O jogo estreou com uma oferta robusta: 12 mapas “Core” no modo multijogador, 4 mapas menores no modo “Strike”, 2 mapas para o modo Zumbis e uma campanha de espionagem ambientada no início dos anos 90. Cada modo impressiona com sua qualidade e atenção aos detalhes, garantindo diversão para todos os perfis de jogadores. O multijogador segue rápido e dinâmico, agora com o novo sistema “Omni-movement”, recurso que adiciona uma nova camada de estratégia ao expandir as opções de movimento, tornando a jogabilidade ainda mais fluida e envolvente.

Por fim, a campanha é um espetáculo à parte: uma trama repleta de reviravoltas ambientada no mundo da espionagem dos anos 90. É, sem dúvida, uma das histórias mais únicas e bem elaboradas de toda a série Black Ops.

Vamos mergulhar na campanha para entender por que ela é tão especial.

Sobre

Em Black Ops 6, você assume o papel de “Case”, um personagem envolto em mistério cuja história é pouco explorada no início. A narrativa começa com uma missão dramática no Iraque, onde seu objetivo é capturar um desertor. Mas, como é tradição em Call of Duty, os planos rapidamente saem do controle, dando início a uma jornada global cheia de reviravoltas.

Como título da série Black Ops, a Treyarch mergulha em sua assinatura: “E se teorias da conspiração fossem reais?”. Ao longo da campanha, aliados e inimigos trocam de lado de forma que geralmente faz sentido, mas ocasionalmente você pode se sentir perdido, como se tivesse deixado algo passar. O maior mistério, no entanto, é você mesmo; no final do jogo, várias perguntas sobre Case ainda permanecem sem respostas, deixando espaço para possíveis continuações.

A jogabilidade é um dos destaques. Se você experimentou o modo multijogador, já sabe que o sistema de movimento Omni-movement é extremamente fluido. Testei o jogo usando um controle de Xbox 360, e a experiência foi impecável. A assistência de mira, que vem configurada com alta intensidade, pode ser ajustada para maior precisão, e os comandos são responsivos e dispostos de forma intuitiva.

A campanha leva o jogador a diversos cenários globais, passando por lugares como o Oriente Médio e os Estados Unidos. Grande parte das missões é realizada em pequenos grupos ou mesmo sozinho, mas há momentos que quebram esse padrão, como uma missão mais longa ao lado de um grande contingente de soldados, garantindo variedade no ritmo de jogo.

Black Ops 6 oferece uma ampla gama de estilos de missão: fases lineares, áreas abertas para exploração, níveis furtivos e os tradicionais momentos explosivos que são marca registrada de CoD. Uma das minhas missões favoritas acontece no deserto iraquiano, com uma abordagem de “hub aberto”, onde você deve atingir diversos alvos para auxiliar uma grande equipe. A missão transmite uma sensação de um Warzone para um jogador, de maneira muito positiva.

Entre as 11 missões principais, duas se destacaram como as mais memoráveis: um evento de arrecadação de fundos do presidente Bill Clinton e uma no cassino. No evento, você recebe três opções para resolver um problema, uma mecânica que retorna em outras missões e contribui para a rejogabilidade do título.

Além disso, o jogo introduz a base chamada Rook, onde você pode rever missões, iniciar novas e até resolver mistérios. A Rook também permite diálogos com escolhas de resposta que, em alguns casos, exigem lembrar informações específicas.

Há ainda três sistemas diferentes de upgrades para o seu personagem, que podem ser adquiridos com dinheiro coletado nas missões. Em minha experiência, encontrei um bug peculiar: ao abrir um cofre, em vez de receber $1.000, recebi $10 bilhões. Isso me permitiu desbloquear todas as melhorias, transformando meu personagem em uma máquina de destruição quase invencível.

A trilha sonora é um espetáculo à parte, com músicas eletrizantes que intensificam o ritmo do combate. Faixas clássicas dos anos 90, como Nine Inch Nails, adicionam um toque de nostalgia. No entanto, o jogo sofre de um problema recorrente em muitos títulos: o “poder da cutscene”. Às vezes, suas vitórias conquistadas com esforço são anuladas por eventos do roteiro, o que pode frustrar.

A história de Black Ops 6 é sólida, mas não perfeita. Enquanto a jogabilidade e os gráficos são impecáveis, o vilão principal deixa a desejar. Embora não seja um personagem ruim, ele parece subdesenvolvido, possivelmente porque algumas informações-chave estão escondidas. A Treyarch tem o hábito de incluir enigmas e itens secretos em seus jogos, e isso pode ter sido proposital.

Enredo

 Call of Duty: Black Ops 6 resgata a história dos jogos anteriores de forma magistral. Ambientado após os eventos de Cold War e servindo como uma sequência direta de Black Ops e Black Ops II, o jogo se posiciona antes de outros títulos da franquia na linha do tempo. Isso cria uma ponte perfeita para os fãs de longa data.

Personagens clássicos estão de volta, como Adler, o espião de Cold War, e Frank Woods, um dos rostos mais icônicos de Black Ops. No entanto, Woods está agora em uma cadeira de rodas, deixando o campo de batalha para coordenar missões atrás de uma mesa. Ele lidera sua pequena equipe em uma missão independente, após ser injustamente incriminado e perseguido pela CIA.

O protagonista principal, Case, é um personagem enigmático e silencioso cuja aparência permanece um mistério. À medida que a campanha avança, o jogador vai descobrindo os segredos do passado de Case enquanto a equipe enfrenta a Pantheon, uma organização sombria que se infiltrou na CIA e possivelmente em outras agências governamentais. A liderança em campo cabe a Troy Marshall, uma nova e intrigante adição à série. Ele, juntamente com uma equipe de desajustados e agentes internacionais, adiciona profundidade e personalidade à narrativa.

Embora grande parte das missões seja focada em Case, há momentos em que o jogador assume o papel de outros membros da equipe, trazendo variedade à jogabilidade. As missões vão desde infiltrações furtivas em eventos de alta classe ou cassinos até combates explosivos com zumbis e criaturas monstruosas, equilibrando tensão e ação frenética de forma brilhante.

Modo Zumbis

Esse COD introduziu dois novos mapas para o modo Zumbis: Terminus e Liberty Falls. Joguei ambos com meu grupo, e, embora nunca tenha sido um grande fã desse modo, reconheço que é uma ótima pausa do Multijogador e do Warzone. Desta vez, a Treyarch se superou, trazendo uma experiência cooperativa que impressiona tanto pela jogabilidade quanto pelos detalhes.

O modo retorna ao estilo clássico de Zumbis, no qual você enfrenta hordas cada vez mais desafiadoras, lidando com mega-zumbis imponentes, enquanto acumula dinheiro para desbloquear áreas, melhora suas armas e tenta sobreviver o máximo possível.

o jogo oferece muitas opções de personalização. Você pode entrar com “loadouts” específicos, usar armaduras e perks do sistema Gobblegum, melhorar suas armas com o Pack-a-Punch para aumentar seu poder de fogo e até construir killstreaks e equipamentos em bancadas. Há muita variedade, o que permite ajustar sua estratégia e a composição da equipe enquanto você desbrava os mistérios e enfrenta as ondas incessantes de inimigos.

Lançamentos: Modern Warfare III vs Black Ops 6

A diferença entre Modern Warfare III no lançamento e após algumas atualizações sazonais foi notável. Inicialmente, o jogo chegou com mapas refeitos, mas logo adicionou vários mapas originais à rotação, muitos dos quais acabaram sendo mais interessantes do que as opções antigas. Após um ano de atualizações, o jogo mudou drasticamente, embora dois problemas centrais tenham persistido: uma campanha sem brilho e a sensação generalizada de que ele deveria ter sido apenas uma grande atualização de MWII, e não um título separado.

Já Black Ops 6 tomou um rumo diferente desde o início, chegando com uma oferta generosa de conteúdo e um nível de polimento raro na série. Para começar, o clássico mapa Nuketown e o modo Infectado já foi adicionado. Além disso, a Temporada 1 começa marcando a integração do jogo ao Warzone com o lançamento do mapa Área 99 (inspirado em Nuketown) como uma nova opção no modo Resurgence. Outros novos mapas e modos multijogador também estão programados para estrear.

Vale a pena?

Sem dúvida, este é o melhor Call of Duty que já analisei desde que comecei a resenhar a franquia. Coloco Black Ops 6 lado a lado com Modern Warfare (2019) e Black Ops II, como um dos maiores sucessos da série. Enquanto Modern Warfare (2019) foi um reinício incrível que modernizou a franquia, Black Ops 6 representa o ápice de anos de inovação, investimento e refinamento.

Black Ops 6 consegue inovar de forma surpreendentemente eficaz dentro da fórmula clássica de Call of Duty, ao mesmo tempo que resgata os elementos que fizeram a série se destacar desde o início. Com uma campanha envolvente, mapas bem projetados no estilo tradicional de três pistas, jogabilidade impecável e o retorno do modo Zumbis em rodadas, o jogo entrega tudo o que os fãs esperam — e mais. Acima de tudo, ele é genuinamente divertido, proporcionando horas de entretenimento de qualidade.

The post Call of Duty: Black Ops 6 first appeared on Animes Online BR.