Para entendermos melhor, é preciso explicar a linha do tempo dos eventos em relação à quarta temporada do anime. O Reino Sagrado teoricamente é um arco que deveria ter sido exibido durante a quarta temporada, mas, ao ver o número de episódios que a temporada contou, o tamanho do arco e o ritmo, é compreensível a decisão da equipe de fragmentar em um filme.

No novo filme de Overlord, que deveria ser o episódio 9 do anime, continuamos com o jogo de atuação e vilania de Demiurges, que interpreta o papel do Rei Demoníaco Jaldabaoth. Agora, o plano do lacaio de Ainz é invadir e massacrar o reino sagrado para dar a possibilidade do Rei Lich se tornar o salvador e continuar sua expansão.

Desde o início, a personagem de Neia Baraja é citada, até que depois de alguns minutos, enfim, ocorre a aparição da atrapalhada paladina. A partir daí, o filme passa a focar em Neia; ela é protagonista nesse arco, e quase todos os eventos passam pelo ponto de vista dela.

Quando pesquisei sobre o arco, descobri que a personagem é bem querida pelos fãs da série, talvez por ser uma seguidora humana. Mas, quando pensamos no contexto geral da obra, não vejo muitos motivos para isso. Neia Baraja é uma personagem que vai tendo sua personalidade corrompida, vendo em Ainz a personificação da justiça. Em meio a tantos personagens que possuem essa personalidade distorcida pela admiração em Ainz, não vejo em Neia nenhum ponto para que ela se torne algo único em Overlord ou motivo de carinho.

Quanto ao enredo do filme, ele agrega e tem relevância, mas não é muito divertido. São 2 horas assistindo à execução do plano de Demiurges. Remedios, a paladina chefe, tem lampejos que entregam algo ao longa, mas, em geral, é bem irritante a forma caricata com que ela expressa sua fé. O contraditório fato do reino sagrado pedir auxílio a um reino comandado por um morto-vivo, sentirem-se humilhados por isso e, ao mesmo tempo, se sentirem no direito exatamente pelos seus dogmas e fé.

Remedios e Neia são os dois lados da moeda da justiça do reino sagrado, mas são dois lados extremos. Falta aos personagens centrais um pouco de normalidade. Como nesse arco a maior parte do tempo estamos sob o ponto de vista de Neia, não temos acesso aos pensamentos de Ainz, que é justamente o que costuma ser o ponto que traz uma sensação de normalidade a Overlord.

Concluindo, Overlord: O Reino Sagrado é um ponto importante na série, mas seus personagens novos e sua trama pouco entretêm. A conclusão do arco é muito boa, e isso salva bastante do que é o filme. No geral, o longa é vital para os fãs da série, mas pouco enriquece o que é Overlord.

O filme está sendo exibido nos cinemas brasileiros com distribuição da Crunchyroll em parceria com Sony Pictures.

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OVERLORD: The Sacred Kingdom, o primeiro filme da amada franquia OVERLORD, baseada nas light novels de Kugane Maruyama, é uma continuação da série que se passa após a conclusão da quarta temporada. A história segue Momonga, um simples homem de negócios que se vê transportado para dentro de seu game favorito. Todas as quatro temporadas de OVERLORD estão agora disponíveis para streaming na Crunchyroll.

Sinopse: Após doze anos jogando seu MMORPG favorito, Momonga faz login pela última vez e se vê transportado para o mundo do jogo, onde ele é obrigado a jogá-lo indefinidamente. Ao longo de suas aventuras, seu avatar ascende ao título de Rei Feiticeiro Ainz Ooal Gown.

Anteriormente próspero, mas agora à beira da ruína, o Reino Sagrado desfrutou de anos de paz após a construção de uma enorme muralha que os protegia de invasões vizinhas. No entanto, um dia isso chega ao fim quando o Imperador Demônio Jaldabaoth chega com um exército de meio-humanos do mal.

Temendo a invasão de suas próprias terras, o território vizinho da Teocracia Slane é forçado a implorar aos seus inimigos no Reino Feiticeiro por ajuda. Atendendo ao chamado, Momonga, agora conhecido como Rei Feiticeiro Ainz Ooal Gown, reúne o Reino Feiticeiro e seu exército de mortos-vivos para se juntar à luta ao lado do Reino Sagrado e da Teocracia Slane na esperança de derrotar o Imperador Demônio!

• História original: Kugane Maruyama
• Direção: Naoyuki Ito
• Design de personagens e direção de animação: Satoshi Tasaki
• Ilustração: so-bin
• Música: Shuji Katayama (Team-MAX)
• Produção: MADHOUSE

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