Conheça O Rei de Porcelana: o kdrama que ganhou o EMMY em 2022

Junte um drama histórico, com uma protagonista que se disfarça de homem e uma troca de papéis genial e você terá na sua frente a novela que foi destaque no EMMY Internacional de 2022: The King’s Affection (O Rei de Porcelana).

Não era de se admirar que esse kdrama despertaria o interesse de muitos. Se a temática já era interessante, apesar de clichê, a atuação de Park Eun Bin mostrou com força o que é ter que segurar a barra com uma personagem que encarna papéis diferentes. Sem contar com a bela participação do Rowoon que também foi essencial para a quebra do clima tenso da trama.

O EMMY Internacional: Telenovelas

Essa é a primeira vez que uma produção sul-coreana aparece como a vencedora do International Emmy Awards para Telenovelas. O Brasil, por outro lado, já é figurinha carimbada, com obras como Órfãos da Terra e Verdades Secretas atuando como grandes representantes.

Sobre o que é O Rei de Porcelana?

O Rei de Porcelana é um Sageuk (como são chamados os dramas históricos/ de época coreanos) que mostra as reviravoltas da vida de uma princesa que assume o trono real no lugar do irmão.

O drama mostra os motivos para a moça se disfarçar de rapaz e todas as consequências relacionadas a isso. Ainda mais porque traz a essência de um kdrama típico de romance: uma história de amor.

Número de episódios: 20 episódios ( pouco mais de 1 hora cada)

Onde assistir: Netflix 

Adaptação: de manhwa para kdrama

O mundo dos webtoons e mangás coreanos cada dia mais desperta versões live-actions belíssimas. Essa história faz parte dessas produções que deram muito certo.

O título original do kdrama, que é o mesmo do manhwa, é Yeonmo. Uma palavra coreana que expressa o amor de uma pessoa por outra do sexo oposto. O que chega a ser engraçado ao analisar que boa parte dos acontecimentos e pensamentos se dão em relação ao protagonismo de uma princesa no lugar do príncipe.

Não sei como funciona no manhwa, porém no drama fica claro que muita gente ali seria da comunidade do arco-íris.

Capa de um dos mangás

Com enredo clássico de dramas em que a mocinha se veste de mocinho, o romance de época contou com a participação de vários profissionais para pegar a essência do manhwa. Entre eles estava Song Hyun Wook que dirigiu “Marriage, Not Dating”, “Another Miss Oh” e “The Beauty Inside”.

Essas três obras foram destaque no seu currículo. Então, é bem provável que você já tenha ouvido falar de alguma se já está com o pé na onda dos kdramas.

Observação pessoal aqui: eu assisti aos dois primeiros e adorei. Considerei ambos muito divertidos e que faziam jus a fama.

Agora, esse The Beauty Inside não passei do primeiro episódio. O conceito é muito interessante, mas seria melhor assistir ao filme coreano de mesmo nome que já é uma obra inspirada por outra (a série interativa da Intel com Toshiba, dirigida por Drake Doremus).

Mais que trocar de papel

Uma das partes mais legais para convencer qualquer um a assistir O Rei de Porcelana é saber que, além da química maravilhosa entre a protagonista e o par romântico, a dinâmica deles também traduz uma inversão de papéis.

São cenas fofas, engraçadas ou até mesmo bem sérias que mostram que personagens de qualquer gênero podem agir de tais formas. Em especial num drama de época, já que a maioria é descaradamente cheia clichês montados com base na relação mocinho-mocinha.

As personagens, quando se deixam levar pelo calor do momento, demonstram seus lados mais doces e apaixonados. Por outro lado, é possível notar a sátira relacionada a como eram escritos personagens masculinos em contraste com personagens femininas em kdramas mais antigos.

 

A série traz clichê ao mesmo tempo que quebra padrões de gênero, sempre lembrando da trama política em que está imersa. Assim, é possível relevar alguns momentos em que o plot não desliza bem.