Sem Tempo Para Morrer é o último filme com Daniel Craig no papel de 007. O filme também é estrelado por Léa Seydoux, Ralph Fiennes, Naomie Harris, Ben Wishaw, Rami Malek e Jeffrey Wright. No Time To Die, nome em inglês, é dirigido por Cary Joji Fukunaga, baseado em uma história de Neal Purvis e Robert Wade.

DEPOIS DE SPECTRE

É importante falar que, para assistir a esse filme, é interessante que você tenha assistido aos outros filmes de James Bond estrelados por Daniel Craig ou, pelo menos, que tenha visto Spectre, já que Sem Tempo Para Morrer segue diretamente do ponto onde Spectre acabou.

O filme começa mostrando do passado de Madeleine, aprofundando mais a personagem. Logo é introduzido o grande antagonista dessa nova história, interpretado por Rami Malek. Depois desse flashback, voltamos a acompanhar James Bond e Madeleine, que estão vivendo uma vida tranquila, mas logo tudo muda e Bond precisa voltar à ativa.

Quando vi que o filme teria mais de duas horas e meia de duração, fiquei com receio de que fosse ser muito maçante, mas não. Apesar de ter medo do que viria pela frente, tendo em vista que acabei não gostando muito de Spectre, não tive a sensação de a história estar sendo prolongada demais. Isso se deve muito ao fato de a ação do filme ser muito boa e também o ritmo ser acelerado. Gostei muito também da trilha sonora, já que sou muito fã do Hans Zimmer. A música tema, cantada por Billie Eilish, também é bem marcante.

DIFÍCIL DE SUPERAR CASINO ROYALE E SKYFALL

Como disse, tinha receio do que viria a seguir, já que não gostei muito de Spectre. É quase unânime entre os fãs de 007 que, dentre os filmes com Daniel Craig, Casino Royale e Skyfall são difíceis de superar e são os melhores. Eu mesmo concordo, são meus dois favoritos, pois acho que os dois filmes são muito sólidos, com uma história maravilhosa e personagens incríveis.

Gosto muito da Vesper em Casino Royale, até mesmo queria que ela tivesse continuado em outros filmes. Além disso, Mads Mikkelsen no papel de vilão está impecável. Em Skyfall acontece a mesma coisa, além de nos trazer despedidas emocionantes a personagens e a apresentação de outros, como o novo Q, interpretado por Ben Wishaw. Sou suspeito para falar, pois gosto muito dele.

PERSONAGENS EM SEM TEMPO PARA MORRER

Pensando nesses pontos, acho que foi justamente o que faltou em Sem Tempo Para Morrer. Apesar de gostar e muito do ator Rami Malek, acho que nem mesmo ele conseguiu salvar o papel de Safin. O vilão aparenta dar medo, mas acabou sendo muito caricato. Acho também que o roteiro usou muito pouco e fracamente o personagem de Blofeld, o vilão em Spectre. Christopher Waltz é ótimo e sinto que ele foi desperdiçado.

Apesar desse ponto fraco, acredito que os outros personagens foram muito bem inseridos. Gostei principalmente da participação da Ana de Armas como Paloma. Senti até que ela poderia ter aparecido mais. Achei a personagem dela muito carismática e, unida a Bond, eles formaram uma ótima dupla. Também adorei a personagem de Lashana Lynch. Mesmo com sua postura mais fechada, ela chama atenção para si e mostra-se uma agente a altura de Bond. Ela é tão capaz quanto qualquer outra pessoa e gosto muito da representatividade que ela carrega consigo.

UM BOND MAIS SENTIMENTAL

Confesso que entrei para o mundo dos filmes do James Bond através da versão de Daniel Craig do agente secreto. Não cheguei a assistir os outros filmes da franquia com outros atores, mas vejo que tantos fãs novos quanto os mais antigos gostam muito de Daniel Craig no papel. Eu, desde o primeiro filme, Cassino Royale, fui cativado pela versão do ator desse personagem tão icônico.

Aqui Daniel Craig traz mais uma vez um James Bond mais sentimental, o que é muito bom, já que uma das marcas dos filmes com o ator foram justamente a exploração do lado mais emocional do agente. Tanto em Casino Royale, com sua relação com Vesper, como em Skyfall, na despedida da antiga M. Daniel Craig sempre trouxe esse lado mais humano do 007 e acredito que deixou sua marca, apesar dessa despedida ter ficado meio agridoce.

O FUTURO DE BOND (SPOILERS)

O que será do futuro de James Bond, só o tempo dirá. Será interessante ver o personagem com uma nova roupagem, seja o próximo ator um ator branco, uma mulher ou um ator negro. Concordo com o que o ator Daniel Craig falou sobre os papéis para mulheres, que é importante que sejam escritos personagens feitos especialmente para elas, e não só que uma mulher ocupe o papel de antes era de um homem. Acredito que isso daria ainda mais importância para uma possível agente mulher.

Muitos fãs não gostaram muito do final dado a Bond e que ele não deveria ter “desistido” no final. Como não tive contato com outras interpretações do agente, não posso dizer exatamente se achei que combinou com ele essa atitude.

Senti também que o fato dele ter uma filha tenha ficado muito “jogado” no filme, mas serviu também para mostrar mais a vulnerabilidade dele, que quis proteger a filha e Madeleine. Mas, enfim, Sem Tempo Para Morrer, é um bom filme, serviu bem como uma despedida a Daniel Craig e que abre várias possibilidades para o futuro.

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Neste filme, o diretor e roteirista Rian Johnson, oferece uma divertida viagem ao mundo da investigação e, qualquer semelhança com o jogo “Detetive” ou um romance de Agatha Christie, não é mera coincidência. Também vale destacar o elenco de peso escolhido, a adaptação do estilo de história com os dias atuais e todo o trabalho de locação e cenografia que ficaram perfeitos.

A trama se inicia com um assassinato, Harlam Thrombey (Christopher Plummer ), um famoso escritor de mistérios, milionário, exatamente na noite de seu aniversário de 85 anos. Após esta introdução impactante, a sequência seguinte já nos coloca em uma situação de interrogatório e temos a oportunidade de ser apresentados a um elenco maravilhoso. Como era de se esperar, Harlam possui uma família grande, preguiçosa e sanguessuga.

A família é composta por Linda (Jamie Lee Curtis), a filha mais velha de Harlam, casada com Richard (Don Johnson) e mãe de Ransom (Chris Evans); Walt (Michael Shannon) casado com Donna (Riki Lindhome) e pai de Jacob (Jaeden Martell); Joni (Toni Collette), nora de Harlam e mãe de Meg (Katherine Langford), todos mentirosos e interesseiros, mas a lista de astros não para por aí não, ainda temos mais alguns que são essenciais para trama.

Os policiais que acompanham o caso são o tenente detetive Elliot (Lakeith Stanfield), o policial Wagner (Noah Segan) e também o detetive particular Benoit Blanc (Daniel Craig), que interpreta o papel majestosamente, deixando o personagem com um semblante sério e atrapalhado ao mesmo tempo, não se sabe se ele irá desvendar um ponto importante da investigação ou se é simplesmente mais um charlatão interessado no dinheiro.

Porém, para mim, a sensação do filme é Marta (Ana de Armas), ela é a enfermeira cuidadora responsável por Harlam. Marta é incapaz de mentir, tal ato causa uma reação física nela que a faz vomitar e, justamente por causa desta característica incomum o detetive Benoit a escolhe para acompanhar o caso. Benoit sabia que Marta era bastante próxima a Harlam, era uma verdadeira amiga e confidente, fato que Benoit utilizou para descobrir todas as mentiras da família.

Obstinado a encontrar o assassino, Benoit começa a refazer todos os passos da família, mas o que ele não desconfiava era que Marta fora quem matou Harlam, claro que foi por um infeliz acidente. No entanto, Harlam gostava muito de Marta e numa tentativa de ajudá-la a se livrar da culpa, cria toda uma história que para não a incriminar, além disso, ele cria uma narrativa que permitisse que Marta falasse a verdade sem confessar o crime.

Outra jogada de mestre de Harlam foi deixar toda sua herança para Marta, isso permitiu que toda sua família entrasse em desespero e assim começariam a mostrar suas verdadeiras faces. Como já era de se esperar, isso causou um reboliço na vida de Marta e a desconfiança sobre a natureza da morte de Harlam. Marta, desesperada não aguenta toda a pressão que vem recebendo e resolve confessar. Mas será que é esta a história mesmo?

O final, como já tinha dito anteriormente, é bastante previsível, mas a resolução do crime ainda permanece uma verdadeira charada, que acaba sendo descrita com maestria pelo detetive Benoit Blanc. Recomendo profundamente que descubram o desfecho dessa trama, realmente vale a pena conferir este título, preferencialmente junto da família ou amigos, uma ótima dica para uma sessão pipoca!!!

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