• Tempo de duração: 67 minutos
• Pauta: Raul Lima
• Arte da Vitrine: Lucas Máximo
• Edição: Raul Lima / Lucas Máximo

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A lista de anti-heróis pode ser grande dependendo do seu repertório. Vou citar dos mais famosos Hiei, Vegeta, Sesshoumaru, Ikki de Fênix (que existe um grande debate sobre ser mesmo anti-herói, assim como para Sasuke), Lelouch, Light (Raito), Deadpool, Walter White, Dexter e a lista é enorme!

O que esses caras tem em comum?

• Querem ser o melhor? Não, alguns já são os melhores e para outros essa discussão não faz sentido.
• Lutam somente pelos seus motivos? Também não, pois alguns são plenamente egoístas e outros tem motivos maiores ou seguem ordens. Por exemplo, Ikki luta por Athena como todo cavaleiro do Zodíaco.
• São fortes para ca…ramba! Normalmente sim e essa força não precisa ser física, pode ser inteligência também. Ele tem uma capacidade de batalha no mínimo de igual para igual com o herói, na maioria das vezes. Se for o antagonista, claro. Quando o anti-herói é o protagonista, como Alucard, não tem como discutir.
• Tem uma forte convicção? Sim! Isso todos eles tem. Convicção de suas ideias, pensar que sua forma de fazer as coisas é melhor e não costumam discutir, eles fazem!

Não importa se o anti-herói é subordinado, atua em grupo ou sozinho. Ele faz tudo o que pode a sua maneira e não se importa com o que vão achar, pois ele tem certeza que fazer o que for necessário para vencer o próximo nível / o próximo inimigo / alcançar aquilo que quer.

E por que ele não é um herói?

Porque ele não age como um herói, no entendimento comum do que é ser um herói. Alguns pensam que os fins justificam os meios, outros não se importam com a vida de ninguém apesar de matarem somente sob ordens, outros pensam que devem fazer as coisas sozinho, alguns pensam que não precisam estar sempre juntos aos outros, etc.

Eles se opõem ao que seria comum ser um herói. Por isso às vezes o termo anti-herói é associado ao antissociais, lobos solitários e antipáticos. Entretanto o que define o anti-herói é ele não agir conforme as expectativas que temos de um.

Entretanto não é porque ele não age como um herói que ele não é um. Em algumas histórias o herói é um anti-herói, em outras ele era um vilão que mudou de lado e decidiu lutar pelo mesmo objetivo do herói. Ou seja, ele continua com o comportamento de vilão e tem o mesmo objetivo do herói. A variedade é grande e podemos achar várias diferenças entre eles que também vão variar conforme a história.

Por que amamos anti-heróis?

Apesar de cada um ter um motivo para amar um anti-herói, por ele não seguir as regras / o protocolo / o padrão esperado, ele conquista a nossa atenção. O anti-herói pode ser absurdamente forte, ter um planejamento estratégico que quebra toda a defesa inimiga dele, ser aquele que precisa se esforçar muito para chegar no nível do protagonista, entre outros e quando ele chega no confronto é o diferencial!

Ele nos surpreende porque não sabemos o que esperar, mesmo conhecendo suas habilidades. Quando ele aparece na batalha pensamos agora já era, eita! agora ficou sério!, às vezes um wooow!!!. Isso quando não pensamos já tava no hora, finalmente, ‘tá atrasado. Ou quando ele não aparece que ficamos pensando Quando que esse maluco vai chegar, hein?.

Os anti-heróis nos surpreendem, causam expectativa e na maior parte das vezes, devido a seus diferenciais, os admiramos. Pode ser por ser incrivelmente dedicado a se tornar mais forte, por conseguir destruir a estratégia do inimigo antes da batalha começar ou por demonstrar um poder absoluto, nós os admiramos. Por isso os amamos.

Será que por isso podemos concluir por que amamos anti-heróis?

Nem toda história tem um anti-herói, mas quando esse elemento é presente na trama, parece que temos um gostinho a mais. Especialmente porque o anti-herói pode até mesmo agir errado, pode ser que a gente discorde do que ele está fazendo, mas com isso reconhecemos que ele age como ele é, como se fosse humano (apesar de não necessariamente ser um rs).

Será que o motivo de por que amamos anti-heróis é porque vemos essa certa humanidade de ele ser quem ele é, sem agir conforme o que esperam (ou que nós esperamos) dele?

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É fato que Seiya, Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki alcançaram o hall do fama e o que veio na sequência (nova versão, outros personagens, vilões diferentes de deuses) só fez aumentar o que já estava no topo.

Qual foi o caminho do hall da fama?

O protagonismo do personagem através do seu poder individual, ao mesmo tempo em que ele acredita que o grupo está lá por ele e ele está pelo grupo, unidos por um objetivo: por Athena!

Adicione um treinamento que precisa superar seus próprios limites e se destacar para alcançar esse protagonismo, talvez até mudar e amadurecer a forma de pensar para chegar nesse lugar. São todas as etapas para você conseguir o que quer (ou quase todas).

A construção da história é perfeita, mas por Athena?

Todo cavaleiro tem uma história e, não importa qual seja, ele se torna um cavaleiro por Athena.  Eles lutam e dão a vida por ela, mas por que? Essa é a parte que falta da história que todo mundo aceita para curtir o anime. Se não aceitar, não tem história.

É o tipo de situação que faz a gente refletir: por que pessoas tomam decisões de vida e fazem tantas coisas por um objetivo sem explicação?  Para quem está dentro daquele universo / contexto faz sentido. Para quem está de fora, não faz sentido nenhum.

Por Lealdade a Athena

Pode não fazer sentido. A história requer uma premissa de que isso deve ser considerado verdade para existir. Sem esse ponto, não tem história. Até mesmo dentro da própria história existe o questionamento se isso faz sentido pelas situações que os cavaleiros enfrentam. A dúvida traz o outro ponto marcante da história: a lealdade a deusa.

Quem não vive isso na vida, não é? Qual o problema de duvidar da verdade que falam? Por que é necessário assumir que aquilo que não se acredita é verdade? E do mesmo jeito, nada impede de aceitar como verdade aquilo em que se acredita, ser fiel a isso e defender com tudo que se tem!

Só se consegue uma armadura, alcançar além do 6º sentido e superar os próprios limites quando o coração do cavaleiro acredita. Nesse momento, quando ele consegue acreditar, a lealdade rege o seu coração. Por Athena.

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