FIFA 23, o ultimo game da franquia que levará o nome da entidade, foi lançado e com ele velhas críticas e elogios estão presentes. É notável que o jogo está cada vez mais próximo ao realismo no sentido da física e reações de impacto. Com a tecnologia Hypermotion 2 o game realizou com uma maior precisão a captura de movimentos de jogadores reais. Desde o comportamento da IA, quanto ao impacto na tomada de decisões do jogador, FIFA 23 certamente obteve grande melhora no gameplay.
Hoje, o jogador deve ter cuidado em qual direção vai se movimentar, se vai optar em ganhar uma vantagem na velocidade ou um passe para um companheiro e principalmente na forma que vai finalizar. Digo principalmente pois uma das adições que mais devem chamar a atenção é o comando de super chute. Essa função permite ao jogador efetuar um chute com enorme força, no estilo Roberto Carlos ou Adriano Imperador.
O Super Chute pode ser efetuado pressionando RB + LB (R1 + L1) e ajustando o analógico direcional. Apesar de tentado, o super chute deve ser realizado com cautela, pois ao realizá-lo o jogo exibe um zoom e a animação do chute é mais longa comparada ao chute padrão, o que dá margem para o adversário bloqueá-lo. Além disso, para os jogadores mais casuais pode ser um problema, uma vez que as assistência de direção não afetam o super chute.
As disputas de velocidade mudaram com agora três níveis de categorização para os jogadores: Explosivos, controlados ou prolongados. Esses níveis fazem a diferenciação entre jogadores com maior velocidade explosiva nos metros iniciais e aqueles que ou ganham velocidade lentamente, ou as mantêm durante toda a distância.
Por fim, nas bolas paradas temos agora umas das mudanças mais nostálgicas. Nas penalidades máximas foi removido o sistema de mira, e retornou o sistema de direcionamento mais simples como nos jogos mais antigos como o Winning Eleven da rival Konami. Claro que não é tão simples como nos jogos do passado, nos pênaltis agora é preciso ter cuidado com o tempo para realizar o movimento do chute para ter maior precisão com o cobrador.
Nas faltas e escanteios, FIFA 23 também removeu o sistema de mira e alterou para um sistema no qual o jogador deve se preocupar com o movimento do chute e o ponto da bola que deseja acertar. O sistema é consideravelmente menos frustrante que o anterior, este que causava certa irritação com a briga entre jogador e analógico.
No geral, a crítica fica apenas para as reações dos goleiros. Os guardiões da meta devem ser os piores de toda franquia. Cometem erros grosseiros e com animações que não fazem sentido algum para os lances. Algumas atualizações já saíram, mas ainda há espaço a ser melhorado.
Carreira
Infelizmente aos modos carreiras, tanto jogador quanto treinador, o novo FIFA 23 é bem decepcionante. Não é loucura dizer que houveram apenas duas mudanças nos modos. Na carreira como treinador agora é possível selecionar treinadores reais, como Klopp e Ancelotti, e no jogador há mais uma opção de “estilo” do atleta que afeta como será a evolução do mesmo. São adições muito escassas para aqueles que preferem a experiência offline de FIFA. Esperava-se no mínimo uma árvore de habilidades mais complexa para a carreira jogador.
O destaque fica para o sistema de “melhores momentos” que funciona para ambas os modos de carreira. O sistema permite que você assuma o time ou o jogador apenas nos melhores momentos da partida, é algo que lembra um pouco o Football Manager. O sistema atualmente é bem falho devido ao repertório limitado, e seleção de momentos que de melhores não tem nada. Entretanto, é algo que devemos ter esperança de ser aperfeiçoado para os jogos futuros e que pode dar certa fluidez às longas temporadas offline.
Online
Os destaques são que houve uma junção entre as comunidades dos modos Pro Clubs e Volta, e remoção da química entre jogadores para o Ultimate Team.
No FUT agora os atletas possuem uma pontuação que não é alterada com a posição do mesmo. Além disso, os jogadores possuem 3 posições secundárias na qual são permitidos sua escalação. Na prática ainda há o entrosamento entre atletas, mas ela funciona mais como um bônus do que uma quase requerimento como no passado.
Gráficos e PC
Finalmente agora é possível configurar as opções gráficas de FIFA in-game no PC. Ainda faltam algumas opções para ajustes como há no F1 2022, mas é um ponto a ser reconhecido. O jogo recebeu melhorias gráficas sutis, mas não tão sutil é sistema anti-trapaças da EA.
O sistema trouxe vários bug e pode dar dores de cabeças para os usuários durante a instalação. Sabemos da importância do combate aos cheaters, mas muitos usuários relataram que precisaram reinstalar o anti-cheat para conseguirem abrir o FIFA 23.
Outro problema é que o jogo sofre bem mais para ser executado em máquinas mais fracas. Computadores que eram capazes de rodas FIFA 22 com 60 FPS no Full HD não devem ser capazes de manter a resolução nem mesmo buscando os 30 FPS. As exigências em cima dos processadores subiu, muito provavelmente devido ao sistema de física e IA do Hypermotion 2.
Conclusão
FIFA 23 deve ser um jogo fantástico para aqueles que se dedicam e acompanham o game, mas pode ser frustrante e difícil para os casuais conseguirem identificar as significativas melhorias do game. O conteúdo offline é o calcanhar de aqueles do jogo.