Conheça essa história:

Yuma é uma jovem mangaká, com paralisia cerebral, que se vê tendo que explorar sua sexualidade por conta de um trabalho. A moça, então, parte numa jornada que vai muito além disso desbloqueando o momento coming-of-age da trama.

Apesar de ser uma produção de apenas 1 hora e 55 minutos, o filme 37 Segundos consegue traduzir a essência do que é amadurecer e ser tratada como criança (pela pessoa que você é mais próxima ainda por cima). O filme trabalha toda a dinâmica de querer se desprender dessa ideia e de poder fazer suas próprias escolhas, sendo elas certas ou não.

Aliás, o norte da história não é trazer um sentimento de dó, de sofrimento ou de coisa parecida. A narrativa de 37 Seconds foca em torcer pela protagonista e fazer o coração ficar em paz, justamente por ser sobre o amadurecimento. Se a gente parar para pensar em animes e doramas dessa temática, é exatamente essa mesma vibe do filme.

O filme teve sua estreia em 2019 no 69º Festival Internacional de Cinema de Berlim, ganhando o Prêmio de Melhor Ficção no 21º Panorama Audience Awards deste festival. Foi indicado para vários outros prêmios e também exibido em outros festivais de renome. Atualmente, 37 Segundos está disponível na Netflix.

A diretora de 37 Seconds, Hikari (Mitsuyo Miyazaki), dirigirá o episódio piloto de Beef. A série contará com a participação de Ali Wong (Aves de Rapina e da série de Paper Girls) e de Steven Yeun (Minari e Invencible)

A grande protagonista

Esse é um filme extremamente focado no desenvolvimento da protagonista. Sendo assim, todas as pessoas que passam por ela atuam como elementos para o próprio descobrimento.

Sabe aquela questão que muitos filmes trazem sobre a diferença de ter gente boa no nosso caminho? Aqui tem isso, mostrando também que nem todo mundo é legal toda hora.

Além disso, é super importante falar aqui sobre a representação da personagem da Yuma pela Mei Kayama que também tem paralisia cerebral. A seleção da Mei Kayama mostrou o belíssimo trabalho da atriz, apesar de ser nova no ramo.

Para a diretora, Hikari, era imprescindível que a atriz da protagonista tivesse a mesma deficiência para ter melhor autenticidade. Inclusive, o papel foi reescrito para funcionar melhor com a Mei. (Antes a protagonista teria sofrido uma lesão da medula espinhal por conta de um acidente)

E com isso ficam algumas perguntas: Quantas vezes vemos filmes e séries que trazem personagens com deficiência? E quantas vezes que escolhem um ator super famoso ou um ator com a mesma deficiência?

Se você souber japonês poderá ler 37 Seconds versão mangá também! A novidade foi lançada em abril de 2022 e está disponível gratuitamente no site Karage Bunch!

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Em homenagem ao dia internacional da mulher, separamos uma lista com cinco personagens femininas icônicas e extremamente fortes que conseguem representar de forma excepcional o poder da mulher dentro dos animes.

Mikasa Ackerman (Shingeki no Kyojin)

Shingeki no Kyojin contém diversas personagens femininas fortes, porém Mikasa sempre ganha destaque por sua agilidade, inteligência e força na luta contra os titãs, além de possuir uma personalidade forte e complexa que faz com que muitos a considerem o grande destaque da obra.

Nobara Kugasaki (Jujutsu Kaisen)

Nobara é uma das feiticeiras mais poderosas de Jujutsu Kaisen, com apenas 15 anos de idade ela possui habilidades incríveis e um grande potencial em combates com maldições de grau especial, superando até mesmo o protagonista da obra, Yuji Itadori.

Mitsuri Kanroji (Kimetsu no Yaiba)

Mitsuri – ou Hashira do amor – é uma dos nove pilares do esquadrão de extermínio de demônios. Desde quando tinha um ano de idade, ela já tinha uma quantidade de força extraordinária, que a fazia parecer quase não humana. Sendo extremamente ágil, resistente e musculosa, Mitsuri completou a seleção final em um tempo incrivelmente curto e se tornou uma espadachim com habilidades que conseguem superar alguns de seus companheiros, fazendo dela uma das personagens femininas mais fortes dentro da história.

Nezuko Kamado (Kimetsu no Yaiba)

Possuindo uma grande força física por ser um demônio, Nezuko é considerada um dos personagens mais importantes de Kimetsu no Yaiba, com chutes que conseguem arrancar a cabeça de seus adversários e sem precisar consumir uma gota de sangue humano para se fortalecer. Fora que ela tem resistência ao sol, consegue alterar o seu tamanho, restaurar as suas forças através do sono e de recompor seus membros mutilados em segundos.

Rem (Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu)

Irmã gêmea de Ram, porém conseguindo maior destaque, Rem consegue fazer as cenas incríveis onde utiliza a magia da água para conseguir habilidades de luta e de cura, além de ajudar e proteger o protagonista durante a sua jornada.

Gostou da nossa lista? Qual sua personagem feminina favorita? Conta para gente e até a próxima.

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Traduzida como As Diversas Faces de Ito para o português brasileiro, essa é uma obra televisiva japonesa inspirada no livro Ito-kun A to E (伊藤くん). Conforme a trama avança, a série traz a visão de 5 mulheres sobre suas vidas amorosas e a relação em comum com um rapaz chamado Ito. Você pode acessar ao título clicando aqui.

Vale lembrar que a obra original, o livro lançado em 2013, chegou a concorrer ao Prêmio Naoki (Uma premiação japonesa de literatura que costuma ocorrer duas vezes ao ano). Certamente, isso pode ter sido  fator importante para a adaptação em 2017 no dorama descrito como uma comédia romântica e logo depois de sua versão para filme.

Com tantos diferentes cenários e sentimentos apresentados por cada mulher (de A até E), a série garante uma bela dose de drama para nós. São 8 episódios, em que o elemento Ito permanece mas o foco muda. Mas que Ito é esse?

Sinopse

De onde vem a inspiração para um grande projeto? Tendo que criar sua nova obra, a roteirista Rio aproveita para ouvir histórias de 4 mulheres em troca de oferecer seus conselhos amorosos. As histórias são divididas em: A mulher capacho, A desmotivada, A pretensiosa e A virgem importuna.

Os perfis

Como descrito na sinopse acima, as histórias das mulheres já aparecem nomeadas. De forma que parece nos induzir a já identificar a personagem pelo próprio título. Além disso, a história da nossa personagem principal, a roteirista Rio, continua de plano de fundo para cada uma dessas narrações ao passo que ela visita os fatos descritos pelas participantes.

Obs: São 2 episódios para cada história. 

E é aí que entra o tal de Ito, esse cara envolvido em cada uma dessas histórias. Ressalta-se que apesar de Ito ser um nome comum no Japão, ter uma em cada conto é muita coincidência. Pois bem: o Ito-kun é simplesmente ele, mas cada personagem feminina foi enquadrada em um estereótipo.

Todos os elementos que vemos antes de começarmos a entender a trama indicam que ele teria uma grande papel nessa série, não parece? Essa é a grande sacada, pois Ito é transformado em mais um elemento a medida que você mergulha nas histórias das moças.

Quanto mais vemos essas histórias, mais entendemos que existem coisas mais importantes e interessantes para nos atentarmos sobre cada mulher descrita ali com seus anseios e medos.

Entendendo os estereótipos

Dito isso, a trama nos leva a tentar decifrar mulheres que são vistas como “entediantes” do dia a dia. São essas mulheres que não parecem serem protagonistas de doramas. Não são heroínas nem vilãs, só mulheres comuns com seus problemas usuais. E nem por isso a história delas perde em termos de nos chamar a atenção.

As Diversas Faces de Ito brinca com quem está assistindo toda hora. Tanto em relação ao conteúdo quanto à maneira que podemos enxergar as cenas. Se reparar, a série faz com que nós alternemos entre as histórias de cada personagem e a lembrança sobre a existência do tal do Ito.

É engraçado que o nome da série seja sobre o Ito, como se ele quisesse roubar o protagonismo, mas o que se vê são as mulheres. Dessa forma, podemos enxergar quem realmente são as personagens e acaba sendo até uma crítica a nossa forma de contar histórias. É uma série simples, sobre como pessoas decidem sobre suas vidas e como cada decisão afeta.

A vida retratada na série

Esse dorama tem aquela pitadinha de reality show, de documentário ou daquelas produções em que você se sente observando a vida de outra pessoa. Acredito que isso se dê pelos enquadramentos, efeitos, movimentos de câmera e outros recursos técnicos. Inclusive, alguns aspectos dessa produção chegam até a lembrar um pouco filmes indie pela forma como gravaram.

Apesar de não ser aprovado por todos, esse estilo de gravação é bem interessante. Gostei especialmente da forma como fizeram o quadro de “A Virgem Importuna”, com três câmeras simultâneas.

Outro fator que nos aproxima dessa série são os cenários. Juntamente com todas as emoções que as personagens nos passam, nós vamos parar em seus mundinhos. E cada mundinho, além de ser intrigante,  pode ser reconhecível. Por mais que estejamos em realidades diferentes, é possível ter essa noção do dia-a-dia por conta disso.

Por trás da tela, temos a escritora

Claro que não podíamos deixar de mencionar a escritora, Asako Yuzuki, que deu origem ao livro Ito-kun A to E. Asako também teve outras obras adaptadas para a TV. Antes de As Diversas Faces de Ito, outra criação da autora que conectava várias pequenas histórias foi ao ar. O livro que inspirou um dorama da NHK em 2015, Akka’s Lunches (ランチのアッコちゃん, Ranchi no Akko-chan), contava sobre o relacionamento de uma funcionária e sua chefe. Diferentemente do drama de Ito, em que vemos várias personagens e o foco se divide a cada dupla de episódios, a descrição conta que o núcleo permanece em duas personagens.

Várias narrativas em uma única produção

Dramas que trazem histórias picadinhas como esse não seguem uma linearidade como é o costume para as comédias românticas num geral. Acaba que a dita protagonista vira mais uma espectadora como nós, só que com um pouco mais de poder de narrativa.

Nesse caso, chegamos a conclusão de que cada história tem seu foco porque não podemos tirar a importância de quem as conta. O que torna a trama cheia de protagonistas e mais instigante. Com várias histórias, fica como se estivéssemos assistindo uma série de casos parecidos, não é? No caso de As Diversas Faces de Ito aconselho a assistir na ordem mesmo, por conta da narrativa da Rio por trás.

Enfim, esta é uma série rápida, que entretém e por incrível que pareça, tem sua parte libertadora em encontro com a angustiante. Graças aos episódios curtinhos, temos aquela vontade de ver mais. Quanto aos temas, a mudança de história dá um refresco na trama, pois sempre haverá algo novo. E a fluidez com que cada tema se interliga fecha a série.

E aí, topa assistir a esses casos? Pode ser bem edificante, sabe?

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O ano era 1991, e dois grandes nomes dos quadrinhos internacionais, Frank Miller (300 de Esparta, Cavaleiro das Trevas, Big Guy and Rusty The Boy Robbit e Sin City) e Dave Gibbons (Watchmen e Kingsman), juntaram seus dons de roteiro e ilustrações, respectivamente, para criar uma das obras mais arrasadoras e atemporais da ficção.

A obra, lançada em volumes separados por 30 anos, será lançada pela Editora Devir ainda em Março de 2021, e vai trazer a saga completa da heroína com os títulos: Give Me Liberty (Liberdade) e Martha Washington Goes to War (Martha Washington Vai à Guerra), publicadas anteriormente no Brasil, no formato de minissérie, pela Editora Globo, e ainda as histórias inéditas de Happy Birthday Martha Washington (Feliz Aniversário Martha Washington), Martha Washington Stranded in Space(Martha Washington Perdida no Espaço), Dark Horse Action Figure Comics #2, Martha Washington Saves the World (Martha Washington Salva o Mundo) e Martha Washington Dies (A Morte de Martha Washington).

A cada título, Martha Washington nos mostra problemáticas sociais, políticas e pessoais que são atuais, fazendo com que nós, leitores, nos identifiquemos a fundo com a história. Carol Pimentel, editora da edição, foi muito feliz em seu texto introdutório da obra, onde faz as indagações: “Quantas vezes temos a sensação de estarmos “perdidos” na vastidão do Universo ou de sermos “pequenos demais para suportar tanta dor” em meio a todas as atribulações da vida? Quantas vezes por dia você se pega pensando sobre suas dificuldades, lutas e conquistas diárias? Serei ousada e tentarei responder com um “quase todos os dias”, certo? Pois imagine-se no lugar da nossa personagem, uma mulher, negra, que nasce em condições difíceis e precisa literalmente lutar para poder viver! Isso parece difícil, não? Cansativo e até mesmo incômodo de se pensar… mas essa é a realidade que milhares de mulheres enfrentam todos os dias! E, apesar de ser uma história fictícia, A Saga Completa de Martha Washington, apresenta valores mais que reais para criar uma personagem forte e sagaz, que é inserida em um ambiente futurista, cheio de possibilidades autênticas e outras tantas, fantásticas […]”

Por fim, ao finalizar a obra não sei dizer o que pesa mais dentro desse enredo, se é o que, agora, Martha representa para mim (uma profunda admiração pela personagem), ou se a grande trama envolvente que o roteirista e o ilustrador renomados nos proporcionam. O compilado da obra (pela Editora Devir), será lançado no Brasil em um volume único com a obra completa, 608 páginas de material especial e muita qualidade, à altura de uma obra que, entre muitos pilares, é sobre resistência e força feminina.

“Todo nosso universo é só um grão de poeira ao sabor dos ventos. E é uma ventania danada.” Martha Washington.

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