Não era de se admirar que esse kdrama despertaria o interesse de muitos. Se a temática já era interessante, apesar de clichê, a atuação de Park Eun Bin mostrou com força o que é ter que segurar a barra com uma personagem que encarna papéis diferentes. Sem contar com a bela participação do Rowoon que também foi essencial para a quebra do clima tenso da trama.

• Park Eun Bin – saiba quais kdramas dela estão em streamings!

O EMMY Internacional: Telenovelas

Essa é a primeira vez que uma produção sul-coreana aparece como a vencedora do International Emmy Awards para Telenovelas. O Brasil, por outro lado, já é figurinha carimbada, com obras como Órfãos da Terra e Verdades Secretas atuando como grandes representantes.

Sobre o que é O Rei de Porcelana?

O Rei de Porcelana é um Sageuk (como são chamados os dramas históricos/ de época coreanos) que mostra as reviravoltas da vida de uma princesa que assume o trono real no lugar do irmão.

O drama mostra os motivos para a moça se disfarçar de rapaz e todas as consequências relacionadas a isso. Ainda mais porque traz a essência de um kdrama típico de romance: uma história de amor.

Adaptação: de manhwa para kdrama

O mundo dos webtoons e mangás coreanos cada dia mais desperta versões live-actions belíssimas. Essa história faz parte dessas produções que deram muito certo.

O título original do kdrama, que é o mesmo do manhwa, é Yeonmo. Uma palavra coreana que expressa o amor de uma pessoa por outra do sexo oposto. O que chega a ser engraçado ao analisar que boa parte dos acontecimentos e pensamentos se dão em relação ao protagonismo de uma princesa no lugar do príncipe.

Não sei como funciona no manhwa, porém no drama fica claro que muita gente ali seria da comunidade do arco-íris.

Com enredo clássico de dramas em que a mocinha se veste de mocinho, o romance de época contou com a participação de vários profissionais para pegar a essência do manhwa. Entre eles estava Song Hyun Wook que dirigiu “Marriage, Not Dating”, “Another Miss Oh” e “The Beauty Inside”.

Essas três obras foram destaque no seu currículo. Então, é bem provável que você já tenha ouvido falar de alguma se já está com o pé na onda dos kdramas.

Observação pessoal aqui: eu assisti aos dois primeiros e adorei. Considerei ambos muito divertidos e que faziam jus a fama.

Agora, esse The Beauty Inside não passei do primeiro episódio. O conceito é muito interessante, mas seria melhor assistir ao filme coreano de mesmo nome que já é uma obra inspirada por outra (a série interativa da Intel com Toshiba, dirigida por Drake Doremus).

Mais que trocar de papel

Uma das partes mais legais para convencer qualquer um a assistir O Rei de Porcelana é saber que, além da química maravilhosa entre a protagonista e o par romântico, a dinâmica deles também traduz uma inversão de papéis.

São cenas fofas, engraçadas ou até mesmo bem sérias que mostram que personagens de qualquer gênero podem agir de tais formas. Em especial num drama de época, já que a maioria é descaradamente cheia clichês montados com base na relação mocinho-mocinha.

As personagens, quando se deixam levar pelo calor do momento, demonstram seus lados mais doces e apaixonados. Por outro lado, é possível notar a sátira relacionada a como eram escritos personagens masculinos em contraste com personagens femininas em kdramas mais antigos.

A série traz clichê ao mesmo tempo que quebra padrões de gênero, sempre lembrando da trama política em que está imersa. Assim, é possível relevar alguns momentos em que o plot não desliza bem.

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Amor e Outros Dramas (Our Blues) é uma série de 20 episódios disponível na Netflix que mais parece um compilado de mini-dramas se encontrando. O kdrama caminha entre a rotina de vários moradores da ilha de Jeju, na Coreia do Sul, e troca o protagonismo em diversos momentos. 

Isso é perfeito porque você pode maratonar um mini-plot por vez, acompanhando a história de maneira rápida e devagar ao mesmo tempo.

Na maioria das vezes, a cada dois episódios tem um foco em um relacionamento. O que faz com que um ou mais personagens tenham um bom destaque e a pessoa que está assistindo também consiga entender melhor eles. 

E, sério, esse é um drama mesmo, porque traz momentos de sofrência para todo mundo. (Bônus do golpe final no último episódio que quebra quem está assistindo com a mensagem de conclusão) 

Esse dorama é muito diferente e aqui vão os motivos para assistir:

Problemas reais para caramba

Uma das grandes sacadas desse kdrama é trabalhar com problemas que fogem do conceito fantástico de algumas tramas. Não precisa de muita firula para nos emocionar, basta contar histórias de pessoas com o coração. E aí mostrar como as pessoas do mundo real reagem.

É como se fosse uma câmera escondida acompanhando a vida de pessoas que moram no interior da Coreia do Sul. Está tudo muito bom, muito bem e aí o cinegrafista chega de mansinho para mostrar os detalhes.

E é aqui que é importante trazer uma análise do título.

Na versão original, o título é o mesmo que em inglês. “Our Blues” literalmente seria “Nossos Azuis”, mas entende-se algo como “Nossas Melancolias”, pois o azul é associado com a tristeza em expressões como essa.

Já em português, ficou como “Amor e Outros Dramas”. Uma bela adaptação, já que o amor pode, sim, trazer dor e cada história é um drama diferente. E, olha, faz bastante sentido com as histórias.

Ao longo de cada trajetória, o kdrama mostra como cada pessoa aprende ou não a lidar com o que a estava atormentando naquele momento. Além disso, entrega de bandeja a complexidade de viver como um ser humano e ter que lidar com outros. As consequências aqui são tão realistas que chegam a doer.

Sentimentos são… um treco muito doido

Our Blues não é feito para seguir exemplos do que seria o correto, o errado ou a ideia mais maluca a se fazer, na maior parte do tempo. O drama mexe mesmo com o fato de todos os personagens serem humanos e, assim, nem tudo vai ser preto no branco.

A construção das cenas coloca a gente lá no meio para ter empatia com cada um. Ainda que seja possível não gostar das escolhas tomadas ou da forma como um ou outro age. (Eu, por exemplo, não aprovei muita coisa que foi decidida ali. Mas chorei com cada desdobramento)

Vale muito a pena perceber a forma que cada personagem enxerga o mundo e como que as situações atingem eles.

Mini histórias

O conceito de trazer um novo caso a cada um ou mais episódios é sinceramente uma maravilha para quem se cansa fácil de uma história. E o bom é que a gente não precisa necessariamente ter personagens novos toda hora.

Já existem várias séries asiáticas desse jeito, inclusive que contam várias histórias que se juntam como o caso de Amor e Outros Dramas. Exemplo disso é o dorama As Diversas Faces de Ito. (Leia aqui o review!)

Amor e Outros Dramas pode ser dividido em núcleos que envolvem direta e indiretamente 14 personagens principais (os que estão na foto do início do artigo, hehe).  Não tem aquilo de “terminou a história 1, agora começa a 2”, pois todas continuam. Assim, fica um drama bem dinâmico com a gente vendo o que acontece com as pessoas depois do foco. Lembra bem uma novelinha que não tem final feliz, fechado ou trágico.

Temas que precisam ser falados

Amor e Outros Dramas aborda pautas que vão desde a necessidade de transparência num relacionamento à forma como a depressão é encarada. A trama tem personagens que são sensíveis, outros que possuem uma dor encrustada desde jovens. Além disso, pessoas com deficiências não foram deixadas de lado aqui apesar de não serem parte do elenco principal.

Protagonismo de todas as idades

Tem romance adolescente, tem vovó que viveu muito, tem a galera do cinquentão e não é um drama com cara de série bobinha de 500 episódios nada com nada recheados de piadocas chatas.

Amor e Outros Dramas vem com um panorama da vida em várias etapas. A melhor parte é perceber os comportamentos das pessoas e como tem coisa que ainda pode mudar ou que nunca vai mudar mesmo. É muito divertido ver a interação de todo mundo ali como se fossem uma grande família mas ao mesmo tempo não sendo.

Atrizes e atores muito bons

E, para finalizar muito bem, não poderia faltar um tópico sobre esse elenco maravilhoso.

Você provavelmente já deve ter visto alguma obra com pelo menos um dos atores de Amor e Outros Dramas, se já conhece outros kdramas. Não precisa nem ser dorameira de plantão, basta ter visto um dos dramas mais famosos, como Round 6.

Além disso, a série mostrou que dá para ser bom em suas primeiras atuações na TV. A atriz mirim que interpreta a netinha de uma das personagens esbanjou fofura, por exemplo!

Dentre os personagens principais estão grandes estrelas como:

• Go Doo Shim (Para Sempre Camélia e Legendary Witch),
• Lee Byung Hun (Round 6 e Mr. Sunshine),
• Han Ji Min (Hyde, Jekyll, Me e Rooftop Prince),
• Lee Jung Eun (Mr. Sunshine e Weightlifting Fairy Kim Bok Joo),
• Shin Min Ah ( Hometown Cha-Cha-Cha e  Oh My Venus),
• Kim Woo Bin (The Heirs e To the Beautiful You) e outros!

Vai perder esse povo todo?

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E saiba onde encontrar suas participações em kdramas disponíveis em streamings!

Sobre a Atriz

A Park Eun Bin cresceu na frente das telas. Mas não que nem as crianças que já conheceram celulares e tablets desde cedo e sim porque ela começou a atuar muito novinha. A primeira participação dela foi lá com uns 5 anos de idade e desde então a atriz já soma mais de 40 kdramas. Isso não é para qualquer um! Ainda mais para uma pessoa com menos de 30 anos. Quando ela estiver velhinha é bem capaz de ser uma daquelas vovós admiradas dos novelões!

Park Eun Bin já atuou em diversos papéis, mas seu primeiro trabalho como protagonista foi em Operation Proposal de 2012. O kdrama era um remake do dorama japonês Proposal Daisakusen de 2007. Esse é daquele tipo de dorama bem sessão da tarde com viagem no tempo!

Já seu primeiro prêmio veio antes, em 2009, pela sua participação em The Iron Empress. Nesse kdrama de 78 episódios (respira fundo que era novela mesmo), ela ganhou por ter sido a Melhor Jovem Atriz pelo KBS Drama Awards. E não parou por aí.

Prêmios recebidos:

Agora vamos ao que interessa:

KDRAMAS com a Park Eun Bin nos streamings

Extraordinary Attorney Woo – Uma Advogada Extraordinária

Onde assistir? Netflix

Quantos episódios? 16

(Segunda temporada já confirmada)

Vamos começar com Uma Advogada Extraordinária, que é um kdrama que traz a história de Woo Young Woo junto com vários relatos e casos de uma firma de advogados. Antes desse drama, nenhuma outra atuação de Eun Bin tinha sido tão admirada pelo público geral.

Park Eun Bin interpreta a advogada Woo que está no espectro autista e é extremamente versada em Direito, além de ser apaixonada por baleias. A trama é emocionante, divertida e conta também com momentos de romance para fechar com chave de ouro.

A produção de Uma Advogada Extraordinária queria tanto a atriz Park Eun Bin como Woo Young Woo que acabou esperando que ela terminasse outro projeto (o kdrama The King’s Affection) e não teve outra pessoa considerada para o papel. Isso certamente aumentou a pressão para que ela desse seu melhor na interpretação.

A própria Eun Bin já disse em entrevistas que recusou de primeira o drama por achar que não daria conta e temer retratar a personagem de maneira errada. Assim, ela decidiu estudar bastante a personagem quando refizeram a proposta.

Hello, My Twenties! – Age of Youth

Onde assistir? Netflix

Quantos episódios? 12 + 14

(São duas temporadas estão disponíveis)

Age of Youth é uma série deliciosa de ver. Esse slice-of-life carrega histórias de 5 meninas justamente em seus 20 anos de idade. Elas se encontram quando vão morar sob o mesmo teto, num lugar chamado Belle Époque (Bela Época) e não pense que o nome foi escolhido aleatoriamente.

São 5 garotas com jeitos, passados e pensamentos totalmente diferentes interagindo no momento da vida em que dizem que é o ápice.

A personagem de Eun Bin, por exemplo, é uma aluna de jornalismo. A primeira impressão que ela passa é de ser a mais piradinha e chega a ficar conhecida por azarar os caras. Nesse kdrama, a atriz teve que interpretar uma personagem cômica e mostrar também um lado mais sério.

Foi com esse drama que Park Eun Bin começou sua era de ouro. Ela já tinha feito várias participações em outras séries, atuado em filmes e tudo mais, porém é diferente ser reconhecida como protagonista. E olha que Age of Youth tinha várias protagonistas.

The King’s Affection – O Rei de Porcelana

Onde assistir? Netflix

Quantos episódios? 20

Depois de Uma Advogada Extraordinária, O Rei de Porcelana é muito provavelmente o drama que as pessoas se lembram da Park Eun Bin. A atriz foi ofertada com os papéis desses dois doramas na mesma época e terminou aceitando The King’s Affection, para depois pegar também o da advogada.

A popularidade de Eun Bin foi tão alta com O Rei de Porcelana que recebeu um prêmio por isso. Junto com outras duas premiações listadas lá na tabela de cima.

Um kdrama que resgata o plot da garota que se veste de rapaz ao mesmo tempo que é um drama de época. Tem uma trama política no meio, romance, piada e tudo que temos direito. A atuação de Park Eun Bin como protagonista aqui estava perfeita. Ela realmente convence do papel que a própria protagonista assume sem parecer caricato em momentos que não deve ser.

Talvez esse kdrama pudesse ter menos episódios? Tenho que admitir que teria sido melhor, mas não quer dizer que não seja uma bela novelinha.

Está aí um drama, que apesar de ser claramente hétero, os personagens podem muito bem serem queer. A inversão de papéis que acontece toda hora ao longo dos episódios também é um ponto alto.

Do You Like Brahms?

Onde assistir? Viki

Quantos episódios? 16

Outro kdrama bem conhecido da Park Eun Bin e que está disponível para nós, reles mortais que não temos televisão coreana, é Do You Like Brahms?.

O próprio nome já passa uma vibe diferente. E realmente lembra um pouco animes sobre música. “Do You Like Brahms?” é um melodrama, como a grande maioria das histórias sobre artistas musicais. Ou seja, bem diferente do estilo High School Musical do drama Dream High.* Este é um drama lento e bem capaz de arrancar o seu coração enquanto estiver assistindo.

Para essa história, Park Eun Bin teve que reaprender a tocar violino. Isso porque ela já tinha tido aulas quando criança, mas percebeu que a gravação seria melhor se ela realmente estivesse tocando.

*Mencionando esse kdrama, pois a Park Eun Bin fez um cameo lá também. Uma cena para ficar na memória.

(Hot) Stove League – Liga do Fogão

Onde assistir? Viki e Apple TV

Quantos episódios? 16

Agora, a Park Eun Bin não ganhou o prêmio de melhor atriz em Hot Stove League por acaso. A atriz fez um excelentíssimo papel numa história mais do que necessária. E o kdrama também ganhou como Melhor Drama pelo Baeksang Arts Awards de 2020. Detalhe: estava competindo com Pousando no Amor e Para Sempre Camélia. Ambos dramas que são considerados muito bons.

Para começar, o kdrama tem mesmo um nome esquisito para quem não acompanha Baseball. Só piora se você ler “Liga do Fogão” e associar com um restaurante. Bom, o termo que deu nome à série se refere ao momento de temporadas baixas ou quando não tem jogos. Assim, fãs de beisebol podem ficar conversando sobre a próxima temporada perto da boca do fogão.

A grande sacada aqui é que não é um dorama de esporte, apesar do cenário ter sido montado com referência a um. Não é necessário entender de beisebol e sim de gente para gostar dessa história. É sentir e se emocionar com o que acontece.

Além disso, a personagem da Park Eun Bin é uma das poucas mulheres em posição de maior poder na trama. O que espelha a realidade e traz à tona o debate sobre mulheres nessas áreas, como de esportes.

É muito provável que quem assistiu 2521 também se interesse por Hot Stove League exatamente por ambos se tratarem de dramas de esporte que dão destaque às pessoas acima de tudo. Veja os pontos altos de Twenty Five, Twenty One aqui!

The Ghost Detective – O Detetive Fantasma

Onde assistir? Viki

Quantos episódios? 32

Neste drama de mistério, thriller e fantasmas, a Park Eun Bin foi indicada para os prêmios de excelência em atuação e também por melhor casal (com o Choi Daniel).

The Ghost Detective é um kdrama diferentão com um estilo bem de investigação e sombrio. Mas como é possível notar pela premiação, também tem romance nessa história. A trama traz um investigador particular que caça fantasmas e uma moça que decide solucionar o mistério da morte de seu irmão.

A atuação de Park Eun Bin se soma a um plot twist de deixar o queixo caído. Pode entrar no clima de Halloween porque sempre é hora de assistir séries envolvidas com o sobrenatural.

Para mais dramas asiáticos nessa vibe obscura ou de investigação, confira:

Detention: a série da Netflix inspirada num jogo de terror

Indicação de série de investigação criminal: O Jogo da Vítima

Resenha: O Grito – Origens (Vale a pena mesmo assistir a série?)

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Alguns dramas nos mostram o glamour da vida adulta, eventualmente outros levam tudo na comédia, enquanto outros são focados muito mais nas desgraças. Mas são poucos que pegam o espectador pela gola da camisa e fazem encarar a realidade misturando comédia com drama na medida certa como esse.

Uma breve apresentação

A história começa promissora, assim como nossos sonhos. Já naquele pique de que todo dia é uma nova batalha, dessas de tentar se segurar e seguir em frente. O ar é bem rotineiro, destrinchando a vida da personagem principal de várias formas.

Sobre mulheres e comunidade

O olhar desse drama em relação as mulheres é uma poesia. De uma leveza até a brutalidade da rotina que mulheres vivem, são abordados temas que vão de amizade, anseios internos, pressão da sociedade, trabalho e até o romance. E o melhor de tudo, em perspectivas diferentes. Antes de mais nada, Because This Is My First Life não fica preso a somente o que uma personagem vê e, sim, os vários ângulos de um mundo que não é MESMO igual para ninguém.

Clichê? To fora!

Esse drama traz um belo de um clichê logo no começo, mas de propósito. É nessa hora que quem odeia clichês faz todos os barulhos e expressões de desgostos, revira os olhos e promete deixar de assistir. Também é nesse momento que os amantes desse detalhe dão seus pulinhos de alegria. É o famoso esquema de fazer os protagonistas morarem juntos ou se casarem por conta de acordos ou coisas parecidas.

(Olha a cara de felicidade desses noivos, né)

Entretanto, não se engane. Porque Esta é a Minha Primeira Vida não é um conto de fadas e muito menos o k-drama bobinho em que os dois são colocados juntos e isso é tão forte que vai gerar interação para se apaixonarem de vez (e é engraçado, pois essa série traz pontos de metalinguagem, inclusive relacionando a clichês e etc. Ou seja, eles sabem o que estão fazendo).

(A bagunça de quem tem prazo pra terminar o trampo)

Um k-drama dentro de um k-drama

Além disso, a protagonista conta sobre clichês em novelas e como ela tem que enquadrar sua escrita. Só que na história real dela, há uma quebrada. A personagem principal não segue o conceito de bater de frente e muito menos de aceitar alguns fatos. De tal forma que ela não é nenhum dos extremos, não é uma pamonha que aceita tudo e nem daquelas moças que partem com tudo para dar uma revirada na vida.

Ela simplesmente larga esses conceitos e vai por outro caminho, apesar de parecer que não é bem isso. Portanto, esse ponto é um dos elementos de destaque, mostrando que a vida adulta não tem um manual e que as pessoas precisam de experiências para alcançar alguns aprendizados.

Because This Is My First Life tem romance, sim

Essa série tem não só uma história de romance e sim 3. E, na realidade, as outras duas histórias são muito mais instigantes do que a principal. Muitos feelings aqui, principalmente para toda a reviravolta do casal Ho Rang e Woo Seok.

Temos que lembrar que ainda se trata de uma novela de comédia romântica e, assim, o enredo tenta fazer com que os espectadores simpatizem pelos dois protagonistas e torcer para que fiquem juntos, mesmo que não faça sentido. Aliás, isso faz parte da receita de bolo de dorama que a própria história dá uma diquinha para o público. Não importa para onde a pessoa corra, o final normalmente é alcançado harmonicamente. 

Enredo

Yoon Ji Ho, a mocinha, é escritora. Ela tenta galgar seu caminho profissional enquanto tem que arranjar um local para morar. Já, Nam Se Hee, o mocinho, trabalha com tecnologia. Ele já tem um apartamento, trabalho e um gato, o que mais poderia querer? Bem, tudo se encaixa no momento em que ela precisa de um lugar pra morar e ele precisa alugar um quarto para alguém que siga suas regras à risca. (Lembre-se bem desse último detalhe quando for assistir)

Basicamente, duas pessoas se casam nesse drama por n motivos e o principal deles é diminuir despesas. Note que nesse k-drama, os protagonistas, Ji Ho e Se Hee, já passaram de seus 20 anos. O que reforça a preocupação “geral” com algumas questões, como a da carreira, moradia e relacionamentos. Tudo gira em torno de como isso foi acontecer e como isso influencia a vida deles. Além de duas outras histórias paralelas que se relacionam com a principal. São elas as histórias das amigas da protagonista, Ji Ho.

As amigas Yang Ho Rang sonha em se casar. Ela parece ser de longe a mais animada das três amigas, com um espírito colorido e iluminado. Das amigas, ela é a que está num relacionamento amoroso a mais tempo, cultivando seu ideal. Já Woo Su Ji é uma moça que focou no trabalho, com a ambição de se tornar CEO um dia. Aos nossos olhos ela é linda, bem sucedida e esbanja sucesso. Tem uma personalidade forte e parece não levar desaforo pra casa, além de ser muito bem decidida quando o assunto é relacionamentos amorosos. As histórias sobre as vidas das amigas e como elas lidam com seus amores e temores são muito boas.

A trama é engraçada, leve, REAL e muitas vezes filosófica (se você estiver aberto a prestar atenção em o que cada personagem e situação tem a passar). Sem contar que tem sua pegada de drama e tem um gatinho super fofo, que rouba a cena. 

Se isso não te convenceu a assistir ou se quer saber mais ainda, tem mais:

Principais tópicos para se prestar atenção

1. A carreira

Assim que entramos nessa vida de adultos (mentira, desde crianças) somos questionados sobre nossas profissões. É absurdo o tanto que fazem jovens se preocuparem com isso e como fazem parecer que tudo será tão óbvio quando formos adultos. Que adultos tomam decisões certas e só vão “evoluindo”. Ninguém, de fato, está preparado para essa busca. E, muitas vezes, temos que mudar nossos caminhos, nossos sonhos, porque a vida não facilitou ou não deu certo mesmo.

Dúvidas como essas, além de mostrar a rotina de trabalho de diversos personagens são muito bem colocadas na série. Dessa forma, vários ângulos de como chegaram ou imaginaram as carreiras são retratados como partes muitas vezes secundárias na história. Afinal, comédias românticas normalmente falam de encontrar sua alma gêmea e no caso desse k-drama encontrar a si próprio também. 

Outros dois kdramas ótimos sobre autoconhecimento são o melodrama My Liberation Notes e o fofo Twenty Five Twenty One.

2. A luta interna das personagens

Tendo explicado sobre o ponto de encontrar a si próprio, está na hora de iluminar um aspecto que atordoa e que não pode ficar de fora quando falamos de vida adulta. Independente da idade, todos nós temos uma luta interna acontecendo todos os dias nas nossas cabeças. Alguns dias é mais forte e outros ela enfraquece, ficando quase que despercebida – mas o ser humano tem que conviver com isso. 

Com tantas responsabilidades e tantos julgamentos nas nossas costas (muitas vezes dados por nós mesmos), acabamos passando um belo perrengue nos próprios pensamentos. Do mesmo modo ocorre com a personagem principal e os outros que a cercam. Claro que tendemos a perceber mais essa visão por parte dela, exatamente por ela ser a protagonista, mas Because This Is My First Life faz um belíssimo trabalho trazendo as angústias e os pensamentos de vários personagens, em diversas etapas da vida.

Um drama para gerar bastante empatia

A medida que a história desenrola nós vamos nos aproximando mais das personagens e entendendo porque cada um age do jeito que age. Dava pra escrever uma matéria sobre cada um do tanto que conseguem aprofundar o desenvolvimento de personagem nesse drama. 

Voltando aos protagonistas, a história começa deixando a Ji Ho como um livro aberto para nós e o Se Hee como um mistério. Contudo, os detalhes sobre o rapaz vão brotando aos poucos de tal maneira que conseguimos enxergar a luta interna dele também, e não só superficialmente. E não só dele, como das amigas, que normalmente ficam em plano de fundo em vários dramas. Não nesse aqui!

3. O olhar sobre a sociedade (e o machismo)

Esse aqui foi o ponto que me fez querer assistir o drama. A premissa feminista e a crítica em relação a sociedade são o alicerce dessa história. São dados vários pequenos toques sobre como mulheres e homens são moldados em sociedade para agirem conforme a música; e como várias coisas são perpetuadas, quando poderiam ser mudadas. Convenhamos que a música que estamos falando é uma bem tosca e inegavelmente quase todo mundo, se não todos, sofrem por conta desse molde.

Em pensamentos, ações, histórias de personagens, a pressão em relação às mulheres se mostra tanto de maneira óbvia quanto em detalhes que passariam despercebidos no dia a dia. Na trama, temos personagens que aceitam sua condição, personagens que são contra o que está acontecendo e outras que não entendem o motivo para aquilo acontecer. Sem contar que vemos críticas que parecem piadas para descontrair, como o caso do rapaz do café.

Destaques dentro dos destaques

Dessa forma, pode-se reparar em cenas que não são focadas nesse “papel”, mas acabam retratando. Para mim, dois assuntos foram o destaque nesse sentido: 

• As obrigações; quais são os papéis de homens e mulheres na sociedade? O que acontece com aqueles que não querem seguir esses papéis tão reforçados? E será que estamos realmente indo contra aquilo?
• O assédio; como as pessoas lidam com isso, como falam sobre isso e a comparação de situações. Tiveram várias cenas e comentários diferentes sobre esse ponto, e a forma como foram vistos e descritos reflete muito a realidade quando as pessoas se deparam com o assunto.

4. A família 

Falando em papel, qual seria o da família quando ficamos adultos? 

Não é por causa da família que acabamos nos reprimindo a fim de se encaixar no que nos pedem? Ou será que é a família que nos apoia a ponto de conseguirmos sair do que nos prende? Em dorama não pode faltar casos de família, mas dessa vez é só um plano de fundo que se movimenta em momentos para entendermos algo que estava faltando. De tal forma que também esmiúçam a relação de várias famílias, sem trazer como um dos pontos centrais da trama. 

Ou seja, as famílias são aparições certeiras neste kdrama.

5. Deveres e instituições dos antepassados

Há muita coisa ultimamente que fazemos só de praxe, porque nos foi imposto, porque é para ser assim. Às vezes nem nos perguntamos o motivo para estarmos querendo, fazendo ou reforçando aquilo, só seguimos com o que foi nos ensinado ou o que achamos que é o comum. E isso vale para nós em cada aspecto da nossa vida de adultos. O quanto do que você fez foi realmente porque você queria? Será que era necessário passar por essas etapas dessa forma ou haveria outra opção que entra em dissonância com o ideal da nossa sociedade?

Esse é um debate que devemos fazer todos os dias nas nossas cabeças, se já não o fazemos. E, novamente, Because This My First Life traz com graciosidade. Podemos, sim, sair desse caminho em linha reta que nos foi imposto para um em que nós mesmos desenhamos. Não é tudo preto no branco e não é porque nossos pais ou os senhores lá de mil anos atrás faziam de uma forma que devemos seguir o mesmo. De maneira idêntica está essa necessidade estranha de se espelhar em outras famílias e regras para trilhar o futuro. As sacadas que eles dão ao modelo de casamento, família e formas de lidar com as situações em geral simplesmente maravilhosas. Como um clique, sabe?

E aí nós vamos para o próximo tópico e a cartada final!

6. A construção dos relacionamentos

Esse drama dá um excelente espetáculo de sororidade. As relações femininas aqui são lindas de se ver e são um ótimo exemplo de como fazer nos dramas. Because This Is My First Life vai além de sororidade entre amigas, trazendo à tona até uma representação espetacular de “ex” e cortando pela raiz a tal da competição ridícula pelo boy entre a protagonista e outra personagem feminina.

Relacionamentos precisam ser cuidados, dia a dia. Com o propósito de que ambas as partes devem se entender, porque se não for assim, de que adianta? Aqui não tem essa história de amor à primeira vista e está tudo certo; é passo a passo, não adianta apressar. Assim sendo, os relacionamentos são retratados de maneira muito real, sem romantizar de maneira equivocada e sem querer colocar qualquer um no pedestal.

São abordadas questões como relacionamentos tóxicos e saudáveis, discussões cotidianas e interações das mais diversas. Também trazem a diferença de momentos, pois uma pessoa pode estar vivendo um cenário totalmente diferente do anterior e, portanto, as situações e respostas mudam. Além dos relacionamentos em si serem muito bons de acompanhar, cada um traz um ensinamento. Tanto de amizade, quanto de família, quanto de romance.

Obs.: As conversas sobre casamento neste kdrama dão uma lição e tanto.

E no fim…

Essa é a nossa vida, mas o que significa isso? Entendemos o que é viver e estamos vivendo por completo? Portanto, estamos nos sufocando pelos outros ou seguindo nossos caminhos porque queremos? Será que sabemos o que queremos ou estamos só deixando a vida passar?

Porque esta é a minha primeira vida é um título muito bem elaborado, pois consegue trazer o sentimento da trama inteira em uma só frase. É um combo de ensinamentos e questionamentos que se escondem numa historinha de romance.

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Basicamente, existem dramas coreanos em que muito se acontece ao mesmo tempo que nada. É confuso dizer isso, mas esse é o caso de Clube das Mães (Green Mothers’ Club). O que é bom e ruim ao mesmo tempo, depende do que se espera de um seriado de entretenimento.

Esse é o tipo de série que se enquadra muito bem naqueles momentos em que você só quer passar o tempo sem pensar muito. A partir do momento em que tentar achar uma lógica ali, o espectador pode se decepcionar.

Afinal, sobre o que é o tal Clube das Mães?

A sinopse oficial diz que o drama é sobre 5 mães que nutrem amizade e rivalidade em meio a um ambiente escolar competitivo (e bota competitivo nisso). Mas a realidade é que a história é centrada em Eun Pyo, a protagonista água com açúcar que mais queria ser uma estrela na vida. 

O que não é nem um spoiler visto que no primeiro episódio percebemos isso.

Clube das Mães não é um clube, não tem em momento algum esse conceito das 5 mães se juntando para algo. É só mais fácil dizer ser um clube de mães porque elas se reúnem, se encontram em diversas ocasiões e até existem clubes no meio. São realmente mães de olho na vida dos filhos. Agora ser presente é outra história, visto que para isso teriam que tentar compreender as criancinhas.

São mães de crianças do ensino fundamental envolvidas numa realidade em que o futuro parece obscuro se os filhos não forem os melhores. Podemos até comparar com SKY Castle (leia aqui o artigo sobre esse kdrama magnífico), como sendo uma versão bem menos estruturada, muito mais classe média, ainda barraqueira e com o elenco jovem mais novo ainda. 

Clube das Mães é uma farofa que acompanha o cotidiano das mães, com intrigas de donas-de-casa, perrengues de mães e filhos e até um mistério que fica mais absurdo quanto mais descobrimos novas informações. Podia bem que ser uma novela das 21 aqui do Brasil, sério. Com um alerta que a sucessão de eventos finais estão a nível de Os Mutantes.

Protagonismo e Antagonismo

Como a protagonista é uma ameba, uma mosca morta, uma folha sem desenho, a sacada dos roteiristas deve ter sido sempre dar uma antagonista para ela. Não dá para entender porque simplesmente fizeram uma protagonista assim, pois seria possível criar uma personalidade de mocinha para ela. 

Enfim, é muito mais interessante ficar pensando no que as outras personagens vão fazer a seguir e esse esquema traz mais dinâmica para o kdrama. Toda vez que o antagonismo muda de figura fica bem óbvio. Clube das Mães não tem vergonha nenhuma na cara de transformar uma personagem em malvadona só para atingir a protagonista. É esse o tipo de série. 

Obsessão dos pais

Está aí algo que esse kdrama acertou, provavelmente a direção aprendeu com os mestres da intriga. Quem faz drama com escândalo envolvendo pais cuidando da vida escolar dos filhos sem obsessão não está fazendo direito. O que não foi o caso dessa bela mistureba de 16 episódios.

Clube das Mães vai desde a pressão habitual que esses adultos fazem para realizar o desejo pessoal pelos filhos até ignorar o que está acontecendo dentro da própria casa. Não tem como assistir a essa pataquada e não ficar com dó das pobres criancinhas. Seja qual for a criação delas, nenhuma é perfeita.

A narrativa cheia de situações revoltantes

Apesar de ser uma série para assistir no automático, Clube das Mães tem que trazer algo para prender as dorameiras e dorameiros de plantão. É a essência de muitos doramas e novelas, não é mesmo? Aquele finalzinho chocante e uma sequência de eventos que nos faz não querer perder o que vai acontecer em seguida.

O problema é que na maioria das vezes o kdrama apela para um nível absurdo, trazendo situações que deveriam ser levadas a sério no mundo  real e muitas vezes não são. Exemplo disso é trazer a discussão sobre assédio e tratar como mais uma forma para “elevar o plot”. Dá para entender o que tentaram fazer ali, mas foi uma péssima escolha.

Não é a primeira vez e certamente não será a última em que vemos o tema sendo tratado como algo utilizado para chocar ou associado às vilãs da trama.  Parece que ficou comum  kdramas inserirem uma vilã que se aproveita de uma denúncia séria como essa e enfraquece a questão. Pois, convenhamos, quanto mais as pessoas verem gente fingindo ter passado por isso, mais vão achar que as reais vítimas não são vítimas mesmo. 

Vale a pena?

No geral, o Clube das Mães tenta mirar para vários lados e tem um poder absurdo de manter quem for que esteja assistindo curioso. São episódios longos que passam rapidamente. Por vezes com muitos acontecimentos e outras como uma série de slice-of-life. Apesar dos vários problemas, é um bom passatempo para fãs de novelas, principalmente as mexicanas.

Se for assistir, esteja pronta para tudo. Clube das Mães surpreende no quesito “não dá para ficar mais absurdo, ou dá?” e certamente tem muitos furos. Mas é uma série para quem está atrás de barraco e desligar o cérebro. 

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São 4 protagonistas e muitos pontos de vista sobre o conceito de felicidade para o ser humano. Já começamos com o pôster mostrando pessoas dentro de um vagão do metrô. Quer algo mais rotineiro que isso? E esse é o conceito muito bem explorado da trama.

Por isso, já fica de aviso: My Liberation Notes não é uma comédia romântica. Mas também não é um roteiro para arrancar cachoeiras. E, inclusive, esse é um dos conceitos que fica explícito na fala de um dos personagens.

Algo parecido com: Nada de fingir felicidade ou fingir tristeza. É só a vida passando e a gente tentando fazer algum sentido dela.

Um filme indie dentro de uma série

Meu Diário para a Liberdade é especial não só pelo tema, mas também por trazer uma série que mais parece um filme independente. Cada episódio é como um filme, daqueles que são gravados nos ângulos mais diferentes e as cenas não precisam necessariamente que tenha conversa toda hora.

É engraçada essa parte do silêncio das personagens, já que traz uma nova perspectiva para a produção. Será que é necessário mesmo ficar conversando o tempo todo? A companhia já não é, por si, suficiente? Na vida real esses momentos existem e também não é todo mundo que tem esse lado extrovertido.

Ao mesmo tempo, também é possível notar momentos em que a conversa é necessária. A conversa com palavras.

Um parênteses aqui! Nesses primeiros episódios eu estranhei, mas fui na onda porque gostei da protagonista quieta que não abria o bico. Enquanto isso, a pessoa que estava assistindo comigo demonstrou irritação “Como que não falam nada?” Eu, a pessoa introvertida e quieta, achei muito bom e ela, a pessoa extrovertida e falante, sentiu que algo estava errado.

Voltando para o texto:

O olhar artístico desse dorama é surreal de tão bom. É como se o público estivesse ficando cansado junto com os atores.

São momentos de interação, o caminho para os lugares, toda a rotina desde acordar até voltar para a cama. É tudo muito perto da realidade, mas mostrando pequenos atos que mudam um dia do outro.

É impossível não assistir a esse kdrama e não parar para pensar na própria vida, na morte da bezerra ou refletir sobre como o mundo funciona. Esse realmente é um drama que merece ser digerido aos poucos, com atenção aos silêncios e notando o significado de cada diálogo.

Entretanto, diferentemente de doramas como My Mister, Meu Diário para a Liberdade não é uma série com episódios feitos para bater com força. Os episódios são feitos para pensar, são densos em interpretação e profundos sem sufocar. Isso é surpreendente, já que é difícil abordar sentimentos que esmagam o peito e não tornar o drama pesado.

Inclusive, a roteirista de My Mister e My Liberation Notes é a mesma. Park Hae Young faz um excelente trabalho em trazer personagens vivendo uma realidade nem um pouco glamurosa, retratando muito bem as dificuldades vividas e o sentimento de desânimo.

A jornada para a liberdade

Essencialmente, esse kdrama é sobre encontrar a liberdade, assim como o nome diz. A série apresenta três irmãos totalmente diferentes entre si, que foram criados juntos e estão envolvidos pelo marasmo da vida, cada um de um jeito.  

Mas além das histórias todas que são apresentadas ao longo do kdrama, há um ponto essencial para dar nome à trama. A criação do Clube da Liberdade, que seria como uma terapia. Vale lembrar que a Coreia do Sul é um dos países com maiores taxas de suicídio,  então ter um kdrama retratando saúde mental dessa forma é uma grande sacada, ainda que não coloquem todos para consultar um psicólogo.

Sem explicar muito para não dar spoilers, o clube é o empurrãozinho que todos nós precisamos. E essa série é um cobertor que mostra que está tudo bem e não está bem ao mesmo tempo. Uma verdadeira obra artística que todo mundo que já se pegou pensando na vida deveria assistir.

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Antes, uma historinha!

Eu já tive um chefe que me inspirava e assistir a essa série me trouxe boas lembranças. Sabemos que não tem como agradar todo mundo e que é difícil encontrar pessoas que tenham empatia de verdade. Assim como Park Saeroyi, o protagonista da história principal de Itaewon Class, esse meu chefe tinha muitas características que faziam a equipe se sentir bem.

Toda reunião que tínhamos ele nos deixava motivados, por isso mesmo ir trabalhar era uma atividade que me deixava feliz, de certa forma. Isso porque mesmo que soubéssemos que seria um dia tenso, que o trabalho seria pesado ou que algo cairia na nossa cabeça, o apoio desse chefe e a rede de amizade que nutrimos como equipe me deixava em paz.

Não era só isso. Todos na equipe faziam de tudo para segurar as pontas e para manter o clima o melhor possível. Eram pessoas com quem se podia dividir desde a notícia do dia até tristezas e alegrias. Cada um ali sentia o calor humano e tinha uma sensação de proteção e carinho que partia do chefe e se estendia aos colegas. Talvez isso tornasse possível perceber o esforço do grupo para que, ainda que parecesse que algo ruim fosse acontecer, não tivesse um impacto estrondoso e temível.

Onde quero chegar com isso?

Simples: eu realmente gostava de entregar resultados naquela equipe. Mais do que tudo, queria ser tão boa pessoa quanto meu chefe. Não se tratava somente de eficiência e sim do pacote completo. Convenhamos, passamos a maior parte do nosso dia junto aos nossos colegas de trabalho e tornar esse tempo de qualidade não é qualquer um que consegue. 

Enfim, esse meu chefe tinha um pensamento que é um dos principais temas deste kdrama: nós estamos lidando com pessoas. Parece até redundante falar isso e até achamos meio óbvio de entender, mas cada vez mais tratamos nossas obrigações, nossas vidas e tudo mais, com um olhar que transforma tudo em algo menor, somente rotina. Nos deixamos ser levados pelo dia-a-dia e esquecemos do que faz a humanidade ser boa: a simpatia, empatia, o prestar atenção e o querer bem.

E se tem uma coisa que esse kdrama me chamou a atenção foi a mentalidade e o mote de se pensar nos outros. Não daquela forma de querer fazer tudo por todos, mas sim de ajudar no que puder e ser um ponto de apoio, entendendo que nem todos pensam igual. De ser uma pessoa que se importa, mas que aceita as escolhas pessoais dos colegas, sabe?

E a vingança entra onde nisso?

Aí, você, que leu o título desse texto já deve estar se perguntando: fala de humanidade ser boa mas o que tem de vingança? É, essa série parece pregar pegadinhas. Itaewon Class atrai com as cenas fortes, mas conquista com o coração do protagonista.

Realmente, à primeira vista, essa é mais uma daquelas séries aclamadas em que o personagem principal bota para quebrar depois de ter sofrido horrores. Mas não se engane, a maneira como planejam a vingança é simplesmente boa demais para ser verdade. E percebemos com o andar da carruagem que realmente foi pensada com uma ideologia muito bonita que nos faz torcer ainda mais pela vingança e por grande parte do elenco.

Os dois lados da moeda no plot:

Esse kdrama, em outras palavras, contém uma mistura do plot de vingança, assim como outros clichês indispensáveis em doramas, com uma visão de tornar a vida mais leve. O conforto e o tapa na cara nos atingem no mesmo nível, enquanto pautas importantes são abordadas sem tabu e humanizadas. As personagens não estão longe de nós, pelo menos a maioria delas, como imaginamos. E a todo momento a máxima de se pensar nos outros vem à tona. 

Apesar de ter o grande vilão da história, aquele malfeitor, o cara babaca, etc e tal, a criação de personagens ali é muito mais legal do que parece inicialmente. Itaewon Class traz gente de todos os jeitos, com seus pensamentos, formas de agir e pensar. Não tem problema você pensar em si mesmo, não tem problema você ser bobão. 

A sinergia de valores e opiniões constrói uma “aula” que normalmente só aprendemos na rua. Está aí uma boa analogia, visto que Itaewon é conhecida como a área em Seul, na Coreia do Sul em que as pessoas são livres (e onde os estrangeiros se reúnem). Assim como mostra a história de Itaewon Class, a vida é toda contorcida e cheia de encontros diferentes. Só nos resta aprender a lidar com eles.

E, voltando ao assunto geral do kdrama, o nosso sonhador e insistente protagonista consegue trazer muito bem essa questão. Ainda que pareça que o protagonismo é de todos, só pelo fato de estar lá, ele é importante e transforma. É muito gratificante ver como todos caminham junto, como equipe, em Itaewon Class. E essa imagem aqui, para mim, é o que mais representa o sentimento que a série tenta passar: 

Dessa forma nós temos aqui uma das conclusões, que acho, mais belas em várias histórias: a de aprender com o que aconteceu e de não retaliar do mesmo jeito que chegou para você. Nada de simplesmente aceitar, deixar para lá ou ficar passando mal com um sentimento sufocante, mas não deixar que aquilo destrua a sua vida e a de outros a qualquer custo. 

Ou seja…

Ter um objetivo grandioso como uma vingança pode ser um impulso para tirar a vida da mesmice, mas acima de tudo, viver bem e aproveitar o melhor que as relações humanas podem nos dar ainda é o essencial. Talvez as pessoas que vivam com mais qualidade sejam aquelas que aprendem isso e conseguem trazer uma leveza sem abrir mão dos seus conceitos, pensamentos e valores. (E ainda saber muito bem colocar os pingos nos is para demonstrar desaprovação por ações ridículas). 

Itaewon Class é um kdrama que é bem construído e impacta de várias formas. Esse texto foi somente sobre uma parte dentre tantas características que fazem valer a pena assistir. Bem, como eu disse no começo do texto, essa série me trouxe boas memórias e passou uma mensagem que aqueceu bem o meu coração. Por isso espero que você que leu até aqui também sinta isso um dia. Afinal, ser acolhido e passar adiante que tudo o que fazemos envolve pessoas… é tão maravilhoso! (E as pessoas são a razão de tudo, né)

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Kim Tae Ri interpreta Na Hee Do, uma jovem esgrimista que sonha em ser a rival de Ko Yu Rim, a melhor do esporte na Coreia. A história, na realidade, é sobre o passado da Na Hee Do adulta que agora tem uma filha bailarina.

O modelo de ‘vai e vem’, em que passado e presente são mostrados, lembra muito as séries Reply (Como Reply 1997, Reply 1994 e Reply 1988) e também a série brasileira De Volta aos 15.

A série trabalha pontos importantes para a formação do caráter e entendimento de mundo trazendo entre os personagens situações muito particulares e, ao mesmo tempo, comuns.

Ao contrário do que parece, 2521 não tem o foco no romance como aquelas histórias de pombinhos em comédias escolares. A história de Na Hee Do é narrada como um slice-of-life com muita comédia que se choca com o de Baek Yi Jin. A relação dos dois cresce da mesma forma que tudo na vida da protagonista desenvolve.

Como esse kdrama fala muito sobre mudanças, pontos de vista e momentos, é claro que histórias de amor tendem a surgir.

Mas o que rola entre os dois principais?

Tão natural quanto a luz do dia, o dorama Vinte e Cinco, Vinte e Um desenvolve um relacionamento que mostra as partes mais reconfortantes em ter com quem contar. Não precisa nem ser sobre um casal.

Até porque no início da história da Hee Do jovem, ela ainda está na escola. Apesar dela já ter 18 anos, o Baek Yi Jin é bem mais velho (22 anos) e respiro feliz em ter notado que tomaram bastante cuidado com as interações nesse momento.

No meio do turbilhão de emoções que é a vida enquanto jovem, Na Hee Do e Baek Yi Jin são o porto seguro um do outro. Eles vão nutrindo sentimentos bons, às vezes alguns ruins também, mas sempre mostrando um caminhar entre os dois.

Será que eles ficam juntos? Aí está um dos motivos para você assistir e descobrir! A gente vai juntando as pecinhas da mesma forma como a filha de Na Hee Do, no futuro, se pergunta ao ler o diário da mãe.

Se não é sobre romance, sobre o que é?

Twenty Five Twenty One é uma série leve sobre a juventude e como as pessoas enxergam o mundo nesse momento da vida. A gente, assistindo, tem noção dos sonhos, dos perrengues e acima de tudo: da moral dessa história.

Moral essa que diz para viver o momento, afinal, o que normalmente guardamos para sempre são as memórias. Mesmo que acabem sendo esquecidas, elas foram vividas.

Pontos principais sobre esse drama:

1- O poder do amor é legal, mas não é tudo

É um dorama que quebra a imagem de muitas séries e muitos filmes românticos de que é preciso ficar correndo atrás de um amor para ser feliz ou até mesmo do “felizes para sempre”. Nada dura para sempre e você tem que viver por você mesmo.

2- Amizades fazem os verões serem mais coloridos

Os laços de amizade criados nesse kdrama simplesmente aqueceram meu coração e creio que foram importantes tanto para a personagem principal quanto para quem assiste. Assim, a gente ganha mais noção de como o mundo é plural e de como a convivência envolve as pessoas.

3- Siga o seu coração não importa o que os outros digam

Na Hee Do é muito certa do que ela quer, mas a vida também dá umas pancadas nela. Essa protagonista se levanta e faz acontecer. Ela tem um objetivo e vai atrás dele com todas as garras, enquanto ainda considerar divertido.

Não só ela, mas outros personagens que conhecemos na trama também tem momentos decisivos em que precisam largar ou segurar firme em algo.

4- Abrace suas escolhas

E isso nos leva para o último ponto. É muito difícil tomar decisões e algumas são especialmente doloridas. Porém, vale muito mais a pena entender que nossas escolhas foram feitas por um motivo e são elas que nos tornam quem somos.

Vinte e Cinco, Vinte e Um (Twenty Five Twenty One) tem 16 episódios está disponível na Netflix. Corre lá para assistir!

Obs: Quando você descobrir o que significa Vinte Cinco Vinte Um, vai cair para trás!

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Baseado num Best-seller, o dorama Pachinko chegou na Apple TV+ já com 3 episódios iniciais. Então veja algumas impressões a seguir!

Antes de mais nada, vamos ao livro.

Escrito por Min Jin Lee, Pachinko foi publicado em 2017 e traz a história de uma família coreana desde a geração que vivia no interior da Coreia até a migração para fora do país.

O livro, além de ser uma obra comovente, também nos ensina sobre o passado que muitos não temos noção. Conhecemos uma parte da vida de coreanos no Japão entre lições do cotidiano da família.

Para se ter uma noção, a autora passou 30 anos aprimorando o seu trabalho a fim de que pudesse trazer aos olhos dos leitores essa coleção de memórias de Pachinko. Ela estudou, conversou com coreanos no Japão, fez pesquisas e continuou escrevendo.

Ler o livro antes ou depois da série?

Querendo ou não, o dorama Pachinko tem uma pegada diferente da obra original, assim como muitas adaptações de livro para filme/série. Porém, como são dadas novas informações no live action, ler o livro antes pode ser bem mais interessante. Mas, claro, se quiser ler depois também fará grande proveito.

Episódios de 1 a 3 de Pachinko na Apple TV+

Diferentemente do livro, que é separado em 3 etapas e conta a história de cada época em ordem cronológica, a série mostrou que não é bem assim que vai seguir.

Já no primeiro episódio temos passado e presente se contrastando e estimulando quem não conhece a história a tentar descobrir a ligação das personagens. O foco em 1989 podia ser menor nesse início, mas é atrativo mostrar a forma de agir do protagonista dessa parte divergindo ou conciliando com a protagonista matriarca.

Legendas e idiomas: coreano/japonês/inglês

Uma sacada de mestre foi alterar a cor das legendas para mostrar a mudança de idiomas durante as cenas. Como é fundamental mostrar a influência tanto do japonês quanto do coreano, a Apple fez muito bem em deixar essa mistura. O que facilita mostrar até os momentos em que personagens trocam palavras entre japonês e coreano, ou até mesmo em inglês.

No livro, há marcações sobre isso. Por exemplo, com os honoríficos utilizados, além de palavras como “oppa, ajumoni” e “oishi”.

A abertura

Divertida e com uma mensagem de Carpe Diem, a abertura vem com a apresentação dos personagens junto fotos e vídeos de cenas antigas. Assim,  mostra um desejo que é passado de geração em geração para uma vida melhor.

E, claro, apresenta o local com máquinas que dá nome ao dorama: Pachinko. Um estabelecimento de jogos de azar.

Pachinko, o que é?

A descrição desse entretenimento lembra muito aos casinos que vemos em filmes. Os salões de Pachinko reúnem várias máquinas com uma semelhança ao Pinball. E, inclusive, no dorama é possível ver de perto os detalhes de uma delas.

Cenas para o contexto

Pachinko tem mais de 500 páginas, então há momentos que vão ser cortados e outros adicionados para que possamos entender o contexto. É o caso das cenas da família da pequena Sunja na Coreia.

De mesmo modo, trocaram elementos singelos como o chefe, a presença de algumas personagens e até o momento em que algumas situações aconteceram. A sequência de fatos dos primeiros episódios ficou fluída, mas não trouxe o impacto que a experiência proporcionou no livro.

Por outro lado, foram adicionadas visões marcantes, algumas até que ficam subentendidas no livro. Tais como presenciar cenas de agressões e a morte do imperador do Japão.

Agora, outra parte que ficou interessante foi a relação de Sunja com Solomon. A importância que deram nas primeiras cenas entre os dois e nas situações que aconteceram foi muito bem pensada.

O que esperar do dorama Pachinko?

A série deve seguir os passos de Sunja e sua família até coincidirem com as cenas do futuro que encontramos no início da trama. De forma a passar os acontecimentos que foram descritos no livro.

A história é cheia de conhecimento, mostrando principalmente as aflições da guerra, a exploração de imigrantes e o que cada geração considera desejável. Portanto, prepare o coração.

São vários personagens com personalidades muito distintas interagindo na narrativa original. Porém, como são somente 8 episódios na primeira temporada, é possível que seja dado um foco menor aos que mal foram apresentados ainda. Até porque os 3 primeiros episódios foram bem corridos e cheios de informação!

Não tem Apple TV+ para assistir?

Existem duas formas de conseguir o sinal para testar de graça:

• Comprando um item da Apple, você ganha três meses de assinatura
• Iniciando o período de teste, você aproveita 7 dias (melhor esperar a série toda ter entrado no catálogo)

Depois disso, o streaming custa R$ 9,90 por mês. Clique aqui para saber mais!

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Desde a escolha de pontos de vista até plot twists durante a trama, SKY Castle dá um show. E para isso, trabalham muito bem no desenvolvimento dos personagens.

Obs: Esse texto é livre de spoilers. Então pode aproveitar para ler mesmo que ainda não tenha assistido!

Primeiramente, vamos entender onde estamos colocando o pé:

Não sei vocês, mas eu adoro uma trama que consegue prender e dar revolta no espectador do início ao fim. E se nos fizer questionar a sociedade só melhora ainda mais. SKY Castle tem tudo e mais um pouco.

Ainda estou assimilando o impacto que tive assistindo esse dorama. Mas uma coisa tenho que dizer, ele merece demais entrar no top 10 de muita gente.

Sinopse

SKY Castle mostra as consequências da batalha pelo reconhecimento através da riqueza, do estudo e da pressão. O próprio nome da série tem relação com isso já que SKY é acrônimo de três grandes universidades coreanas: Seoul National University, Korea University e Yonsei University.

A história é focada no núcleo de famílias ricas e reconhecidas da Coreia que moram em um condomínio de mesmo nome do dorama. As personagens em destaque são as esposas que têm que lidar com toda a questão de inserção na sociedade, glamour e criação dos filhos. O tom de sátira e de crítica eleva essa trama a um nível superior.

É impossível não ficar irritado profundamente em algum momento da história, porque eles forçam a sua cara contra a terra milhares de vezes e de propósito. A genialidade de nos fazer chamar todos de monstros enquanto tentam nos fazer simpatizar com eles é absurda. 

Então, é aí que entra a importância de se fazer um bom desenvolvimento de personagem.

Já percebeu que algumas histórias são bem simples? De forma que é muito fácil perceber que um personagem está lá só para ser malvado ou só para ser a vovó, por exemplo. Em SKY Castle não é bem assim.

Apesar de ser uma história longe da realidade de nós meros mortais, o dorama SKY Castle sabe bem como construir um personagem. Um não, vários personagens mais realistas. São filhos, pais, mães, colegas divididos em 4 núcleos principais de famílias que se mostram ser mais do que somente esses títulos.

Não basta só mexer na personagem principal se todos ao redor permanecem apenas como cenários e muito menos se não há mudança aparente no protagonismo. A interferência das histórias funciona de uma forma maravilhosa.

O fato é: um bom desenvolvimento de personagem conta muito e é essencial para criar mais vínculos com nós que estamos assistindo. Doramas como SKY Castle tendem a fugir dessa ideia de personagens muito antagônicos.

Ou seja:

Esse dorama é sensacional. Mostra que ninguém muda do nada e como que as grandes mudanças acontecem.

A dica é: assistam e prestem atenção nos detalhes, em cada personagem, cada entonação, cada representação.

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