Seven Senses of the Re’Union, ou Shichisei no Subaru, conta a história de seis amigos que jogavam Union, um RPG online de realidade virtual mundialmente renomado. Eles eram os melhores do jogo, formando a Guilda Subaru. Porém, o grupo de amigos se separa depois da morte de um deles, a Asahi. Estranhamente, ela morreu na vida real após morrer num combate do jogo.

O protagonista, Haruto, se culpa muito pelo ocorrido, pois ela sacrificou-se para protegê-lo, mas um outro membro do grupo, apaixonado pela Asahi, culpa-o ainda mais.

Seis anos depois, o Haruto loga numa versão renovada do jogo, o Re’Union e se encontra com o fantasma digital de sua amiga morta. Assim como em Ano Hana, o grupo de amigos se reúne novamente para tentar desvendar os mistérios que vem a surgir, e se reconectar como amigos.

O Haruto pensa incialmente que tem alguém se passando pela Asahi, mas dentro do jogo há habilidades únicas de cada pessoa, e reconhecem a da amiga.

Muito do que comentaram sobre o anime quando ele lançou envolve a semelhança dele com SAO e Ano Hana, principalmente o segundo. Não apenas na história, mas a maioria dos personagens são parecidos com os de Ano Hana, alguns só na personalidade, outros na lembram na aparência também

Mas o problema dele está no que foge da semelhança com os dois animes. Seven Senses of the Re’Union tenta mostrar uma faceta extremamente complexa e pesada. Mostrando organizações que sabem sobre uma verdade secreta do jogo e que na verdade o jogo influencia o mundo real, mas também tem múltiplas dimensões. Tudo vira uma zona.

Portanto, Seven Senses of the Re’Union é uma mistura da premissa de outras obras e o que é original dele não é bom.

Falando de algo positivo, algumas das lutinhas são legais. Mas vale a pena? Não, não vale.

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 A nossa leitura contém alguns spoiler. Para quem ainda não assistiu a obra, ela se encontra disponível na Netflix Brasil. 

A Vida

Ainda não sabemos o nome da flor que vimos naquele dia (AnoHana). 

Já parou para pensar como o tempo voa? Como algumas coisas e pessoas parecem se perder ou serem esquecidas entre as estações, anos e promessas? Como às vezes perdemos pessoas queridas em nossas vidas e como essa perda pode nos afetar e mais nos fazer chorar ao invés de sorrir lembrando sobre como foram os momentos ao lado dela?

E se não apenas você, mas também todos os outros que também sofrem pela falta desta pessoa pudessem vê-la novamente?… e que tal mais do que vê-la? O que você diria de poder se despedir dela e cumprir o último desejo dela?

Flores

Em AnoHana (2011), anime original de 11 episódios, com um que filme o qual resume a sua história e possui material novo, acompanhamos um grupo de amigos separados pelo tempo, pelos traumas e principalmente pela trágica perda de uma amiga em comum entre eles e que carinhosamente chamada era chamada de Menma.

Anos após o incidente que levou a vida de Menma, o seu espírito reaparece para Jintan, um de seus amigos de infância. Ele é o único que consegue vê-la e interagir com a garota. 

Ao lado de Jintan, Menma vê o quanto a cidade em que viveu e cresceu mudou após os seus anos ausente. Porém, houve algo mais importante do que as mudanças na cidade, houveram também mudanças nas pessoas queridas para a protagonista e que ela mantinha em seu puro coração.

Menma viu mudanças não só nas aparências, mas também na personalidade. As pessoas não apenas envelheceram ou cresceram, mas também amadureceram e com isso pareciam ter uma carapaça ao redor de si… de um melhor lado o qual elas já tiveram e mostraram para o mundo. De forma mais precisa, quem mais mudou foram os seus amigos de infância e se há algo em comum nesse fato, são as feridas que cada um carrega desde a perda da amiga.

Raiva, ressentimento, remorso, saudade, culpa, desconfiança, frustrações e vazio, tudo isso esteve em seus corações por anos maquiado por trás de camadas e mais camadas de pensamentos maduros, mudanças com a idade e a falsa sensação de superação. Mas, em seus interiores, eles ainda eram todos as mesmas crianças tristes com o falecimento da amiga deles e justo a pessoa a qual eles guardavam ressentimentos e mágoas estava junto a Menma fazendo aquilo que todos desejavam, que era vê-la e ouvi-la uma vez mais.

Um dos desejos de Menma foi a reunião dos Super Protetores da Paz (o nome oficial do grupinho de amigos de infância que além de ser composto por ela e Jintan, apelido de infância do garoto, também incluía Poppo, Anaru, Tsuruko e Yukiatsu). Por mais atribulada que essa reunião tenha sido pelo que podemos acompanhar, no fim todos conseguem estar em paz uns com os outros, principalmente consigo mesmos. 

E por fim (talvez o mais importante para cada um incluindo a própria Menma) eles conseguem fazer coisas que não puderam fazer antes com a sua amiga: vê-la, ouvi-la, se despedir dela, ouvir o perdão dela, cumprir o desejo dela de reunir os seus queridos amigos e por fim… para dar paz de espírito para eles e para a garota, além de ser presenteada com a mais uma doce memória e desejos de que ela vá para o céu. A última memória dela entre eles, a  doce memória de uma despedida sob lágrimas, lembranças e sorrisos contentes por finalmente se despedirem de uma pessoa amada como antes não conseguiram.

A história não acaba com a despedida de Menma e sim seguem, assim como a vida, e o que vemos do futuro é um pequeno resultado da flor que floresceu naquele verão (referência ao título do último episódio do anime) junto a uma querida amiga que já se foi.

O que importa

Se há alguém que você ama ou que precise ser (mais) amado, estando esse alguém próximo ou não de você, cuide dessa pessoa. Faça boas memórias junto a ela como puder. Elas são o maior presente que você pode ter dessa pessoa e ela de você. São presentes que se levam para a vida inteira não importa o que aconteça e não importa onde cada um de vocês estiverem.

Estamos em um período difícil, porém mais do que nunca é preciso lembrar uns aos outros sobre o essencial: “Cuidem uns dos outros, façam boas memórias e as deixem como presentes. Unam uns aos outros e recordem dos bons e maus momentos. Não tenham medo do que vierem a sentir quando estiverem juntos seja quando for, pois nunca será tarde demais para reviver a história que de suas vidas. E se alguém querido já não estiver entre nós, ao invés de se entristecer pela falta dela, comemore o lado bom da vida que ela teve e o que você pode ter compartilhado junto a ela. Assim, mesmo que você não possa falar com ela, ouvi-la ou tocá-la, uma parte dela estará em você e ela sempre estará viva entre corações e memórias enquanto alguém souber e sentir como foi estar ao lado dela”.

Adeus

Então se for para você dar um adeus, ou sejam quantos forem você precisar dar para uma pessoa ou quantas sejam, o dê sorrindo com as melhores memórias sobre ela em seu coração mesmo que estejas sobre lágrimas.

Bem pessoal, é com um sorriso e algumas lágrimas que me despeço de vocês e lembrem-se de hoje abraçar a aqueles que você puder, a conversar e a ouvir a quem for possível, a amar e a ser amado o quanto deixarem e você se permitir amar e por fim, mas não menos ou mais importante, lembrar e celebrar as vidas e memórias daqueles que já se foram e fazer isso com nostalgia e também com um belo e puro sorriso.

Espero que tenham gostado da nossa leitura. Se cuidem e nos vemos em breve. 

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