Apesar das lutas serem de 1 contra 1, em Hinomaru Sumo há o clássico dos animes de esporte colegial: equipes. E a equipe do Hinomaru é deveras… peculiar.

Os personagens principais

Ozeki Shinya, o capitão do clube de sumo do Colégio Oodachi. Um terceiranista apaixonado pelo esporte, mas muito tímido e sofre muito bullying. Construiu sozinho um ringue para praticar mesmo sendo o único membro do clube até a entrada no Hinomaru.

Gojou Yuuma, um ex-praticante de karatê que desistiu do esporte e virou um valentão. Por muito tempo atormentou o Ozeki até ser derrotado pelo Hinomaru. Não é uma mudança automática, mas sim gradual, em que ele percebe o mal que fez e tentar melhorar, além de redimir seus erros.

Kunisaki Chihiro, um ex-membro do clube de luta livre, até perder para o Hinomaru e entrar para o clube de sumo. Com uma personalidade animada e barulhenta, um habilidoso lutador que prefere as lutas individuais, mas dá tudo de si nas lutas de equipe.

Mitsuhashi Kei, um garoto inseguro e bem magrinho. Seu porte físico não é o mais adequado para o esporte, mas ele compensa isso com técnica e velocidade para enganar seus oponentes.

Tsuji Kirihito, um antigo amigo do Hinomaru que apesar de não praticar ativamente sumo, ainda mantem sua forma por treinar constantemente. Ele age como o treinador do time, pois por conta de uma doença pulmonar, só pode ficar 20 segundos no ringue. Apesar disso, luta em alguns momentos do anime.

Por fim, Ushio Hinomaru. A razão pela qual ele precisa ganhar torneios no ensino médio para se tornar um profissional é sua estatura. Sua altura é abaixo do mínimo permitido para lutadores profissionais de sumo, mas ao ganhar nos torneios do colegial, por alguma razão, pula-se o teste atributos físicos. Apesar dessa limitação, luta com muita paixão para alcançar seus objetivos.

Comentários finais sobre Hinomaru Sumo

As lutas são emocionantes e o ponto mais forte do anime. Fiquei várias vezes na ponta da cadeira enquanto assistia pelo quão empolgado estava. Ver os diferentes estilos de luta, as técnicas especiais desenvolvidas por cada um, os oponentes que parecem invencíveis.

Todos esses aspectos constroem uma atmosfera que prende o telespectador.

Por seguir um esquema de torneio em equipes de anime de esporte, o começo enrola um pouco, mas quando os campeonatos começam fica mais interessante.

Uma ótima recomendação para quem gosta de anime de esportes ou quer algo empolgante para assistir. Os 24 episódios de Hinomaru Sumo estão disponíveis na Crunchyroll.

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A OBRA

O anime acompanha a trajetória de Yuri Katsuki, um patinador desanimado que têm a vida mudada após um vídeo seu viralizar na internet e atrair a atenção do pentacampeão mundial, Victor Nikiforov, que decide ser o seu treinador e ajuda-lo a vencer o Grand Prix.

Assim como muitas obras do gênero de esporte, o roteiro tem como narrativa a superação, com os personagens evoluindo através de desafios e rivalidades que ocorrem dentro e fora das competições. Embora não seja classificado como BL (Boys Lover), a obra sugere uma relação homoafetiva entre os seus personagens principais.

Porém, diferente de outros animes do gênero que utilizam do tema LGBTQIA+ para fanservice, Yuri!!! On Ice faz da relação um ponto forte da história, sendo ela bem construída e crescendo no decorrer de cada episódio. Dessa forma, o relacionamento acontece naturalmente, junto com a admiração que um tem pelo outro dentro dos circuitos de patinação.

Entretanto, ainda que aborde essa temática, ela não mostra nenhuma situação sobre aceitação e casos de homofobia – o que é questionável, já que se passa no Japão e na Rússia, dois países extremamente homofóbicos – e por conta disso, as minorias que realmente sofrem com isso, acabam não se sentindo representadas.

O Esporte

Já o esporte é abordado de forma realística, mostrando desde como funciona o sistema de pontuação, as temporadas, treinamentos e toda a parte técnica durante a apresentação. Além disso, Yuri!!! On Ice complementa ainda mais ao colocar, através das coreografias e músicas, as características de cada atleta.

Além disso, a autora que é grande fã dessa modalidade esportiva, fez questão de homenagear diversos atletas em sua obra, como Yuzuru Hanyu (Yuri Katsuki), Evgeni Plushenko (Viktor Nikforov), Yulia Lipnitskaya (Yuri Plisetsky), Michael Christian Martinez (Phichit Chulanont), Boyang Jin (Guang Hong Ji) e Jason Brown (Leo da Iglesia).

Sendo assim, Yuri!!! On Ice consegue captar a emoção desse esporte e as dificuldades que cada competidor passa na busca pela vitória. Com uma história original, que não possui mangá, mas possuindo uma trilha sonora incrível, o anime se tornou um dos melhores dentro de sua categoria.

A obra completa esta disponível na Crunchyroll.

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Vale-se ressaltar que PuraOre está em lançamento no momento de escrita deste texto e só comentarei até o episódio 3.

PuraOre é um projeto que, por enquanto, abriga o anime (estúdio C2C) e um jogo que está previsto para ser lançado ainda em 2021 .

O Anime

Eu não sei definir o início do episódio 1, ele entrega muito bem que “sim, hóquei no gelo e idols”. Porém, até o episódio 3, não dá para ver como vai se dar essa situação.

A cena inicial é uma partida do time das protagonistas, que aparentemente estão representando o Japão, contra um time representando o Canadá. Uma cena que mostra como essas personagens são amigas e que depois de vencer a partida o sonho delas finalmente se realizou. Sequencialmente elas decidem fazer uma apresentação musical, a “dança da vitória”. Tudo isso em, aproximadamente, três minutos.

Sequencialmente, o anime introduz a parte dessas personagens, quatro amigas que fazem parte do clube de bordado. A minha primeira reação a isso foi “como que elas vão parar em jogos de hóquei?”. A resposta para minha indagação foi simples, a protagonista arrumou um panfleto de aulas experimentais e todas toparam.

Nas aulas de experimentais, introduzem outras duas personagens que estavam na partida e performance iniciais. Nesse momento, eu me indaguei mais uma vez “ok, mas onde entra a parte das idols?”.

A treinadora das meninas, Yoko (Mikako Komatsu), me deu a resposta. Ela tem um projeto de fazer o hóquei no gelo mais popular a partir de performances musicais das meninas depois delas vencerem partidas. Para isso, o aquecimento delas antes de entrar em quadra para as aulas são passos de dança.

Essa treinadora age de uma forma excêntrica, mas é a personagem mais divertida até agora.

Entretanto, até o episódio 3, o anime deixa a temática das idols de lado. O foco fica por conta das personagens e da parte esportiva. O que não é muito chamativo, pois a maior parte esportiva é sobre a motivação das personagens. PuraOre não demonstra ter um objetivo claro, porque mesmo a motivação se dá em “ser muito divertido” e “vamos criar memórias”.

Considerações finais

Dessa forma, PuraOre não desenvolve o aspecto das idols, tem uma parte esportiva ainda em estágios iniciais e personagens que não prendem a atenção. A mistura inusitada chama a atenção, mas a forma como a história é contada não é atrativa o suficiente para prender o público além disso.

Além disso, na cena inicial havia uma sétima garota. Ela aparece nas cenas finais dos 3 primeiros episódios, ela se revoltou e saiu do time de hóquei que ela fazia parte, por algum motivo. Isso não é um ponto negativo, mas me deixa curioso para descobrir o que realmente aconteceu com ela.

Por fim, como eu disse, após vencer a partida da cena inicial, elas dizem que realizaram o sonho delas. O que é estranho, pois até agora, nenhuma delas disse nada sobre ter algum sonho.

Eu achei muito interessante a escolha das dubladoras das protagonistas. Muitas delas são novatas no ramo e as outras tem alguma experiência, mas não muita. Estou muito animado para ver como a atuação delas nessas personagens vai melhorar e, no futuro, novos trabalhos para elas.

Acho muito estranho a apresentação delas ser na pista de hóquei. Como elas não escorregam?

PuraOre está disponível na Funimation, e ao lançamento deste texto o episódio 4 já estará disponível.

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Após pensar um pouco, lembrei do protagonista Sawamura Eijun de Ace of Diamond. Aqui quem apresenta do texto da vez é o Vulpixs. Vamos conversar sobre o amadurecimento de Sawamura, como um ser humano e a sua escalada até o topo do time.

Um pouco sobre Ace of Diamond

Primeiramente é importante estarmos a par da história do anime para que eu posso explorar mais do tema da vez. O texto conterá SPOILERS do anime.

Ace of Diamond (ou Diamond no Ace) teve 3 temporadas até o momento atual, contando com 178 episódios no total. O anime tem como foco, o beisebol.  Este vinha em uma estrutura que estava tomando forma para os animes de esporte, em trazer foco nos alunos do ensino médio com as atividades esportivas em clubes extracurriculares. . Sua trama foca não exatamente no protagonista Sawamura Eijun, mas sim no progresso do time em que ele joga. Esta parte eu explico mais adiante.

Sua obra original, o mangá, está dividido em 2. “Diamond no Ace: Act I” e “Diamond no Ace: Act II“. A história do Ato 2 continua sendo a mesma, que dá sequência na história. Igualmente serve para o anime, que o Act I foi dividido em 2 temporadas televisionadas, e o Act II no momento, ainda não teve a sua conclusão.

Por que escolher o Sawamura Eijun?

Antes de explicar o meu motivo de ter escolhido o personagem, gostaria de contar que o protagonista desta história é inspirado em um jogador profissional de beisebol. O japonês Sawamura Eiji serviu de inspiração para criar o personagem Sawamura Eijun. Tanto um quanto outro cumprem a mesma função dentro do esporte, a de Pitcher (Arremessador). Sawamura Eiji é um jogador reconhecido não só no Japão, já que o craque já atuou até na MLB (Major League Baseball), o campeonato nos Estados Unidos, e de mais alto nível do esporte.

Agora, sabendo da motivação do autor de Ace of Diamond em criar o personagem, reunimos todos os ingredientes para a receita deste tema.

Sawamura Eijun é um protagonista estereotipado que faz muito barulho por onde aparece.  Assim como Luffy de One Piece, Asta de Black Clover e entre outros. Bem como os dois citados, Sawamura também tem um outro fator determinante para sua característica: o poder de mudar a energia astral do ambiente.

Apesar disso, ao mesmo tempo que sempre tenta se mostrar confiante, este acaba por transparecer muito sua infantilidade. Contudo, os pontos negativos do personagem ainda serão revertidos e ele mesmo aprenderá a lidar melhor com as situações. Mostrando assim um amadurecimento dentro e fora de jogo.

Do interior para a cidade grande… de um “timinho” para uma equipe renomada

Em primeiro lugar, somos introduzidos à história de Ace of Diamond com uma derrota do protagonista Sawamura Eijun e do fim de sua vida esportiva no ensino fundamental. Era um time pequeno, de uma escola do interior e que não teria chances nem de passar do primeiro jogo do campeonato. De fato, Sawamura era o único jogador do time que realmente parecia amar o beisebol como nenhum outro.

Quando pensava que este seria o momento de desistir do esporte, sua vida mudaria de cabeça para baixo com um convite inesperado. Uma olheira de um time renomado de Tokyo encontrou um potencial a ser lapidado. Sawamura Eijun, mesmo em sua derrota naquela partida, mostrou ter alguma habilidade que nem ele mesmo tinha ciência. O convite era uma bolsa de estudos para esportistas que daria o passaporte para jogar em uma escola de Tokyo. Não uma escola de ensino médio qualquer. A Seidou é uma das mais reconhecidas como potência, justamente por causa do seu clube de beisebol. Só que para isso, precisaria deixar tudo o que tinha, amigos, família e hpabitos.

Porém, esta escola vinha sofrendo de um problema gravíssimo nos últimos anos. Todos que conhecem sobre beisebol sabem que o arremessador é a posição mais importante do jogo. E o problema da Seidou era justamente esse. Por anos, mesmo sendo uma escola renomada, o clube de beisebol da Seidou já não conseguia avançar. A falta de um Ace (Ás) para o time era desesperador. Ela tinha os melhores rebatedores, receptores e equipamentos que um colégio de ensino médio poderia pedir. Só que nenhum arremessador era o suficiente para subir no monte e jogar de nível nacional para aquele time.

Encarando a dura realidade e o começo de seu declínio 

E é com este peso que Sawamura Eijun se muda do interior para a cidade grande. A sua chance de poder brilhar como um ás para uma escola que ele realmente mereça estar… Ou era isso o que ele achava.

Nem tudo é um mar de rosas, já dizia a frase popular. Juntamente com o seu ego lá no alto, o baque de cair na dura realidade o deixou atordoado por alguns dias. Chegando cheio de confiança, foi barrado pelo próprio técnico de participar dos treinamentos junto do time. Seu companheiro de quarto, Miyuki, não havia lhe acordado para que não se atrasasse no primeiro dia de treino. E Miyuki não estava errado. Em um time tão renomado e competitivo, é lógico que cada um tem que cuidar de si mesmo e saber dos seus próprios compromissos.

Inconformado, Sawamura Eijun começa um passo atrás de todos os outros calouros do primeiro ano. Além disso, seu atrevimento de achar que merece estar na posição de titular e sua insistência, só o fazia perder mais e mais pontos com o técnico.

Sawamura estava longe do seu objetivo. Seu foco deixou de ser a vitória no campeonato, para buscar um lugar na equipe, e justo na posição mais requisitada.

O começo de sua mudança: Respeito

Se ao menos Sawamura fosse bom ao nível de um prodígio do beisebol, as coisas facilitariam mais para o garoto, mas nem esse dom do protagonismo ele tinha. Apesar disso, uma chance lhe foi dada para aprender mais a se portar como um verdadeiro arremessador. A ajuda viria de um terceiranista, Cris, um jogador do time muito respeitado por todos. Mesmo sem participar de nenhum treino do time, Cris era sempre reverenciado por todos a sua volta e isso irritava o nosso protagonista.

Ele era cabeça dura, ou seja, não aceitava receber ordens de alguém que nem ao menos se esforçava pelo esporte. Mais pra frente Sawamura descobriu a verdade por traz da história de Cris. Uma vez que, viu estar criticando aquele quem estava lhe ajudando, percebeu o quanto precisava amadurecer.

Então, foi neste momento que a primeira engrenagem de Sawamura começou a mudar. Ele conheceu o respeito. Não somente em respeitar o próximo ou ao mais velho. Aprendeu que precisa saber respeitar seus próprios limites, pois só assim acharia o seu próximo passo para sua longa caminhada.

Seu embarque para o time

Ace of Diamond tem um progresso um pouco lento se comparado com os demais animes de esportes, mas isso não é um problema para a obra. É justamente este o ponto que o anime quer te mostrar. Onde o trabalho duro e mostrado de uma forma minuciosa gere frutos no qual poderemos olhar para trás e dizer “então foi aqui onde tudo começou”.

Nesse meio tempo de longos períodos de treino, Sawamura ganha a oportunidade de se integrar ao time principal. E para falar a verdade, talvez este seja o que nos anima tanto em ver o protagonista jogar. Suas passagens não tão constantes como função principal dentro do anime, e o seu impacto progressista de jogo para jogo.

Sawamura ainda não era o arremessador principal do time e ainda sim tinha que dividir sua posição com outros três. Seus parceiros e arremessadores do time eram vistos como rivais aos olhos de nosso protagonista. Isso é algo ruim? Negativo. Às vezes é bom ter um rival para que ambos se motivem a continuar progredindo. Porém, o problema é deixar que isto desvie o olhar para o verdadeiro objetivo. Como resultado, mais um momento de imaturidade do personagem.

Quanto mais alto, maior a queda

O time tinha 4 arremessadores que seguravam bem a onda da equipe durante o jogo. Sua nova tática para o time era rotacionar todos os arremessadores e aproveitar ao máximo do potencial deles para cada situação. Contudo, isso não era o bastante. Uma derrota em um momento mais que importante derrubou o colégio Seidou. Todos ali sentiam que esta era a melhor Seidou após muitos anos de decadência. Quando finalmente estariam se reerguendo, um Strike Out mandava o time de volta para a casa e os eliminando do campeonato.

Clichê de animes de esporte? De fato, perder um campeonato, treinar para voltar mais forte tem sido uma formula muito manjada. Acima de tudo, o importante é saber trabalhar o próximo passo após esse baque. O time vai apenas treinar, soltar o famoso “nunca mais quero passar por isso de novo” e ganhar o próximo campeonato? Assim não dá né Kuroko.

Sawamura Eijun é um dos que mais mostrou dor pela derrota do time em um momento tão importante, já que ele foi um dos motivos da derrota. Porém ele não é nem de perto o que mais sentiu a dor de uma derrota. Os terceiranistas chegaram ao seu ponto final, sem vencer um campeonato, a vida de beisebol colegial acaba por aqui. Mesmo com tudo isto, eles eram os que menos demonstravam fraqueza.

Por que? Eles são o exemplo e a força do time. Por mais que chorassem pelos cantos, na frente de seus companheiros mais novos tinham de mostrar postura e passar o bastão adiante. Sawamura Eijun percebeu que sua dor era nada mais que uma birra. Ele estava triste sim, mas notou também que ficar para baixo era mais um motivo para um dos novos pilares do time vir por água abaixo.

Um recomeço e novas metas

Agora sem os confiáveis senpais, Sawamura e o restante do pessoal teriam de reformular o time e buscar por novas forças. Pressionar o botão de reiniciar e almejar um treinamento físico e psicológico, mais concentrado do que nunca. Ainda em disputa com o seu rival Furuya, Sawamura sentenciou querer assumir definitivamente a posição de ás para o segundo ano que estaria por vir.

Desde o primeiro ano, seu rival era sempre o destaque dentre os 4 arremessadores do time. Pelo fato do atual ás estar se graduando, não faria a disputa entre eles estar mais fácil do que antes. Pelo contrário, a intenção aqui é subir cada vez mais o nível.

De começo no segundo ano, as coisas não foram muito diferente. Enquanto Sawamura ia treinando e sendo o holofote para algumas partidas, Furuya tomava dianteira na posição tão buscada.

O mais importante deste momento é que Sawamura não se abalava e nem esperneava de estar “perdendo” a posição para outro. Ao mesmo tempo que seu rival estava em evidência, o protagonista vinha de um progresso constante. Bastava um sopro para que a direção dos ventos mudasse.

A dependência do time ganha um nome: Sawamura

E foi quase como um sopro mesmo, pois Furuya começou sentir a pressão do monte como o ás do time e isso influenciou negativamente em sua performance. Em um jogo tão importante, cedeu 5 pontos ao time adversário, algo bem incomum para o nível das escolas em disputa.

Somente uma pessoa poderia tira-los dessa situação. Sawamura Eijun — Eu até lembro do placar e da contagem daquele jogo. 5 a 1 para o time adversário. Contagem de 1 Out, 0 strikes e base cheia com o 4° rebatedor na frente do arremessador. Para quem é familiarizado com o esporte sabe que deixar uma base cheia de corredores com o quarto rebatedor (posição de melhor rebatedor do time) é a situação mais perigosa do jogo todo para a equipe que está na defesa.

Em um momento tão importante e de maior tensão a meio um campeonato de tão alto nível , Sawamura Eijun entrava para arremessar uma das rodadas mais pressionadas de sua vida. Um erro aqui e um colapso do time era quase que certo.

Não ter um único arremessador para segurar as pontas do time era o maior medo do técnico. Que por sinal as coisas só chegaram aonde chegaram, por culpa dele mesmo. Na tentativa falha de fazer seu ás recobrar a postura e mentalidade de um jogador, ele enfiou o time todo em um buraco por não forçar a substituição de arremessador na hora certa.

E então, Sawamura entra em campo. Sem fazer muito barulho. O que é bem incomum para sua personalidade. Nosso protagonista já tinha maturidade o suficiente para enxergar a enrascada que o time tinha se metido. Também notava que, no exato momento, era o único que podia tira-los do buraco.

Um diamante lapidado

Com 300% de concentração em não procurar ser o melhor do time ou algo do tipo, Sawamura foca em apenas um local. No trajeto da bola, de sua luva até a luva do seu receptor. Em conclusão, 2 strike out seguidos, eliminando o quarto rebatedor e mudando totalmente o clima do jogo.

Enfim Seidou pôde respirar. Posteriormente a uma das jogadas mais importantes já atuadas pelo personagem na série, o técnico se levanta e vai pessoalmente até Sawamura. Ao passo que todos do time estavam surpresos com o momento, o técnico rígido e frio, passa a mão na cabeça de Sawamura, agradecendo por ter tirado o time do perigo.

Por culpa da falha do arremessador anterior, o time ainda perdeu o jogo, mas desastres maiores foram evitados. Sawamura não se abalou com esta derrota, ele estava sério. Nesta hora percebemos que o Sawamura já passou de um pirralho birrento para um pilar de maior importância ao time.

Portanto, uma nova decisão precisaria ser tomada: Quem seria o ás da Seidou para o próximo campeonato, Sawamura ou Furuya? Em uma decisão tão importante que mudaria totalmente a forma dos demais times em olhar a Seidou, o técnico preferiu por optar na escolha do jogador mais sólido. Sendo assim, Sawamura é o jogador que carregará o número 1 em suas costas a partir daqui, na história.

A que fim esta história vai nos levar? Não sabemos ainda. Porém, o que sabemos é do grande amadurecimento e caminho percorrido por Sawamura Eijun até o lugar que sempre desejou no time. A posição de maior destaque no time e que todos respeitariam, não por medo, mas sim na confiança de alguém que levem-os até a vitória.

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