Quando nós falamos sobre adaptações de filmes para os games e o inverso, tudo se torna um ponto de interrogação. Será que vai ser bom? Cumpriu seu papel? Tem a atmosfera do filme? Bom, com Mad Max vamos descobrir juntos.
Mad Max foi produzido pela Avalanche Studios Group e distribuído pela Warner Bros. Em 2015, trouxe consigo o peso de uma franquia de filmes de sucesso, que teve início no final dos anos 70 e teve o último filme no mesmo ano de lançamento do jogo com o filme estrelado por Tom Hardy.
Jogo de mundo aberto, pós apocalíptico com exploração por todos os cantos, o que poderia dar errado? Bom, vamos falar sobre isso agora.
História
Mad Max não apresenta uma narrativa de explodir cabeças nem coisas do tipo. Você é atacado assim que começa a aventura pela gangue de Scabrous Scrotus, que simplesmente leva o carro de Max para a Vila da Gasolina e em contraponto, você deixa de presente uma lamina de serra elétrica na cabeça de Scrotus (que sim, sobrevive).
A partir desse ponto, Max é acordado pelo seu primeiro parceiro no jogo, o Dog (ou cachorro mesmo). Que te guia até lugares perto de onde o mesmo te encontrou e aí o Dog cai na armadilha do seu segundo parceiro, Chumbucket.
Chumbucket é um mecânico que acredita que Max foi levado até ele pela “máquina divina” Anjo de Combustão, que para o NPC é missão dele ao lado de Max construir o veículo supremo, o Magnus Opus.
Aqui, a jornada de vocês dois dura literalmente até o final do jogo (spoiler? Talvez). Mas o que dá para dizer a partir desse ponto é que tudo fica maior durante o gameplay e ganha ares épicos em determinados momentos da história.
Gameplay
Aqui precisamos destacar que existem duas formas de se jogar Mad Max. Dentro do Magnus Opus (o carro) e com o Max mesmo. Começando pelo Max, se por algum acaso você jogou algum jogo da série Batman Arkham e o Shadow of Mordor da vida, Mad Max será mais um parque de diversão para você quando se trata da gameplay.
Mad Max utiliza do mesmo sistema de batalha dos jogos citados acima, e até mesmo a movimentação de Max lembra a de Batman, só que bem mais pesada e realista, os combos são brutais, o uso de facas, do calibre 12 de Max ajudam a dar uma diferenciada no combate de perto.
Já dentro do Magnus Opus, você tem outra gameplay. Os combates contra grandes comboios de gasolina que Max encontra ao longo do mapa lembram muito os antigos Twisted Metal e Vigilante 8 (saudades inclusive). Aqui, ao longo da jornada, seu carro é equipado com arpões, arpões explosivos, dispositivos de defesa, de ataque e isso tudo com a “tecnologia” pós apocalíptica do jogo.
Vale ressaltar que dentro do Magnus, você ainda tem direito de usar um rifle de precisão que ajuda em pontos específicos do mapa, com postos de inimigos que estão apostos com rifles de precisão também ao longo do mapa.
E por falar em mapa..
Mapa
Aqui está o maior (literalmente) problema de Mad Max, o Mapa. Enorme em tamanhos de proporção gigantes, e cheio de coisas de fazer, e o maior problema é, tudo aqui se repete com uma frequência insana.
Explicando basicamente o mapa que você verá abaixo, o jogo é dividido em cinco territórios que são:
- Planice de Balefire, Forte do Jeet
- Pach Moon, Forte do Gutgash
- Silo da Pink Eye, Forte da Pink Eye
- Vila da Gasolina, Forte do Deep Friah
- As Dunas
Tirando as Dunas que é um ambiente de puro tédio e areias para todos os lados, todos os outros você precisa recuperar os territórios para os donos dos fortes citados acima. São missões que literalmente se repetem e que você diminui a ameaça das tropas do Scrotus conforme vai fazer as coisas.
Missões essas que variam desde derrubar um ponto de observação de um atirar com rifle, até posto de gasolina, onde você elimina a ameaça e explode os tanques de abastecimento do seu inimigo, até você pegar o carro do Chumbucket e levar o cachorro para identificar onde estão minas terrestres e ao desarmá-las é GG Max.
Diga-se que essa é a única função do cachorro no jogo e você não pode andar com ele a não ser no carro do Chumbucket.
Missões repetidas
Outra coisa já citada acima são os comboios, que traçam uma rota especifica no mapa e quando você se oponha a elas, você precisa derrubar o carro central da operação e ao final, você fica com o acessório que fica ou no para-choque da frente quanto o de trás. Em outras palavras, tirando as missões principais de Mad Max, tudo se repete, o ponto bom é que você pode melhorar seu carro para encarar os desafios que virão ao longo da gameplay.
Em outras palavras, tirando as missões principais de Mad Max, tudo se repete, o ponto bom é que você pode melhorar seu carro para encarar os desafios que virão ao longo da gameplay.
Magnus Opus e Mad Max
O seu carro é um terceiro personagem nessa história toda, ele não tem um backgroud ou coisa do tipo, você de começo pega uma carcaça de um carro a sua escolha durante uma missão e começa a usar e aprimorar ele, e sendo bem justo, são diversas alterações que você pode fazer, e transformar sua gameplay com o carro.
Mas vale dizer que por momentos, Magnus Opus e a câmera do jogo não se dão muito bem e você pode ficar meio zureta. Além do mais, a física do carro deixa e muito a desejar, acontecendo de você perder a mão com facilidade, mas nada que com o tempo e treino você não pegue o jeito.
Você pode desde colocar peças que o deixem mais rápido, mas que o deixam mais propenso a receber danos, ou até mesmo fazer com que ele seja uma máquina de guerra, onde claramente ele ganha mais força na sua carcaça, mas perde velocidade. Vai depender muito de você.
Além do mais, existem outras carcaças que você pode usar como base para seu carro, que são chamados de Arcanjos. Cada arcanjo requer algumas peças que você desbloqueia durante a jogatina.
Já nosso protagonista, também pode ser mutável a gosto do jogador. A variedade vai desde a aparência de Max, onde ele pode ficar com cabelo grande, até marca de sujeira no resto do personagem. Além disso, Max pode ser melhorado através de Griffa. Um ambulante místico que aparece no mapa quando pontos de melhorias estão disponíveis e Max pode aumentar desde sua vida ao máximo até a eficácia de comidas (larvas) e águas para sua regeneração.
Mas e ai Luiz, Mad Max vale a pena?
Bom, Mad Max tem seus momentos de encher os olhos, mas não é nada de outro mundo. Apesar de captar a essência dos filmes, em algum momento eu percebi que estava jogando o mesmo apenas mesmo para criar esse conteúdo, mas a diversão dele, caso você não goste de repetir missões e se cansa ao abrir o mapa do jogo, talvez esse jogo não seja para você.
A falta de criatividade na história do jogo, faz com que tudo seja meio superficial e você acabe não se importando com muitos personagens do jogo, nem mesmo com Chumbucket. O retrato de perguntas não respondidas pela protagonista ao seu ajudante, pode ser bem o retrato do player com o jogo, e isso torna a experiências facilmente esquecida.
Mas caso você seja fã da franquia e queira ter o mínimo de experiência com o universo apresentado no game, aconselho que ignore tudo o que eu disse acima e simplesmente jogar o joguinho.