E aqui vamos nós! Beirando um ano desde que começamos a trazer nossas opiniões aqui. Vamos celebrar com a análise daquele que foi chamado de “Jogo do ano”, “jogo do século”, e outras loucuras por aí. Bem-vindos à Cyberpunk 2077 – A experiência.
Após um desgaste em relação ao seu lançamento, Cyberpunk 2077 chegou para os consumidores do mundo todo no dia 17 de setembro de 2020, me lembro como se fosse ontem, durante uma party no Playstation 4, nós (eu e uns amigos) começamos de forma meio que simultânea o jogo para que nós víssemos o quão grandioso esse jogo poderia ser.
Acontece, que dentre alguns, houve decepção. Não posso negar. Eu mesmo me senti triste pela forma que o jogo havia vindo, estranhamente feio e acabou que para mim, não estava sendo uma obra de arte assim tão prometida como antes.
Mas vou detalhar mais abaixo. Portanto, essa análise demorou para sair, e demorou não pelo simples fato de o Luiz não querer, mas sim, eu queria terminar o máximo que e pudesse do jogo e depois digerir bastante antes de poder dar qualquer nota ou coisa do tipo.
Esse tempo passou e cá estamos. Bom, esse texto certamente terá SPOILERS, e caso você ainda não jogou o jogo, pode seguir daqui por sua conta e risco. Se você, deixe aqui na caixa de comentários o que você achou de Cyberpunk 2077.
Com isso, o texto vai funcionar em partes, como áudio, design, gameplay, personagens, história e considerações, ok? Então, vem comigo!
Áudio
Problemático. Sim, em todos os pontos daqui para frente, sempre teremos no mínimo um adjetivo ruim para cada tópico, infelizmente, o jogo nos permite a dizer isso.
Porém, Cyberpunk 2077 tem uma das vibes em relação a sons, mais incríveis que eu já vi em qualquer outro jogo. Diálogos, sons externos de Night City, sons internos e principalmente quando você está dentro de carros, é magnifico. Cada arma tem seu próprio som de emissão.
Mas, como tudo, ele travava por vezes, principalmente quando demorava muito para uma ligação acontecer, o personagem que você ia falar, ficava com a telinha no hud e você não o ouvia falar, pois, ele estava travado.
Eu vou falar mais de Night City abaixo, mas apesar de tudo isso citado acima, era muito ver passear em Night City, principalmente de carro e ouvir a cidade. Sobre as músicas, em cada rádio do jogo, você podia ouvir um estilo de música, ou até mesmo informações da cidade eram apresentadas em boletins durante a programação. Me foi insuficiente por momentos, mas saiu mais puxando pelo lado positivo do que o negativo.
Design
Bom, visualmente, tudo em Cyberpunk 2077 é lindo. Pena que se você se atentar aos pequenos detalhes, você pode ficar muito frustrado dependendo do que você imaginava para esse jogo. Exemplo: Eu esperava, o jogo durante andar por ai de carro, fosse mostrar o personagem pisando no pedal de aceleração, bem como no freio, é um pecado chato, mas ainda assim conta pelo menos para mim, como um.
Mas se você não for detalhista como eu, pode ter momentos incríveis com os visuais de personalização da V desde o começo do jogo, até lugares estruturados e vislumbres do céu aberto da grande cidade de Night City.
Entretanto não se engane, andar em Night City, pelo menos para mim, foi meio complexo no primeiro, pois, principalmente de noite, os carros que andavam por aí, não mostravam sua sinalização, ou seja, não só faróis baixos, mas como por vezes, faróis apagados durante A NOITE!
A iluminação da cidade era terrível também por grandes momentos, sério, para quem jogou Spider-Man do PS4 ou até mesmo Miles Morales, teve uma experiência de iluminação bem melhor.
Acho que tudo nesse jogo, foi melhorando conforme os patchs de correção foram sendo lançados, mas, me irritava muito que essas coisas aconteciam e eu deixei de jogar o jogo não só por isso, mas por outros fatores também.
Eu preciso dizer, como a iluminação de noite era ruim, ficava muito difícil de ver detalhes do mapa e acontecia e muito de você sair batendo seu carro por aí. E olha que, tinha por vezes também detalhes do mapa renderizados que pareciam coisas de Playstation 1, é chato, mas precisa ser comentado.
Personagens
Sim, eu inverti a ordem aqui. Pois, achei necessário falar dos personagens depois do design para fazer sentido com o trecho acima.
Começando pelos seus estilos. Meu, é muito bom ver personagens tão diferentes em um lugar como Night City. Claro, alguns são mais diferentes do que outro por questões de roteiro e tudo mais, o que não me incomoda em nada.
Mas, você parece que por vezes, vai conversar com o personagem tirado diretamente do mundo louco das Tartarugas Ninjas e as vezes, são pessoas normais. Sério, tinha uma missão, não principal que a mulher era toda coberta por um tipo de metal, blindagem e é isso aí.
E o melhor de tudo, você se importa com cada um deles! Aqui, um SPOILER dos grandes do modo história. No que vamos chamar de primeiro ato do jogo, Jackie Wells, seu companheiro de missão, acaba falecendo, e todo o arco que envolve depois os amigos, conhecidos e família dele são de te fazer chorar.
Relacionamentos
Panam, meu crush eterno desse jogo. Ela faz parte do grupo dos nômades, que vivem de forma mais afastada de Night City e te ajuda em várias missões, e você também a ajuda para salvar seus amigos. A relação é tão boa, e que, no final do jogo, você pode simplesmente ligar para ela e pedir ajuda para enfrentar o que vem pela frente.
River Ward pode parecer chato e inconveniente no começo da sua relação com ele, mas ao mesmo tempo, é construída toda um background em volta do personagem que você acaba se identificando com o personagem ao ponto dele se sentir confiável e atraído por você durante sua jornada juntos.
E ele, Johnny Silverhand, que figura encantadora. Não pelo simples fato de ser interpretado pelo Keanu Reevers, ele é o centro da história. Tudo é motivo por ele e para ele. Sabe Liga da Justiça do Zack Snyder? Então, ele é o Cyborg do role.
Atente-se, com Panam e River, você pode ter algo romântico com eles, mas, no meu caso, fugi de relacionamento como um ser das trevas foge de uma cruz.
Mas, se você for diferente de mim, pode não só aproveitar viver ao lado desses personagens, como também tem as opções mais “comerciais” de curtir Night City, sem julgamentos.
Por fim, aproveite bem para conhecer todos os NPC’s de Cyberpunk 2077, tenho certeza de que você vai se divertir, se emocionar e principalmente ter muito o que fazer por eles.
História
Sim, novamente invertendo os assuntos, pois aqui também se faz necessário. Você é conhecido como V em Night City, ou a V no meu caso.
Passado um tempo fora da sua cidade natal, você acaba voltando para ter novas oportunidade, e acaba caindo numa maior enrascada ao tentar invadir a torre da Arasaka, principal máfia da cidade para roubar uma peça que seria de extrema importância para Dexter Deshaw.
Ao lado de Jackie, você descobre que existe muito mais coisa do deveria, e ao tentar sair do local, uma incansável se inicia e você precisa sair de lá com a tal peça. Acontece que Jackie acaba falecendo e implantando a tal peça em você.
Após ir até Dexter, V é traída pelo mesmo que acaba sendo morto pela Arasaka e V começa sua jornada para saber o que está acontecendo com suas falhas no sistema desde que a peça, ou chip, que foi lhe dada por Jackie Wells está em atividade em seu corpo.
Esse chip nada mais é que o “Chip da Imortalidade” que consta as memórias e consciência de Johnny Silverhand. Então, em uma viagem para que seja retirado esse chip sem consequências mais graves, você deve fazer escolhas, que vão te levar aos mais diversos caminhos para determinar o futuro de V.
São ao todo 6 finais em Cyberpunk 2077, 4 lhe dão acesso as conquistas do seu console e os outros dois são secretos. Óbvio, não vou contar nenhum deles, mas, desses 6 eu fiz 3 deles, e recomendo fazer todos e entender qual é o melhor final para você.
A história não é nada digno de um Óscar, mas, é bem feita e sem forçar o jogador a terminar ela, fora o fator replay antes de entrar na considerada “última” missão, onde não tem volta a não ser terminar o jogo e voltar daquele ponto para tentar outros finais.
Gameplay
Aaah o grande problemático e tão bom ponto em Cyberpunk 2077.
Sério, são muitos caminhos nas quais você pode levar o seu/sua V aqui. Você pode ser o que quiser, desde um Rambo Hacker, até um Rambo Rambo, ou parte da Irmandade dos Assassinos Hacker (alô Watch Dogs, aqui foi mais bem feito hein?) sério, é uma infinidade de coisas que se dá para fazer
Você tem o mais diverso arsenal de armas e vestimentas possível. Claro, tudo dentro dos padrões de um bom RPG, cada coisa com seu efeito, especialidade e tudo mais. É um harém de opções de como jogar o jogo.
Porém, como tudo na vida, e principalmente em Cyberpunk, nada é perfeito. Eu pelo menos joguei boa parte do jogo beirando a dificuldade mais alta, e sério, os inimigos por vezes são muito burros, sem contar o momento que travam no cenário e você fica “ahn…”.
Mas tudo isso não torna o combate menos empolgante, pelo contrário, por momentos você pode ficar hypado por enfrentar alguém e pode acontecer de você estar no meio da rua e ver um comboio policial parado em um lugar, e quando você vai investigar tem uma batalha do nada e você resolve o problema para a polícia.
Por falar nisso, é comum você também combater o crime em Night City, o famoso “faça justiça com as próprias mãos” vale aqui, e você pode abordar a situação da forma que quiser, e no final será recompensado pelo departamento de polícia.
Várias quests secundárias podem ser feitas, como contratos para fazer x coisa, matar alguém, levar o pacote do lado A para o B, tudo isso e uma série de outras coisas que você pode aproveitar em Night City. Eu como sempre, não gosto dessa coisa toda de fazer missões secundárias, a não ser que seja muito do meu interesse (AC Valhalla eu vou chegar em você). Mas para quem gosta, é um prato cheio.
Considerações – Cyberpunk 2077
Bom, completado todo o roteiro que precisava trazer para vocês, chegou o momento da grande pergunta. E aí Luiz, tudo bem? Sacanagem, mas se você me perguntou isso ao ler a pergunta, estamos tentando ficar bem, obrigado. Brincadeiras a parte, vale a pena comprar Cyberpunk 2077?
Bom, perto do lançamento, eu certamente diria não. Sério, eu não demorei para terminar ele porque eu quis, mas o jogo simplesmente fechava na minha cara, tinha bugs bizarros, quem quer jogar um jogo assim, não é mesmo? Por isso, eu confiei na CD Projekt RED ao falar que ao longo do tempo, o jogo seria curado. E parece que, até onde eu joguei, estava bem melhor, mais polido, apesar de fechar na minha cara ainda assim, mas com menos frequência. Felizmente não tive problemas ao ponto de perder o salve ou coisa do tipo, mas, os bugs eram vergonhosos e nada excitantes para um jogo que teve tanto tempo para ser desenvolvido.
Opinião sincera? Hoje até vale a pena, mas definitivamente não no preço cheio, apesar da diversão, não vale um investimento tão alto agora.
Bom, é isso, vai aqui minha nota ao final dessa review. Mas antes, se você chegou até aqui, eu quero te agradecer. Sim, você aí mesmo. Sendo algum conhecido meu ou não, você é responsável por esse quase um ano que estamos aqui juntos falando sobre joguinhos, afinal, isso é o que nos move.
Vou deixar aqui o meu primeiro texto que foi ao ar no dia 1 de abril de 2020, e completará um ano amanhã. Ao lado da equipe do NSV Games, eu cresci muito e realizo um dos meus sonhos, que é poder compartilhar meus pensamentos sobre o mundo dos games e cá estamos.
Obrigado pelo acesso, pelo compartilhamento, pelo seu tempo de leitura e que nesse próximo um ano, venham mais textos e muitos outros jogos terminados.
Meu sincero agradecimento,
Abraço!