Final Fantasy VII Remake: A Experiência

Final Fantasy VII Remake chegou com a expectativa alta para todos os que gostam da série ou tem curiosidade em jogar. E não é por menos, a jornada de Cloud é uma das mais icônicas dos vídeos games e a pergunta que fica é: Final Fantasy VII Remake é tão icônico quanto o original?

Esse texto contém spoilers! CUIDADO!

Sim! Chegamos ao final desse especial sobre Final Fantasy VII Remake. E aqui, falaremos sobre o jogo da Publisher/desenvolvedora Square Enix, assinado pelo diretor Tetsuya Nomura e lançado em Abril de 2020.

Mas antes de começar, quero contar uma breve história: Minha experiência com o FFVII original é bem recente. Por motivos básicos que meu, há época, Playstation 1 não passava, literalmente, do primeiro frame de abertura do jogo.

Por conta disso, anos mais tarde, precisamente em 2019, tive a oportunidade de jogar o original (usando a ferramenta de aumentar a velocidade). Atribuo o fator acima como o responsável por FFVII não estar na minha lista dos favoritos da franquia.

Dito isso, no que se refere à comparação entre o FFVII original e o Remake está fresco na minha memoria. E aqui, eu posso afirmar: Está tudo está igual, mas quase tudo diferente.

Vamos começar?

Final Fantasy VII Remake

História

Aqui temos o principal divisor de água de Final Fantasy VII Remake, a história. Tudo parece igual ao jogo de 1997. Somos apresentados à Cloud, Barret, Biggs, Wedge, Jessie e a jogabilidade, todos repaginados (jogabilidade vamos falar mais para frente), e aqui é onde a mágica de Final Fantasy VII Remake começa.

Tudo é encantador, linear, mas encantador. Após todo o arco inicial, e a primeira boss battle, vem à hora de explorar um pouco de Midgar Superior (vamos chamar assim), e conhecer a peça fundamental do lore de Final Fantasy VII: Aertih.

E para isso, eu vou recorrer à ajuda da dubladora americana da personagem, a atriz Briana White:

Sim, Briana me representa nesse momento, pois é um momento marcante da história dos games. E aqui, bem, aqui também podemos ver os primeiros indícios que a história vai te deixar maluco.

Além de Aerith, somos apresentados aos dementado… pera! Murmúrios! Fantasmas que aparentam não ser tão camaradas assim, e a ele.. sim… ele.. Sephiroth! (Mas já?)

Midgar Inferior

Passado todo o primeiro de ação, chegamos a Midgar Inferior, lar das pessoas com menos recurso de Midgar e é aqui onde você pode explorar uma das coisas incríveis do remake de Final Fantasy VII: As interações.

Tudo aqui é vivo, todas as conversas de NPC’s são escutadas durante seu passeio pelas ruas da cidade. E agora, Cloud faz literalmente seu trabalho como mercenário e começa as side quest’s do jogo.

Fazer coisas que te fazem ir do ponto A ao ponto B são as suas missões aqui, e basicamente no jogo todo. E está tudo bem! Nada é cansativo e muitas vezes trazem uma experiência humana sobre o local e as pessoas que tão tal missão.

Inclusive missões com seus companheiros da Avalanche (grupo eco terrorista que luta contra a destruição do mundo). Jessie, Biggs e Wedge têm papeis fundamentais na história e trazem espaço maior para personagens poucos explorado no passado.

Final Fantasy VII Remake consegue estabelecer fortes conexões entre os personagens principais e ao jogador. Fazendo com que você se importe com eles em todos os momentos.

Parando de falar um pouco sobre história, que podemos entrar em spoilers pesados, vamos ao ponto que me deixou mais tranquilo de avaliar em Final Fantasy VII Remake:

A Jogabilidade

Para quem é mochileiro de primeira viagem, Final Fantasy VII Remake pode apresentar complicações com a mecânica de batalha do jogo. Porém em poucos momentos durante a gameplay o sistema de ATB (Active Time Battle) é logo aprendido. Agora, caso você seja experiente com jogos da saga, facilmente sentirá o combate que soma o melhor do Final Fantasy XV e Final Fantasy XIII e é elevada a máxima potencia.

Todos os personagens contam com suas características e você não consegue passar um minuto sem querer jogar com algum deles durante a batalha, pois é tudo divertido. E além de tudo, qualquer arma que você adquire com tal personagem, garante um fator estratégico amplo, onde sua build pode ser montada exatamente da forma que você quiser. Algo muito semelhante inclusive ao sistema  Gambit de Final Fantasy XII.

De forma orgânica, muitas vezes as lutas, em especial contra os chefes, soam como uma dança pela movimentação dos personagens durante seus ataques. Estratégia aqui é essencial, e não é porque o jogo tem características de “Hack and Slash” que a porrada resolve tudo.

Vale ressaltar que toda batalha é essencialmente elevada ao tom de épica graças às composições de Nobou Uematsu. O lendário compositor japonês tem em seu currículo nada mais que quatorze jogos da franquia desde 1987, onde trabalhou com o primeiro jogo de Final Fantasy.

Pontos Negativos de Final Fantasy VII Remake

Mas nem tudo são flores na vida de Final Fantasy VII Remake. Apesar de poucos, eles existem. O próprio sistema de batalha demonstra uma não sincronia com a câmera do jogo por diversas vezes, principalmente nos confrontos em lugares mais apertados, como na parte do esgoto, ou inimigos que voam no cenário. Nada que atrapalhe a aventura, mas é bom deixar registrado.

E por falar em cenários, um grande problema FFVII Remake, seja os gráficos. Por vezes você fica deslumbrado com a visão ampla e os detalhes adicionados em todos os mapas nos quais você passa, sim, são lindos. Mas certos detalhes deixam a desejar como portas, janelas e mesas que aparentam estar bem mal acabadas, não se tem aquela polida que um jogo da atual geração deveria apresentar.

Sem contar dois summons que você deveria adquirir durante a jogatina, mas eles simplesmente são colocados à venda, sendo que poderiam ter sido mais explorados para que você os consiga. Coisas que deveriam ser obtidas pelos jogadores pelo esforço, hoje são vendidas em pré venda.

Entretanto eu quero destacar o real problema do jogo, aliás, não do jogo, mas sim da Square Enix. A falta de comunicação para com os fãs sobre as próximas partes do Remake. Muitos podem dizer “A, mas nem eles sabem”. Vamos lá, se a empresa vem trabalhando nesse jogo há anos, realmente ela não sabe, ou não quer dizer que sabe quando sairá à próxima parte? Por favor.

Conclusão: Final Fantasy VII Remake cumpre seu papel?

É comum estarmos céticos quando um jogo antigo é anunciado, dúvidas como: “Será que vai dar bom? Vão manter a essência do original?” São normais de surgir. Mas Final Fantasy VII Remake responde as perguntas acima com maestria. Entretanto, deixa um caminho de outras que só saberemos quando as próximas partes estiverem em nossas mãos.

Se você é um entusiasta de Final Fantasy, mas nunca jogou, eu indico sem sombra de dúvidas esse jogo. É sim uma bela porta de entrada para a franquia, mas saiba que vai demorar em você obter respostas, e vou te falar, se você buscar respostas no original, saiba que você só sairá com mais. Afinal, “A jornada desconhecida vai continuar”.

Mas caso você seja velho de guerra com a franquia, e ainda não teve a chance jogar, tá esperando o que?

Final Fantasy VII Remake cumpre seu papel de recontar de forma épica os acontecimentos de seu antecessor, mas sem deixar de tomar seu próprio rumo. Merece todos os elogios e seu legado, assim como o original será lembrado por gerações como uma das mais belas histórias do mundo dos games.

Final Fantasy VII Remake

Notas:

Gráficos: 5/5
Jogabilidade: 5/5
Diversão: 5/5
Som: 5/5
Roteiro: 5/5
Nota Geral: 5/5