Satoshi Kon - Animes Online BR https://animesonlinebr.org viage com a gente no Animes Online BR Sat, 15 Feb 2025 15:02:17 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://mundodosanimes.com/wp-content/uploads/2022/08/cropped-14c6bcf3-be6c-4046-ae51-74e8880e70ba-scaled-1-32x32.jpeg Satoshi Kon - Animes Online BR https://animesonlinebr.org 32 32 NewPOP anuncia Satoshi Kon e mais https://animesonlinebr.org/manga/newpop-anuncia-satoshi-kon-e-mais/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=newpop-anuncia-satoshi-kon-e-mais https://animesonlinebr.org/manga/newpop-anuncia-satoshi-kon-e-mais/#respond Sat, 15 Feb 2025 15:02:17 +0000 https://animesonlinebr.org/?p=39824 Durante a  live com o do Fora do Plástico, Junior Fonseca da editora NewPOP anunciou três lançamentos para este ano.  Para os fãs

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Durante a  live com o do Fora do Plástico, Junior Fonseca da editora NewPOP anunciou três lançamentos para este ano.

Para os fãs do mestre Satoshi Kon, “Kaikisen: Retorno ao Mar“! Esse foi o primeiro volume publicado pelo autor e já mostrava seu estilo cinematográfico, que depois brilhou em filmes como “Perfect Blue” e “Paprika“. A edição ainda traz a história extra “Verão de Tensão“, uma comédia mais livre.

Outra novidade é “Suiiki: Território das Águas“, da mesma autora de “Mushishi“! Essa edição 2 em 1, com quase 500 páginas, nos leva a uma jornada introspectiva sobre memória, laços familiares e o impacto do tempo. Uma leitura envolvente e poética que convida à reflexão!

E, para completar, “Nós“, uma emocionante obra biográfica que narra a história real de Sara e Diana, uma mulher trans. Com influências geek, um toque de bom humor e uma narrativa sensível, essa aclamada HQ espanhola já recebeu diversos prêmios e agora chega ao Brasil pelo Selo Pride da NewPOP. Uma leitura indispensável sobre identidade, autodescoberta e os laços que nos transformam.

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Perfect Blue: as nuances da realidade tangível https://animesonlinebr.org/sem-categoria/perfect-blue-as-nuances-da-realidade-tangivel/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=perfect-blue-as-nuances-da-realidade-tangivel https://animesonlinebr.org/sem-categoria/perfect-blue-as-nuances-da-realidade-tangivel/#respond Thu, 30 Apr 2020 14:30:32 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=7760 Se alguém perguntar a você, caro leitor, o que é a realidade, o que você responderia? Rápido. É o que você vê? Seria

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Se alguém perguntar a você, caro leitor, o que é a realidade, o que você responderia? Rápido. É o que você vê? Seria o que você sente? Ou mesmo aquilo que você processa mentalmente? Filósofos discutem incessantemente a dimensão do real, se parte do tangível ou do racional, sem alguma pontuação final sobre o tópico. Geralmente seguimos os nossos dias sem ponderar sobre questões metafísicas, questionar a própria realidade até que essa se desmorone e se misture com ficção. Nunca antes alguma outra obra me trouxe tantas dúvidas como Perfect Blue do Satoshi Kon.

Lançado em 1997, o longa-metragem pode ser descrito como uma experiência absurda, extraída de uma estrutura quase delirante, um sonho febril. A obra explora a transição da Mima Kirigoe (Junko Iwao) da sua carreira de Idol (cantora cuja imagem é altamente comercializada pelos seus gerentes, movimentando uma indústria a partir da persona pública) para a de uma atriz. A mudança de profissão, no entanto, não é aceita por todos, e um fã começa a se tornar mais ameaçador, tornando a vida da Mima um inferno de insanidade de tal forma que os limites entre realidade e ficção se desmancham lentamente.

Eu já elogiei um trabalho do Kon anteriormente aqui, e Perfect Blue não é nada menos do que uma obra-prima. Seu filme de estreia ergue com elegância um cenário crível onde nenhuma informação, mesmo para o espectador, é verdadeiramente confiável. Acompanhamos a jornada da Mima através da sua vivência: suas dúvidas são nossas. Numa cadência sofisticada de paranóia, adentramos pelos seus olhos numa espiral de horror, nos tornando tão incapazes como a protagonista de discernir onde começa e termina a realidade tangível da narrativa.

Essa confusão atravessa a obra por toda a sua duração de 1h20min, deixando um final caótico – o qual não vou entregar – sem soluções claras. Em entrevista ao crítico Andrew Osmond, Kon foi perguntado se haveria algum tipo de explicação natural para tudo que ocorre no filme. Sua resposta explana um pouco as suas intenções na construção da história.

“Eu não sei o que você quer dizer com ‘natural’, mas existe uma explicação natural para mim como criador uma vez que eu distingui entre o subjetivo e o objetivo na produção dos storyboards. No entanto, algumas cenas transitam entre sequências de realidade para ilusão, então eu acho que é difícil para a audiência diferenciar qual é qual. Contudo, como eu disse, não é o propósito do filme fazer essa distinção.”

Esse é o ponto da obra: o limiar entre o que nós somos e as expectativas dos outros sobre nós e como esses valores afetam nossa noção de realidade. Quando Mima abandona o posto que outrem queriam que ela ocupasse, manter a sua persona pública adorada como estrela da banda CHAM!, ela começa a se questionar: seria ela boa o suficiente no novo papel? O que é Mima sem CHAM!? Ela ainda vale a pena fora da zona de conforto desconfortável que repousa nas expectativas alheias?

Lá pelos idos anos 60, o filósofo francês Guy Debord lançou seu trabalho A Sociedade do Espetáculo, comentando sobre o fenômeno da glorificação da performance e da imagem na sociedade contemporânea (sobretudo ocidental). Nas palavras de José Arbex Jr., autor de Shownarlismo, “O espetáculo […] consiste na multiplicação de ícones e imagens, principalmente através dos meios de comunicação de massa, mas também dos rituais políticos, religiosos e hábitos de consumo, de tudo aquilo que falta à vida real do homem comum: celebridades, atores, políticos, personalidades, gurus, mensagens publicitárias – tudo transmite uma sensação de permanente aventura, felicidade, grandiosidade e ousadia. O espetáculo é a aparência que confere integridade e sentido a uma sociedade esfacelada e dividida. É a forma mais elaborada de uma sociedade que desenvolveu ao extremo o ‘fetichismo da mercadoria’ (felicidade identifica-se a consumo).”

Mima é essa mercadoria, obrigada a viver interpretando papéis, em abstinência de sua verdadeira identidade. O que pode ser real além da imagem comercializada, vendida? Não há explicação exata, e Kon foi perfeito nesse aspecto. A história, a animação, os designs, tudo corrobora para o caos existencial brilhante desse longa-metragem.

Apesar de ter sua estreia nos anos 90, Perfect Blue se mantém incrivelmente atual, especialmente no contexto das redes sociais, um espaço onde as identidades dos seus membros é inteiramente virtual. Você do outro lado da tela, assim como eu, seleciona tudo aquilo que quer mostrar no fórum semipúblico que é a internet. O que é, afinal de contas, real?

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Tokyo Godfathers: O que devemos uns aos outros? https://animesonlinebr.org/anime/tokyo-godfathers-o-que-devemos-uns-aos-outros/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=tokyo-godfathers-o-que-devemos-uns-aos-outros https://animesonlinebr.org/anime/tokyo-godfathers-o-que-devemos-uns-aos-outros/#respond Thu, 05 Dec 2019 16:21:31 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=5405 O que nos faz pertencentes a Humanidade? O que nos faz coexistir nesse globo azul viajando a quase 30 quilômetros por segundo e,

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O que nos faz pertencentes a Humanidade? O que nos faz coexistir nesse globo azul viajando a quase 30 quilômetros por segundo e, ao mesmo tempo, dar um senso vago de comunidade por pertencermos à mesma espécie? A ética (do grego éthikos, “modo de ser”) é uma filosofia moral aplicada que pode nos ajudar a responder essa pergunta. Ética corresponde a reflexões sobre o comportamento humano que dizem se uma ação é positiva ou negativa. O que nos faz agir em boa ou má fé? O que nós devemos uns aos outros? Esse, meus amigos, é o coração de Tokyo Godfathers.

Lançado em 2003, é o terceiro filme do aclamado diretor Satoshi Kon, falecido em 2010. A história acompanha três sem-tetos em Tóquio que encontram um bebê na lixeira na véspera do natal e, tentando encontrar os pais da criança, eles entram em problema atrás de problema. Diferentemente dos filmes anteriores de Kon, Perfect Blue (1997) e Millenium Actress (2001), Tokyo Godfathers pertence à realidade material, afastando-se do onírico, então aproveitando-se para desenvolver uma narrativa cheia de comentários sociais.

Satoshi Kon/Imagem de divulgação

Em entrevista à Anime News Network em 2008, Kon comentou um pouco sobre suas escolhas criativas: “Eu sabia que se eu criasse os protagonistas como sem-tetos, ficaria a questão se havia (ou não) uma mensagem para a sociedade atrás da obra. Eu percebi isso. No entanto, a parte importante não era apenas apresentar o problema dos sem-tetos no roteiro, mas focar na mentalidade ao redor das coisas que ‘descartamos’. Essas são pessoas que foram ‘descartadas’ da sociedade; os indigentes, a garota que foge de casa. Na sociedade japonesa, os direitos civis que os cidadãos têm são poucos em quantidade. Eu queria examinar como alguém separado da comunidade convencional uma vez mais a rejuveneceria.”

Ao encontrar a recém-nascida, a ex-drag queen Hana, o alcóolatra Gin, e a adolescente fugida de casa Miyuki se desdobram para prover as necessidades dessa vulnerável. Eles não tem muito, mas se preocupam com o futuro dessa criança que, naquele momento, nada tinha. Eles são muito diferentes, vindo de lugares muito diversos, com suas próprias questões psicológicas e cicatrizes, no entanto ligam genuinamente uns para os outros. Eles brigam, discordam, porém há um senso verdadeiro de lealdade e comunidade no seu mundo separado da sociedade principal.

Eu me lembro de que na primeira vez que eu assisti a esse filme, eu me dobrei de rir com os absurdos em cena. O filme é antes de tudo uma comédia, apesar dos seus temas mais sensíveis, e faz muito bem o seu trabalho cômico. Nas vezes seguintes, entretanto, pude notar com mais critérios a sua crítica social e os assuntos delicados abordados: violência, preconceito, prostituição, abandono, entre outros.

Com uma sensibilidade impressionante, Tokyo Godfathers faz o espectador rir e chorar com seus personagens desenvolvidos magistralmente e sua trama envolvente. A animação é simplesmente estupenda assinada pelo estúdio da Madhouse, apresentando uma fluidez excelente de movimentos e um timing impecável para a emoção mostrada na cena. A história é bem amarrada, com um roteiro muitíssimo bem escrito.

Nós humanos coexistimos em um mundo que está lentamente ruindo por consequência do que fizemos com ele, tornando-o excludente, ainda que habitável. Estamos todos nesse barco que está afundando, e tudo que podemos fazer quanto a isso é erguer a mão ao próximo, assim como três sem-tetos fizeram a um bebê na véspera do natal.

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