decepção - Animes Online BR https://animesonlinebr.org viage com a gente no Animes Online BR Thu, 21 May 2020 12:36:08 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://mundodosanimes.com/wp-content/uploads/2022/08/cropped-14c6bcf3-be6c-4046-ae51-74e8880e70ba-scaled-1-32x32.jpeg decepção - Animes Online BR https://animesonlinebr.org 32 32 Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica a Lugar Nenhum https://animesonlinebr.org/sem-categoria/dois-irmaos-uma-jornada-fantastica-a-lugar-nenhum/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=dois-irmaos-uma-jornada-fantastica-a-lugar-nenhum https://animesonlinebr.org/sem-categoria/dois-irmaos-uma-jornada-fantastica-a-lugar-nenhum/#respond Thu, 21 May 2020 14:30:07 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=8298 Pixar é uma empresa cujas obras povoaram o meu imaginário enquanto eu crescia: Procurando Nemo, Monstros S.A., Os Incríveis… Tão importante foi que,

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Pixar é uma empresa cujas obras povoaram o meu imaginário enquanto eu crescia: Procurando Nemo, Monstros S.A., Os Incríveis… Tão importante foi que, mesmo depois de adulta, suas produções me emocionam até os dias de hoje. Por essa razão, eu fico atenta a qualquer anúncio do estúdio, confiando em seu histórico de sucesso. Surpreendentemente, quando saíram os primeiros trailers de Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, senti que o filme seria nada especial.

Juro que eu não queria estar certa, mas nem todos os nossos sonhos podem ser realidade.

Imagine o seguinte, meu caro leitor: um mundo povoado pelas criaturas do nosso imaginário fantástico, vibrando de magia para realizar coisas incríveis e impossíveis na nossa realidade. Pensou? Pronto. Agora deixe a magia como algo terciário, mantenha as criaturas, e abrace o ordinário. Esse é, essencialmente, o contexto dos irmãos Ian (Tom Holland) e Barley (Chris Pratt) Lightfoot, dois rapazes elfos diametralmente opostos em personalidade. Ian, o mais novo, é um capacho quieto, deixando as pessoas ao seu redor se aproveitarem dele. Barley, em contrapartida, é um inútil bonachão, que glorifica o passado e magia. No aniversário do caçula, eles recebem uma herança do seu falecido pai, um cajado mágico – que eles então usam para tentar trazer seu pai ao mundo dos vivos por 24 horas. Dando errado, eles correm contra o tempo em uma jornada para verem seu pai uma última vez.

Há muito tempo (no longíquo ano de 1949, para ser mais exata) o acadêmico estadunidense Joseph Campbell lançou uma das mais importantes teses sobre arquétipos e narrativas mitológicas com seu livro O Herói das Mil Faces. Nele, é estudada a figura do herói, as tribulações que ele passa, e o que é conquistado ao final da jornada. É um monomito que se perpetuou em múltiplas culturas e pode ser resumido a seguir, conforme está na introdução do livro:

“Um herói se arrisca a sair do seu dia-a-dia comum para uma região de maravilha sobrenatural: forças fabulosas estão lá para ser encontradas e uma vitória decisiva está a ser ganhada: o herói volta a partir desta misteriosa aventura com o poder de conceder bênçãos sobre seus companheiros.”

As ideias de Campbell são um marco para os estudos mitológicos e seus conceitos são estudados e inclusive implementados na narrativa audiovisual, como por exemplo a saga Star Wars. “Sim,” você interrompe, “Mas o que tudo isso tem a ver com o filme mais recente da Pixar?” Bem, O Herói das Mil Faces é tão amplamente difundido em histórias de Fantasia que eu fico surpresa que tenha sido empregado com tão pouca imaginação. 

Dois Irmãos consegue ser surpreendente em sua capacidade de ser mediano, como se sugasse toda a criatividade de uma sala e expelisse decepção. São arcos que não levam a lugar nenhum, resoluções que não se conectam com a premissa, e execuções previsíveis de arquétipos. Eu esqueci o nome dos protagonistas enquanto via o filme. Como é que nada esperei e ainda terminei insatisfeita?

Dois Irmãos é o tipo de filme que levanta muitas perguntas, mas elimina totalmente qualquer vontade minha de respondê-las. Geralmente, quando escrevo esta minha coluna semanal, eu busco entrevistas com os desenvolvedores para compreender o processo de fazer a obra estudada e como afetou o trabalho final. Entretanto, com esta animação, eu não me interesso em nada que o diretor Dan Scanlon tenha a dizer. Não há nenhuma contribuição positiva dele nem para a Pixar nem para o gênero da Fantasia como um todo e quão menos eu souber, melhor para mim.

Claro, tecnicamente o filme é bonito, mas é como um sanduíche do McDonald’s: elementos bonitos, mas um sabor esquecível. Assim sendo, para que escrever sobre Dois Irmãos diante de uma reação tão negativa? Talvez porque eu não queira ninguém cometendo o mesmo erro, mas provavelmente porque é divertido falar mal.

Talvez essa seja minha jornada heroica.

Se você ainda quiser assistir a esse filme, está disponível no serviço de streaming Amazon Prime.

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Ni no Kuni – o filme: decepção de outro mundo https://animesonlinebr.org/anime/ni-no-kuni-o-filme-decepcao-de-outro-mundo/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=ni-no-kuni-o-filme-decepcao-de-outro-mundo https://animesonlinebr.org/anime/ni-no-kuni-o-filme-decepcao-de-outro-mundo/#respond Thu, 27 Feb 2020 13:27:43 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=6530 O nome Ghibli carrega muito significado para mim, desde que eu era uma menina pequena. Lembro-me de assistir à Viagem de Chihiro no

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O nome Ghibli carrega muito significado para mim, desde que eu era uma menina pequena. Lembro-me de assistir à Viagem de Chihiro no cinema com minha mãe, e de me encantar com o espetáculo visual próprio daquele estúdio. Anos depois, após ver vários filmes do seu catálogo, foi-me recomendado um jogo cujo design tinha sido todo elaborado pelo Ghibli, o Ni no Kuni: Wrath of the White Witch

Instantaneamente, o jogo tornou-se um dos meus favoritos, zerei com lágrimas nos olhos. Eu estava ansiosa por mais conteúdo, e o segundo jogo não serviu muito para saciar essa vontade, embora eu tenha gostado muito. Quando soube que uma adaptação estava a caminho, fiquei empolgadíssima. Um filme ambientado em um dos meus universos favoritos? Vi todos os trailers, fiquei animada com cada anúncio de lançamento. O que poderia dar errado?

[embedyt] https://www.youtube.com/watch?v=5tKToG-6nTo[/embedyt]

Bem, você leu o título dessa crítica.

Vamos lá.

Ni no Kuni (título que pode significar “Outro Mundo”/”Segundo Mundo”) é uma série de, até agora, dois videogames desenvolvida pela Level-5. Cada um deles, o jogador acompanha um indivíduo do nosso mundo (no primeiro, Olliver; e no segundo, ainda que num papel secundário, Roland) em sua jornada nessa dimensão fantástica. O filme também segue esse padrão, sendo ambientado nesse “Outro Mundo”, porém mais genérico que as versões exploradas pela outra mídia.

Desta vez, os protagonistas são os colegiais Yu, um menino confinado à cadeira de rodas, e Haru, seu melhor amigo atleta. Eles seguem seus dias como adolescentes japoneses medianos, até que um incidente os leva ao Segundo Mundo, onde magia é real e o Yu pode andar. Eventualmente, eles se envolvem com uma guerra, e cada um dos amigos alia-se a um lado do conflito.

Honestamente, foi uma das minhas maiores decepções do audiovisual, ganhando facinho em categoria de desgosto do infame Esquadrão Suicida. A história é muito genérica e desde o primeiro instante eu consegui adivinhar as revelações do roteiro, impedindo qualquer surpresa. Os diálogos são muito expositivos, e muitas vezes mal escritos, o que impossibilitou aparecer qualquer senso de verossimilhança ou genuinidade. Os personagens parecem mais rascunhos, sem alguma personalidade muito elaborada.

Para não ser apenas negativa, concederei que a arte é muito boa. Os cenários são lindos, os designs de personagens são interessantes, e o uso de cores é excelente. Ghibli não teve envolvimento direto, só trabalhando no primeiro jogo, porém os elementos de sua identidade criativa estão aí: foi como se copiassem alguma obra do estúdio, roubando seus componentes mais marcantes, no entanto, sem captar a essência. Era como um bolo de puro glacê, enjoativo embora belo. A dublagem também está bem trabalhada, e, às vezes, era o que salvava umas falas mal elaboradas, porém eu não esperaria nada menos dos nossos profissionais.

Não sei porque eu continuei vendo. Quiçá um misto de masoquismo com curiosidade; talvez uma esperança de que, uma vez a situação resolvida, as peças se encaixariam. Em dados instantes, era possível capturar detalhes do meu amado jogo: o uso de uma música da trilha sonora original, ou o design de algum objeto. De qualquer forma, seja à base da auto-enganação ou da indignação, eu terminei o filme. Se eu recomendo? Não. Se gostar de jogos de RPG, e tiver consoles japoneses (Nintendo Switch ou Playstation 4), jogue os originais.

Ni no Kuni: Wrath of the White Witch é uma obra muito significativa para mim, e, mesmo anos depois de ter zerado, eu ainda carrego no coração a sua história fenomenal. Saber que a sua adaptação para minha mídia favorita resultou nesse absoluto fracasso de vendas e recepção traz um sabor amargo à boca. Espero que o futuro guarde novidades melhores.

Se ainda assim desejar assistir ao filme de Ni no Kuni, pode encontrá-lo no catálogo da Netflix.

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