Com a direção de Paul W.S. Anderson, Monster Hunter é um filme que, devido a pandemia, teve seu lançamento adiado pela Sony de Dezembro de 2020 para Fevereiro de 2021. Nós do NSV fomos convidados pela Sony para acompanhar o pré-lançamento do filme e eu, vou te contar tudo o que achei sobre mais uma tentativa de adaptação do mundo dos games, para as telonas. Vem comigo!
Sinopse: Paralelo ao nosso mundo, existe outro: um mundo de poderosos e perigoso monstros que controlam seus territórios com ferocidade mortal.
Quando a Tenente Artêmis (Milla Jovovich) e seu esquadrão de elite são transportados através de um portal que liga os dois mundos, eles vão ser confrontados com a experiência mais chocante de suas vidas.
Em sua desesperada tentativa de voltar para casa, a corajosa tenente encontra um caçador misterioso (Tony Jaa), cujas habilidades únicas permitiram com que ele sobrevivesse nessa terra hostil. Enfrentando incansáveis e aterrorizantes ataques dos monstros, os dois guerreiros se unem para lutar contra eles e encontrar um meio de voltarem para casa.
Bom, vamos então aos pontos a se considerar durante esse filme, e eu vou dividi-los em tópicos para ficar mais fácil para nós.
Fotografia
Tudo em Monster Hunter é bonito. A sua ambientação desde o começo do filme em partes de desérticas são um show à parte. O CGI dos monstros não me incomodou em nenhum momento, muito pelo contrário, pareciam de fatos monstros tirados dos jogos, portanto sem problemas aqui. Você pode esperar tomadas de um bom filme de ação, e momentos que são utilizados os takes em Slow Motion.
Talvez o maior medo dos fãs, fosse a caracterização dos Hunter’s, mas não deviam se preocupar com isso também. O filme consegue puxar bem a essência dos personagens para as telonas e o resultado é muito acima do aceitável.
Som
É de arrepiar. Eu poderia parar por aqui, mas, eu não posso deixar de dizer que fiquei extremamente empolgado, principalmente nas horas de luta, quando a música subia. É muito verdade, que bem como as trilhas dos filmes de Resident Evil, Paul W.S. Anderson usou a mesma básica de um rock pesado, e momentos de pausas que couberam bem com o tom do filme.
Roteiro
Bom, aqui podemos, e vamos ter discordâncias por aí. Preciso alertar, mais uma vez, que esse filme se trata de uma adaptação de um jogo da Capcom que carrega o mesmo nome, Monster Hunter.
Alertado isso, também devo ressaltar que, na opinião de um cara já vacinado na fórmula de Paul W.S. Anderson, caso você seja fã da franquia, pode se decepcionar, não acho que você vá, mas é bom avisar antes. Mas vamos ao que interessa.
O roteiro todo moldado aos personagens da Mila Jovovich (Tenente Natalie Artémis) e no de Tony Jaa (O Caçador), e funciona. Eu não acho que deveria ser muito diferente do que foi, um filme de apresentação desse mundo, como ele funciona e a razão dele afetar de certa forma o nosso, mas vamos chegar lá ainda.
Apesar dos personagens do núcleo da Tenente Artémis ficar totalmente em segundo plano, sinceramente você nem se importa com ele mesmo. Diferentemente dos secundários do núcleo do “Hunter”, que gira todo um mistério ao redor deles, principalmente pelos momentos iniciais do filme.
A interação entre os dois personagens inclusive é uma das melhores coisas do filme, apesar de demorada, é necessária, afinal de contas, você não consegue se dar bem com uma pessoa que você acabou de conhecer e principalmente, não fala a mesma língua que ela, não é mesmo? E diga-se, por momentos é hilário, caótico e dramático, principalmente pelo fator de sabermos que algum momento a família do Hunter sofreu nas mãos de uma das criaturas do filme. Gostei muito desse ponto.
Afinal, falei, falei e falei, mas e aí, Luiz, o roteiro é bom? Bom, é sim. De novo, se você é um fã xiita da franquia, provavelmente você vai dar uma chiada, mas você supera, falo por experiência própria.
Observações
– Como bem-dito antes, esse filme além de ser uma adaptação de um jogo de videogame, também tem um potencial enorme para o futuro. Eu entendo a decisão dele ser um “pé no chão” nesse momento, mesmo que seja para apresentar um mundo completamente novo e cheio de monstros e porradaria.
– Ah, os monstros, aí é um pequeno problema de fato. Não eles, mas sim a falta de mais deles mesmo. Pensa só você, caindo num mundo novo e encontrando 3-4 espécies (Apceros, Diablos e Rathalos) de monstros e só? Bem, é esse o caso aqui, mas também eu vou dizer que entendo. São monstros, MONSTROS que tem por natureza brigar por seu território contra qualquer coisa que apareça, então, se aparecesse mais, eu acho que não teríamos um filme. E vai por mim, você vai saber do que eu estou falando quando assistir.
– HEY YOU! É você mesmo, fã da franquia, vou falar contigo agora. Eu não sou o maior especialista sobre Monster Hunter, nem chego perto de ser se comparado a você. Mas, eu preciso te falar que existe a mitologia, e certamente será mais aproveitada no próximo filme, eu não vou dar spoilers do filme, mas posso te garantir que está lá. Não só os monstros, mas como as armas de combate nesse mundo lembram as dos jogos. Portanto, você deve se divertir.
– A diversidade do elenco é um ponto muito importante também, cada um com seu backstory que ainda não conhecemos e talvez possa ser explorado no futuro. Vale dizer que no elenco, a Brasileira Nanda Costa estava lá.
– Última coisa que eu gostaria de destacar. É que o filme termina no timing certo, e com um gosto de quero mais. E vale deixa claro que o filme conta com uma cena de meio de crédito.
Conclusão – Monster Hunter é bom?
Monster Hunter não mede esforços para ser um filme sincero e sem mistérios absurdos do começo ao fim, apesar de não ser perfeito. A falta de quantidade de monstros incomoda até um certo momento e o CGI deles é bem convincente. Atuações boas e convincentes, principalmente por parte de Mila e Tony são dignas de boas risadas e interesse do público para ver como eles estarão num segundo filme.
Dirigido por Paul W.S. Anderson, o filme da Sony Pictures: Monster Hunter entra em cartaz nos cinemas brasileiros hoje, dia 25 de Fevereiro de 2021