De 18 à 22 de junho Brasília sediou o maior evento de tecnologia e inovação do país,a 17ª edição da Campus Party, sendo essa a maior Campus do ano de 2025. Realizado no Estádio Mané Garrincha, o evento abordou educação, empreendedorismo, sustentabilidade, internet das coisas, Inteligência artificial, e muito mais. Organizado pelo Instituto Campus Party em parceria com o Governo do Distrito Federal e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF (SECTI-DF), o evento é uma oportunidade única para aqueles que se interessam pelo setor tecnológico, para aqueles que já trabalham na área, almejam chegar a essa carreira ou até para quem só está curioso e que ver novas tecnologias na prática. E como boa curiosa que sou, passei dois dias por lá pra conferir e vim lhes contar um pouquinho da minha experiência.
Na campus há muita coisa acontecendo o tempo todo, então você nunca fica entediado. Logo na entrada me deparei com uma pequena oficina para crianças sobre impressão 3D e inteligência artificial. Tudo muito bem explicado e orientado pelos monitores, e as crianças com sorrisos rasgando o rosto.

Alimentos na impressora 3D?
A parte de impressão de alimentos 3D me prendeu por umas horas, o processo era quase mágico. Há uma competição de chefs que criam receitas na frente de todo o público, o plot twist é que eles usaram alimentos impressos em 3D para isso. Sim, é tudo comestível e seguro, a bioimpressão 3D cria alimentos a partir da proteína isolada, essa técnica permite a criação de alimentos com texturas diferentes, enriquecidos em vitaminas e em formatos inusitados. Em toda a Campus vi várias aplicações da impressão 3D, mas essa foi definitivamente a mais inusitada, parece mesmo algo saído de um filme futurista. Impossível não ficar preso assistindo.
Robô vs Robô
Outro evento impossível de se ignorar são as lutas de robô, do sumô até o hockey party (hóquei de robô), tudo é muito cativante, mas a minha favorita definitivamente foi a Robocore experience. O maior campeonato de robôs da américa latina, enquanto nas outras arenas os robôs são pequenos, aqui temos a briga de cachorro grande, a arena é fechada para proteger o público porque tem faisca, tem capotamento, tem pedaço de robô voando e tem torcida indo a loucura. Depois das batalhas uma pessoa entra para recolher os restos de robô enquanto o júri decide o campeão, e no intervalo entre as lutas os apresentadores explicam mais sobre as batalhas e respondem dúvidas do público.
Pelo evento topei duas vezes com essa simpática robô da foto, seu nome é Ada e ela é da FIAP, então fui conhecer o stand para ver o que mais tinha por lá. O stand era cheio de jogos para o público (com direito a lanchinho depois dos jogos), mas meu favorito, e o motivo da longa fila, foi o de levantar o bebê yoda com o poder da mente. Com um aparelho na cabeça você canaliza suas ondas cerebrais para levantar o bebê yoda com o poder da mente. Além da comida em impressão 3D, essa foi a segunda atividade que mais me deixou encucada, foi super divertido e o cafezinho estava ótimo.
Ada e o poder da mente
Vida em outros planetas
Mas bebê yoda não era o único que precisava de ajuda, ao lado havia um stand com um pequeno alien feito por @hendrikxworkshop que propunha uma série de quebra cabeças ao jogador, tudo com o objetivo de ajudar o alien a consertar sua nave e voltar para casa antes que seu oxigênio acabe (e como nosso ar é tóxico para ele, cabe ao jogador consertar o exterior da nave) mas não se preocupe, ele o instrui durante todo o processo, só tente não se sentir pressionado com o cronometro bem a sua frente que estará indicando quanto tempo seu novo amigo ainda tem de vida.
Educação
Não dá pra se falar de desenvolvimento tecnológico em Brasília sem falar da nossa amada Universidade, a UnB marcou presença com vários stands que iam da criação aeroespacial até a produção de conteúdo educativo. Por falar em conteúdo educativo, palestras não faltaram, tanto no palco principal quanto em outros espaços espalhados pelo eventos, mas das atividades educativas a minha favorita foi o quiz da Petrobras no palco principal. Várias pessoas do público eram chamadas ao palco, o apresentador afirmava algo sobre a produção ou consumo de energia e os participantes tinham que responder se a afirmação era fato ou fake, quem errava era eliminado e o ganhador recebia um prêmio. Você sabia que lavar roupa a noite gasta menos energia? Eu não.
E por falar em diversão, jogos também mão faltaram! Dos mais tradicionais como o bom e velho just dance, tekken e mario Kart, até os mais sofisticados e imersivos como a arena de realidade virtual e seu VR, mas confesso que fiquei mais no just dance mesmo.
Com tantas atrações, palestras, convidados e stands, foi impossível ficar entediada, em dois dias nem consegui fazer e ver tudo o que gostaria, foram muitas experiências super bacanas, muitos aprendizados, alguns networks. Sem sombra de dúvidas um evento maravilho na nossa capital e espero que essa parceria com a SECTI venha a se repetir nos próximos anos.