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]]>Yatora Yaguchi, adolescente, estudante do ensino médio, elogiado pelas boas notas e nas horas vagas, vara madrugadas bebendo e fumando com seus colegas não tão delinquentes assim. Dentre todas as disciplinas, Educação Artística nunca foi sua preferida e não nega o fato de realizar as atividades apenas para não manchar seu boletim. Até que um dia, subitamente Ryuji Ayukawa, mais conhecido/a como Yuka-chan atravessa seu caminho com uma tela enorme nas costas e logo atrás a pequena e doce Maru Mori, ofegante por não conseguir acompanhar o ritmo da amiga.
Curioso e atordoado com a situação, Yatora segue em direção da sala de artes, quando instantaneamente seus olhos se fixaram no belo quadro representado por dois anjos, feito pela Mori. A partir daquele dia seu interesse pelo mundo artístico muda completamente. Consequentemente o garoto decidiu dedicar-se de corpo e alma a fim de se tornar um profissional de renome.
Baseado no mangá escrito e ilustrado por Tsubasa Yamaguchi, desde junho de 2017 pela editora Kodansha. O anime foi exibido em outubro de 2021 pela Netflix.
Apesar de Blue Period não ser um anime de esporte, a narrativa de modo geral é bastante parecida, pois é nítido ver o progresso do protagonista desde a primeira vez que segura o pincel até o dia do exame final. Claro que se trata de ficção, então dizer com total certeza que é possível alcançar níveis extraordinários como de Yatora, em tão pouco tempo, está longe de julgamento.
Seus primeiros contatos com as artes leva a discussão sobre o que realmente pesa mais, dedicar-se horas, abdicando de saídas por diversão, ou seja, o esforço, o foco por algo ou, na verdade, tudo se resume ao talento. Yatora possui um posicionamento bem racional sobre o assunto, mas, ao mesmo tempo, não descarta a possibilidade de existir pessoas que naturalmente se identifica com as técnicas com mais facilidade e isso reforça quando conhece Yotasuke Takahashi, reconhecido como gênio.
Pensando nisso e considerando o ponto de vista do artista, chega a soar rude dizer que tudo se resume a talento, Mori mesmo diz que é como se ignorasse completamente as horas que estudou com o objetivo de aperfeiçoar as técnicas. Ou seja, seja para a arte ou qualquer outra coisa, tudo é possível desde que priorize na agenda a sessão de estudos até chegar ao resultado que gostaria. Essa é uma de várias mensagens que Blue Period consegue transmitir.
É quase impossível não torcer por Yatora, do mesmo jeito com na trajetória do Ippo, por exemplo. Pois, ver seu desenvolvimento não somente como artista, mas também como pessoa é tão agradável que cada episódio acaba sem perceber. Parte disso foi o bom trabalho feito pela direção, que conseguiu brilhar o protagonista e, também, fazer os coadjuvantes tão presentes a ponto de vermos sua importância em cada situação.
Foram 12 episódios repletos de reflexões e o com potencial incrível para despertar a curiosidade sobre o que vai acontecer com o menino Yatora. Na verdade, o final ficou em aberto e na espera da Netflix anunciar o lançamento da nova temporada. Enquanto isso não acontece, a gente continua lendo o mangá, afinal a ansiedade toma conta da imaginação nessas horas.
Blue Period está disponível na Netflix e Panini será responsável pela distribuição no BR.
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]]>Sinopse: Arte nasceu na aristocracia de Florença durante a era renascentista do século XVI. Na época, era inédito uma mulher se tornar artista, e impulsionada pelo seu amor a arte, deixa de lado o seu estilo de vida para ir atrás de seu sonho.
O plano de fundo da história é a renascença e, com isso, vemos não só a trajetória da protagonista, que é extremamente forte e talentosa, como de outros artistas importantes da época como Leonardo Da Vinci e Michelangelo. Além disso, temos cenas incríveis, com inúmeras referências a acontecimentos reais, como a pintura da Capela Sistina.
Sinopse: Sora Kajiwara é uma tímida estudante que se junta ao clube de arte de sua escola, onde lentamente se torna amiga de todos e também cresce artisticamente, apendendo a esboçar o mundo ao seu redor… e gatos.
Since of Life cativante onde acompanhamos o cotidiano do clube de arte, no qual acontecem interações engraçadas e um drama leve, ótimo para quem gosta do assunto, mas prefere algo sem complexidade, já que a arte acaba sendo mais o cenário do que o foco da história.
Sinopse: Eiri Kurahashi trabalha na loja de antiguidades de seu tio e um dia se depara com uma taça. Ao tocar no vidro, ele recebe visões do que descobre ser uma menina, Cossette d’ Auvergne, que acaba o assombrando. Ela está a mais de 250 anos a procura de alguém que pudesse vê-la, e agora ela precisa de sua ajuda.
Embora a premissa da história não seja a arte, esse anime é todo artístico, seja nos cenários que parecem pinturas, no visual de Cossette que remete ao Gothic Lolita, como em sua narrativa poética. Sendo um OVA com 3 episódios, a obra tem uma atmosfera misteriosa, cheia de criaturas bizarras e muito sangue, proporcionando uma experiência bem inusitada e inesquecível.
Sinopse: Edo, 1814. Uma das cidades mais povoadas do mundo, repleta de camponeses, samurais, comerciantes, artistas e cortesãs. Tetsuzou Hokusai é um artista muito talentoso de sua época, que possui clientes de todas as partes do Japão, e trabalha incansavelmente em sua casa. O-Ei é uma de suas filhas, e o ajuda diariamente em suas obras, às vezes até criando algumas em seu nome. Sarusuberi: Miss Hokusai traz a história de O-Ei, uma mulher com o espírito livre e que dedicou grande parte da vida à arte.
Esse filme fala sobre uma das figuras históricas mais importantes para a arte japonesa, Katsushika Hokusai, foi um pintor de estilo ukiyo-e, uma técnica que utiliza a gravura sob madeira. A história é narrada através dos olhos de sua filha, que mostra no seu dia a dia como eram feitas as pinturas, além de conter diversos cenários da época, que fazem referência a algumas delas, como “A Grande Onda de Kanagawa”.
Essas foram nossas sugestões de animes sobre desenho e pintura, mas tem outros que valem ser citados como Colorful e Flanders no Inu. Gostou? Já assistiu algum desses? Conta para gente!
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]]>The post Lost in Random: salve sua irmã e o reino first appeared on Animes Online BR.
]]>Antes de tudo, eu adoro contar a história do game. Para mim, uma boa narrativa é sempre um ponto alto – especialmente nesta obra, que preza muito pelo lado artístico da composição. Sempre tento poupar vocês dos spoilers, mas dessa vez quero ir um pouquinho além. Mas nada que comprometa sua experiência, claro. Enfim, inicie Lost in Random com uma pergunta: como seria um mundo em que tudo fosse resolvido no dado?
Podemos traduzir Lost in Random como “perdida no aleatório “. Entretanto, Random é o território em que acontece a narrativa, governado por uma Rainha tirana, dona de um dado mágico e um punho de ferro. A principal de suas regras é que tudo em seu território deve ser definido pelo rolar de seus dado mágico – que talvez não seja tão aleatório. Seu slogan, que deve ser repetido por toda a população, é “Random rules” (a aleatoriedade governa).
Uma das principais características do governo da Rainha é a divisão do reino em em seis regiões, com pouco ou nenhum trânsito entre si – assim como os distritos de Jogos Vorazes. Toda criança, ao completar 12 anos, recebe a “dádiva” de rolar o dado mágico da Rainha, definindo a sua moradia definitiva. Cada número do dado corresponde a uma região diferente e o seis é o mais desejado – afinal, significa Sixtopia, o distrito em que habita a Rainha e uma suposta vida luxuosa. Os outros reinos são:
Nós acompanhamos a história de duas irmãs inseparáveis, Odd (ímpar) e Even (par), moradoras de Onecroft. Todo o problema começa quando Odd completa 12 anos e é obrigada a rolar o dado da Rainha – e irá para Sixtopia. Um ano após o evento de sua separação, Even passa a sonhar com sua irmã. Sonhos que ela nunca antes teve, que pareciam visões. Por fim, talvez Odd não está tão bem quanto se imagina. Além das visões, Even recebe a visita de um ser peculiar, que a faz fugir de casa em uma grande aventura atrás de sua irmã. É claro, essa aventura significa atravessar todos os distritos até Sixtopia e descobrir o que de fato está acontecendo.
Porém, ela não fará esse caminho sozinha. Em um trajeto acidental, Even encontra Dicey, um dado mágico que guarda grandes e antigos poderes – há muito suprimido pela Rainha. O resto eu vou deixar para você descobrir em seu próprio caminho.
Lost in Random é um tanto difícil de definir. Em terceira pessoa, o jogo é um misto de aventura, puzzle e RPG. Enquanto saímos em busca de Odd, na maior parte do tempo possuímos apenas um estilingue. É com ele que acontece grande parte da interação com o ambiente, destruindo totem para ganhar moedas, ativando parte dos puzzles e iniciando combates. Primeiramente, os combates só começam após encontrarmos Dicey – afinal, é apenas através de seu poder mágico que Even ganha forças para enfrentar as tropas da Rainha.
Devemos interagir com os personagens, explorar, olhar os cantos e podemos voltar pelo mesmo caminho. Mas os combates são únicos e o jogador precisa se virar com apenas um estilingue, sem causar dano, no começo das batalhas – que só se desenrolam através de cartas absorvidas pelo dado mágico. Dicey dita a dinâmica dos confrontos através dessas cartas encontradas no nosso caminho, seja no percurso natural do game ou comprando mais cartas com os Mannie Dex, uma loja viva. Cada carta tem o seu efeito, podendo fornecer armas, cura, proteção e vantagens para Even. Com o acúmulo de cartas é preciso definir apenas 15 para ser o deck de Even.
Para usar as cartas, devemos coletar fragmentos que fornecem energia ao Dicey – assim ele pode agir. Esses fragmentos são cristais que aparecem nos corpos dos inimigos e podem ser destruídos com o estilingue. Portanto, o começo das batalhas sempre pede muita movimentação e atenção do player. Com o acúmulo dos cristais, novas cartas são retiradas do deck e assim podemos lançar o dado mágico. Ao lançar Dicey, o número tirado define a quantidade de pontos que podemos gastar em cartas – e cada carta tem uma pontuação única. Só temos um pequeno problema a superar: Dicey, a princípio, só consegue contar até dois.
Além dos encontros aleatórios, há também um outro estilo de luta: as Arenas-Vivas. A dinâmica é mais complexa, como um jogo de tabuleiro. Ao longo da sua aventura, Even conhece vários personagens e aos poucos descobre a verdadeira história de Random. É preciso vencer as lutas e puzzles, mas também sabe lidar com os diálogos. Há também a possibilidade de completar missões secundárias. Não são obrigatórias, mas podem ser facilmente resolvidas ao longo da missão principal e garantir alguns bônus extras como moedas ou cartas novas.
Com toda a experiência do jogo, fica apenas uma ressalva: traduções poderiam mexer com algumas palavras e significados. Além de captar os detalhes do jogo e descobrir mais sobre o enredo, não saber inglês pode ser um obstáculo em algumas missões. Por exemplo, há um oponente que devemos derrotar com rimas. Ou quando pensamos nas irmãs Even (par) e Odd (ímpar), podemos imaginar diferentes interpretações: Even, por ser par, não consegue lidar bem sem a companhia de sua outra metade; Odd pode significar que ela não se encaixa em Sixtopia por ser ímpar – ou mesmo podemos ir além e ver na palavra um indício de que há algo muito estranho com o seu rolar de dados. Afinal, “odd” também significa “estranho”.
Por fim, acredito que de qualquer forma vale a experiência, mesmo que não seja no idioma original. Lost in Random é agradável aos olhos, aos ouvidos e com uma dinâmica desafiadora para a mente, única. É tão artístico que, muitas vezes, até mesmo parece um poema. Não hesite, jogue os dados, salve Odd e random rules.
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]]>The post Ikebana – A arte oriental do arranjo de flores first appeared on Animes Online BR.
]]>No literal da palavra japonesa, Ikebana (生 花) significa “flores vivas”. A arte japonesa do arranjo de flores foi retratada como sendo ao mesmo tempo mais sensível, mais artístico e mais sofisticado do que os métodos de arranjo de flores geralmente empregados em outras culturas. Isso acontece porque o Ikebana é uma arte no Japão, no mesmo sentido em que a pintura de quadros e esculturas são artes em outros lugares.
A nipônica do arranjo de flores, galhos, folhas encontram uma nova vida como utensílios para a arte. Em comparação aos hábitos ocidentais de colocar casualmente flores em um vaso, o ikebana propõe destacar as qualidades interiores das flores e outros materiais vivos, além do mais importante, expressar emoção.
O Ikebana pode ser praticado por amadores e profissionais, ambos capazes de alcançar resultados elegantes. Porém, assim como as demais artes, dominar o básico e seus fundamentos é essencial para qualquer prática do mesmo. Só assim uma pessoa começará a experimentar com o maior proveito do Ikebana.
O nome “Ikebana” vem do “ike” em japonês, que significa “vivo” ou “arranjo”; e “bana” traz a tradução da palavra “flor”. A prática de usar flores como oferendas em templos se originou entre o século 7 e 8, quando o budismo foi introduzido pela primeira vez no Japão. Esses arranjos são exibidos como formas de arte nas casas das pessoas. No entanto, o Ikebana também é visto como mais do que apenas uma decoração, é um processo espiritual que ajuda a desenvolver uma proximidade e a harmonia com a natureza em mesclar o interior e o seu exterior.
Existem vários tipos e técnicas do Ikebana que foram desenvolvidas ao longo dos séculos, mas dentre eles temos alguns principais por ter tomado várias formas muitos estilos diferentes de arranjo. Entre os mais comuns estão os estilos Rikka (flores em pé), Seika (flores vivas) e o estilo Moribana (flores empilhadas).
O arranjo estrutural de Rikka é conhecido pelas posições das peças que seguem a composição básica de um dos estilos mais conhecidos. As nove posições primordiais foram desenvolvidas pelos monges budistas, que incorporaram na cultura, os ensinamentos em seus arranjos de flores. Ikebana é uma arte visual que utiliza dos materiais vegetais que vêm em uma vasta variedade de formas. Dependendo dos materiais, o jdom artístico deve ser usado para reajustar as formas especificadas. No estilo Rikka, é essencial que as nove posições sejam honradas. Para isso, não basta replicar as posições e fazer exatamente como é demonstrado nesta imagem por exemplo. A criatividade também é um dos charmes que trazem vida para o Ikebana.
Dentro do Rikka, podemos encontrar 9 posições primordiais, elas são: Shin – A Montanha espiritual, Uke – Receber, Hikae – Aguardar, Sho Shin – Cachoeira, Soe – Ramo de suporte ou apoio, Nagashi – Fluxo, Mikoshi – Ignorar, Do – Corpo estrutural, Mae Oki – Corpo Frontal.
Em contraponto com a formalidade das rígidas regras de Ikebana de Rikka, outras formas mais livres dos arranjos florais eram conhecidas como Nageire – Despejar dentro. A característica distintiva do arranjo de Nageire era que as flores não eram feitas para ficar eretas por meios artificiais, mas mas sim permiti-las descansar no vaso de uma forma natural.
Não é por acaso que o estilo Rikka esteja associado às formas mais tradicionais do budismo, enquanto o estilo Nageire está associado ao Zen, pois os arranjos Rikka surgiram de uma tentativa filosófica de conceber um universo organizado, enquanto os arranjos Nageire representam uma tentativa de alcançar unidade imediata com o universo.
No final do século XVIII, a interação entre Rikka e Nageire deu origem a um novo tipo de arranjo de flores chamado Seika, que literalmente significa flores vivas. No estilo Seika, três das posições originais foram mantidas: shin, soe e uke, criando um triângulo destoante de qualquer regra já aplicada antes. Em um arranjo Seika, que é colocado na alcova de tokonoma, o espaço vazio ativo tanto dentro do arranjo quanto dentro da estrutura do tokonoma é de vital importância.
Historicamente, os arranjos de Seika eram compostos de um material – a exceção são os arranjos mais suntuosos criados para as comemorações do ano novo oriental. Hoje a regra foi relaxada, e arranjos feitos de um, dois ou três materiais são extremamente comuns.
E agora, temos o Moribana. Até os últimos anos, a alcova de Tokonoma, onde o Ikebana era tradicionalmente exibido, o espaço era tratado como um local sagrado, porém com o passar dos anos ele deixou de ser incluído na cultura japonesa moderna. Os espaços abertos de hoje em dia, pedem que o Ikebana seja visto por todos os lados, fazendo um 360°, para maior apreciação. E assim chegou o arranjo Moribana, onde o Ikebana começou a ser colocado em vasos redondos para a sua apreciação como um todo, sem ter um lado como foco. O arranjo Moribana progrediu a cultura do Ikebana como uma maneira de criar uma qualidade escultural e tridimensional no uso de plantas naturais.
Instruídos pela precisão e ressaltando valor da cultura japonesa, os iniciantes ao Ikebana aprendem habilidades técnicas básicas: como cortar corretamente galhos e flores, medir ângulos nos espaços para o enxerto dos galhos e caules, e como preservar os materiais vivos e naturais; junto da boa etiqueta de manter um local de trabalho que traga uma imagem limpa e harmoniosa. Os iniciantes também são ensinados a sensibilizar seus olhos para os materiais, a fim de trazer à tona suas qualidades interiores e a entender como isso muda de arranjo para arranjo, de acordo com a criatividade de cada um.
Por volta do século 20, a globalização do ikebana foi propagada pelas mãos de Ellen Gordon Allen, uma americana que estudou Ikebana durante sua estadia no Japão. Ela viu esta arte viva como um meio de unir pessoas do mundo inteiro. A partir de 1956, Allen trabalhou com as principais escolas de ikebana para fundar uma organização sem fins lucrativos chamada de “Ikebana International”, que promove um slogan dizendo: “Friendship through Flowers” — Amizade através das flores. Qualquer pessoa ou organização que coincida com os objetivos do Ikebana International pode se juntar a eles.
Segundo eles “O Ikebana International não ensina e nem endossa nenhum tipo de Ikebana. Ou dizendo melhor, é uma associação que engloba muitas escolas diferentes de Ikebana, cujos membros são pessoas de várias partes do mundo que amam e praticam da arte e têm interesse em outras artes tradicionais relacionadas ao Japão cultural. Muitos de seus membros estudaram ikebana. Algumas escolas de ikebana enfatizam estilos clássicos; outros se concentram no estilo livre, e alguns misturam os dois para dar origem a uma nova forma. Por meio dessa associação, estes membros têm a oportunidade de aprender sobre o Ikebana e de infinitas formas de se trabalhar a arte — suas inspirações, estilos, filosofia, história e técnicas — eles auxiliam em interações por meio de reuniões, demonstrações, exposições e outros eventos. Outra característica única do Ikebana International é que a organização foi fundada e segue adiante na administração de voluntários que queiram propagar esta arte viva e rico por natureza”.
Enfim pessoal, este é um pouco do que mostra a cultura japonesa de uma maneira viva, extraindo da sua beleza natural. Gostou? Comente aqui em baixo e mostre para aquele seu amigo que ama estar em contato com a natureza.
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]]>The post Keep Your Hands Off Eizouken: O animê mais “feio” da temporada e o mais artístico first appeared on Animes Online BR.
]]>Assim, relembrando essa história, posso dizer que, tudo começou a mais ou menos uma ou duas semanas atrás, com a prevalência do vazio, com absolutamente ninguém e alguns memes bem engraçados do Meliodas bugado. Após nada, ocorreu, no dia 6 de Janeiro na Crunchyroll, o lançamento do primeiro episódio do animê feio que está no título, sucedeu-se, novamente, o nada, até que… O abalo ocorreu… Então uma voz ao longe foi ouvida por todos “Um dia vai ter um Top 10 animês com design mais feios de todos os tempos e esse aqui (Eizouken), certamente, vai estar lá”. Após tal trepidação, posso lhe afirmar… O Twitter não continuou o mesmo… Porém, eu, como bom amante de animês feios que sou, não pude deixar de perder a oportunidade de falar absolutamente nada acerca desse o assunto e unicamente observar o caos se instaurar, sendo assim, confesso que me calei. Todavia, estou aqui, atrasado e sem ideias melhores para se escrever um texto, logo, vamos falar sobre o novo animê do Yuasa e algumas das prováveis razões que explicariam a falta de beleza notória deste.
Em vista deste plano, preciso abrir minhas suposições dizendo algo realmente óbvio. O design de Eizouken, mais precisamente de nossas protagonistas, Midori, Sayaka e Tsubame, não é nenhuma obra do pintor renascentista Leonardo da Vinci. Logo, nenhuma das três é alguma Monalisa, nem ao menos alguma versão da mesma travestida por outro zeitgeist, como a Violet de Violeta Jardim-Eterno, uma técnica impecável que retrata de maneira sublime e belíssima a mulher no ápice do padrão de beleza de sua época. Todavia, será que elas precisam ser assim? Quiçá seja este o ponto. A arte precisa ser formada somente por Mona Lisa’s? Ou, transpondo a questão para o “mundo dos animês”, formada somente de Violet’s? Eu acho que, talvez, não, e, talvez, esse seja o motivo mais óbvio desse design ser tão feio.
Condensando, o que eu quero dizer é que, nem toda ideia por trás de uma obra artística é a ascensão e exaltação do belo a partir da forma mais sublime ao qual o homem pode rabiscar com lápis e borracha, ou pincel e tinta ou até mesmo caneta e monitor. Pode ser que a arte tenha mais do que uma função, pode ser que diferentes artes tenham diferentes objetivos e que isso desemboque em… Diferenças. Então, quando digo que nem todas as obras precisam ser uma Mona Lisa, eu não estou me debruçando sobre uma retórica elitista e colocando essa pintura acima da arte de hoje. Eu estou dizendo, simplesmente, que essas obras possuem intuitos e intenções diferentes, uma amálgama de aspectos muito distintos umas das outras. Elas podem conversar com a sua pessoa de modos e profundidades distintos, a arte possui mais de uma função! Esta é a liberdade que a contemporaneidade nos dá.
Novamente, onde eu quero chegar com isto? Bom, é só um achismo pessoal, todavia, pode ser que, hoje em dia, mundo contemporâneo, pleno século 21, mais precisamente, 2020, o rumo da arte, ou pelo menos seu guia principal, talvez não seja mais a habilidade manual ou refinamento de técnicas tradicionais. Claro, indiscutivelmente reproduzir esses esquemas com perfeição ainda é uma capacidade fabulosa, eu mesmo queria saber recriar um frame de um filme do Makoto Shinkai. Entretanto, em um mundo onde uma das maiores obras de arte do século passado é um mictório denominado A Fonte e uma banana pendurada com fita em uma parede, denominada Comedian, é uma das obras de arte mais comentadas de 2019, podemos deduzir, com certa razão, que o mais importante na arte já deixou de ser refino de técnicas, seletas e restritas, a bastante tempo, claro, talvez nunca deixe de ser isso também, arte é dinâmica e varia com seu tempo, contudo, de longe não é só isso e, quiçá, nunca tenha sido.
Portanto, dessa vez com mais confiança, repito, assim como a arte em sua totalidade não possui só uma função, a arte dos desenhos japoneses alcunhados animês, não é feita só e somente de Violet’s. Desse modo, eu vou tentar explicar o porquê de ter escolhido essa personagem para discutir isto.
Assim, para iniciar esta explicação, necessito contar alguns pensamentos que servirão de base para tal. Visto que, a partir de minhas vivências, cheguei em uma suposição em relação ao assunto. Talvez, no senso comum atual, haja uma certa exaltação inflexível para com uma estética realística em detrimento de outras, principalmente quando se fala de dentro da comunidade otaku, meu foco aqui. No entanto, quando falo sobre arte realística, não me refiro ao realismo, movimento artístico de dois séculos atrás, e sim, me refiro a uma proposta estética atual, a forma de se retratar algo de maneira realística, super detalhada e com aquela sensação de “é quase como se estivesse no mundo real” ou de “praticamente palpável”.
Pois, diferentemente do realismo, essa proposta realística abrange sim a fantasia e elementos surreais, rotineiramente, contudo, revestidos com esses atributos visuais de super valorização da dificuldade de reprodução e hiper detalhamento nos designs. Algumas vezes, até mesmo sobressaindo sobre outros aspectos como a criatividade ou a mensagem. Como se os únicos que conseguissem atingir algo artístico e bonito sejam aqueles que consigam reproduzir um desenho complexo como o da Violet. Portanto, essa crítica invalida a predileção pela estética realística ou torna esse tipo de arte pior? Não, claro que não, porém outros aspectos também não faz com que elas sejam superiores às demais. É necessário um discernimento de função e um entendimento de diversidade, em todos os âmbitos, mas fundamentalmente na arte.
Veja bem, não falo sobre pessoas, e sim sobre um modo de se pensar. Os indivíduos são mais complexos do que um texto pode tentar explicar, contudo, essa conversa é a respeito de uma tendência estabelecida no consciente coletivo que conceitua o ápice do belo como tendo essas características, ou ainda, em certos casos, como a própria noção de arte. Consequentemente, fazendo com que desingns como os de Violet sejam considerados inegavelmente lindos, enquanto outros, como o de Eizouken, sejam indagados tão fervorosamente e taxados, de maneira simplória, de feios. Será que realmente existe só um modo para se alcançar a beleza na arte? Por que o design de Violet é obviamente lindo e o de Eizouken não?
Seguindo a linha de pensamento apresentada, se torna fácil entender o motivo de Eizouken ser feio. Pois, se aquele conjunto de características realísticas é o obviamente muito bonito e artístico é só bater o olho nessas 3 garotas e de cara perceber que elas não possuem nada disso, logo, são feias. Nesse entendimento, outras estéticas podem até existir e até serem bonitas, só que, inegavelmente, uma já foi exaltada ao topo de uma suposta cadeia por um acordo não formalizado entre uma parcela da comunidade. Dessa maneira, não existe discussão sobre a ideia, sobre o pensamento, sobre a função por trás das escolhas do design, meramente porque, qual é o motivo de haver debate se o melhor e o pior já estão definidos previamente?
Em suma, ambos os designs, o de Violet e o de Eizouken, podem ser considerados bonitos e/ou funcionais, para mim eles são, mesmo que eu prefira o segundo, ainda assim, é justamente nisso que eu quero chegar. Diferentes tipos de estética podem gerar designs funcionais, criativos e diversificados, mas tudo depende da execução. Nenhum dos caminhos é mais feio ou mais bonito ou melhor ou pior que o outro, eles são diferentes e ambos podem ser apreciados, ou não, depende de você, mas, para mim, esse entendimento deve se basear no que eles se propõem ser e não no que você gostaria que eles se propusessem.
Então, é exatamente por isso que citei a Violet, mesmo ela tendo um bom design, ela personifica também essa inundação do senso comum por um pensamento conservador quanto a arte. Nele o que conta é a complexidade de execução do desenho, o super detalhamento e se tem ou não traços “maduros”, ignorando totalmente a lógica e as ideias pros trás do design. Assim sendo, o ponto principal é, a arte não é só aquilo que alguém quer que ela seja ou o que um conjunto de pessoas aponta. Este é um pensamento artístico derivado de décadas atrás que, de alguma forma, ainda está intrinsicamente conservada no imaginário dos indivíduos, uma estranha noção de conservadorismo-contemporâneo na arte, que previamente já retém verdades absolutas, por mais que tudo isso soe contraditório. Por isso, o que deve ser perguntado é, o design de Eizouken quer dizer algo? Será que as escolhas que ele faz tem alguma função? Bom, eu penso que sim, porém, é só a minha opinião, contudo, nesse texto, afirmar que possui função e que existe, sim, beleza ali, é mais importante que detalha-lá minuciosamente.
Lógico, esse é um debate muito amplo e outros fatores que agregam esse tema não foram aprofundados. Entre eles, considero importantes, principalmente, a padronização, que eu carinhosamente apelido de Asuna, juntamente com a sexualização e a perpetuação de um padrão de beleza único, que eu nem tão carinhosamente chamo de Meliodas e Elizabeth. Portanto, peço desculpas, mas não resisti em personificar esses problemas em personagens que eu desgosto, mesmo que eles deveras representem essas questões. Ademais, mais textos virão pela frente e futuramente a gente poderá conversar sobre isso.
Sendo assim, desejo finalizar esse texto com algo positivo. Pois, ainda que o Twitter tenha se tornado uma verdadeira zona de guerra por um dia e eu realmente esteja desacreditado de, mais uma vez, alguém se surpreender negativamente com um design vindo de um animê do Yuasa, eu genuinamente fiquei feliz em perceber que várias pessoas mergulharam em zonas profundas desse assunto, em vez de ficar somente nas camadas mais rasas. Foi um momento de rebuliço mas, ao mesmo tempo, de reflexão e melhor entendimento sobre as coisas através de um debate. Este próprio texto é basicamente fruto disso.
Porém, essa visão pode ser apenas uma miragem causada pela bolha social que vivo, a bolha natural que cada um de nós vive e molda nossa percepção. Pois, pode ser que a reação em geral não tenha sido exatamente como a minha impressão pessoal indicou. Mas, só dessa vez, permito-me alegrar por essa talvez ilusão e a tomá-la como verdade, mesmo que porventura não seja. Uma vez que, genuinamente, esse tenha sido um bom minuto de esperança, esperança de que, talvez, no futuro, haja mais reflexão e pensamento sobre a arte. Então, é isso, espero que esse tema não tenha sido esquecido ainda, novamente digo, vejam Eizouken! Além disso, um bom animê, obrigado por lerem até aqui e até o próximo post!
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