The King Of Fighters XIV: O tão aguardado novo torneio

The King Of Fighters (Ou KOF, a sua abreviação) é uma série de jogos de luta clássica e que praticamente foi um dos maiores marcos do gênero, isso é fato, essa série começou a vários anos atrás, lá em 94, criada pela SNK, empresa clássica dos mundo dos games responsável por várias séries e jogos que são, tanto nostálgicas, como aclamadas, como a série Samurai Shodown, Fatal Fury, Art Of Fighting, Metal Slug, e várias outras.

Porém, nem todos os anos até então foram bons para a empresa, porque infelizmente, devido a vários fatores que ocorreram com a marca, desde questionáveis decisões de negócios, dificuldade de adaptação de mercado, e até mesmo a falência da sua empresa, seu nome acabou um esquecido por algumas pessoas com o passar dos anos.

Contudo, é inegável que a empresa hoje, está determinada a virar o jogo, porque, desde que foi adquirida pela empresa chinesa Ledo Millenium, está assumindo uma nova postura estratégica, um novo posicionamento, e até mesmo se reestruturando, com a criação da subsidiária SNK entertainment, tirando do nome da empresa principal a “Playmore”, e procurando ao máximo trazer e mostrar que a “velha” SNK não só está de volta, mas melhor como nunca esteve antes.

E parece que essa repaginada na casa está sim gerando bons frutos, porque não só estão sendo relançados vários clássicos da empresa para as plataformas mais recentes, como também jogos novos das suas franquias mais amadas, como o The King Of Fighters XIV (14), que procura trazer um novo capítulo e continuar a tão aclamada saga sobre esses lutadores amados por todo o mundo.

Por sinal, esse novo jogo era mais que aguardado para os fãs, porque não só é o início de uma nova saga, trazendo de volta a série de jogos depois de um hiato em seus lançamentos, mas ele trouxe algumas mudanças para a franquia, sendo esse um jogo que ao mesmo tempo, nunca esteve tão parecido com os clássicos, mas ao mesmo tempo tão diferente.

Por sinal, se você veio aqui sem conhecer direito quem são esses lutadores, que história é essa de “sagas” e tudo mais, não tema!

Aqui na NSV, temos resumos feitos com muito amor, informação e carinho, que não só são perfeitos para introduzir novos lutadores nessa jornada, mas também ajuda a relembrar o porque os veteranos dessa série a amam tanto, contando certinho cada ponto da história, ou melhor, das histórias.

Mas esse novo capítulo que nos foi apresentado, do que se trata ele? Quais diferenças são essas? Como é essa nova saga? Essas e muitas outras dúvidas vamos responder aqui e agora!

Narrativa

Bom, vamos começar por um dos pontos mais importantes e chamativos do jogo, a história.

The King Of Fighters XIV é uma direta continuação de seu título anterior, The King Of Fighters XIII. Após bastante tempo depois do último torneio, de maneira quase que inesperada, foi anunciado um novo torneio, o KOF XIV,  que foi trazido de volta por uma nova figura, o gigante e auto proclamado campeão e rei dos lutadores, Antonov.

Antonov depois de muito esforço, consegui adquirir os direitos por trás do The King Of Fighters para abrir um novo torneio, mas diferente dos torneios e organizadores anteriores, Antonov não aparenta ser uma figura maligna ou um vilão, que trouxe os lutadores para algum propósito maior. Em suma, Antonov trouxe o torneio de volta com o intuito de trazer um grande espetáculo, assim como antigamente, já que segundo ele, muitos dos outros torneios após o KOF, não tinham a qualidade tão boa quanto. Mas não só isso, Antonov também acredita que, diferente do que todos imaginam, ele é de fato o lutador mais forte do mundo, e acima de tudo, quer provar isso a todos que estarão assistindo o torneio, se afirmando o verdadeiro rei dos lutadores. Por isso, ele não economizou recursos nesse grande retorno, investindo bastante no orçamento para ter um alcance de escala mundial, e até mesmo trazendo misteriosos lutadores, que foram convidados especialmente por ele, para formarem um time único e servirem não só como um atrativo para os lutadores que vão participar, mas também como um desafio a mais no torneio.

Velhos times e novos integrantes

Assim, muitos lutadores do mundo todo resolveram participar ou retornar a participação no torneio, trazendo não só vários lutadores e lendas dos torneios passados, como também vários novos, de todo canto do mundo, e agora, vamos introduzi-los.

Como era de se esperar, vários times retornantes e clássicos voltaram, sendo um dos mais clássicos, o time do Japão, trazendo os favoritos e já consagrados Kyo Kusanagi, Benimaru Nikaido e Goro Daimon, representando o Japão, e também tão clássicos quanto e rivalizando eles, o time Yagami, que é formado pelas antigas assistentes de Rugal e Hakesshus, Mature e Vice, além do líder do time, Iori Yagami. Esses dois times já são reconhecidos na franquia, não só por serem protagonistas da primeira saga da franquia, a saga Orochi, mas também por terem muita ligação com toda a série KOF, que por sinal, aparentam ter uma ligação forte com a narrativa e os mistérios dessa nova saga. 

Também já reconhecidos, retornantes e clássicos na franquia, estão os times de origem de South Town, o time de Fatal Fury, que traz os lendários lobos solitários Terry e Andy Bogard, junto do melhor amigo deles Joe Higashi, e o outro time dessa cidade, Ryo e Yuri Sakazaki, juntos do melhor amigo de Ryo e namorado de Yuri, Robert Garcia. Assim como nos outros jogos, os times de South Town possuem sua história própria, que além de influenciarem nos acontecimentos dos torneios, acabam sendo sempre interessantes, mostrando as diversas interações das lendas de luta da SNK, com os lutadores novos, e também até mesmo expandindo a história por trás das suas franquias de origem.

Mais dois times clássicos e com formação antiga voltaram, são eles, o time Psycho Soldier, trazendo de volta a famosa estrela, cantora e lutadora psíquica, Athena Asamiya, seu melhor amigo Sie Kensou, e o mestre do Kung-fu, que treina os dois jovens Chin Gentsai, e o time Ikari Warriors, trazendo os poderosos mercenários militares, Ralf Jones, Clark Steel, e Leona Heidern. Assim como nos jogos anteriores, esses dois times não estão só competindo, mas também investigando algo misterioso e possivelmente perigoso que está por trás do torneio, juntos de outro time também importante, o time de K’.

O Time de K’, por mais que não seja tão antigo como os times os citados anteriormente, possuem grande importância na franquia desde a saga NESTS, trazendo os antigos protagonistas K’, Maxima, e Kula Diamond, os renegados da antiga corporação.

Como é possível perceber, KOF XIV trouxe de volta os times mais importantes de franquia e com suas formações mais conhecidas, que podem ser consideradas até mesmo parte da essência da franquia, mas assim como em cada nova saga, foram introduzidos novos personagens nessa edição, que ou complementam times clássicos da franquia, mas também formam seus times inteiramente novos! Aqui vão eles.

Dos times novos que vieram com novos integrantes, veio a nova formação do time Women Fighters, que assim como o nome indica, sempre é composto por lutadoras fortes. Na formação dessa edição, o grupo conta com as já veteranas e favoritas King, de Art of Fighting, e Mai Shiranui, da série Fatal Fury, mas junto delas há a estreante Alice, que pela primeira vez, está participando do The King Of Fighters. Alice por mais que seja uma personagem nova para a série, já participou de outros jogos da SNK, recebendo bastante importância e destaque nos jogos do estilo Pachinko da série Fatal Fury, mas aqui, ela aparece não só como uma lutadora novata, mas também fã dos Lobos solitários de Fatal Fury, principalmente Terry, sendo que seus golpes especiais são várias referências aos golpes desses integrantes.

Também retornante, mas com uma formação nova é o Time Kim, que sempre traz consigo vários artistas coreanos poderosos, ou criminosos, que estão sendo reabilitados por Kim Kaphwan, mestre do Taekwondo. Nessa formação, diferente das outras, há a ilustre participação de Gang-il, que é ninguém mais, ninguém menos que o mestre de Kim, e ele está acompanhado de sua sedutora e misteriosa namorada, Luong, que também é tão habilidosa quanto os dois. O motivo principal do time Kim nesse torneio, é principalmente o de Gang-il de avaliar o seu discípulo Kim, e de Kim querendo provar e demonstrar suas habilidades para o seu mestre. Contudo, um outro time tomou a atenção de Kim nesse torneio.

O time dos Vilões, assim como o nome indica, é formado por personagens malignos e com más intenções, sendo eles os ex-parceiros de Kim, Chang Koehan e Choi Bounge, que estão sendo liderados pelo estreante e rei do crime, Xanadu. A participação de Chang e Choi neste torneio foi por pedido deles mesmos, que afirmam que, depois de serem reabilitados por Kim, não são mais como antes, e para isso, pediram a ajuda de Xanadu, uma pessoa misteriosa (E bizarra) para ajudá-los, por mais que o motivo de seu interesse pelo torneio e o seu comportamento, ainda seja um mistério.

Mas eles não são os únicos criminosos do torneio, por sinal, o mais perigoso e imponente deles está aqui.

O Time de South Town trouxe o tão aguardado retorno do lendário vilão da série Fatal Fury e Art Of Fighting, e o primeiro organizador desse torneio, Geese Howard. Geese é um ser realmente perigoso e poderoso, mestre de várias artes márcias e do crime organizado de sua cidade, mas ele não veio sozinho, junto dele veio seu mais fiel parceiro e habilidoso parceiro, Billy Kane, junto do misterioso estreante Hein, funcionário de Geese.

E por fim, com uma formação quase inusitada, está o time México, que além de representar o país com vários “Luchadores”, trouxe uma combinação interessante no time, trazendo Ramon, o lutador de luta livre e antigo parceiro de Vanessa, a ex-membra da NESTS , Angel, e o estreante King Of Dinosaurs, que traz um estilo único de luta livre com força bruta, além de lembrar um outro lutador que já apareceu na série antigamente.

E por fim, o mais novo time da China, que traz o veterano e antigo mestre de Geese e dos irmão Bogard, Tung Fue Hue, que trouxe consigo os novos discípulos e protagonista da saga, o estiloso Shun’ei e o seu dorminhoco parceiro, Meitenkun.

Agora sem mais delongas, aqui vão os times que possuem consigo, integrantes e formações inteiramente novas e nunca vistas na série e em qualquer outro jogo da SNK! Não só trazendo sangue novo para a franquia, mas até mesmo fazendo ligações interessantes entre os integrantes passados.

Vamos começar com um dos times mais divertidos dessa nova leva, e que de certa forma, estão nos representando! Isso mesmo, o time da América do Sul, que traz consigo o os brasileiros Nelson, Bandeiras Hattori, e a Colombiana Zarina. Cada um dos integrantes desse time, além de serem muito amigos, possuem um motivo próprio para participar do torneio. Nelson, depois de sofrer um acidente e receber um braço mecânico de uma misteriosa organização, está testando os poderes do seu novo braço enquanto compete com vários outros lutadores. Bandeiras, além de ser um fã declarado de animes e da cultura japonesa (praticamente um Otaku), está no torneio para desenvolver sua arte Ninja Brasileira, além de trazer interesse ao espectadores e, quem sabe, levar consigo discípulos para treinar, e por fim, Zarina, que está competindo no torneio gerar fundos de arrecadação, para trazer notoriedade e informar que o risco do habitat natural de seu amigo tucano, o Coco, está sofrendo, trazendo o perigo de extinção a sua espécie e de várias outras aves.

Outro time bem interessante, é o time de convidados do Antonov, o time Official Invitation, que trás diversas figuras misteriosas. Primeiramente no time, temos Sylvie Paula Paula, um lutadora elétrica que, por mais que pareça uma garota estranha, e até um pouco louca, é uma antiga integrante da NESTS, que foi considerada um projeto fracassado e abandonado pelo grupo, outra integrante é a dançarina mascarada Mian, que junta passos de Sichuan em um estilo de luta único, e finalmente, o misterioso Kukri, um lutador que controla areia, e aparentemente tem outros motivos para participar do torneio.

Por fim, mas também de suma  relevância na história, está o Time Another World, trazendo consigo várias integrantes de jogos da SNK que nunca estiveram em um torneio, e nem mesmo compartilham o mesmo universo de KOF! São elas, a pirata dos céus Love Heart, a amante de bolinhos de carne e de Kung-Fu Muimui, e a integrante da tribo indígena Ainu que está sempre acompanhada de sua fiel águia Mamahaha, Nakoruru. Esse time formado por essas integrantes ocorreu misteriosamente, porque uma força sobrenatural de maneira estranha, sugou elas de seus mundos de origem, as trazendo para esse tempo na história, por algum motivo ainda misterioso. Devido a esse ocorrido, Nakoruru se juntou as duas outras para participarem do torneio juntas, e investigarem o’que está acontecendo.

Esses são todos os times que participam do torneio nesta edição, juntando em apenas um jogo, um total de 50 lutadores disponíveis para escolher, sendo um dos maiores números de integrantes até então.

O torneio e a sua conclusão

O torneio, durante boa parte de seu ocorrido, acaba sendo uma competição de certa forma normal até o final, onde o vencedor tem que enfrentar o Antonov na grande final. Depois de enfrentá-lo e derrotá-lo porém, algo estranho ocorre. Durante a final, o céu se escurece e raios começar a cair do céu, destruindo todo o cenário, e formando uma misteriosa e altamente poderosa criatura, chamada Verse.

Dependendo com qual time estamos jogando, há cutscenes específicas, que mostram as reações dos times durante o ocorrido, sendo as mais importantes a do time Another World, que descobrem que o Verse não só é a criatura que elas estavam perseguindo, mas que de fato ela tem o poder de até mesmo atravessar entre tempo e espaço, o time da China, que mostra que estranhamente, Shun’ei tem alguma relação com o Verse, sendo essa relação ligada aos seus poderes, e o time Official Invitation, que por algum motivo, Kukri estava atrás de Verse.

A partir daí, após derrotar Verse, cada time terá um encerramento, que conta a história de cada time após o torneio. Não quero dar spoilers sobre esses eventos, porque alguns são de fato surpresas muito agradáveis, principalmente para os fãs da série, mas quero informar aqui que o final deste capítulo mostra que o futuro da saga promete ser bem ambicioso e até mesmo bem promissor, com diversas ligações e conexões com todos os outros arcos da série, fazendo uma ponte entre todos eles.

Jogabilidade

A jogabilidade de The King Of Fighters XIV é similar a de XIII e ao dos títulos de Dream Match, ou seja, sem o sistema Tag, e sem Strikers, ou algum tipo de assistência, contudo, esse título traz consigo algumas mudanças e alterações únicas para ele, o diferenciando dos jogos anteriores.

Uma das novidades principais, é em relação ao especiais, mais especificamente, as barras acumuladas na partida. Durante uma luta, os primeiros lutadores podem adquirir até 3 barras especiais, mas a cada lutador que perdemos durante a partida, aumenta a possibilidade de adquirir mais barras, possibilitando no máximo até 5 barras de especial. Além disso, elas não são mais feitas somente para os especiais, porque elas também podem ser utilizadas para habilitar modo inédito, o Max. O modo Max é ativado se gastarmos uma barra de especial, e ele possibilita a utilização de variações diferentes e mais fortes de ataques especiais e super especiais, chamados de EX, além de permitir uma brecha melhor para formar combos com eles.

Também inédito, mas que pode ser controverso para alguns jogadores, é a adição do Assalto, que é comumente conhecido como “Auto Combo” ou “Rush Combo”, ou seja, é um combo que, somente apertando o botão LP (Soco Fraco) repetidas vezes, o personagem irá executar um combo básico, podendo até mesmo utilizar algum especial. É inegável que alguns jogadores possam vir a não gostar da adição, porém, todos os jogos de luta hoje em dia possuem esse tipo de combo, e se não possuem, possuem um outro modo mais fácil de executá-los de uma forma ou outra, isso é importante porque, conforme os jogos de luta foi avançando e ganhando notoriedade, muitos dos jogadores casuais ou novatos têm dificuldades em começar a jogar, ou querem só se divertir sem precisar fazer um dever de casa antes, logo, acredito que de qualquer forma, essa adição não deve ser mal vista, pois é uma porta de entrada para qualquer tipo de jogador poder se divertir, e isso é mais que bem vindo.

Um detalhe que não posso deixar de passar é, que assim como é possível ver em diversos cantos da internet, a possibilidade e variedade de combos poderosos, e até mesmo fatais, é enorme. É possível cancelar vários movimentos com ataques especiais e super especiais, e também as diversas mecânicas novas, como o modo MAX e os ataques EX, por exemplo, permitem bastante possibilidades aos que quiserem aprender mais.

Por fim, um último detalhe é que, alguns golpes, principalmente os especiais e super especiais de lutadores veteranos tiveram seus comandos trocados ou alterados, ou tornando-os mais fáceis de serem executados, ou até mesmo alterando o seu estilo de jogo, exemplos gritantes disso são os personagens Ralf Jones e Geese Howard. Ralf por exemplo nos jogos anteriores, se utilizava bastante de ataques de carga, que são aqueles ataques em que é necessário pressionar um direcional por alguns segundos e um botão de ataque para executar, aqui ele só utiliza mais de especiais de comando, que são mais fáceis de executar, já Geese, teve uma de suas mudanças mais notórias, porque o seu ataque especial, o Raging Storm, era infamemente conhecido por seu comando complexo e complicado de ser executado, mas aqui, esse comando foi simplificado, o tornado mais fácil de ser aprendido e até mesmo executável nas lutas.

Aprendendo a jogar

O jogo introduz vários modos para ajudar e auxiliar tanto os novatos, a aprender a praticar os comandos e combos, como para os veteranos poderem praticar e desenvolver os próprios combos.

O principal é o modo tutorial, que ensina todos os comandos e regras do jogo, que são fundamentais para se dar bem, por sinal, um detalhe interessante do tutorial é, que te ensina tudo é o personagem Antonov, o organizador do torneio, e ele de fato é super carismático fazendo isso, sempre reafirmando sua força e suas habilidades enquanto te ensina, trazendo um bom humor a esse modo.

Outra forma de aprender a jogar é o modo Desafio, que é bem útil para isso, já que nele você tem que realizar um combo determinado, te ensinando a usá-lo, e há vários deles por personagem.

E por fim, como é padrão em jogos de luta, há aqui o modo Treinamento, no qual é possível praticar por conta própria e simular diversas situações desejadas.

Modos de jogo

The King Of Fighters XIV possui diversos modos e opções para jogar e se divertir.

O primeiro e o principal, é o modo história, no qual você escolhe um time e enfrenta vários outros, acompanhando a narrativa do jogo, que por sinal, apresentam cutscenes para melhor introduzir e demonstrar a história.

O interessante desse modo também, é que, dependendo de quais personagens estão se enfrentando, haverá um diálogo entre eles, dependendo de sua relação e seu envolvimento, por exemplo, se a Sylvie Paula Paula for enfrentar alguma lutadora que possui relação com a NESTS, como a Kula ou a Angel por exemplo, haverá uma interação em diálogo entre elas. Outro detalhe legal dessas interações é que também, além desse diálogo, é possível até mesmo que a trilha sonora da luta altere para se acomodar ao clima, por exemplo, se Terry Bogard for enfrentar o Geese Howard, além de haver um diálogo entre os personagens, a música também irá mudar para refletir o clima desse encontro, que no caso de Terry e Geese por exemplo, toca a música “Soy Sauce for Geese”, que é um tema clássico da série Fatal Fury, onde eles se enfrentam.

Além do modo história, há o modo missão, que acomoda 3 opções, o Missão, que já citei anteriormente, e os modos Time Attack e Sobrevivência. No modo Time Attack, o objetivo dos jogadores é enfrentar e derrotar o máximo de times no menor tempo possível, já no modo Sobrevivência, como o nome indica, tem como o objetivo enfrentar infinitos adversários, no qual o seu objetivo é aguentar o máximo possível dessas lutas.

Se você quiser jogar com seus amigos, existem dois modos para isso, o modo Versus e o Online.

No modo Versus, você pode lutar ou contra a CPU, ou contra um amigo, o interessante aqui é que é possível não só jogar com times, mas também jogar escolhendo somente um lutador, fazendo assim uma partida melhor de 3 com um único personagem, semelhante a outros jogos de luta.

Por fim, no online, também é possível enfrentar outros jogadores em modos 1 contra 1 e 3 contra 3, mas ele também apresenta outras opções. No online, é possível competir de várias maneiras, uma dessas maneiras é a Partida Classificada, na qual os jogadores competem por Ranking e pontuações, sendo classificados por elas, mas se você não quiser isso, é possível também competir em Partidas Livre, onde é possível se reunir em salas para competir com quem estiver Online e participando delas, podendo interagir com os outros jogadores e também assistir as partidas deles, caso você não esteja participando de uma. Uma adição interessante, e de certa forma única, é o modo de Treino Online, onde é possível entrar em salas de treinamento com outros jogadores Online e praticar com eles, na mesma forma que o modo Treinamento.

Trilha sonora e dublagem

Sobre a Trilha sonora e a dublagem do jogo, eu posso afirmar com confiança que esses trabalhos ficaram espetaculares.

Diversas músicas foram feitas e refeitas para o jogo, e maioria, senão todas ficaram ótimas. Cada time possui um tema, logo, muitos temas são únicos e novos para se encaixarem nos novos times o nas novas formações, sempre refletindo muito bem cada grupo e até mesmo o local em que eles estão lutando. Temas como o Inheritance, do time da China, e o Venator Ballare , do time Official Invitation, são temas muito diferente dos padrões da série, mas ainda sim conseguiram se encaixar muito bem. Interessante falar que times clássicos também receberam músicas novas, como o time Fatal Fury, que recebeu a música Departure from South Town, e o time Psycho Soldier, que recebeu Tachi bou ke, e mesmo não sendo os temas dos títulos antigos, ficaram muito bons e se encaixaram perfeitamente com eles.

Por fim, há várias músicas que são novas versões, e até mesmo homenagens aos temas antigos, dou destaque aqui principalmente a Yappari ESAKA, do time do Japão, que de maneira muito engenhosa, conseguiu trazer melodias e composições dos temas antigos que esse time recebeu em uma única música, gerando um resultado que ao mesmo tempo consegue ser diferente, mas ao mesmo tempo nostálgico.

Sobre a dublagem, ela é toda em japonês, e traz consigo um elenco formado por vários dubladores novos na série, mas que são experientes, principalmente na dublagem de jogos e animes, sendo possível até mesmo reconhecer algumas das vozes caso você seja fã de algum deles, e sinceramente, o trabalho ficou bom e não deveu nada no resultado.

Visual

Sobre o visual do jogo, esse é um ponto que com certeza é polêmico, porque causou espanto, estranheza e até medo a muitos veteranos dos jogos passados.

Sim, o novo The King Of Fighters abandonou completamente os Sprites e é 100% em 3D, mas não se preocupe, o trabalho ficou ótimo, tanto funcionalmente quanto em essência.

De fato, nos primeiros trailers, o visual do jogo não era dos melhores, e isso com certeza afastou muitos a conhecerem o jogo, porém, depois dos trailers iniciais, e até mesmo depois do lançamento do jogo, o visual e os detalhes gráficos do jogo foram cada vez recebendo mais polimento, detalhes e um trabalho melhor, resultando no visual que temos hoje em dia.

De fato, ele não é o visual mais realista do mercado, ou o mais surreal dele, mas com certeza é bem melhor do que era previamente mostrado, e o resultado final é de fato em um visual com bastante cor, detalhamento, sombreamento, e etc.

Já sobre a animação, ela ficou muito bem feita e foi feita com muito cuidado, para principalmente, ser uma ótima conversão do 2D para o 3D. É inegável que o KOFXIV parece mais lento do que os jogos anteriores, mesmo que ele tenha praticamente a mesma velocidade deles, mas isso não é culpa dele. Em suma, devido ao aumento de dimensões vistas pelo usuário, que passou de 2D para 3D, ao vermos os personagens, ao invés de observarmos e interpretarmos duas dimensões, estamos interpretando três delas, causando uma impressão de maior lentidão.

Ou seja, resumindo, oque eu quero afirmar aqui é, que o visual e a animação do jogo não está mal trabalhada ou mal feita, como muitos acreditam estar, ela é bem feita, bem expressiva, e bem trabalhada, isso não tem como negar.

Por fim, sobre o visual, eu quero destacar os cenários onde os lutadores se enfrentam. Cada time possui um cenário em específico, que reflete o time, seja em localidade ou até mesmo pelas cores e ambientação, um exemplo disso é o cenário do time Yagami, que não só é sombrio e possui vários tons escuros, mas possui um belo brilho da luz do luar, um detalhe bem interessante, já que o símbolo principal do líder do time, o Iori Yagami, é o da lua. E de novo quero dar um destaque aqui para o time do Japão, que assim como é tradição na franquia, seu cenário é próximo do prédio da SNK, lá no Japão, cumprindo muito bem a tradição do time.

Outros destaques

Aqui vão outros destaques e detalhes legais sobre o jogo.

O jogo possui MUITOS desbloqueáveis, possuindo artes conceituais, artes dos personagens, artes promocionais, e até mesmo artes completamente inéditas, e todas em alta definição.

O jogo possui diversas DLCs de personagens, trazendo de volta vários dos favoritos dos fãs, como a Blue Marie, o Heidern, Ryuji Yamazaki, e até mesmo personagens novos, como o favorito de muitos, porém estreante na franquia, Rock Howard, e também estreante a Najd, personagem vencedora de um concurso de criação de personagens organizado pela SNK

Além das DLCs de personagens, também há algumas DLCs de roupas, trazendo os visuais antigos de Kyo e Iori, a até mesmo alguns únicos, como o visual Diabla de Angel, e um pijama para o Meitenkun.

O jogo possui muitas referências a franquia The King Of Fighters, e até mesmo referências as outras franquias da SNK, com vários detalhes divertidos e bem legais de serem vistos. 

Por fim, é um detalhe completamente parcial e opinativo meu, mas eu amei os personagens brasileiros que estão participando desta edição, não só porque são personagens carismáticos e divertidos, mas também porque fogem bastante do estereótipo padrão dos brasileiros em relação aos jogos, não se prendendo a elementos como “Carnaval”, “Capoeira”, “Praia”, e etc.

Positivos VS Negativos

Aqui estão alguns detalhes que eu acredito que podem ter deixado a desejar, ou que pelo menos, possa ser algo a se considerar.

Em suma, eu acredito que o jogo traz tantos pontos positivos e qualidades, que os pontos fracos acabam não se destacando e sendo muito notórios, mas em suma, aqui vão eles.

Primeiramente, é inegável que, por mais que tenha sido um ótimo primeiro capítulo para a nova saga, ele ainda é o primeiro capítulo, ou seja, ele não responde muitos dos mistérios que foram introduzidos e traz mais dúvidas do que respostas, algo que é totalmente válido e esperado de se acontecer, não me entenda a mal, mas acredito que muitas pessoas possam não ter gostado disso, principalmente os novatos na série KOF.

Falando nos novatos da série KOF, eu acredito que o jogo poderia ter feito alguma coisa para introduzir melhor os personagens para que não os conhece, já que esse é o início de uma nova saga e é provável que muitos possam vir a começar a conhecer a franquia por esse título, porque por mais que sejam sim personagens conhecidos, alguém que acabou de conhecer a série pode não saber quem são eles, seu envolvimento, e etc, causando uma certa confusão ou dúvida para quem não os conhece.

Por mais que muitos personagens favoritos tenham retornado, até mesmo em DLC, ainda sim alguns personagens favoritos ficaram de fora, como por exemplo May Lee, Hinako Shinjou, Adelheid Bernstein, ou até mesmo Shingo Yabuki, forma personagens que tiveram participações relevantes nos jogos anteriores, mas ainda sim não participaram desse nova saga (Ou AINDA não participaram)

E por fim, sobre o visual, mesmo que eu defenda ele com todo o louvor, não é impossível que ele cause uma estranheza ou uma má impressão dependendo de quem for jogar ou conhecer o jogo, seja comparando ele com outros jogos de luta do mercado, ou até mesmo com os jogos anteriores da série, já que esse é o primeiro da cronologia principal que é em 3D.

Conclusão

Finalmente a série The King Of Fighters está de volta, e sinceramente, acredito que não podia ter sido retorno melhor. Esse jogo trouxe o máximo possível em questão de conteúdo, seja pelos seus desbloqueáveis, ou pelos surpreendentes 58 personagens disponíveis, se juntar com os personagens de DLC.

The King Of Fighters XIV cumpriu o seu objetivo para mim, que foi me divertir por horas, ter interesse em aprender como jogar com os personagens novos, e me deixar completamente engajado e ansioso para o próximo capítulo dessa jornada, por mais que ele possa demorar um pouco para sair.

Se você é fã da série The King Of Fighters, eu altamente recomendo você a ir atrás, você não vai se decepcionar ou se arrepender. Se você é novato na série, eu também recomendo dar uma checada, mesmo que tenha que fazer um pouco de dever de casa para entender tudo.

The King Of Fighters XIV está disponível para Playstation 4 e para PC.

Notas:
Gráficos: 3,5/5
Jogabilidade: 4/5
Diversão: 4/5
Som: 4,5/5
Narrativa: 4/5
Geral: 4/5