Se há uma série de RPGs Táticos (Tactical RPG) que desde sempre foi bem diferente dos outros jogos de seu gênero, e tem muito orgulho disso, essa série é Disgaea.
Desde o primeiro jogo, intitulado Disgaea: Hour of Darkness, a franquia conseguiu ser um verdadeiro destaque entre os jogos de RPG táticos, mantendo até hoje, com 6 jogos principais, e Spin-Offs.
E como? Disgaea desde sempre se mostrou um jogo absurdo, insano, maluco, e acima de tudo, divertido! Quebrando diversas barreiras do gênero no processo, com ataques poderosos e exagerados, suas mecânicas que dão ao jogador liberdade de progredir como quiser, e até mesmo com suas histórias com personagens um pouco estranhos, e engraçados, realmente não faltam justificativas para contar o porque esses jogos são amados pelos seus fãs até hoje, mas isso não quer dizer que também não faltam justificativas para que muitos ainda não tenham jogado a série até hoje!
É inegável que, mesmo com títulos bem divertidos, e uma essência bem única, não é incomum encontrar pessoas que, mesmo sendo atraídas pelos mundos divertidos dos jogos e seus personagens estilosos, tem certo receio de embarcar na série, e não é por acaso.
Os jogos táticos, mesmo sendo bem famosos e adorados por muitos, não são os mais populares, e mesmo entre eles, as características que tornam Disgaea único também não são as mais convidativas, já que não só algumas das mecânicas presentes nos títulos já foram abandonadas em outras franquias no intuito de torná-las acessíveis, como também os números astronômicos de ataques, atributos, níveis, e muito mais, que mesmo sendo bem chamativas, podem assustar a quem as vê pela primeira vez, sendo essa uma das características mais icônicas da série.
Então, como trazer novos jogadores a conhecer a série de uma forma mais convidativa? Por mais que para essa pergunta exista mais de uma resposta, com certeza uma das mais interessantes surgiu recentemente, com a chegada no ocidente de Disgaea RPG, um jogo RPG Mobile que traz muito da série aos dispositivos móveis, mas de forma bem diferente.
Como assim? Venha saber agora! Na nossa análise de Disgaea RPG.
NARRATIVA
Ao começar, você é introduzido aos 5 protagonistas de cada um dos títulos da série, do 1 ao 5, que reunidos, junto de um celular, querem a resposta para quem é o mais forte do universo.
Após essa introdução, você é recebido por uma das figuras mais icônicas da série, um Prinny, que informa que seu celular está conectado ao Netherworld (Submundo), e que você está destinado a treinar o Overlord (Soberano) mais forte, e para começar, lhe convida a invocar um candidato, sendo possível escolher um dentre os vários personagens principais dos jogos.
Após a invocação, o Prinny te introduz as mecânicas principais do jogo, mas não demora muito para ele te trair e atacá-lo, mas é impedido por Etna, a fiel vassala de Laharl, o protagonista do primeiro jogo, e Flonne, uma anja caída que acompanha os dois, que após se apresentarem como suas assistentes em sua missão de treinar o Overlord mais poderoso, lhe salvam e terminam de explicar o resto do jogo, começando assim sua jornada.
Durante o jogo, você irá se aventurar no Netherworld e seus diversos locais, conhecendo os vários personagens dos diferentes jogos, e os ajudando em diversas situações ou problemas que podem estar acontecendo, mas claro, sempre com sua missão em mente.
Mas porque você foi chamado para treinar o Overlord mais poderoso? Porque ele deve ser treinado agora? Porque os personagens de Disgaea estão reunidos? Essas e muitas outras perguntas são respondidas no modo principal do jogo, onde a história é contada, e falando nela…
JOGABILIDADE
A jogabilidade de Disgaea RPG é uma das, senão, a maior diferença entre esse jogo é os da série principal, já que ele abandona quase que completamente o estilo tático dos jogos, o substituindo pelo estilo clássico dos RPGs baseados em turnos.
Aqui, você pode formar times de 5 unidades, que irão enfrentar 3 ou 4 ondas em cada cenário. Nas lutas, é possível atacar o oponente com habilidades ou com um ataque básico. É possível equipar somente 4 habilidades para cada personagem, sendo possível adquirir elas aumentando o nível de proficiência com a arma (Weapon Mastery, ou só WM), que aumenta conforme você utiliza um tipo específico de arma, como espadas, arco e flecha, lanças, e etc. Assim como nos jogos da série principal, qualquer personagem pode equipar qualquer arma, mas cada personagem tem sua arma de preferência na qual é mais proficiente, e quando equipada com ela, pode aprender mais habilidades que se utilizam do seu tipo de arma principal. Vale notar que, os personagens principais das séries possuem habilidades únicas, que podem ser obtidas evoluindo o nível padrão deles, com golpes bem estilosos e únicos.
Já sobre o ataque padrão, também segue aqui as regras dos jogos táticos, sendo possível realizar ataques combinados com outros aliados, mas como neste jogo o espaço onde os personagens estão não fazem diferença, o aliado não precisa estar necessariamente ao lado de quem está atacando para ajudar no ataque, sendo possível até mesmo que todas as 5 unidades que estejam lutando possam auxiliar e causar bastante dano.
Por fim, outra mecânica dos jogos que está aqui é a de Lift e Throw (Levantar e Jogar) onde os personagens literalmente podem segurar e levantar outros, sendo possível que um deles consiga levantar todos eles sem nenhum problema, sendo possível fazer praticamente uma “torre” de unidades, sendo útil para proteger aliados levantando eles, ou utilizando de sua força para atacar, além de que todos os envolvidos nesse levantamento recebem experiência se derrotar um inimigo. Mas nem sempre será fácil derrotar seus adversários, oque não necessariamente será um problema, porque assim como nos jogos principais, há várias formas de ficar mais forte! Mas vamos por partes.
Além da Main Story, que é onde você acompanha a história principal do jogo, já também a Netherworld History, onde é possível ver várias cenas dos jogos anteriores, sendo bem interessante caso você não tenha um contato prévio com a série, ou queira relembrar os momentos marcantes das histórias, e por fim,, também há campanhas de evento, que vão mudando periodicamente, com capítulos únicos e missões especiais, em que é possível obter boas recompensas. Esses três modos são os principais do jogo, sendo os outros mais focados em deixar suas unidades e equipamentos mais fortes.
O primeiro deles são as Dark Gates, em que é possível realizar lutas para adquirir muita experiência, HL (Sigla para Hell, a moeda da série Disgaea), e materiais de Humanoides e Monstros, que são necessários para reencarnar seus personagens, sim, reencarnar, pode parecer confuso, mas juro que explico com detalhes mais para frente.
Já no caso de equipamentos, é possível melhorar eles no Item World, um lugar onde é possível entrar no mundo do item que desejar, e realizar lutas neles, sendo que a cada luta bem sucedida dentro do mundo do item, você vai aumentar ele de nível e deixá-lo mais forte, e se tiver sorte, pode encontrar um Innocent, criaturas dentro desses mundos que, quando convencidas a lhe ajudarem, podem se tornar atributos especiais, podendo até mesmo serem transferidos para outros equipamentos, caso queira.
“Mas, como eu consigo equipamentos e unidades?” Para isso, é necessário acessar o Shop e o Summon respectivamente. No Shop, é possível comprar diversas armas e armaduras, além de outros itens úteis em troca de HL, ou em troca de Nether Quartz, que também é necessário para a Summon. Disgaea RPG, assim como vários jogos de celular, se utiliza de um sistema do estilo Gacha para conseguir novos personagens, sendo esses personagens divididos em raridades diferentes, e claro, os mais raros sendo os mais difíceis de obter, mas também os mais poderosos, além da possibilidade de conseguir unidades específicas ou temáticas caso esteja acontecendo um evento por tempo ilimitado. Neste sistema, não é impossível adquirir personagens repetidos, na verdade, isso será bem comum, é oque fazer com eles? Você irá levá-los ao Mao ‘s Lab, onde o gênio do mal, Mao, protagonista de Disgaea 3, reside.
Lá é possível deixar suas unidades mais fortes de várias maneiras diferentes, realizando o Nether Enhancement (N.E.) para adquirir mais habilidades (que são chamadas aqui de Evilities) para as unidades a cada duplicata utilizada, ou despertar eles (Awaken) podendo aumentar as estatísticas dos personagens. No laboratório também é possível alocar Mana, que é adquirida ao evoluir, podendo aumentar especificamente uma estatística do personagem, e por fim, também é possível fazer a reencarnação (Reincarnate). Reencarnação é necessária para aumentar o máximo de níveis que suas unidades podem acumular, sendo que a cada reencarnação, mais o seu personagem pode evoluir, assim podendo chegar, assim como nos jogos originais, o LV 9999, mas não se preocupe, já que a cada reencarnação, seu personagem irá evoluir mais precisando de menos experiência, ou seja, será um processo mais rápido do que se imagina.
Por fim, também é possível acessar outras Facilities, sendo as outras também importantes o Nether Hospital, que assim como nos jogos da série, te recompensando por levar dano ou ter unidades derrotadas, e a Dark Assembly, na qual você pode pedir itens de customização, melhorias, ou bobos limitados, mas deve convencer os frequentadores do local subornando eles.
De fato, em Disgaea RPG não faltam opções de jogar, adquirir itens, ou melhorar seus personagens (sendo que eu nem falei de outras opções, como a Conquest Battle e a Overlord’s Tower, e ainda mais que podem ser desbloqueado ao progredir no jogo) mas não se preocupe!
Realmente, pode até parecer que é bastante coisa para lembrar, ou que progredir no jogo é algo muito cansativo e trabalhoso, mas isso não é verdade, já que, assim como nos jogos Disgaea, você não é obrigado a se utilizar de todas essas opções o tempo todo, você pode se divertir em quais você quiser quando você quiser, possuindo o seu ritmo, já que todas essas opções são ferramentas para você progredir e se divertir.
Por exemplo, se você estiver cansado de jogar a campanha principal, você pode ver quais campanhas de evento estão ocorrendo para se divertir nelas, se você está empacado, mas não consegue ou não quer ir nas Dark Gates, você pode ficar mais forte melhorando seus equipamentos no Item World, ou ir para o Netherworld History, onde as missões são mais suaves. “Variedade” é a palavra aqui, você tem várias opções e modos de jogo para jogar, mas todas elas podem te divertir ou te ajudar, só depende do que você quer fazer.
As várias opções de Disgaea RPG, por mais que possam ser muitas e complicadas a primeira vista, funcionam bem para o jogo, fazendo com que não só o jogador não se sinta muito entediado por fazer uma tarefa repetida, mesmo com o mesmo sistema de batalha sempre, como também dá a ele várias ferramentas para progredir, fazendo com que não seja difícil passar um bom tempo no jogo, ou melhor, até a barra de pontos de ação (AP) se esgotar, progredindo nas campanhas, nos eventos, tentando montar um bom time e por aí vai, há muito o que se fazer aqui, sendo esse até um diferencial bem interessante em comparação a outros jogos de celular que seguem seu estilo, fazendo essas adições vindas de Disgaea muito bem vindas aqui.
TRILHA SONORA
A trilha sonora de Disgaea RPG segue o mesmo estilo de todos os jogos da série, sendo boa e com um estilo próprio, o’que faz total sentido, já que na verdade, boa parte das músicas presentes são dos seus jogos de origem, tirando algumas poucas músicas originais que foram feitas para o jogo.
O interessante é que como cada um dos jogos da série possuem músicas e estilos diferentes, no geral a trilha sonora do jogo, por mais que traga poucas músicas novas aos fãs de longa data, consegue ter uma boa variedade de melodias marcantes.
Um detalhe bem legal em relação a música também, é que é possível desbloquear várias delas para o menu principal do jogo, como as músicas das bases dos personagens de cada um dos títulos, ou até mesmo outras, como o tema de abertura de Disgaea 2 “Sinful Rose”, que pode ser obtida em um evento.
No geral, a trilha sonora consegue sim ser boa e marcante, por mais que isso seja consequência de seus jogos de origem, e não necessariamente do jogo em si.
VISUAL
Também possuindo origens nos jogos anteriores, o visual de Disgaea é algo bem marcante na série pelo visual único, principalmente pelo design de personagens de Takehito Harada, artista veterano do mundo dos Games que já trabalhou em vários jogos, principalmente os da Nippon Ichi Software, além de claro, vários dos jogos anteriores de Disgaea, possuindo um estilo próprio e inconfundível, algo que se mantém presente aqui.
Assim como a trilha sonora, muitos dos elementos visuais, tirando algumas exceções, possuem origem nos jogos da série principal, como o retrato dos personagens, as animações, e muito mais, oque na verdade, é algo muito bem vindo aqui.
Os Sprites dos personagens são muito bem feitos, detalhados, e expressivos, possuindo todo o dinamismo dos jogos para a plataforma móvel, e claro, todos os ataques especiais extremamente exagerados também estão bem bonitos e bem presentes, por mais que um ou outro tenha sido adaptado para caber melhor nas telas de celulares, o’que não chega a ser um incômodo. Também adaptados são os cenários, que, por mais que também possuem suas diferenças, conseguem emular bem os locais dos jogos de console, e assim como é possível mudar a música da base principal, também é possível mudar o fundo da base, sendo as opções disponíveis, referências aos dos outros jogos.
No geral, o visual de Disgaea RPG não chega a ser impressionante, mas mantém o charme inconfundível dos jogos.
POSITIVOS VS NEGATIVOS
Agora, vamos aos pontos que podem desagradar alguns jogadores.
Por mais que o jogo de fato traga muitos dos elementos e características dos jogos Disgaea, é inegável que Disgaea RPG possui muitas diferenças em relação aos jogos anteriores, sendo a maior delas a sua jogabilidade, que é completamente diferente do estilo tático da série, sendo um dos seus primeiros produtos a estrelar seus personagens em um RPG mais tradicional, não sendo impossível que fãs mais antigos dos jogos possam estranhar a primeira vista o novo formato, ou até mesmo rejeitar a ideia, já que é algo fora do que alguns estão acostumados, ou seja, por mais que isso não seja um problema, é totalmente compreensível (Na verdade, por mais que eu não possa afirmar com todas as palavras, eu especulo que o motivo dessa mudança é que, se o jogo fosse no estilo tático, ele poderia competir com outro jogo Mobile da Nippon Ichi Software que também estrela os personagens da série Disgaea, o Makai Wars, que foi lançado um ano antes de Disgaea RPG no Japão, e que possui sim um estilo de jogabilidade bem mais próximo ao tático da série, mas infelizmente, este jogo só está disponível apenas no Japão).
Mas, independente do motivo, eu gostaria de deixar bem claro que, o fato do jogo não ser no formato tático padrão não é um problema do jogo ou algo que possa vir a ser um problema, é somente algo que pode ser estranhado por alguns jogadores veteranos da série, tanto é que muitas das mecânicas dos jogos foram convertidas aqui, o’que ajuda a não causa tanta estranheza.
Falando nisso, por mais que seja algo bom que, de fato, muitas das mecânicas e elementos dos jogos foram parar aqui, eu senti falta de algumas, como por exemplo o Magichange, mecânica dos jogos que possibilitam os personagens monstros se transformarem em armas por tempo limitado, que podiam ser empunhadas pelos personagens humanóides, ou se combinar com outros monstros para fazerem armas ainda maiores.
Também, por mais que eu goste das mecânicas que vieram para cá, e acredito que eles acertaram muito bem nisso, acredito que algumas perderam um pouco de sua relevância quando comparadas as mesmas funcionalidades nos jogos táticos, como por exemplo o Lift e Throw, que nos jogos anteriores lhe ajudavam a melhor posicionar entre o cenário, o’que era bem útil, já que o espaço e posicionamento são relevantes nos jogos táticos, mas como aqui não são tanto, sua funcionalidade acaba sendo mais focada em proteger outras unidades, ou aumentar seu poder de ataque.
A história principal é engraçada, interessante, e divertida, como é de se esperar de Disgaea, mas vale notar que jogadores que não conhecem as histórias podem levar alguns leves Spoilers, por mais que o jogo te incentive a conhecer os outros títulos caso tenha interesse.
E falando na campanha principal, por mais que não seja um problema muito grande, a curva de dificuldade das fases pode se elevar bastante as vezes, o que pode ser um pouco frustrante caso você queira acabar com todas as missões rápido, ou não queira parar para evoluir seus personagens.
Por fim, vale notar que, querendo ou não, alguns dos elementos que são comuns em jogos Mobile se mantêm aqui, como o sistema Gacha para conseguir personagens, passes pagos que dão vantagens aos jogadores, missões e fases que possuem um limite de tentativas, dentre outros fatores. Lembrando que, mesmo com esses elementos presentes, é possível jogar o jogo de forma totalmente gratuita.
OUTROS DESTAQUES
Algo que é impossível não destacar é que, como em boa parte dos jogos, o bom humor é muito presente aqui, com diversas piadas, quebras da 4ª parede, e muito mais.
Por mais que seja um lançamento bem recente no ocidente, o jogo já está presente a mais de um ano no Japão, e por mais que as duas versões possam sim ter as suas diferenças e características únicas, é possível ver um pouco do que pode vir no futuro ao vermos a versão japonesa, como personagens exclusivos para o jogo, e até mesmo colaborações feitas, como por exemplo a aparição dos personagens de Re:ZERO -Starting Life in Another World- no jogo. Por mais que a versão japonesa não necessariamente confirme eventos e detalhes futuros que podem vir, não é impossível pensar que algumas coisas virão posteriormente.
Por fim, é notável que está havendo um esforço dos desenvolvedores e responsáveis pelo jogo no ocidente para estar próximo dos fãs, como por exemplo a interação com o Discord oficial do jogo, que é bem ativo, e até mesmo a Wiki feita por fãs pode ser acessada no site oficial.
CONCLUSÃO
Disgaea RPG pode até ser um pouco diferente dos outros outros títulos da série, mas ele certamente consegue trazer bem o seu nome aos dispositivos móveis, levando muito desse universo e adaptando tudo de forma coesa, fazendo deste um jogo que ainda se propõe a ser o Disgaea que muitos conhecem e adoram.
Se você já for um fã desses demônios, ou se tiver saudade dos seus personagens favoritos, vale a pena tentar esse jogo, eu recomendo, mas não é impossível você não gostar dele.
E, caso você seja um iniciante na série, gosta de jogos RPG para celulares, ou os dois, também recomendo! Acredito que também vale a pena tentar jogar esse jogo, que consegue ser bem divertido e único, trazendo bem esse universo aos celulares, mesmo que os outros jogos tenham sim uma jogabilidade diferente, e caso você tenha interesse em saber mais sobre esses personagens e suas histórias, os jogos são altamente recomendados!
NOTA
Narrativa: 4/5
Jogabilidade: 4,5/5
Visual: 4/5
Som: 3,5/5
Diversão: 4/5
GERAL: 4/5