Uma vez me perguntaram se eu escolheria o traço de algum artista mangaká que eu gostaria de ver pro resto da minha vida em todas as obras que eu lesse. Não pensei nem por um segundo em responder: Takeshi Obata, óbvio.
Com um traço inconfundível, Takeshi Obata não conseguiu se esconder por muito tempo sob o pseudônimo de Hijikata Shigeru, porque ganhou um grande destaque em 1989 com a sua obra Cyborg Jii-chan G, época em que ele ainda estava na escola, fazendo com que a mídia da época se voltasse a descobrir quem seria essa nova grande aposta da indústria de entretenimento. Após seu primeiro sucesso, Takeshi Obata decolou em trabalhos conjuntos com alguns grandes roteiristas como Yumi Hotta (Hikaru no Go) e Tsuneo Takano (Ral Grad).
Mas, seus maiores títulos ficaram a cargo de uma parceria um tanto quanto misteriosa, afinal, ninguém sabe exatamente quem é Tsugumi Ohba, autor-roteirista dos grandes Death Note, Bakuman e Platinum Ending. Sim, suas três ÚNICAS obras são de alto rendimento no mercado, vendendo centenas de exemplares mundo afora. E, além disso, todas elas são em parceria com o artista mangaká Obata.
Tsugumi Ohba é uma história com enredo à parte: alguns acreditam ser um pseudônimo de um artista muito famoso (cogitam até que seja o próprio Hiroshi Gamō), já outros acham que é um gênio que só produziu três obras mesmo e que temos que aceitar que o cara só faz coisa boa. Particularmente, gosto mais da poética do pseudônimo, onde ele sabe quais são as suas melhores ideias e, como numa gavetinha, guarda os melhores roteiros escondidos na prateleira de baixo.