A História

A HQ começa com Bruce Wayne refletindo ao lado de Alfred Pennyworth sobre como a sua arrogância o havia atrapalhado. Mas, no meio da conversa, ele percebe que sua mansão está sendo invadida por algumas dezenas de assassinos da Corte.

Sendo assim, ele luta até seu último fôlego, usando todos os recursos possíveis de segurança, tanto da mansão como da bat-caverna. Mas, não importava o quanto se esforçasse, ele não conseguia os derrotar, já que a Corte das Corujas havia acelerado seus planos e enviado assassinos por toda a cidade para acabar de vez com os seus inimigos e, entre eles, era incluído o próprio Bruce e o Candidato á prefeitura, Lincoln March.

Entretanto, Batman consegue descobrir quis eram os alvos da Corte e aciona todos os membros da bat-família (Asa Noturna, Capuz Vermelho, Batgirl, Damian Wayne etc) para que cuidarem da proteção dos outros alvos enquanto ele iria atrás de Lincoln.

A Falha do Batman

Porém, novamente, e aparentemente o Batman falhou. Visto que ele chega tarde demais e encontra Lincoln March ferido e à beira da morte. Ciente de que nada poderia ser feito para mudar isso, ele decide ir até o que seria uma espécie de quartel general ou centro de reuniões da Corte das Corujas.

Mas, chegando lá, todos os membros já estavam mortos, em uma espécie de suicídio coletivo. Logo após refletir sobre a queima de arquivos da Corte, Batman, percebe que havia uma ponta solta nessa história, algo que não fazia o menor sentido, mas que se fosse descoberto ligaria todos os pontos entre si, porém essa descoberta acaba abalando todas as estruturas e a moralidade da família Wayne.

Conclusão

Por fim, Batman: Corte das Corujas I e II é mais uma leitura indispensável para quem já é um velho fã do morcego como para quem está empolgado para assistir The Batman (2022) que, diga-se de passagem, já revelou diversos easter eggs da Corte das Corujas nos trailers, e tudo indica que, ou haverá referências mais explícitas durante o longa metragem ou ela aparecerá definitivamente em uma possível continuação.

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Bom salientar que esse texto terá muitos spoilers, pois será necessário para falar certas coisas sobre esse filme. 

Antes fica aqui uma charada para você, responda nos comentários: O que te causa medo, brilha no escuro e te atinge no fundo do coração? 

História 

O maior trunfo de The Batman de Matt Reeves é sem sombra de dúvidas focar em uma versão do nosso herói completamente diferente de tudo o que já foi abordado ao longo da história do morcego nos cinemas.  

Um Batman em apenas seu segundo ano de carreira, que, ao lutar pelos seus ideiais de não exatamente salvar Gotham City, mas sim, buscando a vingança pela morte de seus pais, ainda quando pequeno.  

Um Batman atrapalhado, inexperiente assim como no bom Batman Arkham Origins, que flerta com o limite da vida de seu oponente, com uma mente brilhante, mas não lapidada para perceber que certas respostas estavam diante dele, ou era ele em muitos momentos, o que ainda não faz dele ser o maior detetive de todos os tempos, um Batman por muitas vezes sem um propósito claro diante da sociedade.  

Sociedade essa que, sendo você um real cidadão de bem, não sabe se ele é capaz de fazer algo com você. Sendo você um criminoso, a sua própria sombra irá te atormentar, já que você saberá que quando o sinal estiver ligado nos céus, você realmente correrá um risco tremendo de esbarrar em seu pior pesadelo.  

Não existe piedade em Gotham City 

Um dos argumentos daqueles que são mais céticos é de que Bruce Wayne poderia salvar Gotham City, já que ele é um bilionário e poderia em tese, acabar com tudo de ruim na cidade. Eu penso diferente. Não existe dinheiro no mundo que salve aquilo que já está perdido. E Gotham City é isso. É um lugar perdido, onde, é comandada por um mafioso, que todos brigam pelos recursos da família Wayne, e o Bruce, não quer saber de ser o Bruce Wayne, ele não liga para o dinheiro, para os negócios da família, já que ele é um esquisito que prefere fazer do jeito dele, a coisa melhorar.  

E não melhora! O que é exatamente o contraponto do Charada, brilhantemente interpretado por Paul Dano. Um recluso ao olhar da sociedade, que cresce com um ódio tão grande que é capaz de cometer um ato terrível contra pessoas completamente inocentes, e que pra ele, tá tudo bem ser assim, pois Gotham o fez assim. 

E como não falar dela? Gotham. Nunca antes vimos, pra não dizer nunca, tivemos a série homônima dela que pertencia a Fox, mas nada é mais sujo, cruel, injusta e colapsada que Gotham. Sujeira essa que mostra que mentes brilhantes, como Batman e Charada possam surgir, para o lado do bem, como para o lado do mal.  

Não é à toa que o filme te deixa desconfortável em diversos momentos. Talvez o problema maior desse filme é que ele beira muitas coisas pesadas, e deixa no ar relações no ar. Falcone com uma relação que olhada bem atentamente cheira a incesto, a cena do estrangulamento, o Batman potencialmente se drogando e se tornando mais violento durante um combate, o Batman deixando um inimigo morto ou surdo no começo do filme tudo é muito ambíguo. O que torna ainda melhor esse filme, pois você não sabe a respostas dessas perguntas e não sabe, se o Thomas Wayne pediu para Falcone dar um susto ou não no jornalista que poderia atrapalhar a eleição dele. Você não sabe a resposta exata disso tudo.  

Mulher Gato e Pinguim

Zoey Kravitz destrói no papel, como mulher gato! Ela tem um jeito sedutor de caminhar, de falar, ela tem a jornada de sair de Gotham com a sua (mais uma ambiguidade no ar), amiga/amante, roubando dinheiro de grandes mafiosos para seu próprio benefício. É definitivamente uma personagem que deverá voltar em continuações de The Batman, torço muito para isso, afinal, essa sim você consegue saber de onde ela saiu, seus objetivos e como ela vai alcançar isso durante o filme. 

Não é segredo para ninguém, que eu sou uma p*ta do Collin Farrell desde S.W.AT. – Comando Especial de 2003. Quando ele foi anunciado como Pinguim, eu falei, não vai rolar, ele tem muita cara de bom moço, eis que soltaram a primeira imagem eu disse: é, vai rolar!  

O alívio cómico do filme, mostrando que mesmo sendo uma piada, ele sim é casca grossa e vai ter um papel importante para esse universo que Matt Reeves está criando, afinal, ele terá sua série, onde possivelmente vai mostrar a ascensão dele ao poder da cidade que nunca dorme.  

Trilha Sonora e Fotografia 

The Batman é perfeito. A trilha sonora de Michael Giacchino, que anteriormente trabalhou em Homem-Aranha, Doutor Estranho e Os Incríveis, beira a perfeição. Além disso, ela te agride também, juro, por vezes no cinema parecida que o Batman tava socando a minha orelha, a violência do filme também se dá no áudio.  

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E sobre a fotografia, existem takes que você olha e pensa, isso aqui é realmente um filme do Batman? Sério, tudo o que envolve a fotografia, bem como os designs de personagem não tem o que falar de ruim, é tudo excelente nesse filme.  

Conclusão 

The Batman pode não agradar a todos. A atmosfera densa, suja, altamente desconfortável em muitos momentos, mostram um lado muito realista, comparado aos antecessores de Robert Pattinson no papel.  

E não sei se você percebeu, mas eu não falei dele em nenhum momento do texto né? Vai lá, eu espero você procurar antes de continuar. O motivo? Simples, ele executou o papel da vida ele! Um Batman socialmente perdido, que a partir de um certo ponto, percebe que ele precisa ser o Gotham precisa que ele seja, alguém que ajude as pessoas, e não as assustem. E esse lado mais “emo” do Batman, cabe perfeitamente nesse filme, afinal, ele é um cara que só sai de casa de noite e durante o dia, sem a máscara, ele fica desconfortável com o sol ao ponto de usar óculos de sol em casa e não está acostumando a luz do dia, isso é brilhante!  

Tive meus problemas iniciais com a escalação dele, mas comprei a briga e não me arrependo, ainda que minha saudade com o BatAffleck ainda BATaqui dentro (foi mal). 

Pra finalizar, comparei com meu amigo esse filme, com Rogue One, especificamente na cena do (Spoilers) Darth Vader. Você sente medo do Batman, é um terror olhar para aquela figura bizarra se não saber o que ela vai fazer com você, é um animal selvagem solto e isso, nunca, senti medo do Batman como nesse filme, assim como a cena do Batmóvel que me fez quase ficar de pé para aplaudir no cinema de tão incrível que é do começo ao fim. Portanto, não poderia deixar de dar outras notas a não ser essas que vocês já vão ver.  

The Batman está hoje no cinema mais próximo de você, se ainda não viu, veja, se viu, comenta aqui o que você achou dessa obra de arte.  

Notas 
Diversão: 5/5
Fotografia: 5/5
Som: 5/5
Roteiro: 5/5
Nota Geral: 5/5 

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O Enredo

A HQ apresenta um Batman um pouco mais velho e até mesmo arrogante. Na história, Bruce Wayne decide fazer algo que nunca havia feito antes, que é apoiar um candidato à prefeitura para assim tentar, por todos os meios possíveis, diminuir a corrupção e a violência de Gotham enquanto ele ainda continua atuando como Batman.

 Logo após isso se tornar público, um assassinato acontece na cidade e o modus operandi é exatamente igual ao de uma sinistra e antiga sociedade secreta enraizada no folclore de Gotham: A Corte das Corujas. Mas o que já era obscuro se torna ainda mais, quando Batman descobre que os próximos alvos dessa sociedade são Bruce Wayne e o candidato do seu apoio.

A Corte das Corujas

A Corte das Corujas, de acordo com o folclore de Gotham, seria uma sociedade secreta elitista, que usa como simbologia as corujas, evidentemente por causa da conexão desses animais com o misticismo e a sabedoria. A lenda também fala a respeito dos Garras, que são assassinos altamente treinados pela Corte e dispostos a eliminar qualquer inimigo ou mesmo pessoas que recusem aceitar suas ordens diretas ou indiretas.

O nome corte remete a juízes de alto escalão, como se fosse uma suprema corte assassina sobre Gotham. O que prova isso é a emblemática frase proferida pelos assassinos logo antes de executarem a vítima: “A Corte das Corujas te sentenciou à morte.”. 

Mas, uma das coisas que corroborava para a visão dessa sociedade ser uma lenda é o fato de ela ter uma canção de ninar nada infantil ou fofa e o que parecia ser apenas uma historinha de bicho-papão vai se provar uma ameaça muito maior do que o esperado.

Beware the Court of Owls, that watches all the time,

(Cuidado com a Corte das Corujas, que vigia o tempo todo,)

Ruling Gotham from a shadowed perch, behind granite and lime.

(Domando Gotham do seu ninho oculto, por trás do cal e do granito.)

They watch you at your hearth, they watch you in your bed.

(Ela o vigia em seu lar, o vigia em sua cama.)

Speak not a whispered word about them, or they’ll send the Talon for your head.

(Sobre ela nem sussurre ou o Garra vem tomar sua vida.)

Batman, cético até a última gota do seu sangue, duvida veementemente que haja qualquer sociedade maligna em sua cidade. Se houvesse uma sociedade secreta tão poderosa e enraizada seria impossível de ele não ter conhecimento disso. Na mente de Bruce, esse pensamento é tão forte que, para ele, chega a ser ofensivo até mesmo supor que a Corte das Corujas realmente existe e isso o coloca até mesmo contra alguns de seus aliados.

O Conflito 

“A arrogância precede a queda.” Não há uma frase melhor que possa definir todo esse contexto. Quando Batman finalmente se dá conta da existência da Corte, ele já está completamente encurralado e inofensivo, como uma presa fácil. Neste momento acontece uma simbologia muito interessante, até porque corujas são predadores naturais dos morcegos.

 Então, é nesta hora que o ego e a arrogância do Batman são completamente destruídos. Seu psicológico é completamente quebrado, a ponto de entrar em um terror e numa paranoia nunca vistas antes, o fazendo reviver os piores medos que ele esconde por trás da máscara da insensibilidade.

Esse certamente é um dos pontos mais altos da HQ, pois o Batman tem uma variedade de inimigos que despertam os mais variados sentimentos nele. O Charada é um desafio intelectual, o Coringa,  um desafio moral e sentimental e Bane é apenas uma ameaça física.

Conclusão da Obra

No final, a HQ mostra que nenhum deles, e mesmo outro vilão ou grupo de vilões – como a Liga dos Assassinos de Ra’s al Ghul – foi capaz de aterrorizar e causar medo naquele homem que havia dominado todos os seus medos, no “dono” de Gotham que, por décadas, implantava terror no coração dos criminosos.

Gostou da crítica? Já leu a HQ?  Conta para gente e até a próxima!

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