Antes de qualquer coisa, preciso dizer que meu ódio por FFXII já vem de muitos antes de eu sonhar em estar escrevendo nesse site. Afinal, durante minha adolescência, com várias e várias páginas de detonado espalhadas pela casa, eu talvez tenha travado no jogo, em uma parte muito específica que nem nos detonados da vida, eu conseguia ter a resposta do que fazer.  

Mas também, o sabor da recompensa ao derrotar o último boss é algo que eu jamais vou esquecer, apenas larguei o controle das mãos e cai em um choro descomunal, fazendo com que minha avó na época não tivesse entendido nada do que estava rolando, afinal para ela, aquilo não passava de uma bobagem. 

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Foram 3 anos sofrendo com CD’s riscados, saves perdidos, e obviamente muita dor de cabeça para chegar naquele dia e extravasar tudo. Quem não teve um momento assim, não é verdade? 

Gameplay

Bom, com essa mini história, chegamos aos dias atuais. Mais velho, em tese mais entendido da vida e de jogos. Mas, nada poderia ser muito fácil, não é mesmo? A mecânica do jogo se tornou o meu maior problema, afinal, normalmente pra mim eu sempre acreditei que resolver tudo na base da porrada nos games fosse o caminho mais certo (e ainda acho isso muitas vezes, e quebro a cara).  

Ok, a história não mudou nada, as mecânicas tiveram leves alterações da primeira versão, mas ainda assim esse jogo me deu dor cabeça. Até que resolvi ir a moda caral** na última parte do jogo e pagar pra ver a minha eventual ousadia, mexendo nos “Gambits” conforme a situação se apresentava.  

E é aqui que eu paro para explicar brevemente o que são esses tais “Gambits”. Você basicamente usa essa mecânica para aplicar comandos automatizados para seus bonecos do seu time. Ou seja, você consegue configurar da sua maneira: quem vai atacar, quem vai curar o (a) amiguinho (a), quem vai ser o responsável por jogar uma magia que causará algo no inimigo e por ai vai, acho que me fiz entender. Caso não, eu vou colocar aqui um link de como funciona, me ajudou muito a entender várias coisas, inclusive.  

Voltando, a mecânica foi o meu maior desafio dessa vez em Final Fantasy XII: The Zodiac Age. Ainda que por vezes eu resolvesse tudo na base da porrada.  

Outra coisa que me fez muita muito a minha conexão com o jogo, foi usar personagens diversos. No jogo, você tem personagens: Vaan, Penelo, Ashe, Basch, Fran e Balthier. Cada qual com a sua especialidade e podendo fazer o que você achar melhor para eles com o sistema de licenças. O que vai definir a característica de seu personagem, um Knight, um Black Mage, um White Mage, Archer e mais classes que estão liberadas no jogo.  

E é aqui que FFXII: The Zodiac Age brilha. Talvez na franquia toda você não tem tanta liberdade para personalizar o seu time literalmente a sua maneira (Alô Capital Inicial). O que torna o jogo muito particular para cada jogador desse clássico.  

Gráficos e Áudio

Por se tratar de uma versão remasterizada, Final Fantasy XII: The Zodiac Age conta com uma repagina bem legal em algumas coisas, o cenário muito mais lindo e polido, você consegue ver coisas que não era possível antes, como o detalhe na roupa dos personagens e nos monstros. Além claro do já dito cenário, que é de cair o queixo!  

O áudio do jogo também foi alterado. Com uma “reorquestragem”, a música parece mais viva e está bem melhor que a anterior. Ainda que você possa mudar no menu isso sem nenhum problema.  

História

Aqui é uma coisinha bem básica. Somos apresentados a uma Guerra no continente de Ivalice, onde Archadia tenta atacar Dalmasca e assim reivindicar a posse do local. É então que a princesa Ashelia B’nargin Dalmasca parte em uma jornada de vingança para retomar o poder, mas não antes de resolver problemas que não foram bem resolvidas e também o destino dela cruza com nossos personagens principais, Vaan e Penelo. 

Considerações Finais – Final Fantasy XII: The Zodiac Age

Final Fantasy XII: The Zodiac Age é a chance de revisitar um dos melhores jogos da franquia, na humilde opinião desse redator. Com uma mecânica que vai ser complexa de entender no começo, você terá horas de diversão, coisas para fazer, lugares para explorar e claro, potenciais dores de cabeça para resolver tal coisa (brincadeira, confio no seu potencial). 

Até breve! 

Notas
Gráficos: 5/5
Jogabilidade: 5/5
Diversão: 5/5
Som: 5/5
Roteiro: 4/5
Nota Geral: 5/5 

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A história do Santo Graal é uma guerra que requer muita determinação. Às vezes as pessoas começam seu caminho com uma intenção e no meio descobrem que querem ser diferentes, mudam suas crenças, suas estratégias e seus ideais. Essa é a história de Emiya Shirou.

Em cada guerra, muda-se de perspectiva

Na primeira guerra que passa, Shirou fica dividido entre a vida e a morte. Perdido no meio dos escombros da última batalha, ele poderia simplesmente não se envolver. Ele é salvo pelo vencedor da última guerra e, ainda assim, ele poderia não se envolver. E com o tempo ele diz de maneira ingênua querer trilhar o caminho de alguém que pode salvar as pessoas, o caminho de um herói.

Para a segunda guerra que vivencia, a perspectiva já muda. Apesar de ainda manter uma inocência, a convicção de quem ele é e quem ele quer ser determinam suas ações. E começando os passos da sua jornada, Shirou precisa encarar a si mesmo no futuro.

O que é ser um herói?

Quando Emiya olha para si muitas perguntas surgem. Muitas respostas aparecem quando ele conta sua trajetória.

O que ele queria? O que ele pretendia? Qual foi a sua expectativa com essa escolha? O que ele pensou que aconteceria? O que aconteceu? O que vai acontecer? Como ele se sente diante disso hoje? E como ele vai se sentir diante disso no futuro?

E no meio do caos, as perguntas mais cruciais surgem sem respostas: Por que o Emiya de hoje e o Emiya do amanhã não podem conversar sobre a situação para entender o que está acontecendo? Por que o eu de hoje o problema de ouvir quem já passou por isso? Será que o eu do futuro não pode relembrar os sentimentos e fatos que o fizeram tomar essa decisão e chegar aonde chegou?

A convicção de uma decisão

Um dos motivos pelos quais as pessoas mudam são as suas decisões. Não aquela conversa de ‘na segunda eu começo’ sem muita vontade. Com a certeza da escolha, a pessoa pode mudar totalmente. Assim é visível que o eu de hoje e o eu do amanhã são pessoas completamente diferentes.

Shirou decidiu ser um herói. É nessa estrada que ele vai seguir. E o eu do futuro pode trazer todas as complicações que o futuro tem. Foi assim que ele decidiu. Quem garante que ele vai continuar nesse caminho? Questão de decisão. O que pode abalar isso? A dúvida da sua própria decisão.

Uma decisão convicta e tudo pode mudar. De um dia para o outro. Isso é o que separa o eu de hoje do eu de amanhã. A dúvida vai te amargurar, se você não tiver convicção suficiente.

E se o eu do amanhã tiver coisas que ele for contra? Quiser mudar tudo de uma vez? Basta ele decidir para onde ele vai, de novo e tudo, de novo, muda. E segue para um novo futuro. Precisa querer. E mudar.

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