Review - Animes Online BR https://animesonlinebr.org viage com a gente no Animes Online BR Thu, 06 Oct 2022 12:52:44 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://mundodosanimes.com/wp-content/uploads/2022/08/cropped-14c6bcf3-be6c-4046-ae51-74e8880e70ba-scaled-1-32x32.jpeg Review - Animes Online BR https://animesonlinebr.org 32 32 Mais Que Amigos: Uma comédia romântica interessante https://animesonlinebr.org/review/mais-que-amigos-uma-comedia-romantica-interessante/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=mais-que-amigos-uma-comedia-romantica-interessante https://animesonlinebr.org/review/mais-que-amigos-uma-comedia-romantica-interessante/#respond Thu, 06 Oct 2022 15:00:08 +0000 https://animesonlinebr.org/?p=33862 O filme Mais Que Amigos, um dos próximos lançamentos da Universal Pictures nos cinemas, é uma comédia romântica LGBTQ+ estrelado pelo Billy Eichner

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O filme Mais Que Amigos, um dos próximos lançamentos da Universal Pictures nos cinemas, é uma comédia romântica LGBTQ+ estrelado pelo Billy Eichner (famoso por dublar o Pumba no filme do Rei Leão de 2019, e também responsável pelo roteiro do filme) e o canadense Luke Macfarlane, sob direção de Nicholas Stoller.

A história do filme é protagonizada pelo Bobby Leiber (interpretado pelo Billy Eichner), um podcaster e ativista que é o curador do Museu da História LGBTQ+ em Manhattan, mas que não pensa em ter um relacionamento amoroso, até que numa noite em uma casa noturna gay acaba conhecendo Aaron Shepard (interpretado pelo Luke Macfarlane), que trabalha com advocacia (mesmo que isso não seja seu sonho original), na mesma noite começaram à flertar e trocarem beijos, mas no começo, ambos não tinham uma relação tão boa por conta que Aaron não tinha um interesse no Bobby, porém isso muda ao decorrer do filme, posteriormente começam à contar mais sobre suas vidas e famílias, além de segredos, sonhos, e até ajudam um ao outro.

É o 1º filme com conteúdo LGBTQ+ produzido por uma grande produtora (co-produção da Apatow Productions e da Universal Studios, que também é responsável pela distribuição), e que tem uma comédia romântica muito boa, além de Billy e Luke, o filme contém em seu elenco outras famosas personalidades, como Debra Messing, Kristin Chenoweth, Monica Raymund, Guy Branum, Jim Rash e muitos outros.

Mais Que Amigos estreou na bilheteria americana no dia 30 de Setembro, e chegará aos cinemas brasileiros no dia 6 de Outubro, e agradecemos à Universal Pictures Brasil pela exibição antecipada do filme para à equipe do MDA.

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A Órfã 2: Origem, a mini psicopata em formação https://animesonlinebr.org/review/a-orfa-2-origem-a-mini-psicopata-em-formacao/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=a-orfa-2-origem-a-mini-psicopata-em-formacao https://animesonlinebr.org/review/a-orfa-2-origem-a-mini-psicopata-em-formacao/#respond Fri, 16 Sep 2022 00:35:30 +0000 https://animesonlinebr.org/?p=33666 Este prelúdio do blockbuster de 2009, conta o início de Leena no Instituto Saarne na Estônia e de que forma ela consegue chegar

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Este prelúdio do blockbuster de 2009, conta o início de Leena no Instituto Saarne na Estônia e de que forma ela consegue chegar nos EUA como Esther. Havia uma certa apreensão sobre como a atriz Isabelle Fuhrman, 11 anos depois, conseguiria se caracterizar na mesma personagem. Porém o trabalho direção de arte foi feito com sucesso, com direito a cenas fechadas no rosto da atriz. 

Sua maior motivação é a paixão

A mini psicopata em formação ainda comete alguns erros e impulsos passionais que lhe trazem desafios em seu desenvolvimento. Aliás, fica claro que sua maior motivação é a paixão. Interessante que esse filme também conta a origem do estilo de arte de Leena/Esther. Arte que transparece sua psicopatia, onde nem tudo é o que parece.

Empatia com uma psicopata

A Órfã 2 também me levou a ter uma certa empatia com Leena, pois mesmo que ela aproveite de sua condição genética para dar golpes em famílias fragilizadas, essa é sua sina. Saber que as pessoas sempre te olham como uma aberração ou que você jamais despertaria o sentimento de paixão e desejo, a deixou psicologicamente doente. É evidente o quanto seu corpo incomoda e sufoca seus desejos mais íntimos. Não possuo a mesma condição genética que essa personagem, porém não aparento (nem de perto) a idade que tenho. Às vezes, me pegava pensando se a pessoa realmente me desejava como mulher ou seria uma pessoa com tendências pedófilas. Esse pensamento foi engatilhado pela cena de fuga de Leena do Instituto Saarne e pelas cenas mais passionais do filme.

Outro destaque deste prelúdio é a atriz Julia Stiles (A profecia e franquia Bourne) no papel de Tricia Albright. Sua atuação majestosa transforma o plot twist ainda mais interessante e surpreendente, além de ser responsável pela fluidez do roteiro. 

Apesar do capricho da direção nas cenas de suspense, a cena de fogo e mortes deixaram a desejar nos efeitos visuais. As cenas no telhado também foram bem broxantes comparado ao desenvolvimento da história no restante do filme. A Orfã 2: Origem estreou dia 15 de setembro nos cinemas.

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Brokeback Mountain: Uma história de amor por excelência https://animesonlinebr.org/review/brokeback-mountain-uma-historia-de-amor-por-excelencia/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=brokeback-mountain-uma-historia-de-amor-por-excelencia https://animesonlinebr.org/review/brokeback-mountain-uma-historia-de-amor-por-excelencia/#respond Tue, 07 Jun 2022 15:00:23 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=32092 Nem todo mundo sabe, mas Brokeback Mountain foi uma conto publicado em 1997 por Annie Proulx, tendo sido lançado nos cinemas somente em

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Nem todo mundo sabe, mas Brokeback Mountain foi uma conto publicado em 1997 por Annie Proulx, tendo sido lançado nos cinemas somente em 2005 sob a direção de Ang Lee, que já havia dirigido Hulk (2003), ainda quando o universo cinematográfico da Marvel era um mero embrião.

Vale destacar que o filme é absolutamente fiel ao conto original, sendo que a única diferença que o filme é maior, tendo informações adicionais, que acabam por agregar mais conteúdo à história. Outra pequena diferença é que, diferente do filme, que segue uma cronologia, o conto de Brokeback Mountain transita entre passado e futuro. A história é contada por um narrador na terceira pessoa, o qual deixa bem claro que o protagonista da história é Ennis Del Mar, enquanto no filme ambos são protagonistas, tendo praticamente o mesmo tempo de tela cada um.

A HISTÓRIA

A história se passa na década de 60, no interior dos Estados Unidos, em uma uma região rural, religiosa e ultraconservadora nos costumes. Ennis Del Mar (Heath Ledger) e Jack Twist (Jake Gyllenhaal) são dois jovens cowboys de origem humilde – especialmente Ennis – que se conhecem logo após arrumarem um emprego de uma temporada como pastores.

O filme quebra estereótipos e está repleto de simbolismos. O próprio cowboy em si é um bom exemplo disso, já que sempre foi sinônimo de heteronormatividade e de todas as expectativas que a sociedade tem em relação ao comportamento masculino: brutalidade, ausência de sentimentos, uma carreira de sucesso, introspecção, virilidade, etc.

Uma das partes simbólicas se encontra no próprio emprego de pastor. Ambos cuidam de ovelhas, – animais que representam a pureza e a inocência, assim como o amor – protegendo-as de predadores como lobos e coiotes, que podem representar a perseguição e o preconceito da sociedade. Fora dizem que, nesse emprego, eles dividiam as tarefas como os casais da época, onde um deles ficava em uma tenda preparando refeições enquanto a função do outro era sair e vigiar as ovelhas do alto da montanha.

UMA HISTORIA DE AMOR

A relação surge gradualmente com o apego emocional, com Ennis – que tem uma personalidade muito introvertida e quieta – aos poucos conseguindo se soltar e confiar em Jack, que é o extremo oposto no quesito de personalidade. Daí em diante tudo flui de maneira natural, com o apego e o amor crescendo a cada instante e fica nítido que somente Jack é capaz de preencher um vazio que sempre parece o perseguir e que somente ele é o suficiente. E apesar das discussões e distanciamentos, esse sentimento apenas se fortaleceu ao longo do tempo. 

Depois da primeira noite de amor, uma ovelha é morta por um lobo, justamente por causa da falta de atenção naquela noite, o que poderia, metaforicamente, ser o prenúncio de uma tragédia, assim como a tempestade que castigou toda a região nos dias que se seguiram, como se o amor entre eles incomodasse até mesmo a força da natureza. 

Ambos foram demitidos após o patrão tomar conhecimento dos descuidos com as ovelhas e é válido dizer que a suspeita da sexualidade dos dois teve também bastante influência para essa decisão. Depois de perderem o emprego, eles seguem caminhos diferentes. Jack se casa com uma mulher rica e bem sucedida, e Ennis com a sua namorada de infância, com uma origem tão humilde quanto a dele.

Aqui as diferenças entre as classes sociais e os problemas inerentes a cada uma se tornam evidentes. Ennis tem que trabalhar muito e ainda assim seu salário mal dá para sustentar sua família, e Jack, com melhores condições financeiras, viajava quilômetros periodicamente para encontrar seu amado na Montanha Brokeback. Aos poucos, a insuficiência financeira de Ennis torna aos encontros cada vez mais difíceis, é quando surgem as frustrações e as brigas, por se encontrarem cada vez menos.

Os encontros sempre acontecem em meio a natureza, em ambientes abertos, ressaltando a pureza e a liberdade desses momentos. O exato oposto acontece nas suas vidas familiares, quando quase sempre estão em ambientes fechados e sufocantes, como se fossem verdadeiras prisões, destacando a falta de liberdade dessa vida cotidiana.

Ao longo do tempo fica muito claro – e isso também devido a diferença de personalidade dos dois – que Jack consegue aceitar sua sexualidade muito mais facilidade do que Ennis, que se vê preso à padrões de comportamento e vive assombrado por uma lembrança da infância, quando um homem da vizinhança foi brutalmente assassinado por suspeitarem da sua sexualidade. Quando Jack propõe uma alternativa, dizendo que ambos poderiam viver juntos em um rancho, esse trauma é o maior argumento e bloqueio de Ennis.

CONCLUSÃO

Brokeback Mountain é uma lição sobre vida, amor, preconceito e auto aceitação, onde os personagens falam por eles mesmos através de diálogos genuínos. Ela é uma história de amor entre dois homens, mas, acima de tudo, ela é uma história de amor universal. Uma história crua e humana, repleta de medos e inseguranças. Uma história que nos faz chorar e nos encoraja a amar de corpo e alma enquanto temos essa chance, por mais que as situações sejam adversas, por mais que o mundo inteiro esteja contra nós. Pois, no fim, só o que importa é que é justa toda a forma de amor, e ninguém jamais deveria se envergonhar disso.

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O Terror Tailandês de A Médium https://animesonlinebr.org/review/o-terror-tailandes-de-a-medium/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=o-terror-tailandes-de-a-medium https://animesonlinebr.org/review/o-terror-tailandes-de-a-medium/#respond Mon, 23 May 2022 13:40:56 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=31916 Uma equipe de audiovisual começa a filmar um documentário sobre o dia a dia de Nim, uma médium bem conhecida em sua vila

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Uma equipe de audiovisual começa a filmar um documentário sobre o dia a dia de Nim, uma médium bem conhecida em sua vila na Tailândia. Entre rituais a deusa Bayan e perguntas sobre possessões espirituais, a equipe segue Nim a um funeral de um familiar. Nele conhecemos Mink, sobrinha de Nim, que apresenta comportamentos estranhos. A equipe decide focar as filmagens na jovem, suspeitando que algo espiritual esteja acontecendo.

Do mesmo diretor de Espíritos: A Morte Está ao seu Lado e Espíritos 2: Você nunca estará sozinho, o terror mostra que  Banjong Pisanthanakun está de volta às telas. Dessa vez, ele se juntou ao sul-coreano Na Hong-jin(O Lamento) para escrever o pseudocumentário de terror clichê. Alguns elementos de A Médium parecem cópias de filmes ocidentais, tais como as cenas clichês de A bruxa de Blair, o formato found footage de A possessão de Deborah Logan e as cenas com câmera noturna que claramente foram inspiradas nos longas de sucesso Atividade Paranormal.

Sirani Yankittikan em A Médium

A Tailândia de plano de fundo

A ambientação é rica em demonstrar o local em que se passa toda a história, com cenas aéreas do norte da Tailândia, vilarejos simplórios e floresta densa que cerca toda a cidade. A área urbana também é bem representada, mostrando a rotina de Mink ao pegar um transporte típico da região para ir ao trabalho e seus costumes religiosos cristãos. É notável que alguns elementos são jogados sem qualquer explicação ou contexto.

Com uma iluminação bem escurecida e uma trilha sonora densa o filme até funcionaria como um clichê Blockbuster, se não fosse as mais de duas horas de exibição. Cansativo, o suspense que deve ser criado para anteceder uma cena de jump scare(assinatura característica do diretor) fica apagado. 

A Médium
Personagens Noi, Mink e Manit em A Médium

Por fim..

O filme é fraco em comparação a alguns dos sucessos anteriores do diretor, talvez por pegar elementos dos filmes de terror ocidentais clichês ou esse formato batido de found footage. Porém se possuem a paciência de ficar 130 minutos sentados no escurinho sem pestanejar e desejam uns sustinhos de dar pequenos pulinhos da cadeira, recomendo muito o filme.

A Médium estreou dia 19 de maio nos cinemas.

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LET IT BE e LET IT BE… NAKED https://animesonlinebr.org/review/let-it-be-e-let-it-be-naked/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=let-it-be-e-let-it-be-naked https://animesonlinebr.org/review/let-it-be-e-let-it-be-naked/#respond Tue, 29 Mar 2022 15:00:57 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=30617 Let It Be, apesar de ser conhecido por muitos como o último álbum da carreira dos Beatles, foi na verdade, o penúltimo, tendo

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Let It Be, apesar de ser conhecido por muitos como o último álbum da carreira dos Beatles, foi na verdade, o penúltimo, tendo sido gravado no início de 1969 e sendo lançado apenas em 1970 por complicações e discordâncias nas escolhas dos takes e nos arranjos sonoros.

Paul McCartney, que estava liderando o projeto – como já vinha fazendo há alguns anos – pretendia que o álbum tivesse 14 músicas, mas apenas 12 foram lançadas. Algumas dessas faixas remanescentes acabaram sendo aproveitadas no álbum seguinte, Abbey Road. Ainda assim, as músicas que não foram aproveitadas nesses últimos álbuns apareceram nos discos de estreia solo dos ex-beatles, como por exemplo, “All Things Must Pass” e “Isn’t a Pity” de George Harrison, “Gimme Some Truth” e “Jealous Guy” de John Lennon, “Junk” e “Teddy Boy” de Paul McCartney.

A Produção do Álbum

A ideia inicial era fazer com que os Beatles voltassem às suas origens, que era de gravar álbuns de estúdio ao vivo. Essa ideia também incluía uma apresentação ao vivo, coisa que a banda já não fazia desde 1966. Em termos atuais, todo o projeto seria um verdadeiro fan service e justamente por isso o álbum se chamaria Get Back, mas acabou tendo o nome alterado para Let It Be, pois os produtores acreditaram que este era o single com mais potencial entre todas as faixas, o que realmente acabou sendo comprovado.

Phil Spector foi o produtor responsável pelos arranjos e mixagens de todas as faixas do álbum. Mas apesar do sucesso, o resultado não agradou muito a McCartney, que acreditou que as edições estragaram a essência e o objetivo do álbum. Em outras palavras, Phil Spector complicou algo que deveria ser simples, o que não significa que o resultado final tenha sido ruim, mas o já conhecido perfeccionista, Paul McCartney – apesar de ser tido como chato por algumas pessoas – tinha razão neste caso.

Depois de muitos de briga na justiça, Paul finalmente conseguiu que o “álbum original” fosse lançado, dessa vez sem as mixagens extravagantes de Spector. O resultado foi Let It Be… Naked, lançado em 2003, um álbum que poderia ser bem resumido como “voz e violão”. Nele é possível notar a maestria dos Beatles não em apenas fazer música boa, mas em fazer excelentes apresentações ao vivo, fato que fez a banda se destacar desde que tocavam no Cavern Club de Liverpool e eram conhecidos como “The Quarrymen”.

As Faixas do Álbum

A primeira faixa do álbum é Two of Us, uma composição de Paul McCartney dedicada a sua esposa, Linda. Ela tem uma sonoridade pop-country e é muito nostálgica por trazer, depois de muitos anos, John e Paul dividindo o mesmo microfone – ainda que não literalmente. Os dois mantém o dueto durante toda a música, misturando a doçura da voz de Paul com a acidez na voz de John, tudo em perfeita harmonia.

Dig a Pony, composta por John, revela um pouco do seu amor – para alguns, obsessivo – por Yoko Ono, no verso “All I Want Is You” acaba soando um pouco semelhante à faixa “I Want You (She’s so Heavy)” mas que aparece apenas no Abbey Road. Aqui, quem está no teclado é Billy Preston, que fez praticamente um papel de quinto Beatle em todo o álbum.

Across the Universe, outra composição de John, é uma música remanescente da era psicodélica dos Beatles e isso é um fato tão notável que a sua sonoridade se encaixaria perfeitamente em Revolver, Magical Mystery Tour e The Beatles (Álbum Branco). A letra supostamente teria surgido 1968, depois de uma discussão – e crise existencial – de Lennon com a sua, até então esposa, Cynthia Powell.

I Me Mine é uma composição de George Harrison. A letra supostamente trata a respeito das brigas de ego dentro dos Beatles e na diferença que o George sentia entre o clima pesado da banda e a leveza de gravar com Bob Dylan e a sua banda. Aliás, a amizade entre eles era tanta que ambos chegaram a trabalhar juntos no disco duplo de All Things Must Pass, no qual George se inspirou muito em Dylan em algumas faixas.

Dig It é uma curta composição de John em homenagem a “Like a Rolling Stone” de Bob Dylan ao mesmo tempo que tira o sarro com a faixa seguinte, Let It Be, que é conhecida por ser muito religiosa e espiritual. As “músicas boazinhas” de Paul sempre foram alvos de piada, especialmente de John Lennon.

O Single Let it Be

Let It Be é uma das mais famosas músicas dos Beatles e de Paul McCartney, porém tem uma história um pouco controversa. Isso porque Paul alega ter sonhado com sua mãe que dizia “Let It Be”. Porém, há também outra versão que diz que a ideia veio de Malcolm Evans (um dos gerentes dos Beatles, mais conhecido como Mal Evans) que havia “sussurrado palavras de sabedoria” para o seu amigo Paul e ele teria dito “Let It Be”.

Essa segunda história é a mais provável, pois no take 23, que pode ser encontrado no YouTube, Paul canta o verso “Brother Malcolm comes to me” e mais tarde, Paul substituiu o mesmo verso por “Mother Mary comes to me”. No documentário Get Back, em um momento, Paul pensa em trocar o verso para “Brother Jesus” o que demonstra que o flerte com a temática religiosa era verdadeiro e proposital.

Let It Be é normalmente traduzido como “deixe estar, mas em uma tradução livre seria algo como “deixe ir, “deixe acontecer” ou “deixe passar”. Na verdade a letra é um grande conselho para deixarmos de nos preocupar tanto com os problemas da vida.

As Últimas Faixas

A próxima faixa, Maggie Mae, uma música composta pelos Beatles ainda na época em que eles eram conhecidos como The Quarrymen. Aqui ela aparece como uma grande homenagem ao início de carreira da banda.

I’ve Got a Feeling é um hard rock embrionário, com Paul mostrando em seus vocais que pode deixar de ser um cantor “bonzinho” quando bem entende. Essa música verdadeiramente é uma composição de Lennon-McCartney, já que a música foi criada a partir de duas letras distintas dos dois compositores.

One After 909 é uma composição de John Lennon desde o período dos The Quarrymen que nunca tinha sido usada. Ela resgata a sonoridade dos álbuns Please, Please Me e With The Beatles, causando um sentimento de nostalgia muito forte aos fãs.

The Long and Winding Road é uma composição exclusiva de Paul McCartney, que assim como Let It Be e mostra o quanto ele consegue criar melodias angelicais e espirituais como poucos compositores. Outra semelhança com a faixa já mencionada está no simples e brilhante piano e nos vocais serenos e tranquilos de Paul, como um grande conselheiro vindo do Céu.

For Your Blue é a segunda música de George no álbum, na qual tem forte inspiração no blues rock e no Bob Dylan, do qual era um grande admirador. A letra – assim como Something, que já havia sido composta, mas que apareceria somente no disco seguinte – é totalmente inspirada por sua esposa na época, Pattie Boyd.

Don’t Let Me Down, assim como I’ve Got a Feeling, é um rock um pouco mais pesado.  A composição é de John Lennon, onde claramente a letra é dirigida ao seu novo amor, Yoko Ono.

Get Back, como é bem mostrado no documentário de mesmo nome, é uma composição que Paul McCartney criou despretensiosamente a partir de uma brincadeira com o seu baixo.  A melodia ganhou vida e com isso veio uma letra que aparentemente fala sobre preconceitos contra imigrantes.

Assim se encerra uma das obras primas da maior banda de rock de todos os tempos.

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NEO: The World Ends With You – De volta à Shibuya https://animesonlinebr.org/review/neo-the-world-ends-with-you-de-volta-a-shibuya/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=neo-the-world-ends-with-you-de-volta-a-shibuya https://animesonlinebr.org/review/neo-the-world-ends-with-you-de-volta-a-shibuya/#respond Sat, 15 Jan 2022 18:00:48 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=29647 Introdução Anunciado no final de 2020, NEO: The World Ends With You (NEO: TWEWY) é a continuação de The World Ends With You

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Introdução

Anunciado no final de 2020, NEO: The World Ends With You (NEO: TWEWY) é a continuação de The World Ends With You (TWEWY), lançado em 2007 para Nintendo DS. Com novas mecânicas, gráficos e uma história inédita, NEO: TWEWY foi lançado em 2021 para Nintendo Switch, Playstation e Windows (via Epic Store). Confira o trailer de lançamento abaixo:

[embedyt] https://www.youtube.com/watch?v=YS-Ab3Ee0P4[/embedyt]

NEO: um novo jogo

Alguns dos muitos personagens de NEO: TWEWY

Assim como seu antecessor, NEO: TWEWY se passa em Shibuya. Dessa vez, o jogador controla Rindo, o novo protagonista da série.

A história começa com Rindo na estação de Shibuya, próximo à estátua do Hachiko. Rindo recebe uma mensagem de seu amigo Fret, dizendo que resolveu esperar por ele na 104 (uma espécie de shopping/conjunto de lojas). Irritado, Rindo vai ao encontro de Fret. Ao encontrarem-se, Fret entrega a Rindo um “pin” (broche) misterioso, que, segundo Fret: é super descolado e “daora”.

Assim que ambos recebem seus pins, Rindo e Fret são transportados para uma versão alternativa de Shibuya onde ninguém pode vê-los, o Underground (UG). Ao chegarem à UG, os meninos se deparam com um jogo mortal entre equipes, o jogo dos Reapers. O prêmio? Voltar à vida. Ou… isso é o que o jogo quer que você pense.

Diferente de TWEWY, dessa vez, nossos protagonistas não estão mortos. E então começa a jornada de Rindo e Fret; tentando sair dessa furada. Além desses dois personagens, mais alguns rostos conhecidos e desconhecidos juntam-se a Rindo para integrar os Wicked Twisters, uma das equipes do jogo dos Reapers.

Pins e hack ‘n slash

NEO: TWEWY. Pins em destaque
Pins em destaque com os protagonistas de NEO: TWEWY mais ao fundo

A história de NEO: TWEWY começa com um pin, gira em torno de pins e acaba com um pin. Os pins ou broches, são o que conferem poderes e habilidades especiais a Rindo e seu grupo. É possível colecioná-los ao comprá-los de lojas ou em batalha, enfrentado diferentes tipos de Noise. Com os pins é possível disparar raios, levitar objetos, acorrentar inimigos, perfurar e até mesmo usar uma espécie de espada a laser.

Diferente de TWEWY, onde os broches eram ativados por gestos específicos no touchscreen do Nintendo DS, agora são ativados por botões do controle. Os comandos variam de apertar e segurar até apertar continuamente. Cada personagem do grupo de Rindo pode equipar um broche específico para ser usado em batalha, onde o jogador controla todos os personagens ao mesmo tempo.

Parece uma bagunça, mas é “uma bagunça organizada”. Quanto mais você entra em combate, mais você quer lutar. É um ciclo viciante e fluido.

Além do combate, NEO: TWEWY traz algumas modificações significativas para a franquia, como a estilização 3D e gráficos melhorados, o sistema de lojas e o de restaurantes. Assim como todo bom JRPG, podemos customizar o personagem em NEO: TWEWY. Apesar das mudanças não aparecerem esteticamente falando, ela fortalecem o personagem oferecendo mais defesa, ataque ou bônus especiais. Essa customização se dá por meio das roupas e apetrechos que podem ser adquiridos em lojas distribuídas por toda Shibuya.

Além das lojas, também é possível consumir alimentos em restaurantes. As refeições oferecem boosts permanentes aos personagens. Porém, vale ressaltar que se eles estiverem muito cheios, não será possível comer mais nada até que a digestão seja feita.

Outro ponto interessante que foi adicionado em NEO: TWEWY foram as “social threads”. Por meio delas, é possível estabelecer laços com personagens secundários e adquirir habilidades por meio dos pontos de amizade. A maioria dessas threads são desbloqueadas por meio de side-quests ao longo dos dias da semana do jogo. As side quests são relativamente simples, mas oferecem boas recompensas como incentivo para fazê-las, como a utilização de comandos repetidos, equipagem de pins duplicados ou de múltiplos pins especiais, etc.

Arte e Trilha Sonora

A arte ainda é fortemente influenciada pela Urban Culture, com fortes traços estilo cartoon e com referências clássicas ao grafitti e arte de rua. O mundo de NEO: TWEWY é vivo, vibrante e colorido.

E o que falar da trilha sonora? Simplesmente espetacular! Alguns faixas são reaproveitadas e remixadas do TWEWY original, enquanto que outras são próprias do NEO. E que músicas! Cheias de carisma e fortemente inspiradas pelo hip-hop, funk (não o que conhecemos hehehe), pop e rock.

Conclusão

NEO: The World Ends With You entrega tudo que os fãs de longa data da franquia aguardavam e é ao mesmo tempo uma excelente porta de entrada para novos jogadores. Gráficos e desempenho excelentes, junto de uma história bem narrada, somado a fatores de nostalgia, como o retorno de antigos personagens, formam a receita definitiva desse belíssimo JRPG que recomendo a todos os leitores do NSV.

Se quiser saber mais sobre o antigo jogo da franquia, leia nossa análise de TWEWY por aqui.

Notas

História: 5/5

Jogabilidade: 5/5

Arte: 5/5

Trilha Sonora: 5/5

Diversão: 5/5

Total: 5/5

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Emily is Away: uma nostalgia melancólica | Review https://animesonlinebr.org/games/emily-is-away-uma-nostalgia-melancolica-review/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=emily-is-away-uma-nostalgia-melancolica-review https://animesonlinebr.org/games/emily-is-away-uma-nostalgia-melancolica-review/#respond Sun, 02 Jan 2022 15:00:21 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=29030 Emily is Away é um jogo de 2015, desenvolvido e publicado por Kyle Seeley de forma independente. Fez tanto sucesso, que rendeu outros

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Emily is Away é um jogo de 2015, desenvolvido e publicado por Kyle Seeley de forma independente. Fez tanto sucesso, que rendeu outros jogos da franquia, Emily is Away <3 — em vez de apenas um chat, o jogo se passa no Facebook — e Emily is Away Too — uma versão expandida e melhorada do primeiro game

Hoje, você encontra o jogo na Steam, podendo ser jogado gratuitamente. Suas outras versões também estão na plataforma, com um valor bastante acessível. 

Mas é bom reforçar que o jogo é em inglês e, apesar de utilizar um vocabulário simples e mais do dia a dia, pode ser complicado para algumas pessoas.

Confira a seguir a review completa de Emily is Away e descubra o porquê deste jogo encantar tantas pessoas, apesar de ter uma premissa bem simples. 

Afinal, quem é Emily?

Perfil de Emily, em Emily is Away. É uma janela minimizada, mostrando as informações de Emily, e de fundo, temos o protetor de tela e um design de Windows antigo

No jogo, voltamos à época de MSN — caso você não seja dessa época, este era um dos aplicativos de mensagens para computador mais populares antigamente. 

Podemos criar um nome e nickname para nosso personagem. E a única pessoa com quem conversamos no chat do jogo é Emily, nossa amiga — em Emily is Away Too isso se expande e podemos falar com outros amigos. 

Em cada um dos 5 capítulos do jogo, nós vamos avançando de idade, passando por todas as fases dos estudos, desde ensino médio até faculdade. E, durante este período, vamos experienciar uma fase diferente da nossa amizade com Emily. 

E é desta forma que vamos conhecendo um pouco mais sobre Emily, do que ela gosta, o que ela mais faz. Por isso, preste bastante atenção aos diálogos, pois isso vai influenciar ao longo da história. 

A dinâmica de Emily is Away

Neste jogo indie, a dinâmica é bastante simples. Depois de criar seu nick, começa o capítulo 1, com Emily entrando no chat. Você sempre terá 3 opções de mensagens e deve escolher entre uma delas para continuar a conversa. 

Tela de login de Emily is Away. Uma janela com o logo do jogo em cima, um espaço para o screenname e outro para first name (primeiro nome)

Sim, suas escolhas influenciam na história, então é um jogo que pode ser jogado mais de uma vez, para ver qual será o resultado da sequência de mensagens que enviar. Não espere grandes mudanças, mas algumas significativas. 

Então, o gameplay é bastante simples. São 5 capítulos, onde seu objetivo é conversar com Emily, sempre escolhendo entre 3 opções de mensagens. A única dificuldade é o idioma, já que o jogo está inteiramente em inglês. 

Você pode demorar de 30 a 40 minutos para finalizar o game, então ele é bem rapidinho e dá para jogar de uma vez. A única parte ruim é que o final é bastante abrupto e poderia ser melhor trabalhado. Talvez nos outros jogos da franquia isso tenha tido uma evolução também.

Mas algo interessante é que dá para escolher o seu avatar a cada capítulo, seja de banda, filme, desenho. O jogo te dá algumas opções, que também podem servir para dar continuidade na história. 

Parte técnica do jogo

Emily is Away não exige grandes gráficos, afinal é apenas uma tela de um chat. Mas ele se assemelha bastante aos apps de conversas de antigamente, o que pode trazer uma grande nostalgia. 

O jogo também não conta com uma trilha sonora, além do delicioso som de teclado ao digitar e outros sons ambientes do próprio aplicativo e do computador — saudoso Windows XP. 

Início do chat entre o jogador e a Emily, de Emily is Away, com Emily enviando uma mensagem saudando e 3 opões de resposta aparecendo na tela, logo abaixo.

Mas há momentos em que os personagens conversam sobre música, então pode ser interessante você mesmo colocar uma trilha para ambientar.

Não há nada de espetacular na parte técnica, cumprindo o que o jogo promete ser: um chat entre duas pessoas. E não precisa de nada muito além disso para este jogo em específico. Nos outros dois da franquia, já há mais features para complementar a história. 

Veredito

Emily is Away é simples, mas é isso que o torna cativante. Parece que realmente nos transporta para nossa adolescência e, posteriormente, para a época de faculdade. Chega um momento que realmente parece que estamos conversando com alguém do outro lado.

Você pode ou não gostar de Emily, se apegar ou não, isso é algo totalmente pessoal e muda de jogador para jogador. As respostas escolhidas para enviar também podem ser bastante pessoais, simulando algo que você responderia na vida real, ou algo totalmente o oposto do que você faria. Você é livre. 

Chat entre o jogador e a Emily, com algumas conversas na tela acima e na parte de mandar mensagem tem três opções de mensagens para enviar.

O final do game, como disse anteriormente, é bastante abrupto, mas consegue te deixar provocar emoções fortes, dependendo do seu envolvimento com a trama. 

Se você busca um jogo curto, mas envolvente, Emily is Away é uma boa opção, ainda mais por estar de graça na Steam. Vale a pena!

Notas

Gráficos: 3/5

Jogabilidade: 3/5

História: 3,5/5

Diversão: 3/5

Som: 3/5

Geral: 3,1/5

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Last Day of June: amor e perda | Review https://animesonlinebr.org/games/last-day-of-june-amor-e-perda-review/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=last-day-of-june-amor-e-perda-review https://animesonlinebr.org/games/last-day-of-june-amor-e-perda-review/#respond Mon, 13 Dec 2021 14:00:48 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=28906 Last Day of June foi publicado pelo estúdio 505 Games (Abzû, Control) e desenvolvido pela Avantgarden, antiga Ovosonico (Murasaki Baby). Seu lançamento foi

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Last Day of June foi publicado pelo estúdio 505 Games (Abzû, Control) e desenvolvido pela Avantgarden, antiga Ovosonico (Murasaki Baby). Seu lançamento foi em 2017 para Windows e Playstation, e em 2018 para Nintendo Switch. 

Hoje, você encontra o jogo nas seguintes lojas: Steam, Epic Games, GOG.com, Nuuvem, Nintendo eShop e Playstation Store. 

Uma curiosidade sobre o game é que possui vários nomes grandes na produção. Temos o diretor Massimo Guarini, de Shadows of Damned; o escritor/diretor/animador Jess Cope, de Frankenweenie. Mas, o mais interessante é o músico e produtor Steven Wilson, que teve uma de suas músicas como principal inspiração para o jogo.

Confira a seguir nossa opinião sobre Last Day of June e porque este é um jogo tão tocante, principalmente na primeira gameplay

Você faria de tudo pelo amor?

Em Last Day of June, conhecemos Carl e June, um casal fofo que vai a um encontro à beira de um lago. Além de ser um lugar especial para ambos, há um motivo para aquele encontro: June deseja entregar um presente à Carl. 

Carl dormindo em uma poltrona mais à frente, e June ao fundo, andando com um presente na mão

Antes que Carl pudesse abri-lo, começa a chover, então os dois são obrigados a voltar para o carro e dirigir para casa. Mas algo acontece… 

Nas próximas cenas, o tom colorido e caloroso do jogo se perde, com um azul frio tomando seu lugar. Vemos Carl sozinho, após perder sua esposa em um acidente naquele dia. 

Após isso, Carl percebe que as pinturas de June têm certo poder de mudar o passado. E, através delas, ele começa a fazer de tudo para mudar o destino trágico de sua esposa.  

Uma história emocionante de amor e perda

Se tem um jogo que vai te deixar triste e, talvez, até te fazer chorar, é Last Day of June. Mesmo vendo pouco de June, conseguimos entender o enorme amor que ela sente por Carl e, durante o game, conseguimos ver o mesmo de Carl. 

O jogo não possui falas, apenas murmúrios. Então, nossa interpretação vai muito da situação, contexto e forma de agir dos personagens. Mas, em momento algum, os diálogos fazem falta. 

É uma obra que vai além disso, se pautando muito mais nas emoções e ações do que nas palavras. E isso a torna muito especial e única à sua maneira. Muitos jogos já fizeram isso antes, mas este em específico soube trabalhar muito bem essa questão, conseguindo nos emocionar sem dizer uma palavra sequer.

O mais interessante é que o casal mora em uma pequena vila, então, ao longo da história, conhecemos os outros moradores, suas histórias, e nos apegamos a eles também. Cada um tem um motivo para agir do jeito que age. 

Todos os personagens de Last Day of June lado a lado, com um carro à direita e acima dele, o logo do jogo

Além disso, também vemos o que cada um fez antes e durante o acidente do casal protagonista. Isso nos faz questionar… Enquanto estamos aqui, fazendo nosso almoço, o que está acontecendo com as pessoas da nossa rua, cidade e até no mundo? 

Faça de tudo para impedir o acidente

O jogo é um puzzle de aventura, em terceira pessoa. Como dito anteriormente, as pinturas de June conseguem fazer Carl voltar ao passado e mudar os acontecimentos. Cada pintura é de um dos moradores da vila. 

Inicialmente jogamos com Carl, mas, assim que ele toca as pinturas, assumimos o controle do personagem em questão. Primeiro o garotinho, depois a moça loira, depois o homem com a espingarda e, por fim, o senhor. 

Carl em um atelier, de cadeira de rodas, encarando quatro pinturas de moradores brilhando, mas uma está tampada pelo seu corpo.

Toda vez que tocamos a pintura, refazemos o dia daquele personagem, como ele mesmo, mudando suas escolhas para impedir o acidente. Mas cada escolha leva a um final, podendo ser positivo ou negativo. 

É preciso ter um bom discernimento e saber fazer as escolhas certas, o que torna o jogo bastante imersivo e interessante. 

Durante a gameplay, você ainda pode coletar memórias destes personagens, para descobrir mais sobre seus respectivos passados. Então, não deixe de coletá-las! Complementam bastante a história, deixando-a mais complexa e realista. 

Os controles são bem simples, apertando apenas os de andar e dois para interagir na história, com personagens e objetivos. E os puzzles não são complicados também, basta prestar bastante atenção. 

Gráficos e trilha sonora: uma arte pura

Não podemos deixar de comentar sobre dois pontos muito importantes: o gráfico e design do jogo e a trilha sonora. 

Primeiramente, vamos aos gráficos. Talvez, por June ser uma pintora, os produtores decidiram investir em um design que se assemelha a isso. E funciona perfeitamente. Cada frame, cena, personagem, parece vir diretamente de uma tela de pintura. 

Há vários momentos que você pode, simplesmente, parar a gameplay e apenas apreciar a arte, de tão linda que é. Nas cutscenes, é quando eles brilham ainda mais, fazendo uma animação digna de cinema. 

Grande paisagem com árvores em volta, um lago em frente e Carl e June ao fundo, sentados em uma ponte de madeira acima do lqago.

Já a trilha sonora, é emocionante do início ao fim. Dá o tom certo para cada situação, nos deixando alegres, tristes, angustiados, irritados e todos os sentimentos que os próprios personagens estão sentindo.

Ela faz com que a gente fique ainda mais imerso e consiga saber exatamente o sentimento daquele personagem naquele momento. E é tão intrínseco à história, que não destoa, chamando mais ou menos atenção do que os gráficos e a história. 

Veredito

Last Day of June é um jogo incrível, com uma história e personagens envolventes. Emociona do início ao fim, nos surpreendendo em vários pontos. É impossível não se apegar aos personagens e suas tramas pessoais e coletivas. Você pode conferir o trailer aqui

Inclusive, o final nos explica algo do início, nos deixando com o coração ainda mais partido e a história ainda mais profunda. 

June e Carl, respectivamente, sentados nas poltronas da sala, com uma janela atrás

Fizeram um trabalho impecável em transmitir a trama através das imagens e sons, sem utilizar palavras e falas, tornando o jogo inesquecível. E assista até o final, pois há uma cena pós-crédito importante para a história. 

Você não se arrependerá de jogar Last Day of June, mas com certeza sairá pensativo após ter esta experiência. 

Notas

Gráficos: 5/5

Jogabilidade: 5/5

História: 5/5

Diversão: 5/5

Som: 5/5

Geral: 5/5

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Conheça a HQ Brasileira Blackout https://animesonlinebr.org/curiosidades/conheca-a-hq-brasileira-blackout/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=conheca-a-hq-brasileira-blackout https://animesonlinebr.org/curiosidades/conheca-a-hq-brasileira-blackout/#respond Mon, 22 Nov 2021 21:00:26 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=28193 Já parou para pensar sobre como sua vida poderia mudar completamente em uma simples ida ao supermercado? Provavelmente não. Mas foi isso que

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Já parou para pensar sobre como sua vida poderia mudar completamente em uma simples ida ao supermercado?

Provavelmente não. Mas foi isso que imaginou o roteirista brasileiro Chris Tex ao escrever a HQ Blackout, publicada pela editora JBC, que até então somente na versão digital, mas agora também na versão física devido ao grande sucesso.

HQ brasileira Blackout

Com uma linguagem muito próxima do público jovem, a história nos trás o protagonista Rian que acaba sendo esquecido pelo seu irmão mais velho, Théo, em um supermercado.

A ideia de ser esquecido já é algo ruim, mas para piorar a situação, algumas criaturas não muito amigáveis aparecem perante aos olhos de Rian.

Blackout

No decorrer da história o protagonista acaba por descobrir que existe muito mais entre o céu e a Terra do que imaginava. Além de que há um grande propósito para que essas criaturas estejam por aqui. Mas qual será?

A vida do jovem Rian, que até então só queria brincar com seus amigos, nunca mais foi a mesma. E a partir disso, a aventura começa.

Além de uma linguagem instigante e de fácil compreensão para o leitor, a ilustração feita por Santtos nos trás certa nostalgia, como assistir a aqueles desenhos de infância que a TV aberta exibia no horário do almoço. Vale ressaltar também a presença das referências POP atuais que são um atrativo especial.

HQ brasileira Blackout

 Melhor ainda ver como os traços característicos de nosso país recebem destaques em algumas partes, como marcas famosas e, até mesmo, reclamações bem comuns de alguns serviços.

HQ brasileira Blackout

A versão física de Blackout pode ser encontrada em lojas e livrarias voltadas para este tipo de conteúdo.

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Nostalgia: Go Speed Racer, Go ! https://animesonlinebr.org/anime/nostalgia-go-speed-racer-go/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=nostalgia-go-speed-racer-go https://animesonlinebr.org/anime/nostalgia-go-speed-racer-go/#respond Wed, 17 Nov 2021 21:00:42 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=27863 Antes de Cavaleiros do Zodíaco ou Dragon Ball, se tornarem referência de sucesso dos animes aqui pros lados ocidentais, existe um anime que,

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Antes de Cavaleiros do Zodíaco ou Dragon Ball, se tornarem referência de sucesso dos animes aqui pros lados ocidentais, existe um anime que, definitivamente, abriu as fronteiras da cultura japonesa em nossas vidas. E não, não estou falando de Astro Boy, mas sim de Speed Racer.

Sim, hoje bateu a nostalgia por isso gostaria de relembrar dos tempos de infância, quando não tinha tantas responsabilidades e passava horas em frente à TV assistindo quase tudo que era exibido.

Pra quem nasceu nos anos 90, ou antes, com certeza já ouviu falar ou até mesmo assistiu o anime. Mesmo ele sendo bem antigo foi reprisado várias vezes nas redes abertas.

SOBRE SPEED 

Narra a história do jovem e extremamente habilidoso no volante, Go Mifune ou Speed Racer como foi traduzido pelos americanos, de 18 anos que dirige o March 5 criado pelo seu pai Daisuke Mifune ( Pops Racer ), um ex- campeão de luta livre, atualmente mecânico e projetista de motores. Ele, por sua vez, inicialmente é contra a ideia de Speed correr, pois alega que ele não está pronto para pilotar profissionalmente.

Seu veículo é a March 5, modelo equipado e preparado para as mais inusitadas corridas e conta com diversos acessórios desenvolvidos com ajuda do mecânico e amigo Sabu (Saprky), contra os golpes dos adversários durante a corrida. Por ter forte senso de justiça, Speed frequentemente é requisitado pela Interpol, uma espécie de agência secreta onde sempre o ajuda a combater os crimes.

SECUNDÁRIOS E IMPORTANTES

E é claro, não podemos nos esquecer do alívio cômico da animação: seu irmão mais novo Kurio Mifune (Gorducho) e o macaco de estimação Sanpei (Zequinha ou Chim Chim ), que sempre o acompanhava durante as corridas no porta-malas. Exatamente, no porta-malas. Michi Shimura (Trixie), é a namorada de Speed, filha do presidente de uma companhia de aviação (detalhe mencionado somente no mangá), que acompanha as corridas em um helicóptero, dando dicas a Speed.

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E POR FALAR EM TRIXIE 

Não é novidade para ninguém colocar as personagens femininas em posição de vulnerabilidade, a posto de estarem indefesa e à disposição do seu “príncipe encantado” para salvar. Principalmente falando em tempos de Speed Racer. Existem várias provas disso e não somente nas animações japonesas. Porém, Trixie é diferente. Além de pilotar helicópteros, é habilidosa em momentos que necessitam de força física e não se deixa levar pelas ameaças dos inimigos  ou implorar por libertação. Longe disso, ela chega a dar bronca neles e nem sempre espera ser resgatada. Até mesmo em algumas ocasiões, Trixie foi quem salvou seu amado namorado e outros personagens masculinos.

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QUEM ESTÁ POR TRÁS DE SPEED RACER 

O sucesso Speed Racer nasceu originalmente do mangá escrito e ilustrado por Tatsuo Yoshida. O nome original da obra é March Go Go Go, porém o pessoal ocidental conhece por Speed por causa da tradução americana. Tatsuo já escrevia outra história semelhante, Pilot Ace, que serviu de base para vida aos personagens que conhecemos atualmente. Porém, não foi só isso, Tatsuo era fã dos filmes estrelado por Elvis Presley (característica visível no protagonista) e de James Bound. No geral, Speed Racer tem rastros dos filmes como, por exemplo,  Viva Las Vegas e 007 contra Goldfinger.

O mangá foi publicado em 2 volumes entre junho de 1966 e maio de 1968. Logo no ano seguinte Speed ganhou sua versão animada, com 52 episódios, que por sua vez teve várias reprises entre as décadas de 80, 90 e 00. Já no Brasil a Conrad foi a primeira responsável por dar essa alegria aos brasileiros, e em 2009 a New Pop , publicou em 2 volumes também, assim como o original japonês.

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New Pop

O MISTERIOSO CORREDOR X 

Ao contrário do que pareça, o Corredor X (Fukumen Racer, Racer X) é tão famoso quanto Speed. Ele, na verdade, é seu irmão mais velho Kenichi Mifune (Rex Racer) que fugiu de casa, após uma séria discussão com seu pai por causa de um grave acidente onde escapou ileso. Após o ocorrido, seu pai o proibiu de pilotar e inconformado  decidiu nunca mais voltar para casa.

Embora a desavença com o seu pai, Rex vive às sombras de Speed, e sempre quando pode o auxilia  nas batalhas contra os inimigos. Tão capaz quanto seu irmão, ele parece não se importar com o prêmio das disputas, talvez ele se inscreva para ficar mais perto dele e o proteger quando for necessário. Por isso também, o vê como seu maior rival.

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CURIOSIDADES

 1- O título original é na verdade um trocadilho com a palavra “ Go” em inglês, que significa “ir” e em japonês o número 5, taí a explicação da letra estampada em sua camiseta e número do seu carro. Já “Maha”, é como os japoneses pronunciam “mach”, que é a unidade de medida da velocidade do som.

2- O nome Go Mifune é, nada mais nada menos, que uma singela homenagem ao consagrado ator japonês Toshirô Mifune, famoso por vários longas como Rashomon.

3- É o primeiro anime sobre automobilismo .

Só pra matar saudade:

Honestamente, gostaria de ver uma nova versão trazendo as novas tecnologias dessa geração, como foi feito com o Digimon Adventure. Enquanto nem sinal disso acontecer, bora aproveitar os episódios antigos mesmo!

Go Speed Racer, Go Speed Racer, Go Speed Racer, Go ! ♫

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