Sinopse: Os Outros, série do mesmo criador de Sob Pressão, fala sobre a dificuldade contemporânea de passar por cima do diálogo e as consequências da intolerância. Tendo como pano de fundo a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, dois casais do subúrbio se mudam para um condomínio no bairro: Wando (Milhem Cortaz) e Mila (Maeve Jinkings) e Cibele (Adriana Esteves) e Amâncio (Thomas de Aquino). Os filhos deles brigam e, quando tentam intervir, não conseguem chegar em um acordo. Com a briga em aberto, uma disputa pela verdade é instalada no condomínio, envolvendo, inclusive, os outros moradores. Até onde eles estão dispostos a chegar para estar na razão?

Criado por Lucas Paraizo, mesmo autor de sob pressão. Os Outros mostra que tem obras nacionais que são tão boas quanto as obras estrangeiras. Em uma trama tecida com genialidade, a série consegue habilmente construir uma narrativa envolvente, que captura os espectadores desde o primeiro momento. Cada episódio é uma montanha-russa emocional, repleta de reviravoltas surpreendentes que desafiam as expectativas mais profundas. 

A cada passo da jornada, tensões constantes permeiam o enredo, mantendo o público sem saber para onde a obra irá. Ao longo da trama, os personagens são confrontados com escolhas difíceis que testam sua ética, moralidade e civilidade. Diante de situações complexas, eles são forçados a mergulhar em seus próprios dilemas internos. Nessa jornada eles se veem num fogo cruzado entre o que é certo e o que é necessário, o que torna a narrativa ainda mais envolvente e instigante para os espectadores, que são levados a refletir sobre as escolhas difíceis que todos enfrentamos na vida.

A profundidade psicológica dos personagens é um dos pontos mais cativantes da série. Cada personagem é habilmente construído com camadas complexas de emoções, traumas e motivações. Suas jornadas mostram vulnerabilidades, conflitos internos e transformações emocionais que ressoam para o público. Ao longo da narrativa, somos levados a compreender as motivações por trás de suas ações, e as nuances psicológicas, mas sem um artifício muito usado nas obras atuais: O Flashback, pouco se vê seu uso nesta série, o que é surpreendente.

O elenco de peso consegue entregar atuações absolutamente magníficas, elevando ainda mais a qualidade da série. Destacam-se Adriana Esteves como Cibele, Milhem Cortaz como Wando, e o magnífico Eduardo Sterblitch como o miliciano Sérgio.  Suas performances são profundamente emocionantes, carregadas de nuances e expressões que nos levam a sentir empatia, alegria, raiva e tristeza com cada um dos personagens. A química entre os membros do elenco é palpável, criando interações autênticas.

A icônica frase de Sartre, “O inferno são os outros”, ressoa profundamente ao desvendar a complexidade dos personagens deste condomínio. Ao nos mostrar que não é fácil a convivência em sociedade, a série nos instiga a refletir sobre como nossas interações podem moldar o futuro de nossas vidas. Em um mundo onde os encontros são repletos de expectativas, julgamentos e confrontos de ideias, somos confrontados com a inevitável interdependência entre indivíduos. 

Os Outros está disponível na GloboPlay.

Nota: 4.5/5

OBS: A série já foi renovada para sua 2ª Temporada.

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Sinopse: Na temporada final, Eve (Sandra Oh) e Villanelle (Jodie Comer) irão ter suas vidas ainda mais interconectadas enquanto se envolvem no mundo sombrio dos doze.

Killing Eve desde o início foi uma série sobre uma assassina estilosa caçada por uma agente mal-humorada do serviço secreto, tornando fácil se apaixonar pelas personagens principais da obra desde o princípio. Com roupas vibrantes, uma trilha sonora estrondosa e um sorriso tímido, Villanelle se tornou uma das minhas vilãs favoritas da TV, enquanto ela matava e deixava rastros de sangue pela Europa, sendo cada vez mais criativa com suas mortes. 

Por mais divertido que seja ver Villanelle, isso também se tornou um problema, pois na terceira temporada de Killing Eve, a série havia minimizado excessivamente o tempo da tela do personagem título para focar na sua cativante vilã. Agora, na 4ª temporada e a final, Eve, interpretada por Sandra Oh, é mais uma vez o foco da série.

A assassina psicopata que se volta para a religião é uma das melhores reviravoltas da TV, pena que não dura muito tempo. Os críticos criticaram bastante a série por não estar mais à altura de seu próprio hype, depois de uma 1ª Temporada impactante, original e  surpreendente. Mas apesar das temporadas seguintes decair, Killing Eve nunca perde sua essência, continua icônica e merecedora de ser lembrada por muitos anos.

Uma série feminina, engraçada e original, com duas atrizes que mergulharam em seus personagens e brilharam, Sandra Oh e Jodie Comer, é tudo ao mesmo tempo uma comédia espirituosa, onde as mulheres permanecem no centro o tempo todo.

A quarta e última temporada desembarcou na GloboPlay. A fábula dita no episódio 3 de o escorpião e o sapo fazem o paralelo perfeito de o que é essa série. Villanelle pergunta se o escorpião e o sapo se unem, e então gentilmente sugere que Eva pode ser o escorpião na situação deles.

A sugestão de Villanelle de que Eve pode ser o escorpião é um pensamento interessante e que conduz a temporada. Enquanto Villanelle está tentando descobrir se ela pode ou mesmo quer mudar de profissão, Eve está se tornando cada vez mais liberada a matar e mais parecida com Villanelle.

Killing Eve abraça totalmente o aspecto de romance condenado, o maior trunfo da série. A temporada final é de natureza shakespeariana, mas não está claro se é uma comédia ou tragédia. Quando as duas se encontram novamente, elas se observam através de um tanque de peixes. 

A principal falha da quarta temporada é a mesma das temporadas 2 e 3, o showrunner em constante mudança. A série muda de mãos a cada temporada e junto sua identidade, da genial Phoebe Waller-Bridge na primeira a Emerald Fennell a Suzanne Heathcote a Laura Neal. Ninguém foi capaz de replicar a perfeição que foi a primeira temporada de Waller-Bridge. Mas além disso, há uma falta de congruência em cada temporada subsequente. No momento em que cada novo showrunner entende a série a sua maneira.

É uma espécie de dois passos à frente, um passo atrás e assim por diante. O início da quarta temporada ignora parte do progresso emocional feito em sua anterior e não há indicação de porque Eve e Villanelle estão mais uma vez em desacordo uma com a outra, ou o que aconteceu com as duas.

Killing Eve foi inegavelmente uma série divertida de acompanhar e nenhum espectador se arrependerá de passar algumas horas assistindo. Mas é difícil não esperar e querer algo a mais de um projeto com este calibre de artistas, não deveria ser apenas bom e sim ótimo. Os fãs certamente ficarão tristes ao ver Killing Eve chegar ao fim, mas pode ser uma coisa boa para a série terminar boa em vez de se alongar e perder seu rumo.

Killing Eve está disponível no GloboPlay.

Nota: 3.5/5

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Com apresentação de Ana Xisdê, eleita a melhor caster do Brasil em 2019 e finalista do Esports Awards 2021, e de Fábio Gomes, ator e apresentador, com passagens pelo Omelete e Loading TV, o Geek City vai trazer novidades e conteúdos de grandes marcas do segmento, como como PlayStation, Ubisoft, Activision, Bandai Namco, Paris Filmes, Universal Pictures, Warner Bros. Pictures, Paramount Pictures, Globoplay e Amazon Prime Video.

O festival será transmitido com destaque no Portal Terra, Twitch e TikTok, além do YouTube e Facebook. O Geek City dentro do Terra faz parte da estratégia de games do Portal, o Game On, que busca aproximar o público gamer dos melhores conteúdos neste território. Para mais detalhes, acesse o site oficial do Geek City.

Uma das atrações do Geek City é o Cosplay Championship 2021, apresentado pela Fanta, em que o júri popular e técnico vão premiar as melhores representações com prêmios, que incluem um Xbox Series S e uma Smart TV 40″ Led FHD, além de passaportes para a edição 2022 do evento e camisetas.

O evento contará com a participação da equipe Vivo Keyd – um dos maiores clubes profissionais de esportes eletrônicos do país – no sábado e domingo, contemplando uma live com seus principais influencers, além de um showmatch de Free Fire entre os pro-players da VK e o público presente.

Confira alguns destaques da programação do Geek City:

Bate-papo com Walter Jones (Power Ranger)
O primeiro Power Ranger preto em “Mighty Morphin Power Rangers” fala aos fãs sobre as aventuras que viveu na série de televisão.

Especial PlayStation
Jogos mais aguardados, nova geração de consoles, os principais acessórios disponíveis (e que ainda serão lançados) e a presença de muitos convidados.

Bandai Namco
Saiba mais sobre o recém-lançado House of Ashes e fique por dentro de Elden Ring, um dos jogos mais aguardados de 2022.

Activision
Saiba tudo sobre Call of Duty: Vanguard, no qual os jogadores vão viver batalhas decisivas da Segunda Guerra Mundial enquanto lutam pela vitória nas Frentes Oriental e Ocidental da Europa, no Pacífico e no Norte da África.

Ubisoft
Além de Far Cry 6, Riders Republic, que será lançado nesta quinta-feira (28), figura entre as atrações da empresa, que trará ainda convidados para falar de Just Dance 2022.

Universal Pictures
Confira tudo sobre os filmes mais esperados dos próximos meses.

Warner Bros. Pictures
As principais franquias do cinema estão chegando.

Paris Filmes
Lançamentos e conteúdos exclusivos de Belle, Marighella e a Luz do Demônio.

Paramount Pictures
Trazendo conteúdos exclusivos de uma das franquias de terror mais comentadas do mundo – Pânico.

Sony Pictures
Para os nostálgicos de plantão, a empresa traz novidades sobre uma das mais icônicas franquias da história: “Ghostbusters: Mais além”.

Globoplay
Sob o comando do Cena Aberta, os lançamentos de novembro e a série mais esperadas do ano, Verdades Secretas 2.

Amazon Prime Video
Saiba mais sobre “A Roda do Tempo” (‘The Wheel of Time’), produção épica baseada na série do autor americano Robert Jordan.

Showmatch de Free Fire com Vivo Keyd
Vivo Keyd enfrenta convidados em uma exibição de Free Fire, Battle Royale para celulares da Garena.

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Sinopse: Em Onde Está Meu Coração, Amanda (Letícia Collin) é uma jovem e brilhante médica, sempre dedicada a seus pacientes. Mas a pressão diária do trabalho dentro do hospital acaba sobrecarregando a moça, que busca algum tipo de consolo nas drogas. Agora, enquanto ela tenta tratar sua dependência química, vê tudo que a rodeia desmoronar: seu casamento com Miguel (Daniel Oliveira), seu relacionamento com a irmã, Júlia (Manu Morelli), e a união de seus pais, Sofia (Mariana Lima) e David (Fabio Assunção).

OBS: ESSA SÉRIE É PESADA E CONTÉM GATILHOS E NÃO RECOMENDO PARA QUEM ESTÁ PASSANDO POR UM MOMENTO DIFÍCIL OU TEM PSICOLÓGICO FRACO. 

A série conta a história de Amanda, uma médica super dedicada que acaba ficando esgotada de tanto trabalhar.

Em uma festa que ela vai com seu namorado, Amanda acaba experimentando o crack e por se viciar na droga. Ele não acha que está viciada e entra em negação, sempre tentando desviar a atenção da família sobre ela.

Nós vemos a decadência de nossa protagonista e como ela perde tudo na vida dela.

A história é narrada de maneira cronológica linear, com alguns poucos flashbacks pontuais e também sobreposições de imagens interessantes. 

Eu gostei muito de como a direção abordou esse tema, apesar do tema ser tenso e sombrio, a série encontra uma poesia importante para se contar essa história e me deixa muito feliz em ver que as séries nacionais estão cada vez melhores.

Essa série tem um cuidado muito precioso em relação a fotografia e design de produção, a maquiagem que é excelente, tudo para vermos o mundo da perspectiva da Amanda que está na noia, mas é feita para trazer a sensação de perdida, de deslocada e vulnerabilidade através das imagens desfocadas.

A trilha sonora é carregada de melancolia e as músicas casam perfeitamente com os momentos da série, elevando a sensação que a série quer passar. De longe o maior acerto da série ao lado da atuação dos atores, enquanto estava pesquisando mais detalhes da série na internet, vi muitos e muitos comentários de pessoas perguntando o nome das músicas que foram usadas na série.

Quem tem ou já teve um parente ou amigo viciado, vai se emocionar demais assistindo a Onde está meu coração. O vício em drogas é uma doença muito séria e infelizmente ninguém consegue formular um debate mais profundo e técnico sobre o problema.

A Globo acertou bastante na pegada de sair do estereótipo de que só pobres da favela são as pessoas envolvidas com drogas e na compra das drogas.

Todo o elenco dá um show de atuação e destaque claro não poderia ser outro senão para Letícia Colin que faz nossa médica protagonista viciada Amanda. Mariana Lima que vive o amor de mãe incondicional e que não desiste nunca da filha, também merece ter o nome citado nesse texto. 

O final da série, contudo, é muito decepcionante, um pouco clichê e repleto de falas insípidas e um encerramento aberto que não fecha bem a série. Além disso, alguns conflitos dentro da família de Amanda que são revelados ao longo da série, ao final não são explicados deixando o espectador confuso. Eu torço para que a série ganhe uma segunda temporada e esses conflitos sejam resolvidos.

Onde Está Meu Coração está disponível na Globoplay.

Nota Final: 4.5 / 5

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Amigas para Sempre – Lançamento

Sinopse: Para quem gosta de séries mais leves, “Amigas para Sempre” é uma boa opção. As atrizes Katherine Heigl e Sarah Chalke dão vida a Tully e Kate, duas amigas de infância que há 30 anos são inseparáveis. A trama acompanha a parceria das duas em meio aos altos e baixos da vida.

Estreia dia 3 de Fevereiro na Netflix.

Cidade Invisível – Lançamento 

Sinopse:  A série nacional marca a estreia do premiado diretor Carlos Saldanha (“A Era do Gelo”, “Rio”, “O Touro Ferdinando”) no formato live-action. A trama é cheia de mistérios e é cercada de lenda folclóricas. O protagonista é vivido por Marco Pigossi, um policial que perde a esposa e ao investigar a morte dela, ele começa a se deparar com criaturas místicas e o pontapé inicial é o aparecimento de um cor-de-rosa em uma praia do Rio de Janeiro. O elenco ainda conta com Alessandra Negrini, Jessica Córes, Fábio Lago e Wesley Guimarães.

Estreia dia 5 na Netflix.

Transamazônica – Uma Estrada para o Passado – Lançamento

Sinopse: A rodovia Transamazônica pareceu ser a aposta de um Brasil mais unificado, mas, anos depois, ela não passa de uma promessa vazia. O projeto – que  foi idealizado pelo governo militar ainda nos anos 1960 – pode até estar abandonado, mas cada quilômetro construído da estrada tem uma história por trás. São pessoas que viveram a experiência de viver a promessa e a negligência, e que agora revelam seu ponto de vista.

Estreia dia 11 na HBO.

Soltos em Floripa – 2ª Temporada

Sinopse: Soltos em Floripa reúne oito jovens de diferentes partes do Brasil em uma casa de praia em Florianópolis, onde curtem as festas mais badaladas, se envolvem em brigas, romances e dramas, mas sempre com muita diversão. Para comentar sobre os desdobramentos do grupo, seis celebridades foram convidadas para participar de um painel especial: a cantora e drag queen Pabllo Vittar, os influenciadores digitais John Drops e Bianca Andrade, o ator Felipe Titto, a funkeira e compositora MC Carol e o sertanejo Mariano.

Estreia dia 12 de Fevereiro na Amazon Prime Vídeo.

Filhas de Eva – Lançamento

Sinopse: Filhas de Eva conta a trajetória dessas três mulheres que estão presas a padrões que não as fazem felizes. Stella repete o destino de sua geração, que abriu mão de sonhos pelo casamento e pela maternidade. Lívia tem sua carreira, mas sofre por não ter o controle da vida afetiva que idealizou. Já Cléo, com sua baixa autoestima, precisa garantir teto e sobrevivência antes de pensar em qualquer realização pessoal. Enquanto isso, Dora (Debora Ozório), neta de Stella e filha de Lívia, se debate entre os modelos familiares e o feminismo das jovens de hoje.

Estreia dia 19 na GloboPlay.

Tribes of Europa – Lançamento 

Sinopse: A série futurista se passa em 2074 e acompanha a luta de três irmãos que buscam mudar o destino da Europa, que está dividia em microestados após uma catástrofe global. O detalhe é que todas essas regiões passam a disputar o poder.

Estreia dia 19 na Netflix.

Hard: 2ª Temporada

Sinopse: Hard acompanha a história de Sofia (Natália Lage), uma advogada viúva que descobre como seu marido mentiu a vida toda sobre sua profissão. Ela só descobriu sua mentira ao se tornar a herdeira da produtora de filmes pornô dele. No entanto, com o empreendimento quase falido, a ex-advogada precisa se adaptar à nova realidade, e quem sabe pensar em alguma forma de reerguer o negócio de seu falecido esposo.

Estreia dia 21 na HBO.

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Sinopse: Jeff (Jim Carrey) é o astro multimilionário de um programa infantil televisivo, amado tanto pelas crianças que o assistem como pelos pais delas. Mas a vida exemplar e inspiradora dessa figura pública se transforma completamente quando problemas familiares começam a surgir. Sem saber como lidar com a nova situação, o simpático apresentador precisará de muita ajuda para manter sua sanidade.  

Em Kidding nós somos apresentados a história de um apresentador de TV infantil cuja incapacidade de expressar emoções negativas é tão relevante quando a questão do que fazer com os seus maus sentimentos, isso faz com que a série gere um debate sobre saúde mental, trauma, luto e masculinidade. 

Jim Carrey interpreta Jeff, um apresentador conhecido como Mr. Pickles, cujo programa infantil está no ar há trinta anos e continua fazendo um enorme sucesso entre as crianças, após passar por uma tragédia familiar: um dos seus filhos gêmeos morreu, o luto e o sofrimento vem à tona junto do seu divórcio. 

A série não mostra uma história de superação, de um homem tentando reatar com sua esposa, em vez disso ela pega todo o sofrimento do protagonista e o usa para transmitir algumas lições valiosas aos seus espectadores.

Kidding é uma comédia sobre tristeza. E Carrey é o ator perfeito para fazer esse papel, um homem adulto mas que não deixa de ser meio tonto e infantil.  É difícil imaginar outro ator que conseguisse expressar tanta empatia, enquanto nosso protagonista caminha entre a alegria e a dor, rasgando nossos corações e depois nos cutucando com uma risada. 

Em sua primeira temporada a série parece determinada a surpreender os seus espectadores, suas mudanças de tons frequentes hora surpreendendo hora deixando o público confuso, que induzem de cenas divertidas a sombrias.

Sua primeira temporada serve bem de alicerce para estabelecer o tom da série, bem como seus personagens. Seu ritmo vai aumentando com o passar dos episódios culminando num clímax que te deixará com vontade de ir correndo ver a segunda.

A segunda temporada começa depois que a raiva do protagonista Jeff explodiu, seu personagem corre para a exploração notável de reconhecer a sua dor. Pode parecer exagero eu descrever Kidding como uma  das comédias mais brilhantes da TV, mas as evidências de que isso é verdade são abundantes em todos os episódios da segunda temporada.

Cortando seu cabelo quase característico no início da segunda temporada, Jeff mostra que está disposto a mudar e o programa também.

Em sua segunda temporada Kidding mantém o tom mais regular e passa mais tempo compartilhando a mente lúdica de Jeff com o público, integrando o show dentro de um show de maneiras que contribuem para o desenvolvimento emocional mais envolvente e cenas visualmente impressionantes. 

Tudo o que você esperava apreciar, seja a atuação cômica de Carrey ou as lições sinceras da programação infantil contadas da perspectiva de um adulto, está mais fácil de ser entendida agora.

As lições que a série passa são inúmeras e isso me surpreendeu, séries cômicas tendem a passar poucos lições, mas com um bom grau de aprofundamento, mas Kidding vai além, seus temas abordados são inúmeros, divórcio, traumas, morte, luto, raiva, amor, a cada episódio da trama dá para se tirar uma lição valiosa para a vida.   

O roteiro da série beira a perfeição, com os personagens servindo à mensagem principal do programa. Nenhum dos diálogos de Kidding é descartável ou sem importância, o que faz com que cada episódio de 30 minutos da história de Jeff pareça denso e satisfatório. 

Kidding não tem medo de utilizar os pontos fortes cômicos de Carrey, vozes engraçadas, expressões borradas e sua fala rápida ajudam a alimentar o personagem Jeff, e dificilmente outro ator poderia interpretar Jeff e provocar as mesmas profundidades de emoções e compreensão do público.

Visualmente, a série tem cores e o tom agradável da infância, o cenário do show do Mr. Pickles é apenas uma decoração para a vida, como todos nós devemos suportar.

A série também possui participações de diversos convidados especiais que inclui desde Ariana Grande como uma fada que participa do programa de Mr. Pickles, a Dalai Lama dançando com o nosso amado apresentador de programa fictício.

A série consegue ser extremamente criativa com a maneira como fala sobre os problemas de Jeff e de sua família, mas também corajosa quando não evitar falar sobre problemas reais que acontecem nas famílias do mundo inteiro.

Finalizando, Kidding consegue transmitir as tristezas da vida de uma maneira alucinatória, inocente e distorcida. Sua premissa sempre foi mostrar o lado sombrio de Jeff e através disso a série consegue oferecer uma premissa intrigante, narrativa imaginativa e ótimas atuações que farão você ir do riso ao choro em questões de minutos.

A 1ª e 2ª temporadas de Kidding estão Disponíveis na GloboPlay .

Nota Final: 5 / 5

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