Bom, já podemos dizer que e E3 2021 se foi, e vai deixar saudades? Pelo menos para mim, é bem provável que não. Claro, entre uma coisa e outra ali, se salvam algumas… Mas não estou aqui para falar sozinho sobre a E3 2021, não!
Juntei os três redatores originários de Kanto (sim, nos denominamos assim, nos aguente) para darmos nosso parecer sobre esse evento que teve início na quinta-feira (10) passada e teve seu fim, ontem, terça-feira (15).
Cada um pode acompanhar a E3 2021 do seu jeito, ainda não conseguimos nos unir novamente desde o The Game Awards do ano passado, mas cá estão os depoimentos da Giselle e do Victor, e claro, o meu.
Vamos começar com o depoimento do Victor:
“Bom, antes eu agradeço demais a oportunidade de poder compartilhar com todos vocês minhas opiniões e sentimentos sobre a conferência da E3, que é um evento bem marcante para a comunidade de jogadores desde muito tempo!
No geral, a E3 desse ano foi uma que com certeza dividiu e ainda vai dividir opiniões, principalmente pela falta de grandes anúncios ou pela quebra de expectativas em algumas das conferências.
Acredito na verdade que isso é reflexo de uma realidade, que o formato de como o mercado de games e seus anúncios estão mudando, e que as grandes empresas e estúdios perceberam isso.
A E3, além de ser um grande evento, acaba sendo inevitavelmente uma competição entre as próprias conferências, tanto é que não é à toa que sempre há a discussão de quem “Venceu” a E3, sendo normalmente o vencedor quem teve os melhores anúncios, quem mais agradou, e etc. O resultado disso é que acaba sendo inevitavelmente que alguns anúncios e novidades acabam sendo ofuscados por outros, por exemplo, mas a questão é que, hoje em dia, está cada vez mais claro para os grandes nomes que é possível fazer grandes anúncios e surpreender fãs sem necessariamente competir em uma E3.
Como? Fazendo sua própria conferência, ou participando de outros eventos. Um dos exemplos mais chamativos disso recentemente foi que a Sony por exemplo não participa mais da E3, mas agora faz sua própria conferência, o que acaba sendo benéfico para ela, já que não só ela pode definir que dia do ano será podendo preparar seus anúncios para tal data, como os holofotes são somente dela nesse tipo de evento, sem a participação de concorrentes que possam roubar a atenção dos anúncios.
Já o outro caso é a participação e anúncio em outros eventos, e acredito que um exemplo que mostra bem isso é o The Game Awards, que mesmo sendo um evento com foco na premiação de jogos, estúdios e personalidades do ano, traz anualmente anúncios, e isso faz sentido, já que não só não é uma competição entre as empresas que estão anunciando, porque elas não possuem a mesma pressão que em uma E3 para fazerem grandes surpresas, como que a competição em si são dos indicados aos prêmios, que são as verdadeiras estrelas da premiação.
Eu acredito que o que eu estou afirmando aqui é mais uma suposição e uma opinião do que fatos em si, mas acredito que é perceptível que o mercado está mudando, e junto deles como os anúncios estão sendo feitos. Se isso é bom ou não é algo que eu não consigo responder agora, porque, querendo ou não, quem mais se beneficiava dessa enorme competição da E3 2021 éramos nós, os espectadores, que víamos ao vivo como uma empresa se sobressaia em relação a outra, fazendo anúncios sempre incríveis e às vezes até mesmo inacreditáveis. É incerto dizer se realmente essa E3 seja mesmo um presságio de que o formato ou a experiência vai mudar ou algo do tipo, mas acredito que o mais importante seja que, no fim do dia, esses grandes anúncios ainda acontecerão, só que não necessariamente nos mesmos palcos”.
A Giselle acompanhou o evento pelo projeto Sakuras Esports e nos traz também as suas impressões sobre a E3 2021:
“Devo confessar que não estava muito empolgada para essa E3. Em período de pandemia sabemos que empresas e desenvolvedores também são afetados, como o meu tão aguardado The King Of Fighters XV que teve seu lançamento adiado. Então tentei assistir a conferência de forma otimista mesmo sabendo que ninguém iria reinventar a roda.
Mas devo confessar que fui surpreendida por empresas que não costumam me empolgar tanto, como a Microsoft. E que mal posso esperar para jogar algumas das novidades anunciadas. Minha apresentação favorita definitivamente foi a da Wholesome Games, que fez meus olhos brilharem com seus jogos “wholesome”. E quem poderia imaginar que Metroid e Wario voltariam com um jogo solo novo?
Apesar de não ser a melhor E3 que já acompanhei, não posso negar que me diverti demais assistindo. Ver o que vem por ai sempre me deixa empolgada. Dos games mais singelos até aqueles mais hardcore, estou feliz por ver tantos trabalhos novos chegando ao mercado. É claro que as esse período de pandemia não facilitou nada para ninguém, mas por mais que uma ou outra empresa tenham me deixado um pouco desapontada, consegui encontrar muitos jogos que me agradaram, e mal posso esperar para viver outra E3 em 2022, em condições melhores, espero”.
Sobre essa pessoa que vos fala, eu preciso ponderar algumas coisas antes. Caso você não tenha visto o meu texto de semana passada, saiba que ele refletiu literalmente minhas esperanças para esse evento. Porém, durante o Summer Game Fest, eu dei uma leve hypada para todas as conferências pelo simples fato de ver que Elden Ring saiu do status “delírio coletivo”, e esse foi o meu grande problema, achar que a partir dali, pudesse tudo ser diferente do que eu disse semana passada, e bem… não foi.
É muito óbvio na minha impressão que a Microsoft sambou tudo o que tinha (mas nem tudo assim) para essa E3 de volta. Sim, estou falando algo de The Elder Scrolls VI, que o nosso Tio Phil Spencer não deixou tão claro assim qual rumo esse jogo tomará, se será exclusivo, se sairá primeiro no Xbox, não sei.
Algumas coisas ali da Microsoft principalmente me chamaram a atenção, como o esplêndido Forza Horzion 5, que se passará no México e me deu sim uma vontade de adquirir um Xbox novo só para poder jogar aquilo. Stalker 2 foi outra coisa que me alertou os olhos com a sua vibe Metro caótica e sombria.
Tirando isso, acho que a Ubisoft apesar de não mostrar nada de encher os olhos, nos informou que dará suporte para o ano 2 de Assassin’s Creed Valhalla (e vamo lá né Ubi, é o mínimo) e nada de um novo AC por enquanto, o que para mim é ótimo.
A Nintendo mostrou o Metroid Dread me pareceu muito legal e claro, mais um vislumbre da sequência do aclamado Zelda Bafinho Selvagem.
E para finalizar, o que dizer hein dona Capcom, dona Square com seu Final Fantasy genérico, Warner e Bandai hein? O que eu posso dizer para as senhoras?
A Capcom ok, ainda tem muitos créditos por conta de Resident Evil Village, mas não me venha com DLC de jogar cartas, por favor! Warner, você só tinha uma missão, apresentar mais sobre Gotham Knights e você falhou MISERAVELEMENTE!!!
Square, não me convenceu com seu Aveng… digo Guardiões da Galáxia novo, tá? Queda de frame pesadíssima durante a apresentação do jogo e algo que me cheira muuuuuito o jogo dos Vingadores saido diretamente pela própria Square. Bem como seu Final Fantasy genérico, personagens genéricos, não sei, preciso de mais. E Bandai! Argh… Sony, anuncia logo esse seu evento ai pelo amor de Deus!
Nós vemos semana que vem, pessoal!