Anteriormente, o Obon em qualquer lugar era comemorado no dia 15 de julho; hoje em dia, ele é comemorado em diferentes datas. Mas, em boa parte das regiões, o Obon é celebrado no mês de agosto.  Entre seus rituais mais tradicionais, está a limpeza dos túmulos e as oferendas de frutas e verduras nos altares da casa. Lanternas com o símbolo da família são colocadas nos túmulos para que iluminem o caminho das almas. O último dia é o dia da despedida, conhecido como tōrō nagashi, um ritual em que lanternas flutuantes são lançadas sobre as águas dos rios para indicar o caminho de volta, como podem ver no vídeo a seguir:

Origem

Mokuren era, segundo a tradição budista, um monge que se destacava muito em suas habilidades espirituais, podendo viajar entre as dimensões espirituais. Por curiosidade, ele quis encontrar o lugar de descanso de sua finada mãe e esperava encontrá-la junto a Buda, mas surpreendentemente a encontrou num lugar conhecido como Gaki ou o Reino dos Mortos Famintos de Rokugan. É um reino de punição para as almas que não podem se satisfazer na vida: os gananciosos, os lascivos, os glutões e os famintos por poder. Então, para tirá-la da penúria em que estava, Mokuren decidiu buscar um método de purificar o espírito, e a forma encontrada resultou no Obon.

Isso me lembra uma pequena história cuja autoria desconheço, mas que gostaria de compartilhar com vocês e que resume bem o que penso como deve ser nossa postura para com as crenças que são diferentes das nossas:

Um homem colocava flores no túmulo de um parente quando viu um japonês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele vira-se para o japonês preocupado e, acreditando tratar-se aquilo de um absurdo, pergunta:

— Desculpe, mas o senhor acha mesmo que alguém virá comer esse arroz?

E o japonês responde:

— Sim, quando o seu vier cheirar as flores, o meu vem comer o arroz.

E você, já conhecia o Obon? 

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A lenda Akai Ito

Akai Ito é uma lenda muito famosa que foi criada na China e mais tarde espalhada por todo o continente asiático. O conto diz que há um fio vermelho que não se pode ver que liga uma pessoas que são predestinadas a ficarem juntas pelo resto da vida. O fio pode acabar se esticando ou se enroscando que nada irá desfazê-lo. O objetivo dessa lenda é dizer que “não importa o que aconteça ou quanto tempo se passe, um dia as almas gêmeas irão se encontrar”.

Origem da Lenda do Fio Vermelho

A lenda original Chinesa, conta que no caminho de sua casa, o menino encontra um velho embaixo de uma árvore que era iluminada pelo brilho da lua. Esse velho na verdade era Yue, a representação da lua e também Deus do Amor e do Casamento, no qual era encarregado de traçar as linhas vermelhas do destino em cada pessoa.

Chegando perto do garoto o velho lhe diz que seu destino estava entrelaçado com uma garota que ali passava casualmente. O menino logo retrucou-o dizendo que não tinha interesse no amor e muito menos em se casar. Assim para provar que os dois estavam ligados um ao outro, ele amarra um fio vermelho invisível em seu tornozelo e na moça, dizendo que no futuro eles voltariam a se ver.

O menino olhava para o seu tornozelo, e conseguia ver a corda amarrada. Na outra ponta da corda estava a garota na qual  Yue falava, sentada à porta de sua casa, observando o céu negro a noite. O menino não queria acreditar nas palavras do velho, e então com medo do destino, pegou uma pedra e arremessou contra o rosto da garota, com o intuito de afastá-la para sempre.

Anos depois, com o fio todo embaraçado aos mais tortuosos caminhos trilhado pelo jovem, o garoto havia crescido e se tornado um belo rapaz que estava na idade de se casar, porém, nenhuma mulher lhe parecia agradável aos olhos. Assim, seus pais lhe proporcionam um casamento arranjado. Sem ao menos ver sua noiva, ele vai ao casamento sem nenhuma empolgação.

Em frente ao altar, ele se depara com uma jovem de corpo esbelto e uma pele macia. Do fundo do coração, ele sentia que aquela mulher era a pessoa certa pra sua vida. A moça estava coberta pelo seu véu e recusava a tirá-lo por causa de uma cicatriz deixada anos atrás por um garoto que lhe arremessou uma pedra no rosto.

E com um movimento, ele retirou o véu de sua noiva, deparando-se com a mulher mais bela que já viu em toda a sua vida. A partir deste dia, o jovem entendeu que não adiantaria fugir de seu próprio destino, que ao estar entrelaçado com uma outra pessoa, não haveria meios de fugir da Lenda do Akai Ito.

Akai Ito retratado no Japão

No Japão, a lenda dos fios vermelhos do destino é praticamente a mesma coisa, a única diferença é que ao invés dos fios serem amarrados em seus tornozelos, são amarrados ao dedo mindinho.

Muitos filmes, doramas, animes e mangás retratam esta lenda em suas histórias.

Exemplos:

Kimi no na Wa (Your name)

Em Kimi no na Wa, é mostrado que nem o tempo e a distância podem separar as almas gêmeas que um dia foram entrelaçadas pelo destino.

Naruto

Em Naruto, Kushina acredita que o fio vermelho de seu cabelo foi o que ligou Minato ao seu destino.

Yuu yuu Hakusho

Em Yuu Yuu Haskusho, Kuwabara diz à Botan e Yusuke que seu destino está ligado ao de Yukina por um fio vermelho.

Oreimo

Em Oreimo, em uma cena da segunda abertura do anime é mostrado o protagonista levando um fio vermelho em seu dedinho até a sua irmã Kirino.

Drama: Akai Ito

Em Akai Ito, a história é conta que dois alunos do colegial foram ligados por um fio vermelho desde quando nasceram. Não importando as dificuldades e as ocasiões, o destino sempre traria uma forma de juntar o casal para perto.

Drama: 1 Litro de Lágrimas

Em 1 Liter of Tear, uma história baseada em fatos reais, o dorama conta sobre uma menina que sofria de uma doença terminal chamada “degeneração espino cerebelar” que se dá no cerebelo e faz com que a pessoa vá perdendo as funções dos cérebros aos poucos. A lenda é mencionada dentro do diário da protagonista.

Então pessoal, chegamos a mais um fim de texto, se você gostou e deseja ouvir mais das lendas contadas aqui no Japão, deixem aqui no comentário. Um forte abraço do Vulpixs no mamilo direito de vocês e até a próxima!

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O primeiro comercial é um bem recente, sendo do anime ZombieLand Saga, lançado em 2018, em parceira com o Nissin, dando um adento que essa empresa faz vários comerciais em parceira com a cultura pop japonesa, então essa não é a primeira vez que tem anime ou tokusatsu relacionado, e nessa propaganda eles promovem o mais novo sabor curry que é bem conhecido no Japão e na Índia. Veja a propaganda:

Um dos romances que cresceram no ano passado (e meu favorito atualmente), Go-Toubun no Hayaome, fez uma participação especial no jogo mobile Venus Eleven Vivid que teve as heroínas como personagens jogáveis no game, além de receberem ilustrações, do próprio jogo, em especial de Natal, segue as imagens:

Um dos maiores animes ganhou os famosos cartões de créditos personalizados, o anime/serie Monogatari teve suas personagens ilustradas nos cartões e agora você pode gastar mais com suas waifus do lado:

Agora provavelmente a campanha mais bizarra que encontrei foi do anime Koi To Uso, um anime do gênero romance, logo se passa na cabeça que será algo romântico ou de casal… bom… se for ver é para um casal, mas o público-alvo não são casais.

O conceito foi promover o anime por meio de distribuição de camisinhas com as personagens principais estampadas no pacote do produto com roupas íntimas, dá uma olhada:

OBS: Pelo que parece, teve uma fila gigante em Akihabara e o responsável falou que era para ficar quem realmente iria usar o produto, seja sozinho ou com alguém.

Dragon Ball Z é pura infância e pura publicidade, pois é um anime que realmente marcou no mundo pop e os japoneses não perdem a chance de usá-los no marketing. Nesse comercial é da franquia KFC que é bem famoso pelo mundo, mas que os japoneses levam em consideração a marca e ainda mais com o Dragon Ball Z, não tem como resistir:

Essas propagandas e campanhas são bem divertidas e outras bem estranhos, mas no Japão essa é a cultura do entretenimento, então ver eventos que distribui camisinha com as personagens estampadas, para eles devem ser normal, ainda mais em Akihabara. E pesquisar e ver esse tipo de propaganda vemos que é bem diferente daqui, assim como de outros países e vocês acham que daria certo uma dessas campanhas no Brasil?

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Muito mais que apenas um presente

Como sabemos, o Japão é um país muito regrado e nas mais variadas situações. Uma delas é para os momentos de se presentear um amigo, um conhecido, um familiar ou até mesmo um desconhecido. Por que os japoneses costumam presentear alguém sem ser em uma comemoração ou data festiva? Simples. Por respeito ao próximo e demonstração de afeto e harmonia entre os envolvidos, durante uma determinada ocasião. Além de ser uma questão de etiqueta.

Para eles, presentear alguém é muito mais do que uma obrigação. É um ato de agradecimento. O presente traz vários significados e razões, tanto para o remetente quanto para o destinatário. Boa parte das vezes, o ato de presentear alguém é bem casual. Um exemplo é quando se vai fazer qualquer tipo de visita, seja prevista ou imprevista, o visitante/convidado sempre traz uma lembrancinha consigo mesmo.

Além de receber o presente, no Japão também tem uma regrinha cultural, denominada de “Okaeshi”, onde a pessoa que recebeu algo, acaba retribuindo com um outro presente ou uma lembrancinha.

Superstições relacionado a presentes

Claro! O Japão é um país muito supersticioso. Aqueles com fortes relações às superstições sempre tentam tomar um cuidado a mais ao presentear alguém. O que não quer dizer que a superstição nesse caso seja realmente tratada como algo cultural.

Os supersticiosos (inclusive um parente meu) dizem que sempre tentam evitar dar de presente objetos cortantes: Facas, estiletes, tesouras e etc… Meu tio dizia que ao presentear uma pessoa com objetos cortantes, era a mesma coisa que estar pretendendo cortar relações com o mesma. Ainda nos presentes a serem evitados, os números são muito representativos no Japão e carregam uma força muito grande em seus significados. O número 4 em japonês, se pronuncia “shi” – Morte. O 9, “Ku” por vezes traz como significado o sofrimento e a dor. Além de 42 que em sua leitura japonesa pode ser interpretada como “Shini” – Morte (também).

Mas nem só de más superstições se vive o Japão. Existem aqueles tipos de presentes no qual você pode dar mais atenção, caso queira trazer um significado específico. As cores são representativas para muitas coisas, e para os presentes não seriam diferentes. Nos presentes, o azul significa pureza; o amarelo traz o conceito de elegância; o laranja para a felicidade; o branco, a benevolência; e o verde para a longevidade e boa sorte, além de muitas outras cores que trazem diferentes significados.

Ocasiões específicas para se presentear alguém

Não somente em dar presentes, mas a importância de quando e de que forma fazer é algo que eles levam muito em consideração. Podemos ver alguns tipos de ocasiões a se presentear alguém:

• Omiyage – É parte da cultura japonesa voltar com um presente típico do local no qual voltou de viagem. Este presente é dado para familiares, amigos e conhecidos.
• Omimai – A palavra é usada nas visitas aos pacientes em hospitais. Os presentes mais comuns não só no Japão, mas em todo o mundo, são as flores. Mesmo sendo flores, deve se tomar cuidado ao entregar uma flor a um japonês, pois lírios e camélias estão ligados a morte e longa permanência no hospital.
• Nyuugaku Iwai – É comum no Japão que quando uma criança é admitida em uma escola, os pais e/ou vizinhos presenteiem com materiais escolares.
• Temiyage – Um dos mais populares, esse termo é usado para quando você faz uma visita a casa de alguém. A etiqueta e cultura japonesa diz que é sempre bom levar um presente ao residente que estará lhe recebendo. Nem que o presente seja o mais simples possível, pois o que realmente importa é a boa intenção.
• Sashi Ire – Presentear alguém com doces, salgados, bebidas. Comida no geral.
• Aisatsu Hikkoshi – Quando uma pessoa se muda pela vizinhança, é comum que os vizinhos deem algum tipo de lembrança para simbolizar uma harmonia e simpatia. Muitos dos presentes são algo simples que possa ajudar na decoração. Por vezes, os presentes são pratos, panos, porta retrato, entre outros.

Kinpuu Noshibukuro (Envelopes com dinheiro)

Para alguns casos mais que especiais, são dados um tipo de presente específico. Veja os 4 exemplos:

• Oshougatsu – No ano novo, as pessoas costumam enviar “nengajou”, um cartão postal especial para saudar o ano novo. Além do nengajou, o “otoshidama” também é bem popular com as crianças, pois os pais colocam uma quantia em dinheiro dentro de um envelope, e entregam para seus filhos.
• Kekkon Iwai – No casamento, os convidados costumam presentear os noivos com um envelope de dinheiro para abençoar o casal. As cédulas precisam ser novas ou praticamente novas, além de não estarem amassadas.
• Osoushiki – Para simbolizar o final de uma etapa, os japoneses entregam um envelope com dinheiro, sob um laço preto e branco amarrados em um nó. Isso serve para mostrar respeito no fechamento do ciclo de uma vida.
• Shussan Iwai – O parto é uma das ocasiões em que presentes de felicitações são dados aos pais do bebê. Após o nascimento de um bebê, parentes e amigos dão vários presentes, como produtos para bebês, doces ou outros itens úteis aos pais.

Gostou? Comente aqui em baixo alguma dúvida ou até deixe uma sugestão para o próximo tema!

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Por que tantas pessoas saem de seus países para ganhar dinheiro?

Para o tema proposto neste post, vamos considerar somente o Brasil. Como sabemos, se ganha muito pouco no Brasil, tão pouco que as vezes não é o suficiente pra conseguir sustentar uma família inteira. Por causa de situações como essa, muita gente se vê na esperança de tentar arrumar um outro meio para conseguir o seu “ganha-pão“. Se mudar para um outro país fim de ter uma maior renda mensal é uma das opções a ser cogitada nas ultimas décadas.

Muitas das famílias acabam enviando o homem da casa (no caso o marido) para ir trabalhar como operário, com o objetivo de ganhar mais dinheiro do que ganharia no Brasil. Assim o mesmo enviaria o dinheiro para que a sua família pudesse ter o sustento necessário para o mês.

O Japão é uma boa escolha?

Nesses meus 20 anos de Japão, pude conhecer muita gente que veio pra cá com tal objetivo em mente, cumpri-la e depois retornar ao seu país de origem junto de sua família. Mas como sabemos, nem tudo é um mar de rosas. Muitas das vezes acabam encontrando obstáculos e desvios, fazendo os mesmos se distanciarem cada vez mais do objetivo.

Até que enfim, podemos chegar a uma conclusão. O JAPÃO NÃO É MAIS UM PAÍS PARA SE JUNTAR DINHEIRO.

“Mas Vulpixs, você afirma com tanta certeza só de se basear nestes argumentos simples e vazios?” Não. Existe muitos outros motivos e exemplos pelo qual o Japão deixou de ser um país para se juntar dinheiro e passou a se tornar um país comodo.

Mas enfim, quais os problemas?

Primeiro de tudo, o objetivo em mente é juntar dinheiro. Ao decorrer do tempo em que você não consegue mais guardar dinheiro e começa a ter mais gastos do que “poupança“, isso cria um efeito bola de neve, que se torna extremamente difícil de lidar.

Muitas das famílias que vem pra cá pensando em juntar dinheiro caem sempre no mesmo problema. Comodismo rotineiro. A semana de um operário no Japão é muito desgastante pela enorme carga horária se serviço, as vezes poucas folgas e também pelo cansaço psicológico de ter que ir trabalhar em um lugar onde odeia ou não quer estar.

Se ganha muito dinheiro no Japão. Verdade ou mito?

Eu me canso de ouvir tal afirmação “Vocês ganham bem aí no Japão, então qual o problema?“. Comparado a outros países, até com o Brasil, se ganha muito sim. Porém o maior problema enfrentado aqui é o custo de vida altíssimo. Do que adianta você ganhar bem, se todo esse dinheiro acaba indo embora em um piscar de olhos?

Economizar não é uma opção. Posso afirmar com toda a certeza que pelo menos 90% das famílias que vem ao Japão com o objetivo de juntar dinheiro, sempre tentam economizar o máximo possível. Chegando até a fazer alguns sacrifícios de desejos pessoais, para conseguir ter o suficiente para o seu sustento.

Aqui no Japão, o imposto nos produtos é fixado em 8%, que antes era apenas 5% e neste ano é capaz que suba para 10%. A quantidade de impostos que se paga aqui é absurda. Outra que uma certa porcentagem é descontada do seu salário mensal, baseado na carga horária que o operário trabalhou no mês. Ou seja, quanto mais trabalho mais dinheiro, e ao mesmo tempo, quanto mais trabalho, menos dinheiro. Se torna um paradoxo.

Fora esses problemas de impostos, tudo no Japão acaba sendo muito longe ou precisa se gastar um tanto para chegar até algum lugar. Não é simplesmente um “vou até lá na esquina e já volto”. Principalmente em cidades no interior, que pra chegar a algum lugar, é praticamente obrigatório ter um carro. Mesmo que exista várias estações de trem espalhadas por aí, não é que nem nas grandes cidades. Bicicletas também acabam sendo um pouco inconveniente, pois acabam sendo muito trabalhosas devido as circunstâncias do Japão. Os transportes públicos como ônibus não são os meios mais utilizados pela população daqui, como é no Brasil por exemplo.

Fazendo os cálculos

Imagino que só explicar com palavras soltas em um texto, não traga muita firmeza. Então, vou dar alguns números baseados na minha própria experiência de vida como um trabalhador operário estrangeiro no Japão.  E também, é claro que não estou rotulando todas as famílias como se eles seguissem todos os padrões impostos aqui.

Diferente do Brasil, que maior parte das vezes o salário já tem um valor fixado, aqui no Japão se ganha por horas trabalhadas. O mínimo de horas trabalhadas no japão é de 160 horas o que equivale 8 horas por dia, 5 dos 7 dias da semana. Agora joguemos o valor de um brasileiro e pai de família assalariado. Em torno de 1.200 ienes/hora (41 reais). Para mulher 950 ienes/hora (32 reais).

Antigamente se ganhava muito mais no Japão e até era um país viável para se juntar dinheiro. Mas algo que o fez mudar tão drasticamente foi a crise em 2018, com a quebra do banco americano Lehman Brothers. Que refletiu na economia do Japão, fazendo o país quase entrar em falência. (Foi realmente um ano de vacas magras).

Fazendo o cálculo mensal de um homem assalariado baseado nas informações anteriores, ele deve tirar em torno de 192 mil ienes (6.595 reais). “É MUITOOO DINHEIROOOOO!!!“. É o que eu sempre escuto quando eu faço a conversão pra alguém de fora. A pergunta é: O quão caro é o custo de vida para que esse valor se torne tão nulo?

Se você tem um filho (obviamente brasileiro) e prefere em optar por coloca-lo em uma escola particular brasileira, uma mensalidade deve ser paga. Agora imagine que essa mensalidade pode vir a custar em torno de 1.000 reais mensais. É praticamente um salário mínimo do Brasil. Fora as contas de casa para pagar, transporte, comida e extras que surgirem no dia a dia, como hospital e compras pessoais.

Então muitas das pessoas se veem obrigadas a fazer horas extras em seu serviço, pois se não, o dinheiro não irá render para o mês todo. E que enfim chegamos ao comodismo rotineiro, onde a família se verá sempre na situação de aperto e passará a ter a mesma rotina. Semana por semana, meses por meses e anos por anos; repetindo este ciclo infinitamente até que um um milagre caia do céu.

Enfim! Chegamos ao final de mais um texto. Se você gostou, comente aqui em baixo e compartilhe com os seus amigos. Eu, Vulpixs, vou ficando por aqui e até a próxima matéria.

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A diferença entre a cultura japonesa e a brasileira

Como muitos sabem, o Japão é um dos países mais seguros do mundo pela sua taxa de criminalidade e mortalidade baixa perante ao restante dos países. Um dos fatores que que favorece esses números é a diferença na cultura aplicada dentro de seu cotidiano. O japonês é um povo que aprende a ser independente e a criar responsabilidade desde cedo, desta forma podemos dizer que isso vai gerando um efeito bola de neve para uma construção de uma sociedade mais civilizada e consciente.

Claro que a cultura japonesa não é um mar de rosas e o Brasil também tem muitos elementos que sobrepõem o país nipônico. Um deles é que o Japão continua, e muito, sendo o país com uma das maiores taxas de suicídio, por conta também da sua cultura que impregna muita responsabilidade em sua própria sociedade. O que acaba se tornando uma faca de dois gumes.

A independência começa desde pequeno

Já havia citado no início deste texto que as crianças no Japão tendem a ir à escola sozinhas, certo? Pois sim. No país é extremamente comum que os pais deixem suas crianças fazerem o percurso de ida e volta das aulas, sozinhas. Esta circunstância só funciona dentro de seu cotidiano por causa do que citamos anteriormente, o elemento segurança. Não só pela taxa de criminalidade ser baixa que o torna um país seguro, pois câmeras de segurança estão espalhadas por vários pontos (isso nas grandes cidades).

Assim como a segurança é um ponto que favorece muito para a construção dessa sociedade prega a responsabilidade e a ética, as regras impostas pela sociedade, e claro, a consciência de um terceiro de estar dentro das normas faz com que tudo acabe fluindo da maneira que tem que ser.

Por eu morar e vivenciar este país, sou capaz de dizer que “toda ação gera uma reação”, mas o que isso quer dizer? Simples. Alguns países não conseguem ou não fazem por querer de aplicar todas as penalidades nas quebras de regras e tabus, desta forma as pessoas se sentem menos pressionadas a cometer uma barbaridade, vendo que não sairão punidas da maneira que teriam de ser. Ao contrário do Japão que na pior das hipóteses, você pode até sofre uma pena de morte.

Mas por que?

A pergunta é, por que optar e confiar nas suas crianças a fazerem o trajeto por si só? – Assim dito como palavra chave desta matéria, independência. Os japoneses acreditam que ao mimar muito seus filhos, ele tenderão a ficar muito embaixo das asas de seus responsáveis, que posteriormente, dificultaria na preparação para sua emancipação.

Outro, que os próprios pais pendem a ter extrema confiança nas atitudes e capacidades de suas crianças estarem cada vez mais quebrando as barreiras da vida. Contudo, não pensem que eles são pais desnaturados, pois não existe um pai ou uma mãe que não fique preocupado, mesmo que as estatísticas mostram um favorecimento para a segurança deles.

Nem tudo é mil maravilhas

E por ter citado a palavra “preocupação”, mesmo que o Japão possa ser um dos países mais seguros do mundo, não existe um lugar que seja 100%¨perfeito.

Por mais que não seja muito divulgado pelas mídias de televisões, jornais e afins; Sequestros, lolicons, stalkers e desaparecimentos são problemas muito sérios dentro dessa sociedade nipônica. Por causa das crianças estarem indo e voltando independentemente da escola, elas acabam se tornando alvos dessas poucas criminalidades que acontecem pelo país.

É como citei no começo “uma faca de dois gumes”, já que mesmo tendo seus pontos positivos, também há seus contras. E pra você? O que acha disso tudo? Comente aqui embaixo, pois eu vou ficando por aqui e até a semana que vem!

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