Baseado num Best-seller, o dorama Pachinko chegou na Apple TV+ já com 3 episódios iniciais. Então veja algumas impressões a seguir!

Antes de mais nada, vamos ao livro.

Escrito por Min Jin Lee, Pachinko foi publicado em 2017 e traz a história de uma família coreana desde a geração que vivia no interior da Coreia até a migração para fora do país.

O livro, além de ser uma obra comovente, também nos ensina sobre o passado que muitos não temos noção. Conhecemos uma parte da vida de coreanos no Japão entre lições do cotidiano da família.

Para se ter uma noção, a autora passou 30 anos aprimorando o seu trabalho a fim de que pudesse trazer aos olhos dos leitores essa coleção de memórias de Pachinko. Ela estudou, conversou com coreanos no Japão, fez pesquisas e continuou escrevendo.

Ler o livro antes ou depois da série?

Querendo ou não, o dorama Pachinko tem uma pegada diferente da obra original, assim como muitas adaptações de livro para filme/série. Porém, como são dadas novas informações no live action, ler o livro antes pode ser bem mais interessante. Mas, claro, se quiser ler depois também fará grande proveito.

Episódios de 1 a 3 de Pachinko na Apple TV+

Diferentemente do livro, que é separado em 3 etapas e conta a história de cada época em ordem cronológica, a série mostrou que não é bem assim que vai seguir.

Já no primeiro episódio temos passado e presente se contrastando e estimulando quem não conhece a história a tentar descobrir a ligação das personagens. O foco em 1989 podia ser menor nesse início, mas é atrativo mostrar a forma de agir do protagonista dessa parte divergindo ou conciliando com a protagonista matriarca.

Legendas e idiomas: coreano/japonês/inglês

Uma sacada de mestre foi alterar a cor das legendas para mostrar a mudança de idiomas durante as cenas. Como é fundamental mostrar a influência tanto do japonês quanto do coreano, a Apple fez muito bem em deixar essa mistura. O que facilita mostrar até os momentos em que personagens trocam palavras entre japonês e coreano, ou até mesmo em inglês.

No livro, há marcações sobre isso. Por exemplo, com os honoríficos utilizados, além de palavras como “oppa, ajumoni” e “oishi”.

A abertura

Divertida e com uma mensagem de Carpe Diem, a abertura vem com a apresentação dos personagens junto fotos e vídeos de cenas antigas. Assim,  mostra um desejo que é passado de geração em geração para uma vida melhor.

E, claro, apresenta o local com máquinas que dá nome ao dorama: Pachinko. Um estabelecimento de jogos de azar.

Pachinko, o que é?

A descrição desse entretenimento lembra muito aos casinos que vemos em filmes. Os salões de Pachinko reúnem várias máquinas com uma semelhança ao Pinball. E, inclusive, no dorama é possível ver de perto os detalhes de uma delas.

Cenas para o contexto

Pachinko tem mais de 500 páginas, então há momentos que vão ser cortados e outros adicionados para que possamos entender o contexto. É o caso das cenas da família da pequena Sunja na Coreia.

De mesmo modo, trocaram elementos singelos como o chefe, a presença de algumas personagens e até o momento em que algumas situações aconteceram. A sequência de fatos dos primeiros episódios ficou fluída, mas não trouxe o impacto que a experiência proporcionou no livro.

Por outro lado, foram adicionadas visões marcantes, algumas até que ficam subentendidas no livro. Tais como presenciar cenas de agressões e a morte do imperador do Japão.

Agora, outra parte que ficou interessante foi a relação de Sunja com Solomon. A importância que deram nas primeiras cenas entre os dois e nas situações que aconteceram foi muito bem pensada.

O que esperar do dorama Pachinko?

A série deve seguir os passos de Sunja e sua família até coincidirem com as cenas do futuro que encontramos no início da trama. De forma a passar os acontecimentos que foram descritos no livro.

A história é cheia de conhecimento, mostrando principalmente as aflições da guerra, a exploração de imigrantes e o que cada geração considera desejável. Portanto, prepare o coração.

São vários personagens com personalidades muito distintas interagindo na narrativa original. Porém, como são somente 8 episódios na primeira temporada, é possível que seja dado um foco menor aos que mal foram apresentados ainda. Até porque os 3 primeiros episódios foram bem corridos e cheios de informação!

Não tem Apple TV+ para assistir?

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Eles são conhecidos por três expressões: Mini dramas, Dramas especiais e Web dramas (alguns web dramas ainda podem ser do tamanho convencional).

Se você é uma pessoa sem tempo ou que tem preguiça de acompanhar longas produções, esse aqui é o seu momento de brilhar. Caso você não tenha esse problema, aproveite para maratonar num piscar de olhos essa listinha:

#1 – Splash Splash Love

Para iniciar a lista: Um drama especial de apenas 2 episódios que conta a história de uma estudante tentando se virar nos trinta pra passar de ano quando SPLASH SPLASH ela vai parar no passado ao estilo isekai de anime.

A trama é muito engraçadinha e foi ao ar como parte da programação do fim do ano em 2015. As sacadas da protagonista, interpretada pela maravilhosa Kim Seul Gi, são dignas de deixar fãs de viagem no tempo bem felizes.

#2 –Where Your Eyes Linger

Essa é a primeira produção coreana do Viki que foca em um casal LGBT, no gênero conhecido como Boys Love. Se você procurar por aí, verá que foi muito discutido quando lançado.

O fato é que esse mini dorama tem uma sequência bem nos moldes de dramas de estudantes, e apela para o fanservice – no sentido de estar ali para agradar mesmo. O estilo lembra um pouco lakorn* adolescente numa versão ultra rápida. E apesar de algumas ações e relações serem muito menos desenvolvidas do que o esperado, esse drama tem seus momentos poéticos.

*Lakorn é como são chamadas as novelas tailandesas

#3 – Eating Existence

Com uma protagonista bem diferente do que o esperado e um parceiro que também não fica muito longe, Eating Existence é um dorama de slice-of-life que traz comédia e pitadas de romance. Além do óbvio pelo nome que seria o conceito da comida.

Porém, esteja avisado: O ponto forte não está nem na comida, nem no romance e sim na estranheza. Esse drama é perfeito pra quando você só precisa rir de algo, sem pensar muito, já que o plot não é lá elaborado. Esse dorama com certeza foge dos assuntos usuais e, talvez por ser baseado em um manhwa, tem um teor interessante em relação a visão de mundo e de relacionamentos. Além disso, o estilo da personagem principal e a interação do casal dá um toque muito bom a cada episódio.

Obs: O drama é bem estranho mesmo. Exemplo disso é o próprio pôster de apresentação, com o casal dividindo um alimento parecido com maria mole.

Ficha técnica Número de Episódios: 10 Duração de cada episódio: de 7 a 11 minutos

#4 – Ballerino

Esse aqui é um pouco diferente das outras histórias, já que o foco é o trabalho duro do personagem principal para seguir seu sonho. É um mini drama muito bonito, com uma atuação bem feita e, é claro, bem sentimental.

O plot mostra como um jovem norte-coreano tenta se tornar bailarino na Coreia do Sul, após ser apresentado a arte por um talentoso bailarino. A qualidade não é das melhores, mas isso não influencia em quão boa a obra é.

#5 – Twenty Years Old – 20’s 

Sabe aquela fanfic da mocinha que tem um idol apaixonado por ela? Pois bem, assista isso em forma de dorama. Ou seja, 20’s é basicamente uma fanfic que deu certo (Com um idol de verdade interpretando o idol, o Lee Gi Kwang – do antigo BEAST, atual Highlight).

A produção é, por certo, mais um exemplo fofo de como mini dramas podem aquecer o coração com pouco tempo de tela. É doce, engraçadinha e conta a história de um romance entre uma garota e um k-idol que eram amigos quando mais novos.

Agora não tem mais desculpa de dizer que doramas são longos, viu?

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