Eu não conhecia o trabalho do Rick Remender até ler o volume 1 de Black Science (eu pelo menos eu achei que assim fosse), onde descobri que ele é o autor de uma das primeiras grafic novels que li (lá pelo ano de 2010), Night Mary, uma história que, se me lembro bem, é muito envolvente e cheia elementos muito interessantes, e isso me deu muitas expectativas com relação à obra que estava à minha frente.

No primeiro volume de Black Science somos apresentados à Grant McKay, um cientista que tem a missão de criar um portal para outras dimensões para uma organização de Anarquistas. Já nas primeiras páginas do volume, entendemos que nem tudo na missão está dando certo, afinal, um dos experimentos falha ao levar um grupo de cientistas e duas crianças para o “sempreverso”.

Questões profissionais, pessoais e de caráter moral são temas de monólogos inteiros já no primeiro contato com a obra, fazendo com que o espectador se veja curioso com o motivo de tantas preocupações, em meio a um turbilhão de acontecimentos que surgem nos quadros do HQ.

A HQ é roteirizada por Rick Remender e tem ilustrações do italiano Matteo Scalera, que trabalhou em grandes obras como O Indestrutível Hulk. A coloração ficou por conta de Dean White que também fez parte da produção de grandes obras.

A obra é surpreendente em todos os sentidos, a cada virar de páginas somos levados a lugares complexos tanto na questão de roteirização sobre o local, quanto artisticamente falando. A beleza e a fluidez das artes e das cores elaboradas por Scalera ganham uma dimensão incrível, fazendo com que o espectador ganhe uma experiência super imersiva durante toda a obra.

Um dos fatores mais interessantes na narrativa é que cada capítulo é contado de um ponto de vista diferente, os sentimentos, pensamentos e sensações de cada um dos integrantes da equipe tem seu espaço, fazendo com o leitor enxergue diferentes opiniões sobre o que os personagens estão vivendo, inclusive em meio a todos os momentos sufocantes. Como cada personagem tem seu lugar ao sol, acabamos nos identificando um pouco com cada um e fazendo com que suas perspectivas ganham um peso e uma intensidade.

O primeiro volume, intitulado “Como cair para sempre” conta com seis capítulos, já o segundo volume, “Bem-vindo, Lugar Nenhum” expande o universo da obra ao adicionar uma capacidade que parece ser infinita na sua narrativa, além de nos apresentar a uma situação de morte aleatória e decorrente dos saltos entre as dimensões do líder dos Anarquistas.

Já no terceiro volume, McKay se encontra preso em um mundo atacado e quase arruinado por uma praga e lá entende que todas as dimensões pelas quais passou com sua equipe foram devastadas pela tecnologia do Pilar. Inúmeras questões internas da equipe surgem e tudo entra em colapso. McKay pode perder tudo pelo que lutou na tentativa de salvar um mundo que sequer é o dele.

A obra como um todo tem um tom otimista a cada novo ciclo: apesar dos saltos seguidos do portal representarem universos corrompidos e cheios de novidades nada agradáveis, a todo momento e a cada novo mundo visitado surgem novas oportunidades de imaginação.

Black Science nos faz questionar até onde vai a ambição humana quando o assunto são interesses intensos que não conseguem enxergar as consequências.

A obra foi trazida para o Brasil pela editora Devir, que está trazendo agora o volume 3 em Setembro de 2021, com tradução de Giovana Bomentre.

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Com um traço inconfundível, Takeshi Obata não conseguiu se esconder por muito tempo sob o pseudônimo de Hijikata Shigeru, porque ganhou um grande destaque em 1989 com a sua obra Cyborg Jii-chan G, época em que ele ainda estava na escola, fazendo com que a mídia da época se voltasse a descobrir quem seria essa nova grande aposta da indústria de entretenimento. Após seu primeiro sucesso, Takeshi Obata decolou em trabalhos conjuntos com alguns grandes roteiristas como Yumi Hotta (Hikaru no Go) e Tsuneo Takano (Ral Grad).

Mas, seus maiores títulos ficaram a cargo de uma parceria um tanto quanto misteriosa, afinal, ninguém sabe exatamente quem é Tsugumi Ohba, autor-roteirista dos grandes Death Note, Bakuman e Platinum Ending. Sim, suas três ÚNICAS obras são de alto rendimento no mercado, vendendo centenas de exemplares mundo afora. E, além disso, todas elas são em parceria com o artista mangaká Obata.

Tsugumi Ohba é uma história com enredo à parte: alguns acreditam ser um pseudônimo de um artista muito famoso (cogitam até que seja o próprio Hiroshi Gamō), já outros acham que é um gênio que só produziu três obras mesmo e que temos que aceitar que o cara só faz coisa boa. Particularmente, gosto mais da poética do pseudônimo, onde ele sabe quais são as suas melhores ideias e, como numa gavetinha, guarda os melhores roteiros escondidos na prateleira de baixo.

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Kimetsu no Yaiba: Mugen Train ou ainda Mugen Ressha-Hen, teve sua exibição nos cinemas brasileiros em Maio de 2021 pelas gigantes Cinemark, Cinépolis e UCI Cinemas, mas enfrentou duas grandes dificuldades em seu lançamento: o aumento de casos da pandemia da Covid-19, que estava em um crescimento violento (segundo o site Covid 19 no Brasil), o que gerou muita insegurança do público em retornar para o ambiente do cinema; e ainda, uma falha na distribuição que gerou um vazamento do longa metragem, fazendo com que inúmeros portais não licenciados tivessem acesso e exibissem o filme para um número incontável de pessoas.

Em resposta a essas duas grandes problemáticas, houve um movimento consciente entre influenciadores e usuários da internet em geral que apontava a resposta mais sensata: a de não assistir ao filme naquele momento. Simples assim. Existia uma grande esperança (quase uma certeza), de que o filme estaria disponível nas plataformas de streaming legalizadas em pouco tempo e que a espera valeria a pena. E não é que esse momento chegou e valeu muito a pena esperar?

Sim! A partir de hoje, 13 de agosto, o filme Kimetsu no Yaiba: Mugen Train estará disponível com exclusividade na plataforma Funimation, não apenas em sua versão legendada mas também com dublagem original, pelo estúdio Alcateia Audiovisual e com vozes inesquecíveis como Daniel Figueira (como Kamado Tanjiro), Charles Emmanuel (como Akasa) e Fernanda Baronne (como Rengoku Ruka), entre outros tantos incríveis profissionais, ressaltando em especial o trabalho do Lucas Gama, que deu voz ao antagonista do longa Enmu, onde teve uma interpretação que me dá arrepios só de lembrar.

O roteiro do filme segue com perfeição o arco dos capítulos 53 ao 70, intitulado O Arco do Trem do Infinito (Mugen Train ou Mugen Hessha-Hen), que é um momento tenso e decisivo da obra original, onde somos apresentados com mais ênfase ao Pilar das Chamas Rengoku Kyojuro já em uma situação delicada, onde todo o plot do filme se passa no ambiente único de um trem que está em movimento e sendo controlado por um Oni de alta categoria.

A animação 2D em geral, como no anime também da Ufotable, é fora de série. A qualidade veio potencializada no longa metragem, que é cheio de cenas fluidas, com cores incríveis e efeitos que dão a impressão de que, não importa em qual momento vamos dar uma pausa rápida, será sempre um belíssimo wallpaper para as telas digitais. Em contrapartida, os efeitos 3D deixam um pouco a desejar (eu disse: um pouco). É impossível não fazer comparações entre as animações 2D e 3D, uma vez que elas estão sempre no mesmo plano de imagem e sendo exibidas ao mesmo tempo, o que por si só já traz um movimento muito interessante aos olhos do espectador, mas ao mesmo tempo um certo incômodo com alguns elementos (atenção: temos tentáculos 3D neste filme), que parecem não se misturar tão bem à fluidez dos movimentos de batalhas ou de efeitos.

Por fim, a Funimation trará o que muitos otakus brasileiros conscientes estavam esperando a tanto tempo: um filme de animação que bate de frente com os melhores filmes hollywoodianos da atualidade, com capacidade para lotar cinemas mundo afora, e tudo isso no conforto e segurança das nossas casas.

Você pode assistir o anime Kimetsu no Yaiba pela Funimation, Netflix e Crunchyroll (a última apenas com a versão legendada), já o filme está sob exclusividade da Funimation.

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E, para o coração não parar de bater de animação nem um minuto, separei 13 animes que você pode assistir em streamings legalizados no Brasil!

Haikyuu

SIM, ele! Ta passadah?
Como não poderia faltar, Haikyuu é um anime que te faz pular da cadeira/sofá/cama em inúmeros momentos. Temos partidas de tirar o fôlego e fazer prender a respiração logo nos primeiros episódios do anime e a peteca não cai, ops! Bola de Vôlei, até a temporada mais atual.

Sinopse

Shoyou Hinata fica fascinado com “o Pequeno Gigante” ao assistir uma partida de vôlei do colégio Karasuno, então decide se unir ao clube de vôlei da escola em que estuda, mas ele acaba sendo o único membro do clube! Após 3 anos ele finalmente completa o time e parte para o Torneio de Primavera. No entanto, seu primeiro oponente é o preferido das finais. É neste momento que ocorre o encontro de Hinata com Tobio Kageyama, o “Rei das Quadras”. Embora tenham perdido a partida, Shoyou não desiste de seu sonho se ser também um “Pequeno Gigante” e ser aquele que permanece na quadra até o último minuto. Ao entrar na escola secundária Karasuno, ele surpreende-se ao ver que ele e Kageyama, antes adversários, estão agora na mesma escola e clube.

Haikyuu tem suas 4 temporadas disponíveis na plataforma Crunchyroll no Brasil e conta com um OVA.

Ahiru no Sora

Está aí um esporte que talvez eu não fosse tão fã se não existissem os animes. Kuroko no Basket me fez entender e aprender a admirar a modalidade esportiva e Ahiru no Sora me fez ficar realmente fã da coisa. Apesar do ritmo mais lento ser evidente, ele é justificado pelos flashbacks, plot twists, lances e jogadas do basquete, além da construção de literalmente os cinco jogadores de cada time e alguns reservas, tornando a história completa e cheia de detalhes ricos.

Sinopse

O plot do anime se baseia na ambição de Sora Kuramatani, um adolescente de 16 anos que tem apenas 149 cm de altura. Apesar da pouca altura, Sora sonha em se tornar um jogador profissional de basquete, seguindo os passos de sua mãe. Todavia, Sora encontra várias dificuldades, como por exemplo unir o clube de basquete de seu colégio, que se recusa a jogar.

Ahiru no Sora tem 1 temporada de 50 episódios disponível na plataforma Crunchyroll no Brasil.

Diamond no Ace / Ace of The diamond

Shounenzão completo com tudo que tem direito? Temos! Diamond no Ace entrega aquela energia de shounen de ação com direito à história de superação, e tudo da melhor qualidade!

Sinopse

Sawamura Eijun é um arremessador canhoto do clube de beisebol de sua escola. Durante um de seus jogos, Takashima Rei, a olheira do Seido, um time de beisebol colegial de Tóquio, impressiona-se com o windup e arremesso de Sawamura e o convida ao colegial de Seido para jogar pelo seu time.

Diamond no Ace tem 3 temporadas disponíveis na plataforma Crunchyroll no Brasil.

Free

Animação é um aspecto técnico dos mais importantes em animes no geral, mas quando esse ponto é bem executado em animes de esporte, tudo vira um espetáculo. Free é um anime que tem tudo o que precisamos para ficar com o coração acelerado: dramas, competições acirradas e muita rivalidade adolescente.

Sinopse

O anime gira em torno de Haruka Nanase, um rapaz que sempre gostou de estar na água e nadar. Antes de se formar na escola primária, ele participou junto com seus colegas do clube de natação (Makoto Tachibana, Hazuki Nagisa e Rin Matsuoka) de um torneio. Após vencerem, cada um seguiu seu caminho individualmente. O tempo passa, e no meio de suas vidas pacatas no ensino médio, Rin surge e desafia Haruka para uma competição, mostrando a ele todo seu poder.

Free tem 1 temporada disponível na plataforma Crunchyroll no Brasil, contando com dublagem brasileira e 2 filmes da série e na Funimation! Teremos também um novo filme da série ainda esse ano intitulado The Final Stroke que será lançado em Setembro de 2021.

Bakuten!! / Backflip!!

Bakuten!! é um anime lindo de se ver em muitos sentidos. Com um 3D CGI em algumas cenas pontuais muito bem feito e fluido, o anime ganha uma carga de animação muito bonita e de tirar o fôlego.

Sinopse

Ambientado em Iwanuma, na província de Miyagi, se concentra na equipe de ginástica chamada Ao High, da Escola Secundária Sōshūkan. Shōtarō Futaba começa a praticar ginástica rítmica depois de testemunhar uma performance do Ao High. Ele então decide se juntar ao time, onde faz amizade com seu parceiro Ryōya Misato, um famoso ginasta durante o ensino médio.

O anime conta com 1 temporada disponível na plataforma Crunchyroll no Brasil.

Captain Tsubasa

Clássico? Temos também! Quem não ficou empolgadíssimo com as partidas de Tsubasa? Dispensando apresentações, Captain Tsubasa é um anime com inúmeros momentos marcantes, de fazer pular da cadeira e arrancar sorrisos.

Sinopse

Tsubasa Ozora é um menino de 11 anos que começou a jogar futebol desde cedo, projetando todos os seus sonhos e pensamentos em torno do esporte. Para perseguir o desejo de se tornar o melhor jogador de futebol do mundo, ele se muda com a mãe para a cidade de Nankatsu. Lá, ele precisa desenvolver todo o talento e habilidade que tem para se destacar.

Captain Tsubasa conta com 1 temporada dublada disponível na plataforma Prime Video no Brasil.

Kazega Tsuyoku Fuiteiru / Run with the wind

Lançado na temporada de Outono de 2018, comecei a assistir esse anime de forma despretensiosa e despreocupada. O anime já deixa claro desde o seu primeiro episódio que não está aqui de brincadeira, com cenas de sequencias de tirar o fôlego que mostram todo o potencial de animação e direção da equipe do seu stúdio Production I.G.

Sinopse

Kakeru é um ex-corredor de elite no ensino médio que se sente mal com sua sorte. Depois de ser perseguido por roubar comida, ele é salvo por Haiji, um estudante da Universidade Kansei e um companheiro de corrida. Sem ter mais para onde ir, Kakeru é convencido por Haiji a se mudar para um dormitório com outros oito estranhos. Antes mesmo de Kakeru se estabelecer em sua nova casa, Haiji anuncia seus ambiciosos planos de entrar em todos os dez deles em uma das mais proeminentes maratonas de revezamento da universidade no Japão, o Hakone Ekiden.

Kazega Tsuyoku Fuiteiru conta com 1 temporada de 23 episódios disponível na plataforma Crunchyroll no Brasil.

Tsurune

Tsurune é um anime mais lento, porém lindo de se ver e promete não te deixar entediado. Com um plot envolvente e personagens muito bons, é um anime delicioso de se assistir.

Sinopse

Tsurune segue Narumiya Minato, um garoto que acabou de entrar para o colegial. Ele reencontra dois amigos na escola nova, Takehaya Seiya e o Yamanouchi Ryouhei. Assim que entram no colégio, são chamados por um professor, que pede ajuda dos três para reativar o clube de Kyudo (esporte com arco e flecha).

Tsurune é um anime curto, com apenas 1 temporada de 14 episódios disponível na plataforma Crunchyroll no Brasil.

Wave

SIM! Em comemoração ao primeiro ano do Surf como um esporte olímpico, Wave cai como uma luva! O anime trás aquela atmosfera de cidade litorânea com perfeição, fazendo com que o esporte e a vida dos personagens se tornem uma. É fácil se identificar com o protagonista e sentir todos os medos e ambições que ele tem durante todo o desenrolar do anime, que, inclusive, é surpreendentemente bom.

Sinopse

Com história ambientada na costa da prefeitura Ibaraki, em Oarai, onde largas ondas quebram durante todo o ano, fazendo da área o local perfeito para surfar. Um garoto local chamado Masaki Hinaoka conhece um estudante transferido e o introduz ao prazer de pegar as ondas, umas história sobre garotos que ficam obsessivos em surfar se inicia.

Wave!! é um anime de 1 temporada disponível na plataforma Crunchyroll no Brasil.

Megalobox

Megalobox é no mínimo inusitado: com um protagolista que tem aquelas histórias pra ninguém botar defeito, a obra tem uma temática quase Cyber Punk, é impossível não ficar vidrado nas lutas e nas superações dos personagens.

Sinopse

A série acontece em um cenário futurista, onde os cidadãos licenciados vivem em uma cidade rica, enquanto, nos arredores desta cidade, há uma favela onde os cidadãos sem licença vivem na pobreza – calma, essa não é a parte futurista. Esse é o nosso mundo. A parte futurista é o Megalo Boxing.

Megalo Box é um anime que já tem promessa de segunda temporada e está disponível nas plataformas Crunchyroll e Netflix no Brasil.

Dive!!

Dive!! pode até ser só “mais um anime de esporte”, daqueles cheios de competições absurdas e com efeitos nada realistas. Mas, sinceramente? Eu adoro! Um anime que é pra não te deixar dormir e nem piscar em clima de Olimpíadas.

Sinopse

Tomoki Sakai tem 14 anos e desde criança se dedica a mergulhar. Tudo começou quando ele conheceu Yoichi Fujitani, um mergulhador experiente três anos mais velho. Tomoki e seus amigos participam do Clube de Mergulho Mizuki, mas o novo técnico, Kayoko Asaki, diz que o clube vai fechar se não lançar um atleta olímpico. Assim começa a luta enquanto eles dão o seu melhor.

O anime atualmente está disponível apenas na plataforma Prime Video no Brasil.

Yowamushi Pedal

Um anime que surpreende? Sim, com toda a certeza. Mais um para a minha lista de “não esperava nada e entregou tudo”, parece até que quando um anime de esporte é especial ele já chega com tudo e esse é um bom exemplo dessa característica.

Sinopse

O anime gira em torno de Onoda Sakamichi, um Otaku que acabou de entrar no colegial e já planeja entrar no clube de anime. Porém, por falta de membros o clube é fechado. Enquanto busca por novos membros, Onoda continua sua vida Otaku com suas incursões a Akihabara em uma bicicleta inapropriada para grandes viagens. Por conta dessas habilidades, Onoda acaba por entrar em uma disputa com Imaizumi Shunsuke, onde ele conhece o mundo do ciclismo.

Yowamushi Pedal está disponível na Crunchyroll e na plataforma Prime Video no Brasil.

Skate – The Infinity

Atire a primeira pedra quem não ficou completamente apaixonado por Reki e Langa. Com uma interação entre personagens muito gostosinha de assistir, comédia na dose certa e uma pitada de seriedade (que é sempre bem vinda), o anime parece ter a fórmula perfeita para instigar no esporte que, afinal, é estreante nas Olimpíadas de Tokyo 2020!

Sinopse

Reki, um skatista e estudante do segundo ano do ensino médio, é viciado em ‘S’, uma perigosa corrida de skate downhill altamente secreta, que acontece em uma mina abandonada. Os skatistas são especialmente selvagens nos ‘beefs’ ou batalhas acaloradas que eclodem nas corridas. Reki leva Langa, um estudante transferido que retorna ao Japão após estudar no exterior, para a mina onde as corridas são realizadas. Langa, que não tem experiência no skate, é puxado para o mundo do ‘S’.

SK8 – The Infinity está disponível com exclusividade para a Funimation no Brasil.

E esses foram os 13 animes pra não deixar o coração descansar nessa época de olimpíadas! Me conta nos comentários se você quer uma parte 2 desses animes ou se você sentiu falta de algum anime de esporte do coração.

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Essa discussão já é debatida desde que o mundo é mundo (ou desde que animes como Cavaleiros do Zodíaco sofreram censuras de suas respectivas emissoras de televisão), e tomou um novo fôlego há poucos dias, quando Tokyo Revengers teve sua censura decretada por utilizar o símbolo Manji, que lembra muito o maior símbolo dos movimentos nazistas, a suástica.

A censura no anime de Ken Wakui foi deferida logo após o anúncio da produção do anime, fazendo com que muitos fãs da obra original ficassem indignados e outros tantos concordassem veementemente com a decisão. Acontece que o manji (ou suástica japonesa), é um símbolo utilizado para representar templos budistas em mapas e paz, prosperidade em toda Ásia, é um emblema sagrado para o budismo, o hinduísmo e o jainismo, mas, desde que o nazismo utilizou o símbolo em 1920 para representar o Terceiro Reich, ele virou a representação gráfica do antissemitismo, do ódio e da superioridade racial. Sob as bandeiras e estandartes nazistas mais de seis milhões de pessoas morreram entre 1935 e 1945.

“A imagem é tão poderosa do ponto de vista do desenho que seu impacto não tem precedentes na história”, conta Steven Heller sobre o símbolo, ele foi responsável por mais de 30 anos pelas imagens gráficas do jornal The New York Times.

Porém, a censura nos animes não vem apenas de símbolos mundialmente reconhecidos, ou com um precedente histórico para a humanidade. Ela está também em alguns gestos (quem diria que Vegeta e Trunks gostavam tanto de mostrar o dedo do meio, hein?), algumas ações (como na vez que Luffy não sorriu tanto assim), alguns costumes que certos personagens têm (até hoje eu acredito que o pirulito do Sanji não era de morango) ou até mesmo para disfarçar costumes tradicionais do país de origem das obras.

O fato é que, temos exemplos muito bons de censuras por motivos óbvios, mas, em contrapartida, temos tradições sendo apagadas e animes que não deveriam ser para o público infantil sendo completamente picotados, como foi o caso de Samurai X e InuYasha, ambos exibidos na Rede Globo há alguns anos e que ficaram incompletos e sem o menor sentido no final de suas exibições.

A infantilização sofrida pelas obras otaku no ocidente causa muita desinformação e censura nas obras também, principalmente nas que são adquiridas para exibição em emissoras abertas de televisão, fazendo com que o conceito preconcebido de que “animes são coisa de criança”, não permita que existam cenas de violência, sexo ou até mesmo LGBTQIA+ nas obras, frustrando assim a emissora de televisão que adquiriu aqueles direitos de exibição para o desenho animado que deveria ser exibido às 8h da manhã para um público infantil, e que agora precisa de cortes, remendos e colagens.

Enquanto houver conceitos mal interpretados sobre o universo otaku, existirá censura e cada vez mais veremos discussões como a de Tokyo Revengers tomarem forma. Segundo o portal Mangás Brasil, Takeshi Natsuno, recém nomeado presidente da Kadokawa (produtora de animes, mangás, light novels, etc reconhecida mundialmente), informou que a prioridade da empresa e de muitas outras do setor, é que o Google e a Apple sejam uma ferramenta de suporte e não de barreiras impossíveis de lidar.

“Atualmente existem muitos mangás que têm imagens muito extremas ou que tocam em temas delicados, isso infelizmente é um obstáculo para podermos aprovar os critérios do Google e da Apple. Temos que criar um novo padrão para o que pode ser mostrado ao público e o que não pertence mais a esta era da internet”. Disse o presidente da Kadokawa.

Após essa afirmação houve muito burburinho e receio de uma transformação brusca na indústria otaku do Japão, que já vem buscando se reinventar e trilhar um caminho mais politicamente correto.

Por fim, eu acho de extrema importância que temas como esse sejam levantados, apesar de não termos nem perspectiva de uma resposta concreta com relação à censuras saudáveis e abusivas e seus critérios, é interessante ver a reação do mercado de entretenimento internacional reagir ao fato de que, não, animes não são coisa de criança necessariamente e sim, trazem à tona muitos pontos problemáticos, como o fanservice e até mesmo questões ultra delicadas, como o caso de Tokyo Revengers.

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Reconhecido mundialmente por grandes obras como Vagabond e Slam Dunk, Takehiko Inoue iniciou o mangá Real em 1999 e segue com sua publicação na revista Weekly Young Jump, sendo do gênero seinen e acumulando um total de 15 volumes até hoje.

Real conta a história de três jovens: somos apresentados inicialmente a Nomiya Tomomi, um rapaz de comportamento problemático (inicialmente) que, após um grave acidente envolvendo uma outra pessoa, mas que afeta diretamente a vida de Tomomi, abandona o ensino médio; Togawa Kiyoharu, um ex corredor que agora joga basquete em cadeira de rodas e Takahashi Hisanobu, o popular capitão do time de basquete da escola e que agora está paraplégico em função de um acidente.

Os três jovens representam personagens marginalizados pela sociedade, que são unidos por uma característica comum: o desejo de jogar basquete. Tomomi não tem expectativa de futuro, Togawa, com sua personalidade difícil, constantemente brigando com seu próprio time e Takahashi, que antes se via como um popular capitão, e que agora se vê incapaz de se mover do peito para baixo.

Real cria uma realidade onde os protagonistas da história precisam lidar as suas deficiências físicas e aprender a lidar com elas, além de sofrerem com a inferioridade psicológica contra a qual os personagens lutam constantemente. E, como não podendo deixar de ser, Takehiko Inoue cria uma realidade onde os seus protagonistas precisam superar barreiras psicológicas pouco a pouco.

Com personagens incríveis e histórias que parecem impossíveis, inclusive de personagens que nem são protagonistas (como no caso do Yamauichi), Takehiko Inoue nos apresenta à uma realidade totalmente diferente da de pessoas sem nenhuma deficiência física, e faz com que isso se torne marcante, sem capacitismos, sem exageros, apenas uma realidade diferente e que precisa ser discutida.

A obra traz discussões interessantíssimas sobre acessibilidade, não deixando nada a dever à grandes histórias hollywoodianas. Inclusive, conseguindo ser muito mais pé no chão, realista e visceral com cada personagem e suas histórias que merecem ser contadas.

Por fim, Real é uma das maiores surpresas que tive em 2021, comecei a ler sem nenhuma pretensão e fiquei muito feliz quando a editora Panini anunciou o seu lançamento nacional. O mangá já está em pré venda pela editora e eu recomendo para você, que quer crescer enquanto ser humano e enquanto bom leitor de bons mangás.

PS.: se você quer aprender um pouco mais sobre a realidade e vida de pessoas com deficiência, recomendo seguir o instagram do jovem Ivan Baron.

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Tom Sawyer, de Takahashi, conta a história de Haru, uma jovem adulta que mora sozinha na cidade grande e que se vê tendo que voltar ao interior para acompanhar o enterro de sua mãe. Lá, ela conhece Taro, uma criança de 11 anos que não tem a pele queimada pelo sol e que tem uma expressão muito triste no semblante. Acontece que na sua primeira noite no interior, a gata que morava na sua velha casa também falece e Haru decide enterrá-la ao lado de sua mãe. E nesse caminho ela conhece Taro e daqui pra frente tudo muda em sua vida.

Apesar das primeiras páginas do mangá não darem nenhuma pista da real história que está para acontecer (aliás, nem a minha sinopse), que é na realidade, de um assassinato, desde o início conseguimos sentir um clima que é, na realidade, o ponto que une a obra Tom Sawyer clássica de Twain com a obra oriental de Takahashi: o sentimento de querer ser criança novamente.

No prefácio de livro clássico, Heartford diz que “embora o livro seja destinado principalmente à diversão de meninos e meninas, espero que ele não seja desprezado por homens e mulheres, […] porque parte do plano era tentar gentilmente fazer com que os adultos se recordassem do que já foram e de como eles se sentiam e pensavam e falavam e em que estranhos empreendimentos eles algumas vezes se metiam”. E essa é, de fato, a essência também do mangá Tom Sawyer.

Haru é a jovem cansada de tudo que a cerca na sua vida adulta: o medo de ficar desempregada, a chateação com a faculdade, os devaneios e problemáticas maduras, porém cheias de lamentações da personagem fazem com que ela se entregue à oportunidade que Taro dá a ela de voltar à ser criança. Haru tem vários momentos em que se mistura com as crianças e o leitor já não sabe mais a idade que tem a protagonista.

E, afinal, qual é o adulto de hoje que não quer sentir novamente um pedacinho da melhor fase da vida?

Tom Sawyer de fato não é o que parece, em muitos sentidos, mas de longe é uma experiência ruim. É um mangá divertido, com referências excelentes à obras clássicas e à cultura pop em vários momentos. O plot é interessante e prende o leitor que conseguir passar pelas páginas iniciais que tem um ritmo mais lento, mas interessante e divertido.

O mangá foi trazido para o Brasil pela editora JBC em 2014, em uma edição de volume único lindíssima com 384 páginas, sendo algumas coloridas (e que cores lindas). E, já que estou num desafio pessoal de leitura digital, como falei no meu último texto sobre mangás digitais, li Tom Sawyer pela plataforma Play Livros, da Google, que está disponível tanto para IOS quanto para Android.

E você, vai dar uma chance pra essa viagem por sensações nostálgicas? Se já leu, o que achou? Deixa nos comentários a sua opinião sobre essa obra e sobre essa review.

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Pelo mundo afora, os mangás digitais têm sido líderes de vendas no online, como no próprio Japão que, desde 2017 contabiliza os seus números de vendas superiores às dos impressos. Essa comparação só começou a ser medida pela AJPEA (All Japan Magazine and Book Publisher’s and Editor’s Association) em 2014 e desde então veio se superando a cada ano até que, em 2019, o número de mangás digitais passou a representar 52% de toda a receita da indústria de mangás japonesa, marca nunca antes alcançada.

Já no mercado brasileiro, os mangás chegaram às prateleiras digitais no final do ano de 2017, e eu confesso que não fui a pessoa mais animada por esse avanço na época que aconteceu. A Editora JBC trouxe os primeiros volumes de Nanatsu no Taizai, Blame e Fairy Tail, inicialmente disponibilizados pelo Kindle e pela Amazon e, sinceramente? Embora gostasse muito de Blame na época, não consegui imaginar a troca entre aquela sensação de mangá novinho, físico, cheiroso, por um download frio e rápido.

Além de uma grande barreira enfrentada pelo mercado editorial online, a Pirataria, que dificulta a adesão do público à compra desses produtos, ainda existem poucas obras em lançamento digital no Brasil, muitas vezes sendo mais “fácil” a leitura através de plataformas alternativas não oficiais ou a compra da obra física. Títulos atuais e muito procurados pelos leitores como Given (da Editora New Pop) e Chainsaw Man (Panini) não estão disponibilizados em formato digital.

Em 2019, para um projeto paralelo, fiz uma pesquisa que abordava o quanto um grupo de pessoas que se consideram otakus brasileiros (549, pra ser mais exata), estariam dispostas a aderir aos mangás digitais e os resultados foram animadores, porém, comprovam que precisamos de mais incentivo do mercado editorial de mangás digitais e online, com mais variedade de títulos e facilidade de acesso.

A adesão ao online já existe por parte do consumidor, ele está adaptado ao digital.

Nesse momento, conseguimos ver o quanto ainda existem incertezas com relação às obras trazidas para o Brasil. Muitas vezes ainda, o público precisa ir em busca de outras línguas para consumo da sua obra favorita.

E aqui, mostrando novamente o quanto o desejo pelos mangás digitais existe e é forte a ponto de o consumidor disponibilizar um espaço para um aplicativo onde ele tenha sua obra predileta disponível.

Além de percebermos esse impulso positivo, precisamos falar sobre todos os benefícios que os mangás digitais nos trazem, que além de terem valores mais acessíveis e reduzirem a quantidade de papel em circulação no mundo, também ajudam o mercado a crescer. Isso mesmo, quanto mais mangás digitais nós consumirmos, mais as editoras vão investir no formato e cada vez mais obras teremos!

Por fim, entendemos que sim, mangás digitais no Brasil são um formato muito desejado e até já bem aderido em meios alternativos não oficiais. É preciso então mais incentivo por parte das editoras, investimentos em marketing e apostas em obras diferenciadas. Eu mesma ainda sou um pouco resistente aos títulos digitais, mas talvez se houvesse um grande lançamento digital, talvez de algum mangá exclusivo para o formato, quem sabe não mudasse de ideia.

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Kakushigoto é originalmente um mangá shounen de slice of life, escrito e ilustrado por Kooji Kumeta e seu anime está disponível na plataforma Funimation no Brasil, a obra conta a história de Kakushi Goto e sua vida como pai solteiro de Hime Goto, uma garotinha muito gentil de dez anos, e como mangaká de uma obra do gênero ecchi (sim, esse mesmo, aquele com cenas de fanservice um tanto quanto constrangedoras). Acontece que Kakushi faz de tudo para esconder da filha a sua profissão, com medo do julgamento que ela teria sobre ele mesmo e as consequências que a opinião dela teria na relação dos dois.

O anime tem uma comédia quase frenética, Kakushi se vê muitas e muitas vezes em situações completamente inesperadas que ele precisa contornar para que sua filha não descubra nada sobre a sua profissão. Mas, por trás de toda a comédia ácida e acelerada, temos a preocupação de um pai com as memórias que sua filha teria da sua infância e da relação com ele mesmo.

Kakushigoto tem momentos de muita ternura em meio à toda a aceleração da comédia. Durante os momentos de interação entre pai e filha, é inspirador ser espectador da preocupação que um tem pelo outro. Kakushi se preocupa com a falta que a mãe faz na vida de Hime e tenta ser um pai que compense esse sentimento de alguma forma, apesar de a mãe ter deixado presentes muito inteligentes para a filha: uma caixa para cada ano de aniversário de Hime. A cada ano que se passa, Hime abre uma caixa e, nela, sua mãe deixa objetos que constroem as memórias de quem ela foi. Enquanto Hime, no auge de seus 10 anos, se preocupa se o pai é uma pessoa de sucesso, se ele é uma pessoa pobre, ou se o chefe dele é uma pessoa importante.

Todo o anime traz uma atmosfera muito divertida que, no final das contas, se resume a um pai que quer criar memórias inesquecíveis com a filha que tanto ama. Apesar de ser workaholic, de ter seus medos e seus corre corres do dia a dia, Kakushi nos ensina que acima de tudo, quando desaparecermos desse mundo, o que vai ficar são as lembranças de momentos que, às vezes não são tão inesquecíveis, como escovar os dentes juntos conversando sobre o dia, mas que constroem uma relação próxima de afeto.

Por fim, a importância de assistir Kakushigoto está nessa construção que devemos ter com quem nós queremos bem, com quem nós amamos. É preciso dar importância aos detalhes da convivência, ouvir e ser ouvido, se preocupar com alguém e até mesmo preocupar alguém. E essa é sim, uma das coisas que eu queria que todos soubessem distinguir e é por isso que gostaria de que todos assistissem Kakushigoto.

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Também conhecido como The Case Study of Vanitas, o mangá foi escrito e ilustrado por Jun Mochizuki e está com um anime previsto para a temporada de Verão 2021, mais especificamente no mês de Julho.

A obra é ambientada em uma Paris do século 19, e gira em torno de Noé, um viajante que busca encontrar o Livro de Vanitas. Numa de suas andanças, ele acaba conhecendo o enigmático Vanitas, um médico especializado em Vampiros, que os cura de uma doença chamada Malnomem, que faz com que eles ataquem seres humanos sem ser de sua vontade.

Considerando que Mochizuki é também o autor e ilustrador de Pandora Hearts, mangá de muito sucesso no Brasil, Vanitas no Carte promete personagens e cenários muito bem produzidos, com estudos de roupagem e de ambientação

Character designs divulgados

Por fim, não consigo enxergar grandes expectativas para a obra animada, mas o quentinho no coração por ser uma obra com temática tão nostálgica pra mim, e a vontade de que seja muito bem feito casam com a proposta do Studio Bones (responsável por grandes sucessos como Fullmetal Alchemist, Eureka Seven, Ouran High School Host Club, entre outros tantos) e a experiência com Pandora Hearts do autor.

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