Desde a escolha de pontos de vista até plot twists durante a trama, SKY Castle dá um show. E para isso, trabalham muito bem no desenvolvimento dos personagens.

Obs: Esse texto é livre de spoilers. Então pode aproveitar para ler mesmo que ainda não tenha assistido!

Primeiramente, vamos entender onde estamos colocando o pé:

Não sei vocês, mas eu adoro uma trama que consegue prender e dar revolta no espectador do início ao fim. E se nos fizer questionar a sociedade só melhora ainda mais. SKY Castle tem tudo e mais um pouco.

Ainda estou assimilando o impacto que tive assistindo esse dorama. Mas uma coisa tenho que dizer, ele merece demais entrar no top 10 de muita gente.

Sinopse

SKY Castle mostra as consequências da batalha pelo reconhecimento através da riqueza, do estudo e da pressão. O próprio nome da série tem relação com isso já que SKY é acrônimo de três grandes universidades coreanas: Seoul National University, Korea University e Yonsei University.

A história é focada no núcleo de famílias ricas e reconhecidas da Coreia que moram em um condomínio de mesmo nome do dorama. As personagens em destaque são as esposas que têm que lidar com toda a questão de inserção na sociedade, glamour e criação dos filhos. O tom de sátira e de crítica eleva essa trama a um nível superior.

É impossível não ficar irritado profundamente em algum momento da história, porque eles forçam a sua cara contra a terra milhares de vezes e de propósito. A genialidade de nos fazer chamar todos de monstros enquanto tentam nos fazer simpatizar com eles é absurda. 

Então, é aí que entra a importância de se fazer um bom desenvolvimento de personagem.

Já percebeu que algumas histórias são bem simples? De forma que é muito fácil perceber que um personagem está lá só para ser malvado ou só para ser a vovó, por exemplo. Em SKY Castle não é bem assim.

Apesar de ser uma história longe da realidade de nós meros mortais, o dorama SKY Castle sabe bem como construir um personagem. Um não, vários personagens mais realistas. São filhos, pais, mães, colegas divididos em 4 núcleos principais de famílias que se mostram ser mais do que somente esses títulos.

Não basta só mexer na personagem principal se todos ao redor permanecem apenas como cenários e muito menos se não há mudança aparente no protagonismo. A interferência das histórias funciona de uma forma maravilhosa.

O fato é: um bom desenvolvimento de personagem conta muito e é essencial para criar mais vínculos com nós que estamos assistindo. Doramas como SKY Castle tendem a fugir dessa ideia de personagens muito antagônicos.

Ou seja:

Esse dorama é sensacional. Mostra que ninguém muda do nada e como que as grandes mudanças acontecem.

A dica é: assistam e prestem atenção nos detalhes, em cada personagem, cada entonação, cada representação.

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Falando em suspense, a gente já fez um post sobre Doramas de Terror, Suspense e até mesmo romances com temáticas sobrenaturais!

Entenda os principais pontos:

Lançada em 2020, a série O Jogo da Vítima foi inspirada num bestseller taiwanês e conta com um ótimo elenco para reforçar o enredo. São 8 episódios de muito mistério e investigação.

Joseph Chang, o ator do protagonista, ganhou o 2nd Asian Contents Awards pelo seu trabalho na série e Moon Lee ganhou o 55th Golden Bell Awards pela interpretação da filha. Além disso, a trama teve a participação especial da grande atriz de Taiwan, Ruby Lin.

O livro em questão é A Quarta Vítima (Tradução livre de 第四名被害者) do autor INFINITY (天地無限).

A história (sem spoilers)

Um cientista forense e uma jornalista se empenham em resolver dois mistérios. Um deles é a morte de uma personalidade e seus desencadeamentos. O outro é a relação da filha do cientista com isso tudo.

A trama mostra tanto a investigação oficial como o andamento das pesquisas dos dois protagonistas, com maior foco no cientista. Além disso, a história é bem fechada e se encerra no último episódio.

Conheça o protagonista

A premissa da história já é interessante, mas a série tem mais um destaque: a representação de Fang Yi‑Jen e a relação com outros personagens. Victims’ Game traz um protagonista neurodivergente que é muito bom no que faz, porém tem seu comportamento julgado pelos outros.

Já no primeiro episódio somos apresentados ao Fang Yi-jen jovem e depois o vemos formado, como o cientista forense. Logo, a situação inicial também serve para mostrar características da carreira e a forma de tratamento dos colegas desde sempre.

O transtorno do espectro autista

OBS: Ainda que a descrição da Netflix se refira à Síndrome de Asperger, trata-se de transtorno do espectro autista. Entenda no texto traduzido pelo blog Neurodiversidade: PORQUE A SÍNDROME DE ASPERGER NÃO É MAIS DIAGNÓSTICO SEPARADO NA DSM-V

Inclusive, isso já foi atualizado na nova CID-11 (em vigor desde 1º de janeiro de 2022).

Um caso atrás do outro

Tudo começa com um caso em específico e segue naquele estilo de investigação criminal que muitos fãs de série policial adoram: o cientista forense chega na cena e vai notando detalhes do ocorrido. Assim, os detetives começam seu trabalho.

E não só eles, como o próprio cientista continua analisando e entra a jornalista cuja visão fora do foco dos policiais é essencial.

Ainda é importante dizer que os casos são intrigantes, fortes e podem dar gatilhos a quem assistir. São dois pontos a se notar:  detalhes muito bem feitos nas cenas dos crimes e sofrimento bem real.

Portanto, esteja preparado para lidar com imagens fortes e se envolver com histórias a cada nova pista descoberta.

Se você tiver estômago, aproveita para ver essa seleção de doramas sobre jogos, sobrevivência e mais

Assim como esse filme sobre um serial killer real: Memórias de Um Assassino e a história que chocou a Coreia

A carga emocional

Se você já assistiu séries que tentam retratar onde que dói o sofrimento de alguém, provavelmente entenderá de primeira o conceito de O Jogo da Vítima. Definitivamente, o nome da série não é por acaso, visto que o grande foco aqui são elas e junto vem a carga emocional de suas vidas.

Ou seja, o resultado da morte e o revirar da vida de quem pudesse estar envolvido traz à tona muito sofrimento. Em paralelo a isso, a gente também fica ansioso para saber sobre a história da filha e, com um pouco menos de destaque, sobre a jornalista como profissional e pessoa.

E agora?

Por último e não menos importante: A Netflix já anunciou uma segunda temporada com previsão para 2022.

Como o foco da trama é entender as vítimas, então os outros personagens não são muito desenvolvidos. Será que na segunda temporada vão tentar mostrar mais dos protagonistas com novos casos?

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