles de expressarem seus verdadeiros sentimentos. O motivo que os uniu a primeira vez, os une pela segunda.

Por fim Sakamichi cumpriu com a missão quando diz respeito sobre amizade, companheirismo. Por mais que Ritsuko seja sem graça, ainda é importante para o desenvolvimento de Kaoru, em termos de amadurecimento e tal. Aliás, falando em desenvolvimento ela é a única que não surpreendeu em nada no final das contas, infelizmente. Já o jazz, em si, é que une o trio, gostando ou eles se completam.

O anime não um típico colegial, a pegada é bem diferente do que de costume. E mesmo assim o episódio de praia não ficou de fora. Sakamichi no Apollo é leve, agradável e com bela animação. MAPPA  arrasando como sempre.

Enfim, recomendo.

Curtiu, então assista no HBO Max, dublado e legendado.

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O painel contou com a presença de Shinji Aramaki (co-diretor), Kenji Kamiyama (co-diretor), Joseph Chou (produtor executivo), e o futurista Maurice Conti, que compartilhou sua opinião de como o universo de Blade Runner se compara com o futuro que nos espera no mundo real.

A série é produzida pela Alcon Entertainment e pelo estúdio de animação Sola Digital Arts, com Shinichiro Watanabe atuando como produtor criativo. A Crunchyroll exibirá a série com legendas e áudio em japonês para sua audiência de mais de 5 milhões de assinantes e 120 milhões de usuários registrados, enquanto o Adult Swim exibirá a versão com áudio em inglês no Toonami, o popular bloco de animação japonesa do canal.

Fãs também puderam conferir em primeira mão o trailer de Shenmue the Animation, uma série Crunchyroll e Adult Swim Original series a ser lançada em 2022. A revelação aconteceu no painel virtual Shenmue: Continuing the Legacy, que foi capitaneado por Yu Suzuki, o criador da série de videogames Shenmue, onde ele contou como ele trouxe sua criação da Sega para o mundo dos animes. Entre os panelistas, tivemos a presença de Chikara Sakurai (diretor do anime), Yû Kiyozono (produtor do estúdio Telecom Animation Film) e Joseph Chou (produtor da Sola Entertainment). 

Blade Runner: Black Lotus

Los Angeles, 2032. Uma jovem acorda sem memórias, e de posse de habilidades mortíferas. Suas únicas pistas para o seu passado são um dispositivo de dados encriptado e uma tatuagem de uma lótus negra. Para desvendar o mistério, ela precisa caçar os responsáveis por seu passado brutal e sangrento e descobrir a verdade sobre sua identidade perdida.

Shenmue the Animation

Baseado na franquia de videogames da SEGA, Shenmue the Animation acompanha a jornada de Ryo Hazuki. Após testemunhar o assassinato de seu pai no dojô da família, Ryo decide dedicar a sua vida a encontrar o responsável — e essa determinação o levará das ruas da pacata Yokosuka, no Japão, até a imensa metrópole de Hong Kong, e muito além. Em sua busca por vingança, ele descobrirá as poderosas forças místicas que estão em jogo e treinará para se tornar o maior artista marcial de todos os tempos.

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“Feel You Now”, a canção utilizada no trailer de Blade Runner: Black Lotus, foi composta e gravada por Alessia Cara, cantora e compositora ganhadora do Grammy, que também trabalhou em outras faixas para a trilha sonora da obra.

Foram também revelados no painel os elencos de voz das versões em inglês e em japonês:

• Jessica Henwick / Arisa Shida interpretam Elle, uma replicante criada com um propósito desconhecido e sombrio
• Will Yun Lee / Shinshu Fuji interpretam Joseph, um misterioso indivíduo, dono de um ferro-velho em Los Angeles
• Samira Wiley / Takako Honda interpretam Alani Davis, uma nova recruta da polícia de LA
• Brian Cox /  Takaya Hashi interpretam Niander Wallace Sr., fundador e CEO da Wallace Corporation
• Wes Bentley / Takehito Koyasu interpretam Niander Wallace Jr., um brilhante cientista trabalhando para seu pai
• Josh Duhamel / Taiten Kusunoki interpretam Marlowe, um perigoso Blade Runner
• Peyton List / Yoshiko Sakakibara interpretam Josephine Grant, esposa do chefe de polícia
• Stephen Root / Hochu Otsuka interpretam Earl Grant, chefe da polícia de Los Angeles
• Barkhad Abdi / Takayuki Kinba interpretam Doc Badger, um negociante do mercado negro
• Gregg Henry / Masane Tsukayama interpretam o senador Bannister, político e grande opositor a produção de replicantes
• Henry Czerny / Akio Nojima interpretam o Dr. M, um professor de medicina genial
• Jason Spisak / Kazuki Yao interpretam Hooper, um jornalista na folha de pagamento da Wallace Corporation

Previsto para o fim de 2021, Blade Runner: Black Lotus é uma produção original da Crunchyroll e do Adult Swim, com 13 episódios dirigidos por Shinji Aramaki (Appleseed, Ghost in the Shell: SAC 2045) e Kenji Kamiyama (Eden of the East, Ghost in the Shell: SAC 2045). A série é produzida pela Alcon Entertainment e pelo estúdio de animação Sola Digital Arts, com Shinichiro Watanabe (Cowboy Bebop. Carole & Tuesday) servindo como produtor criativo.

O Adult Swim exibirá a versão em inglês da série no Toonami, seu popular bloco de animação japonesa, para audiências nos Estados Unidos e no Canadá. A Crunchyroll exibirá a versão em japonês da série em sua plataforma de streaming, para seus mais de 100 milhões de usuários registrados e 4 milhões de assinantes, para o mundo todo exceto a Ásia.

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O Watanabe não é um cara comum. Famoso na indústria por produzir obras audaciosas, seus animes tem diversas peculiaridades que são bastante comentadas:

• A música (já é uma marca) sempre chama atenção,
• O ritmo da história (que muda de lento para acelerado),
• A trama de vários personagens acontecendo ao mesmo tempo (e a maneira que elas se entrelaçam),
• as características próprias dos personagens que muitas vezes trazem um background interessante.

Ele não apenas produz uma história, ele faz o possível para que a obra seja singular e viva.

Cada anime a sua forma, ele escolhe histórias de um gênero que ainda não tenha explorado para se envolver. Ação, aventura, comédia, histórico, romance, terror… você percebe seus toques quando está assistindo um anime de um gênero e se surpreende com o que acontece (mesmo conhecendo o gênero), pois existe algo diferente ali. Tem um toque de realidade e de mágico ao mesmo tempo.

Se busca uma visão diferente de um anime de um gênero, pode encontrar vendo uma obra dele. Carole and Tuesday, por exemplo, é um anime de música que aborda tantas formas diferentes de música com cuidado, que chama a atenção. Esse é o diferencial de Watanabe.

Não existe anime igual. Algumas vezes nós nos acostumamos a assistir tantos animes de um gênero que já conhecemos a história previamente ou temos uma ideia de como ela vai acabar, isso torna nossa visão e pensamento viciado. Você conhece os elementos, tem uma ideia da trama e imagina brevemente como a história segue, você já sabe e quando o olhar vicia, ficamos na ânsia por algo novo.

Cada trabalho é um trabalho e por parecer igual, parece que perde a singularidade. As obras do Watanabe trazem de volta esse sentimento de algo novo pelo seu cuidado com o “imperceptível”, cuidado este que resulta em algo diferente e que marca.

Quando alguém pede uma recomendação, no momento que existe uma discussão sobre, quando sai uma matéria de um anime diferente… o nome dele ou de alguma obra dele aparece. Ser o autor de uma obra só, ser o autor de várias obras, não importa a forma, não é fácil deixar uma marca.

E qual é a sua marca?

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Uma das perguntas feitas claramente pelo produtor, Gus, à dupla principal: “vocês querem liberdade ou fama e dinheiro?“. Dentro deste momento do anime, é um momento de oportunidade e decisão, a opção de fazer suas músicas livremente e de forma independente ou ter um contrato com alguém que produzirá suas músicas, porém não permitirá que você trabalhe do jeito que gosta ou faça as músicas / letras / melodias que deseja.

Pergunta sagaz, não? O que você quer? Você consegue responder a pergunta? Às vezes a resposta é óbvia, às vezes a gente responde automaticamente, sem pensar no que é importante de verdade (para cada pessoa). Algumas pessoas diriam dinheiro e não pensariam nas consequências, outras diriam liberdade e também seguiriam em frente sem pensar no outro fator. Existe a terceira resposta: os dois.

Não quer dizer que não seja possível ter dinheiro e liberdade, nem quero dizer que dinheiro e liberdade são opostos. Dentro daquele momento do anime só estas duas opções foram colocadas. Não existe positivo sem negativo. Tudo tem uma causa e uma consequência. E também é possível buscar outras opções, outros caminhos, outras ideias que te levem a alcançar aquilo que deseja.

Fama? Dinheiro? Liberdade? Fazer as coisas como você quer? Não existe certo ou errado, você pode fazer o que deseja de diversas maneiras diferentes, todas te levarão a algum lugar. Se este lugar é onde você quer chegar, depende de você saber o que e fazer pelo que você deseja. E o que é que você deseja?

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