Grand Blue, tanto o anime quanto o mangá, parece uma história universitária sobre um clube de mergulho. Quando na realidade é sobre pessoas ficando bêbadas e perdendo suas roupas. Será que o live action muda isso? Não!
Iori Kitahara vai para uma cidade costeira para iniciar sua vida universitária. Ele poderá morar na casa de seu tio, que também é uma loja de mergulho, onde vários universitários se encontram.
No dia seguinte de sua chegada, e dia da cerimônia de abertura da faculdade, ele acorda pelado no campus sem memórias a noite anterior. Em sua busca por vestimentas ele desenvolve uma rivalidade e amizade com Imamura Kouhei.
O live action
Minha primeira reação ao descobrir que existe um filme live action de Grand Blue foi “como que alguém vai permitiu a transmissão disso?”. Porque em 90% da obra tem alguém pelado, ou só de roupa íntima.
O meu maior motivo para assistir foi o ator do Iori, Ryo Ryusei. Pois ele interpreta o Ranger Vermelho de Zyuden Sentai Kyoryuger, o Super Sentai de 2013. Foi extremamente legal ver o ator, anos depois de Kyouryuger, de como ele estava mais velho, mas ainda assim, senti a mesma energia caótica (talvez um pouco mais).
Fiquei preocupado de como iriam adaptar o humor do anime para a realidade. E ficou pior. Muitas piadas de Grand Blue funcionam extremamente bem em uma animação, mas em um live action nem tanto.
Isso foi um padrão durante todo o filme. Eu estava rindo muito, mas não tanto quando no anime. Não porque eu já vi a situação antes, porque eu continuo morrendo de rir até hoje.
O que vai além do anime de Grand Blue?
Como eu disse, eu ri bastante no filme, mas principalmente pelas escolhas originais dele.
A parte inicial do filme tem uma estrutura de “Dia da Marmota”, do Iori revivendo o mesmo dia repetidamente. No caso, acordar pela na faculdade sem memórias da noite anterior e tentando descobrir o que está acontecendo.
O que foi uma ótima sacada, de descobrir junto ao protagonista o porquê dessa situação absurda.
Além disso, os números musicais (sim, números musicais) são simplesmente fantásticos e dão uma vida própria ao live action. De forma a eu nunca mais conseguir escutar “vamos” do mesmo jeito de novo.
Há alguns pontos chaves da história que são adaptados, alguns mais fielmente, outros menos. Mas há um que foi alterado para o final que o live action desejou fazer e que funcionou muito bem.
Um exemplo de alteração sem muita relevância: em um episódio, os protagonistas vão a uma loja de mergulho ver equipamentos. O Kouhei, um assumido otaku, encontra duas roupas de mergulho inspiradas em outras obras. No anime as roupas são de Evangelion, já no live action de Darling in The Franxx.
Considerações finais
Por fim, eu venho aqui dizer que esse é um ótimo filme, adaptado de uma ótima obra. Mesmo achando o live action pior que o anime, ainda sim as duas experiências são fantásticas, ainda mais juntas.
Lembrando que é o clássico anime para ver bem longe da família, porque sua mãe vai entrar quando tem um monte de caras pelados na tela. Ou seja, 80% do filme.