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]]>“Nosso objetivo vai além de oferecer uma refeição. Queremos proporcionar uma verdadeira experiência cultural, em que o cliente possa não apenas saborear nossos pratos, mas também se conectar com os valores e símbolos da rica história do Japão. Essa campanha é uma oportunidade especial de estreitar o relacionamento com nossos clientes, levando um pouco mais da cultura japonesa para dentro de suas casas. Os Domburis, feitos em porcelana de alta qualidade e com design exclusivo, são parte essencial dessa experiência única.”, relata Barbara Saddi, gerente de Marketing do Gendai.
Para garantir o seu Domburis decorado, basta fazer o pedido de um prato principal e uma bebida, adicionando R$12,90. Não é permitido que a refeição seja composta apenas por bebida, sobremesa, acompanhamentos, produtos fora do cardápio ou promoções. Os Domburis também podem ser adquiridos separadamente por R$29,90. Vale destacar que o cliente pode utilizar cashback disponível para aproveitar a promoção.
Nesta edição, estarão disponíveis dois modelos de Domburis que retratam elementos icônicos da cultura japonesa. O Domburi Matsuri é inspirado nos tradicionais festivais japoneses e traz a figura das lanternas, símbolos de celebração e tradição, além dos omamoris, conhecidos como amuletos de proteção e boa sorte. Já o Domburi Koi apresenta pipas que celebram o Festival do Menino, um evento que honra a saúde e o crescimento das crianças. A carpa koi, que nada contra a correnteza e sobe cachoeiras, é um símbolo de força, coragem e superação, além de representar boa sorte e proteção, reforçando os laços familiares.
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]]>No Japão, o Ano Novo é comemorado de várias formas, como com amigos, familiares, festas ou até mesmo no trabalho, já que existe uma cultura trabalhista bem forte, mas há os eventos principais, provavelmente os mais conhecidos, e exibidos nos animes, são as festas はなび(“hanabi”, do japonês, “fogos de artifício”) nas quais vendem-se comidas, realizam-se atividades interativas (brincadeiras e jogos), dentre outros
Esse evento é bem parecido com a Festa Junina no Brasil, mas com o objetivo de ver os fogos de artifício e o primeiro nascer do sol ao final. Normalmente estes eventos acontecem perto de templos onde muitos participantes rezam e desejam um ano novo repleto de saúde e conquistas, atividade na qual carrega um forte significado na nação.
Também, na área comercial, muitas lojas aproveitam para fazer o “Luck Bag”, atividade famosa não só no Japão, mas em outros lugares também por conta de sua peculiaridade de ser uma surpresa literalmente de começo de ano. Esse projeto comercial consiste na compra de uma sacola lacrada onde não é possível verificar o que tem dentro, pagando um valor fixo, aproximadamente entre ¥1.000 a¥5.000.
Além disso, há os os おべんと(“obentô”, do japônes, “marmita”) que é feito com o maior cuidado e com comidas típicas do país.
Dependendo do tema pode variar bastante, sendo esta a surpresa, já que você pode muito bem tirar objetos que lhe agradam ou muito pelo contrário… (no meu caso foi ruim). Há várias formas que os japoneses aproveitam essa passagem de ano, como as danças ou o mochi.
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]]>Prisão Abashiri – O presídio mais famoso do Japão
O Japão possui uma história bem diferenciada com uma de suas prisões situada na Era Meiji (1867~1912), ou seja de mais ou menos 150 anos atrás. O presídio Abashiri, em Hokkaido, extremo norte do Japão, se tornou bem famoso por ser conhecida como a punição mais severa de um julgamento jurídico, com exceção da pena de morte. Além disso, ela também manteve o seu nome na história por ser considerada uma das mais eficientes e sustentada por um motivo a favor do país.
Para manter essa história registrada e ser passada para frente, um museu foi construído perto do seu verdadeiro presídio para replicar os acontecimentos e ensinar aos visitantes e curiosos, da forma mais realista possível. Podendo até vivenciar na pele como era a vida desses prisioneiros.
Antes de explorar mais desse museu e sobre o que acontece lá dentro, o contexto histórico é a base de tudo para que se possa adentrar neste assunto. Portanto, vamos conhecer o momento passado pelo território Japonês após a Restauração Meiji (1868), no extremo norte do Japão.
Nos anos de 1869, Hokkaido foi reconhecida como parte do Japão, mas antes de acontecer, houve toda uma história por trás disso que a Prisão Bashiri foi um dos pilares para que a maior ilha do arquipélago japonês fosse incluso junto das demais.
Anos após a Restauração Meiji, que causou muitos movimentos pelos direitos liberais. Esses mesmos geraram muitos crimes políticos que levaram ao excesso de encarceramento em todo o país. Ao mesmo tempo, o Japão temia que o império russo tentasse se expandir para o sul. Com a finalidade de proteger Hokkaido, o local mais próximo do primeiro alcance dos Russos nas terras nipônicas, o Japão queria desenvolver seu território o mais rápido possível.
Com dois problemas para serem resolvidos, eis que uma solução foi imposta diante desta situação. Os prisioneiros seriam transportados para uma prisão em Hokkaido, a Prisão Abashiri. Lá eles trabalhariam dia por dia como presidiários para ajudarem na construção da rodovia principal desta ilha. O trabalho era árduo e cansativo ao ponto de ter causado centenas de mortes durante o processo.
De fato, os prisioneiros da Abashiri foram pessoas extremamente relevantes para o progresso da rodovia principal na região do extremo norte do Japão. Esta foi nomeada como 囚人道路 (Shuujin Douro) — Estrada dos prisioneiros.
O museu da Prisão Abashiri é ao céu aberto, o que faz muito sentido já que os próprios da época de 150 anos atrás tinham de estar sempre em constante mudança de local para local. Aqui, eles replicam algumas das atividades e dividem em blocos para explicar cada ponto da vida rotineira destes detentos.
Suas principais exposições são edifícios, incluindo aqueles que foram realmente usados no presídio e que foram restituídos. Alguns dos prédios antigos foram designados nacionalmente como propriedades culturais importantes, e em sua maioria que são da era Meiji. Lá pode ser visto a mistura única do estilo tradicional japonês e influências ocidentais daquela época.
Com base em pesquisas feitas para acrescentar uma informação mais precisa, é dito que o recomendável para o visitante é que mantenha uma agenda aberta para suas próximas horas ou até para um dia inteiro caso queira explorar com calma tudo o que o museu tem para te oferecer. Falar que a Prisão Abashiri é do tamanho de uma vila não é um exagero.
Sob as réplicas para algumas construções, o primeiro a ser visto é o portão e a entrada principal da prisão. Logo após é chegado a sala de visitas que nem sempre eram tão utilizadas por causa da regras rigorosas perante aos presidiários.
Após toda a introdução, o museu te recomenda a seguir prioritariamente ao prédio de administração para que possa aprender tudo da história que engloba este local e pelo o que os prisioneiros passaram na sua época.
É engraçado pensar que estes prisioneiros não tem um mesmo local para retornar todos os dias. Como precisam estar sempre indo cada vez mais adiante para construir a estrada principal, em sua maioria das vezes, todos se alocavam em quartéis temporários — que não era nada confortável — ou então em celas móveis. Assim que seguiam adiante, de tempos em tempos, construir estas cabanas móveis era parte de suas obrigações e prestações de serviço como detento.
Difícil imaginar como seria uma cela móvel, porém na imagem acima vocês podem ver como eram esses aposentos super confortáveis. Todos eles precisavam dormir sob uma cama de madeira e um travesseiro único que era um tronco. O pior era o tempo de sono deles que não passavam de mais de 5 horas por dia e pra acordar, os guardas apenas batiam esse tronco contra a direção das cabeças para acordar todo mundo de uma vez.
Nessa rotina exaustiva e de muito trabalho bruto fez com que em 8 meses fosse construído 100 milhas (160 quilómetros) de estrada. E é claro que para isso, centenas de prisioneiros morreram durante este processo. O número estima que foram 200 dos 1.100 detentos.
Além dos visitantes poderem aproveitar de uma réplica destas celas móveis, eles também têm a oportunidade de experimentar a refeição que era entregue para os infelizes. Apesar de ser uma comida de presídio, ela é bem sustentável e por incrível que pareça, os visitantes dizem não ser tão ruim quanto pensavam, mesmo que o preço seja bem barato — agora eu não sei se a comida era realmente mais caprichada para que os trabalhadores tivesses força no dia à exercer grande quantidade de força física ou se ela foi melhorada para que os visitantes do museu pudessem consumir de uma refeição satisfatória.
Com certeza essa é uma das perguntas que se passa na cabeça de todos. A solução para os guardas e a infelicidade dos detentos era marcado por uma bola de ferro com o peso de 9 libras (4 quilos) preso no pé. Pode parecer pouco, mas o suficiente para cansar a perna de alguém por um dia inteiro de trabalho e esforço físico. Além de que mesmo se fugissem, ninguém iria ajudá-los, sabendo que é um prisioneiro fugitivo. Mesmo se fugisse, não conseguiriam tirar a bola do pé assim tão fácil. “Escapar era impossível então ou não havia motivo para tal”… Não para uma certa pessoa.
Outra razão pela qual a prisão de Abashiri se tornou famosa foi do lendário presidiário Japanese Prison Break King, Shiratori Yoshie, também teve sua passagem pela prisão Abashiri. Sua história segue de uma infelicidade, sendo criado na pobreza, não conseguiu receber uma educação adequada e começou a jogar em jogos de apostas na adolescência. Mais tarde foi condenado à prisão por assassinato aos seus 26 anos, porém era malandro o suficiente para conseguir escapar de 4 vezes de prisões ao longo de 11 anos, incluindo a prisão de Abashiri. Mais tarde, Yoshie, de meia-idade, foi solto em liberdade condicional como prisioneiro e até publicou um livro após ter um vida livre da prisão. O mesmo morreu em Tóquio aos 72 anos.
Enfim pessoal, este foi mais um texto sobre o que rola pelo Japão. Gostou? Comente aqui em baixo e compartilhe com os seus amigos!
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]]>The post Harakiri e Seppuku – O suicídio honroso de um Samurai first appeared on Animes Online BR.
]]>As palavras japonesas Seppuku e harakiri tem basicamente os mesmos significados. Ambos remetem a mesma forma de auto-execução por meio da estripação. Além de ambas visivelmente significar “cortar o estômago”. O método é uma honra de tirar a própria vida, praticada por homens da classe samurai na Era do Japão feudal, também conhecido como o Xogunato Japonês.
A diferença entre as duas palavras é totalmente etimológica (a parte da gramática que trata da história ou origem das palavras). Seppuku (切腹) deriva de uma leitura On-Yomi (chinesa dos kanjis), ao mesmo tempo que (腹切り) Harakiri é uma leitura Kun-Yomi (japonesa dos kanjis). Devido à associação histórica e política dos caracteres chineses com a literatura aristocrática e governamental japonesa, o termo “Seppuku” é quase sempre usado em um contexto escrito, enquanto “harakiri” é seu equivalente verbal e de modo coloquial. A etimologia também reverberará futuramente na prática desta retalhação.
Mas também existe um conceito lógico e por meios práticos que um se destoa do outro. O Seppuku é um ritual para execuções feitas na antiguidade, época que grandes samurais teriam de morrer com honra. Já o Harakiri é por uma cerimônia mais simples e sem tanta importância dada à vitima.
Antigamente, muitos acreditavam que a alma repousava dentro da barriga, e ao corta-la, deixaria o espírito se libertar. Também é preciso ser muito corajoso e mentalmente forte para poder realizar esse tipo de ato que só pode ser realizado por um “verdadeiro samurai”. Embora seja relatado que em algumas ocasiões os samurais se perderam em um conflito mental e entraram em colapso antes do ritual, estes tiveram de ser decapitados à força.
O Seppuku se desenvolveu no século 12 como um meio para os samurais almejarem uma morte honrosa. Espadachins realizavam o ritual para de cair nas mão dos inimigos após uma derrota no campo de batalha. Não só isso, mas também funcionou como um meio de protesto e uma maneira de expressar tristeza pela morte de um líder reverenciado. A partir dos anos 1400, o seppuku evoluiu para uma forma mais banal, para os samurais que cometeram crimes irreparáveis.
Em cada caso, foi considerado um ato de extrema bravura e auto-sacrifício que encarnava o “Bushido” – o antigo código de guerreiro do samurai. Tinha até uma versão feminina do seppuku chamada “Jigai”, que se desenvolvia no corte da garganta usando uma faca especial conhecida como “Tanto”.
O Seppuku perdeu a sua força com o declínio dos samurais no final do século 19 e o xogunato no Japão, mas a prática não sumiu por completo. Em 1912, o general japonês Nogi Maresuke estripou por lealdade ao falecido Imperador Meiji, e muitas tropas mais tarde escolheram a espada em vez de se render durante a Segunda Guerra Mundial. Talvez o caso mais famoso da história recente é do Mishima Yukio, um romancista renomado e candidato ao Prêmio Nobel que cometeu o ritual em 1970 depois de liderar um golpe não bem sucedido contra o governo japonês.
O ritual seppuku, em sua forma mais comum e reconhecível, tornou-se um espetáculo altamente ritualizado de suicídio nobre e artístico na década de 1700. O condenado usava um quimono de morte branco cerimonial e foi autorizada uma refeição final. A lâmina de execução, que pode variar de tamanho de uma espada longa a uma faca cerimonial, foi então servida no último prato, e era esperado que ele escrevesse um poema de morte antes de esfaquear-se no abdômen e cortar primeiro da esquerda para a direita e depois para cima.
Ao concluir o corte, seu segundo passo seria dado por um Kaishakunin, o encarregado auxiliar no ritual suicida japonês seppuku, cuja função é a decapitação da vítima, que avançaria para dar o golpe fatal no pescoço exposto do condenado.
No entanto, se a honra fosse preservada no ato, esperava-se que o corte não machucasse completamente o pescoço da vitima, mas permitisse que apenas parte da carne suficiente fosse presa para que a cabeça caísse naturalmente para a frente, nos braços do próprio homem executado. Dessa maneira, não apenas as roupas dos espectadores não ficariam manchadas de sangue, mas também a cabeça cairia entre as duas mãos do samurai, como se ele estivesse segurando a sua própria como um sinal de aceitação.
As mulheres que praticavam seppuku, eram muitas vezes as esposas de samurais que desejam evitar a captura. Amarravam as pernas antes de cortar para preservar uma postura modesta na morte.
Havia duas formas de cometer o Seppuku/Harakiri: voluntário e obrigatório. O Harakiri voluntário evoluiu durante as guerras do século 12 como um método de suicídio usado com frequência por guerreiros que, derrotados na batalha, optaram por evitar a desonra de cair nas mãos do inimigo. Ocasionalmente, um samurai realizava seppuku para demonstrar lealdade a seu senhor, seguindo-o na morte, para protestar contra alguma política de um superior ou do governo, ou para expiar o fracasso em seus deveres.
Já o Seppuku obrigatório refere-se ao método de pena capital para os samurais, poupando-lhes a desgraça de serem decapitados por um carrasco comum. Essa prática prevaleceu do século 15 até meados dos anos de 1873, quando foi abolida.O ritual era geralmente realizado na presença de uma testemunha enviada pela autoridade que emite a sentença de morte. O prisioneiro estava geralmente sentado em dois tatames, e atrás dele havia um segundo Kaishakunin, geralmente um parente ou amigo, com a espada desembainhada, já que o ritual não poderia ser feito sozinho. Uma pequena mesa com uma espada curta é colocada na frente da pessoa para que faça o primeiro corte na barriga. Um momento depois que ele se esfaqueou, o segundo (golpe dado pelo Kaishakunin) tem de romper sua cabeça, como citado no tópico anterior.
Talvez o exemplo mais conhecido de seppuku obrigatório esteja ligado à história dos 47 rounin’s, que marca do início do século 18 no Japão. O famoso incidente na história japonesa, relata como o samurai, tornado sem mestre pelo assassinato traiçoeiro de seu senhor Daimyou (Senhor Feudal), Naganori Asano, vingou sua morte assassinando o senhor Yoshinaka Kira (um retentor do xogunato de Tokugawa Tsunayoshi) , a quem eles responsabilizaram pelo assassinato de Asano. Posteriormente, o xogum ordenou que todos os samurais participantes cometessem seppuku.
O registro mais antigo de seppuku foi o cometido por Minamoto no Yorimasa em 1180. Sem nenhum ritual de acompanhamento ou maneira codificada de realizar o ato, o seppuku inicial foi provavelmente um processo doloroso e prolongado. Alguns atos historicamente notáveis de seppuku incluem o do xogum Oda Nobunaga, que se suicidou ritualmente para evitar ser capturado quando foi cercado em um templo no ano de 1582; o filósofo e mestre de chá Sen-no-Rikyu, que foi ordenado a prática do ritual em 1591 por seu senhor Toyotomi Hideyoshi, por causa das desavenças e confrontos nos ideias políticos; e Mishima Yukio, que cometeu seppuku em 1970, como citado acima.
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]]>The post Curry (Karê) e a sua importância para o Japão first appeared on Animes Online BR.
]]>O Curry, Curry Rice ou Karê Raisu (como é pronunciado no Japão) é uma comida que se popularizou muito no Japão de alguns séculos atrás para os tempos de hoje em dia. Para os que estão acostumados a assistir animes, dramas e filmes japoneses, ou a ler mangás certamente já presenciou alguma cena de uma refeição com Curry.
É extremamente comum que uma família japonesa comum cozinhe e aprecie do arroz com Curry por pelo menos uma vez na semana. A sua vantagem é que como é feito em um panelão, 1 porção é o suficiente para render de 3~5 refeições, o que daria de 2 jantas e 1 almoço até 3 jantas e 2 almoços. É como guardar o feijão pro dia seguinte na geladeira e tirar para requentar. Quanto mais dias se passam, mais gostoso o Curry fica. Por isso tem gente que o cozinha na noite e só aprecia do prato no dia seguinte.
Não somente em casa, mas em todos os restaurantes familiares do japão é essencial que tenha um prato de Curry no menu. Além disso, o Curry é a comida mais cozinhado entre as viagens escolares, pois até mesmo as crianças podem fazer.
Se me perguntarem quais são os ingredientes para se fazer um bom Curry, eu não vou saber responder de uma única forma. O Curry se popularizou justamente pelos seus variados tipos de ingredientes que o prato pode levar. Dentre os variados tipos, o Curry pode ser preparado ao levar carnes, frango, frutos do mar, legumes e entre outros.
Contudo, ainda assim existe o popular que a maioria das casas e restaurantes fazem. Este consiste em trazer: Carne picada em cubos, batata, cebola e cenoura.
Veja aqui alguns tipos de Curry:
-Curry tradicional japonês: Carne, batata, cenoura e cebola.
-Curry com frutos do mar: Qualquer tipo de frutos do mar, basta picar os frutos. Geralmente leva camarões, lulas e/ou vôngoles.
-Katsu Curry: Este é um extremamente popular e o preferido de muitos no Japão. Além do Curry, este traz mais peso com carne de porco empanado que combina perfeitamente com o resto do prato.
-Curry Indiano: O Curry indiano é conhecido por ser o mais diversificado e com um gosto muito mais concentrado.
Já que mencionamos o curry indiano, seria importante frisar que embora o prato do tema de hoje seja muito popular no país nipônico, este não foi originado no Japão, e sim na Índia. Passado pelos britânicos já por mais de 150 anos, o Curry chegou ao Japão no final do século 19.
Foi trazido pelos britânicos, inicialmente como um alimento de luxo, mas, conforme o tempo foi passando, diversas receitas japonesas foram recriadas. Tão únicas que popularizou e criou-se um padrão, como dito acima. Estes incluíam carne com batatas, cebolas e cenouras.
O maior motivo de sua popularização foi pelo fácil preparo, a sua quantidade e por ser muito nutritivo. Desta forma, o Curry Rice se acomodou em todas as casas japonesas quando, em 1963, um curry mais suave para crianças entrou em estoque no supermercado, substituindo a imagem tradicional de curry picante.
A antiga imagem que vinha do Curry era de uma comida picante, mas hoje em dia existem vários níveis de picante para o seu apreço. Algo muito popular aqui no Japão e até em locais do Brasil que vendem produtos importados do Japão são os Roux de Curry, tabletes de Curry prontos para serem diluídos na água.
Ao invés dos japoneses prepararem o seu próprio caldo do Curry partindo do pó, eles preferem comprar estes tabletes que vendem em qualquer supermercado ou loja de conveniência. É barato, muito mais prático e você ainda não precisa se preocupar em errar a mão na ardência do seu prato, já que pode escolher o nível de sutileza do Roux.
Falar de comida nos deixa com fome, então… Vulchef está aqui para lhes ensinar a como preparar um delicioso Curry ao modo japonês! — Não se preocupem, eu cozinho — Vamos aos ingredientes.
Enfim pessoal, eu vou ficando por aqui e aproveitem a refeição. Espero que tenham gostado do texto e nos vemos logo mais!
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]]>The post Karuta — O esporte poético de cartas no Japão first appeared on Animes Online BR.
]]>Este é o esporte mais poético que você encontra no mundo inteiro. E não é uma grande surpresa até pelo jogo se tratar exatamente sobre leitura de poemas. O Karuta significa “Card” e é jogado com o “Ogura Hyakunin Isshu”, uma antologia de 100 poemas japoneses que podem ser lidos durante uma partida. Do que comparado a um esporte agitado e movimentado como futebol, vôlei, basquete, tênis e entre outros; a concentração, memorização, audição e reflexo são se tornam as principais chaves para a prática bem efetiva do Karuta.
O Hyakunin Isshu é um conjunto de 200 cartas, 100 delas são chamadas de Yomifuda e as outras 100 restantes são chamadas de Torifuda. O Yomifuda é utilizado pelo Leitor para que ele possa recitar o poema aos jogadores durante a partida. O Torifuda são as cartas dividias entre os jogadores para que eles possam pega-las no decorrer da partida, assim que o verso se coincidir com a leitura do poema.
O mais bonito do esporte é que ele se constitui em regras bem simples, porém muito bem aplicadas. Veja bem, todos os 100 poemas tem uma coisa em comum. Cada um deles é composto por exatamente 31 sílabas da escrita japonesa, sendo dividido em 5 versos de 5-7-5-7-7 sílabas. Veja no exemplo abaixo.
A leitura deste poema – Yomifuda
(5) Na Ni Wa E No
(7) A Shi No Ka Ri Ne No
(5) Hi To Yo Yu Ru
(7) Mi Wo Tsu Ku Shi Te Ya
(7) Ko Hi Wa Ta Ru Be Ki
A leitura deste poema – Torifuda
(7) Mi Wo Tsu Ku Shi Te Ya
(7) Ko Hi Wa Ta Ru He* Ki
No Yomifuda podemos ver a leitura completa do poema que compõem as 31 sílabas divididas entre 5 versos. No Torifuda as cartas são escritas em Hiragana (leitura e escrita japonesa de sílaba por sílaba) e compõe a mesma leitura dos últimos 2 versos do poema.
Ogura Hyakunin-Isshu é o nome da antologia de 100 poemas selecionados por Fujiwara no Teika no ano de 1235. Teika é considerado um dos maiores poetas da história japonesa. Os 100 poemas cobrem poetas e escritores famosos do século 7 ao 13. A antologia é uma representação concisa da literatura antiga do Japão. Hyakunin-Isshu significa: um poema de 100 autores. Ogura é o nome de uma área na cidade de Kyoto, antiga capital japonesa, onde ficava a vila nas montanhas de Teika.
Esses poemas foram originalmente selecionados para escrever em caligrafia de Shikishi, painéis quadrados para decorar a vila nas montanhas de Teika. Mais tarde, o conjunto dos poemas foi publicado como um livro e se tornou parte de educação básica no Japão. Hoje, os poemas ainda são ensinados nas escolas e para muitos deles o Ogura Hyakunin Isshu é relativo ao Shakespeare dos britânicos.
O jogo Karuta tornou-se popular no final do século 17 e se consolidou no final do século 19, na Era Meiji. Hoje em dia em torno de 1 milhão de pessoas jogam o Kyogi Karuta (disputas individuais). A idade do competidor pode variar desde os 4 anos até os 80. Sim, você não leu errado. Mais de 60 torneios são realizados anualmente e o nível destes competidores são divididos entre os Rank’s de classe E~A.
Na explicação mais básica e direta que podemos ter do esporte para alguém que deseja conhecer do Karuta é dizer que o esporte nada mais é que ouvir o poema recitado pelo leitor e tentar pegar a carta no campo que coincide com o poema recitado. Este jogo é jogado em 1 contra 1 e o primeiro que ficar sem cartas no seu próprio campo ganha a partida. Ainda parece complicado de entender? Então me deixe te explicar pelo meio das regras do jogo.
Primeiro de tudo, o cumprimento formal abaixando a cabeça até o chão é indispensável. Os dois jogadores devem embaralhar as 100 cartas do Torifuda e após isso devem dividir aleatoriamente 25 cartas para cada um dos jogadores.
50 cartas ficarão de fora e elas são chamadas de “Karafuda”, literalmente cartas vazias. Estas cartas vazias podem ser lidas durante a partida que se estende e serve como uma espécie de armadilha para os jogadores que não estiverem atentos à partida.
Após separar e organizar as 25 cartas no seu lado do campo, a contagem de 15 minutos começa para que você possa memorizar tanto as cartas do seu oponente quanto as suas, pois quando começar a partira, você não terá pausas ou tempo para ficar caçando a carta do poema recitado.
Vence aquele que for mais ágil em tocar na carta do poema recitado. Quando você obtém sucesso em pegar uma de seu próprio território, ele apenas é subtraído normalmente, mas quando a carta obtida é do seu campo adversário, você tem o direito de passar qualquer uma de suas cartas para o território do seu oponente. Vence aquele que zerar o seu próprio campo primeiro.
Infelizmente o esporte tem um bloqueio para aqueles que não são familiarizados com o idioma japonês. Mas, tem um anime/mangá que aplica muito bem os fundamentos deste esporte. Chihayafuru é um mangá da demografia Josei, publicado desde 2007 e recebendo até então 3 temporadas adaptativas para anime televisionado (que podem ser vistos na Crunchyroll no Brasil), em cargo do estúdio MADHOUSE, conhecido por animes famosos como: One Punch Man, Hunter x Hunter (2011), Death Note, No Game No Life e outros.
Sinopse: Apesar de viver na sombra de sua famosa irmã que é modelo, Chihaya Ayase nunca levou isso como um problema, e sempre dedicou muito a apoiá-la em sua carreira. Quando ainda na infância, um novo estudante Arata Wataya lhe apresentou o Karuta, Chihaya cria um novo objetivo: ganhar o título de Queen, a melhor jogadora feminina de Karuta do Japão.. Vale a pena dar uma conferida.
Enfim, fico por aqui e espero que tenham gostado do texto. Restou alguma dúvida? Quer que eu aborde sobre mais temas do Karuta ou de mais detalhes do esporte? Deixe aqui nos comentários abaixo!
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]]>The post Raijin & Fuujin – Os Deuses da Tempestade first appeared on Animes Online BR.
]]>No Kojiki, o mais antigo livro japonês explica a existência de duas grandes divindades que representam a tempestade na crença xintoísta e também na mitologia japonesa. Em sua mitologia, de um lado temos o Raijin, Deus do trovão; e do outro temos Fuujin, Deus do vento. Junto de Amaterasu, a Deusa do sol, estas divindades formam a trindade soberana e criadora do mundo por serem responsáveis pelo clima do universo. Amaterasu dando a vida através do sol, Fuujin trazendo os ventos, e consequentemente os raios e trovões eram trazidos pelo poderoso Raijin.
Os dois deuses da tempestade são muitas vezes descritos como seres robustos, com chifres e com uma aparência muito similar a de um demônio, que foram capturados pelo exército celestial por se opor e se rebelarem a vontade de Buda. Ao serem capturados, foram convertidos e obrigados a trabalhar para o céu, sendo os mensageiros dos trovões e dos ventos.
Raijin é conhecido como o Deus do trovão, raio e tempestade. Sua aparência é similar a um demônio vermelho, com chifres curtos, dentes e garras afiadas e um corpo robusto. Sua principal característica é o item divino que carrega em suas costas. O Raijin possui alguns tambores ao redor de seu corpo que ao toca-los, ondas de trovões e raios são produzidos conforme a intensidade de sua batida. São destes tambores que provêm toda a sua força monstruosa e aterrorizante e muitas vezes é representado junto do símbolo Tomoe (muito parecido com o Sharingan dos Uchiha, do mangá Naruto), utilizado pelos samurais.
O nome Raijin (雷神) deriva dos dois kanjis 雷 -Rai (trovão) e 神 – Jin (Deus), formando assim a palavra e divindade Deus do Trovão. Além do nome Raijin, também é citado como Kaminari-sama (Senhor/Mestre dos Raios), Raiden-sama (Rai “trovão”, Den “eletricidade”; Senhor dos trovões e da energia), ou Yakuza no Ikazuchi no Kami (Divindade dos 8 trovões, por causa de seus 8 tambores).
O Deus Raijin é acompanhado de sua besta Raijuu, representado por um lobo azul ou branco, um gato, um tanuki ou uma doninha, segundo a mitologia japonesa. É uma fera que segue as vontades do Deus Raijin e seu rugido se assimila ao estrondo de uma trovoada. O engraçado é que tanto Raijin quanto Raijuu são conhecidos por ser devoradores de umbigos humanos. Até então, existe a superstição dos pais dizerem aos seus filhos que escondam o umbigo durante uma tempestade.
Fuujin é dito como o Deus dos ventos, das tempestades, dos redemoinhos e dos furacões. Sua aparência é praticamente a mesma de Raijin, só que com uma cor esverdeada. Seu item divino é descrito junto de um saco gigante em suas costas por onde se origina os ventos, que ao abrir pode causar grandes ventanias e tempestades.
Seu nome Fuujin (風神) é a junção dos kanjis 風 – Fuu (Vento) e 神 – Jin (Deus), dando origem a palavra Fuujin – o Deus dos ventos, Deus das tempestades, Senhor dos ventos, Mestre dos Ventos, furacões e redemoinhos.
Em sua lenda xintoísta, junto de Amaterasu, Fuujin trouxe os ventos para dispersar as neblinas densas e completou espaço entre o céu e a Terra. Para cuidar do mesmo, Fuujin mora em cima das nuvens junto de Raijin, controlando todo o clima envolto no planeta.
Só que nem tudo foi um mar de rosas nos céus. Antes do surgimento dos humanos, em uma briga pelo controle da tempestade, Fuujin teria cortado o braço de Raijin e os dois Deuses teriam se afastado um do outro. Mas, Amaterasu trouxe o braço do Raijin de volta para que ele pudesse voltar a fazer os seus trovões. Assim, as duas divindades da tempestade voltaram a fazer as pazes e a governar juntos, o clima no céu.
Naruto: Aqui temos a representação das duas divindades na clássica luta de Naruto e Sasuke. Naruto sendo Fuujin, pelas suas técnicas a base da energia do vento; e Sasuke como Raijin, pelas suas técnicas de raios.
Naruto: Ainda no mesmo anime, durante o episódio 142 temos os irmãos Raijin e Fuujin, claramente fazendo uma representatividade dos Deuses da tempestade.
Inazuma Eleven: No mais recente anime de Inazuma Eleven: Ares no Tenbin, o goleiro Endo Mamoru usa a técnica “Raijin – Fuujin”, onde aparece dois demônios para lhe ajudar.
One Piece: No anime One Piece, o personagem “deus” Enel usa em suas costas, os mesmos tambores de Raijin, além de ter o poder do trovão.
Pokémon: Na 5ª geração da pokedex, os Pokémons lendários Thundurus e Tornadus representam Raijin e Fuujin respectivamente.
Enfim pessoal, este foi mais um texto sobre as lendas japonesas. Gostou? Tem alguma dúvida ou recomendação? Deixe aqui nos comentários! Um forte abraço do Vulpixs e até o próximo texto!
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