De cara nova, mas resgatando o antigo. Vamos falar sobre como Cardfight Vanguard é o card game para fãs de anime.
Quando eu entrei para o site meu terceiro texto foi sobre Vanguard. Fiz um guia sobre as temporadas. Porque pesquisar e descobrir todas as 14 temporadas (na época, já são 16 por agora) pode assustar um pouco quem não conhece a franquia.
Dessa vez eu quero falar um pouco mais sobre o jogo de cartas em si. Não sobre as estratégias, os decks mais fortes, as cartas que merecem atenção. Mas sim sobre o apelo que ele tem no público.
Card games para o fã de anime?
Nesse momento vale comentar um pouco sobre outros jogos de cartas famoso famosos.
Inicialmente sobre o grande Magic The Gathering. No começo de 2022, lançou uma coleção chamada Kamigawa Dinastia Neon, que foca numa temática mais japonesa. Boa parte das cartas da coleção tem uma arte alternativa em estilo anime/mangá.
Porém, apesar de ter alguns casos como esse, público de anime não é exatamente atraído por Magic. O que não quer dizer que não tenham fã de anime jogando, mas não são interesses que se misturam normalmente.
A pessoa gosta de Magic e gosta de animes e mangás, mas uma coisa não tem relação com a outra.
Por outro lado, temos Pokémon, que tem um anime vivo há 25 anos. Mas o card game não conversa muito com o anime, ou com os jogos eletrônicos, ele é sua própria entidade.
Mas por que Cardfight Vanguard e não Yu-gi-oh!?
E claro, Yu-gi-oh! Como Vanguard seria o jogo de cartas para fãs de anime, sendo que Yu-gi-oh! existe? Porque o anime não exatamente importa. Como assim?
Eu acompanhei o competitivo de Yugi por muitos anos e os decks fortes (tier 1, meta), que saíram do anime eram minoria. Existiram casos sim, mas a maioria dos decks e das cartas mesmo, não tinham relação com o anime.
Desde o final do anime de VRAINS, as coleções principais pararam de ter qualquer relação direta com o anime transmitido. Porém, sempre houve um resgate de temas clássicos como Mago Negro ou Dragão Branco, ou de outras temporadas como os Heróis Elementais.
A partir desse ponto, as capas das coleções principais eram novas versões de cartas ou baralhos de séries do passado. Dito isso, eu não acompanho o competitivo desde pouco antes disso começar, mas mesmo vendo por fora, sei que ainda há a presença de vários baralhos que não tem relação com o anime.
Por outro lado, o Rush Duel de Yu-gi-oh! Sevens parece ter mais relação com o anime. Mas, é um formato exclusivo do Japão e não sei as informações sobre o competitivo.
Se for falar de jogo casual, dá para montar de qualquer coisa. O deck igualzinho do personagem que você gosta, mas não é o que é incentivado. Não pelo jogo de alto nível, mas porque ao longo dos anos o jogo evoluiu. Então mesmo casualmente, vão ter cartas que funcionam junto do Dragão Negro de Olhos Vermelhos, mas não são as cartas do Joey.
O que eu quero dizer é, Yu-gi-oh! tem relação com o próprio anime, mas o competitivo que faz o jogo rodar se relaciona minimamente com ele.
Como Cardfight Vanguard é diferente?
Eu vejo Vanguard há 10 anos, as vezes mais, as vezes menos, mas o combate do jogo sempre me motivou a jogar um card game. A emoção das partidas empolga muito.
Além de ser mais relacionável, porque sim acontecem coisas sobrenaturais e partidas com hologramas. Mas muitos jogos são em cima de uma mesa e com a imaginação de quem está ali.
Recentemente tenho visto muitos vídeos sobre Cardfight Vanguard no Youtube. Curiosidades, história, sobre como era o competitivo do passado, entre outros assuntos. A partir disso caiu a ficha de algo que estava na minha cara há muito tempo. Ao contrário de Yu-gi-oh!, que os decks fortes relacionados ao anime são minoria, em Vanguard eles tem destaque.
A primeira lista de cartas banidas e restritas do jogo aconteceu por causa de 4 decks de personagens do anime. Não baralhos que tem algumas cartas dele, não. A maioria das cartas são as do personagem.
Então Cardfight Vanguard, tem o sentimento além da empolgação da partida de como o jogo funciona. Ainda tem um fator a mais de “eu posso usar o deck do meu personagem favorito”, ou poder usar a carta que viu no anime e gostou de forma consistente.
Existem sim baralhos que não aparecem no desenho e que jogam em alto nível. Mas não é algo como “tudo que veio do anime é ruim, e tudo de fora é bom”, ou vice e versa. É algo mais misturado em que as vezes aparece mais um do que o outro nos resultados de torneios grandes.
Considerações finais sobre Vanguard
Assim, o que eu quero dizer por Vanguard ser o anime para o fã de anime, não é apenas por poder usar baralho do seu personagem favorito se quiser. Mas também pela emoção de como funcionam as partidas. O jogo é dinâmico e a cada turno vai aumentando. Ao contrário de ficar 10 minutos no mesmo turno jogando carta milhões para ganhar antes que o oponente possa fazer qualquer coisa.
Além disso, já houve baralhos e coleções de crossover com outras franquias. Tais como: Token Ranbu, Bang Dream, Shaman King (lança no ocidente ainda esse ano), Record of Ragnarok, Monster Strike e Detective Conan (na Tailândia).
O outro…
A Bushiroad, empresa por trás de Cardfight Vanguard, já fez e faz vários card games. Um dos mais populares, é Weiß Schwarz, provavelmente o derradeiro jogo de cartas para fãs de anime.
Por quê? Pois ele é feito em cima de outras franquias. Ao ver o anime de Vanguard, no Youtube, sempre tem propagandas. Uma das mais constantes que me lembro é Weiß Schwarz, e simplesmente tem decks de Shingeki no Kyojin, Love Live!, Gurren Laggan, SAO, Fate, Saekano, Dynazeon, Quintessential Quintuplets, Kaguya-sama e MUITO mais.
Mas ser feito em cima de diferentes anime e ser sua própria imagem com crossovers pontuais são coisas diferentes.