Bruno Rezende - Animes Online BR https://animesonlinebr.org viage com a gente no Animes Online BR Fri, 15 Dec 2023 13:57:14 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 https://mundodosanimes.com/wp-content/uploads/2022/08/cropped-14c6bcf3-be6c-4046-ae51-74e8880e70ba-scaled-1-32x32.jpeg Bruno Rezende - Animes Online BR https://animesonlinebr.org 32 32 Entrevista: Isabella Leão, autora de “A Herdeira de Umbrea” https://animesonlinebr.org/curiosidades/entrevista-isabella-leao-autora-de-a-herdeira-de-umbrea/ https://animesonlinebr.org/curiosidades/entrevista-isabella-leao-autora-de-a-herdeira-de-umbrea/#respond Fri, 15 Dec 2023 13:57:14 +0000 https://animesonlinebr.org/?p=37855 Se você já leu a Herdeira de Umbrea ficará feliz de ver o que a escritora pode compartilhar conosco. E se você ainda

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Se você já leu a Herdeira de Umbrea ficará feliz de ver o que a escritora pode compartilhar conosco. E se você ainda não leu, recomendo muito nosso review sobre o livro.

Isabella Leão, autora de A Herdeira de Umbrea e game design do PandoraRPG concedeu ao MDA uma entrevista e pudemos perguntar a ela mais sobre sua obra e o mundo que a envolve. Gostaria muito de agradecê-la pela entrevista e pela colaboração durante essa matéria.

Capa a Herdeira de Umbrea. É exibida o rosto de Vikni, uma jovem de pele clara, cabelo moreno e olhos verdes.
Fonte: Isabella Leão

Primeiro, gostaria de agradecer a entrevista, poderia se apresentar ao público por favor?

Oi, eu sou a Isabella Leão, escritora gaúcha de terror e fantasia e agora também trabalhando na parte de game design de RPGs. Sou uma pessoa bastante tímida e reclusa, então eu travo um pouco nestas partes de apresentação. Comecei escrevendo histórias no wattpad bem nova, onde recebi muito apoio, tive um romance de bastante sucesso lá, e resolvi vir para a área autoral onde comecei a dar vida ao meu projeto de fantasia medieval sombria, publicado pela Amazon. No ano seguinte, lancei o Pandora RPG, um sistema feito para adaptar diversas realidades, tendo como diferencial, há ampla estrutura para jogos solo também! Hoje eu trabalho na continuação da Herdeira de Umbrea e no Guia do Mundo de Umbrea.

O universo de A Herdeira de Umbrea envolve vários elementos culturais e folclóricos e, em especial da cultura eslava, de onde veio esse vínculo e inspiração com essa cultura?

Meu primeiro contato com a cultura eslava foi jogando Rise of the Tomb Raider, na missão da Baba Yaga. Eu fiquei apaixonada por aquilo e comecei a pesquisar mais de onde tinha vindo a lenda, começando a pegar muito gosto pela mitologia e cultura local, especialmente porque ela tinha muito mais elementos de terror do que outras. Enquanto pensava em Umbrea, comecei a estudar mitologia e história dos povos eslavos, conheci pessoas de lá com quem fiz algumas amizades, e fui trazendo estes elementos aos poucos. Acho importante deixar claro que os dravhosí são um povo bem diferente e único, eu usei os eslavos como inspiração principalmente em detalhes para dar realismo, trazendo alguns festivais, métodos de organização social, formas de taxar impostos, meios de produzir tecidos e tintas, ditados populares, estrutura do idioma etc. Meu objetivo era sempre dar vida a um mundo bastante verossímil e estudar estes detalhes culturais ajudou muito. Para quem for um pouco mais fã de história, a parte que mais me inspirou na construção da sociedade foi o período da Russ de Kyev (aproximadamente de 900 a 1200 DC), Além da própria cultura eslava, também me inspirei bastante em épocas históricas como cruzadas e na inquisição.

Apesar de tudo isso, acho importante demais salientar que nada deve ser levado de forma mais literal. Não se deve traçar paralelos dos reinos dravhosí com reinos eslavos de fato, nem da Igreja de Haggndar com religiões da vida real, ou qualquer associação de que os dravhosí “são” os eslavos. Antes de dar vida a história de Vikni, eu criei um mundo bastante amplo e coeso, tracei uma linha do tempo de 1200 anos dos dravhosí, citando cada um dos reinados e períodos, detalhei o surgimento de religiões, a modificação dos conceitos divinos, conforme a sociedade avançava, marquei ascensão e queda de famílias. Embora seja possível notar paralelos, é importante que o leitor entenda que não vai além de meras inspirações.

Myr é um mundo com muitas formas de horror e nenhuma delas deve ir além das páginas do livro e do espaço da imaginação. Essa separação com o mundo real é essencial.

Muito dos elementos dos meus livros são coisas que eu vejo, sonho ou pensamentos repentinos que me tomam a mente, às vezes é mais como se eu descobrisse Umbrea e não inventasse, de fato. Gosto de dizer que meu consciente faz as pesquisas e estudos e meu subconsciente cria o mundo e gera as cenas.

Muito na obra se desenvolve em torno das bruxas, desde a percepção de personagens individuais até percepções coletivas como o preconceito de um povo sobre elas, o temor, e para alguns até certo fascínio, poderia explicar um pouco mais sobre essa ideia e porque as bruxas são tão importantes para a obra?

Quando se cria um mundo de fantasia sombria, todos os elementos principais devem estar, de alguma forma, ligados ao terror (especialmente os sobrenaturais). Assim, em Myr, o terror se manifesta de várias formas, no frio e fome que os personagens passam constantemente, nas emoções de solidão, melancolia e fúria, na agressividade e abusos causados pelas próprias pessoas e na forma com que monstros, deuses e a bruxaria são vistas.

Eu adoro bastante histórias de bruxaria, especialmente conectadas ao terror, e sentia falta disso em obras do gênero que eu lia, em que a magia costuma ser mais tratada de forma épica, grandiosa e bela. Eu queria trazer algo poderoso, mas igualmente perigoso, ameaçador. Ser um bruxo em Myr é um risco constante, tanto interno, por conta dos próprios pensamentos de Umbrea que ficam perambulando pela mente do conjurador, quanto externo, pela perseguição da nobreza, da igreja e do povo. Sempre imaginei que a capacidade de distorcer a realidade teria que vir com um fardo pesado e, uma mente capaz disso, seria constantemente violada por essa própria habilidade de reconstruir o mundo.

A forma com que eu construí a bruxaria também está intimamente ligada ao meu quadro psiquiátrico mais delicado, transformando elementos que são comuns a mim para um paralelo ligado aos poderes da entropia de Umbrea, fazendo o leitor mergulhar em muitas sensações e emoções que eu passo constantemente. Isso é algo que passa despercebido para a grande maioria das pessoas, mas foi crucial para toda estrutura da magia. A bruxaria em Myr é bem contextualizada na história, na cultura e no funcionamento, permitindo que o leitor a veja como algo real e possível, ele entende os limites, consequências e perigos e acho que isso adiciona camadas de imersão e identificação com os personagens.  Quando ele entra na mente de Vikni, o leitor mergulha profundamente em um terror psicológico de várias camadas.

Quais são os autores que te inspiram muito? Quais obras você sente que influenciaram o seu livro?

A obra que fez eu me apaixonar pela fantasia medieval foi Game of Thrones, eu não conhecia nada deste gênero até ver o primeiro episódio. Lembro até hoje da cena, era a parte em que o Rei Robert e sua comitiva chegavam em Winterfell. Achei tudo aquilo lindo e fantástico. Depois fui conhecendo outras obras, como Senhor dos Anéis, The Witcher e o próprio D&D, mas, aquela que mais se aproximou do que eu gostava, foi Berserk.

Acho que qualquer pessoa que ler A Herdeira de Umbrea e também tenha lido Berserk vai encontrar referências, além de um clima muito parecido. E eu fico bem feliz, quando leitores da obra do Miura se apaixonam também pelo meu universo.

Fugindo um pouco da fantasia, meu autor favorito de terror é o Stephen King, amo a construção de histórias dele, o clímax, a forma com que a mente dos personagens é invadida aos poucos. Ele me inspira muito na forma com que o terror é construído gradualmente. Também guardo alguns traços de escrita de obras que eu gostava muito quando novinha, como Alice no País das Maravilhas do L. Carroll e Pollyanna da E. H. Porter.

O que podemos esperar sobre as aventuras de Vikni nas próximas obras? Algo que você possa compartilhar?

O próximo livro já está com a primeira metade concluída, e o clima se manterá o mesmo. Terror, aventura e foco no psicológico das personagens. De novidades teremos mais personagens narradores (no primeiro temos apenas duas linhas de trama e agora teremos seis). Outra coisa muito especial é que trarei uma personagem que terá o primeiro contato com a bruxaria e ela verá, junto do leitor, o processo de transformação desde o início. Acho que este será um dos grandes arcos e novidades. O livro novo também avançará por novos locais de Myr, enquanto o primeiro manteve-se em Darsheim, agora teremos também Osengard e Grendarya. Além disso, vou colocar o leitor, através de outros personagens, dentro de inéditas subculturas dos dravhosí, como mercenários e bandoleiros, outras religiões serão detalhadas, como as meramente citadas Sacerdotisas do Dragão. Também estou reservando um final tão impactante quanto o do primeiro livro!

Apresente aos leitores, por favor, sobre A Herdeira de Umbrea e porque deveriam dar uma chance para a obra.

Eu gosto de começar apresentando a Herdeira de Umbrea para quem não deve ler, pois é uma obra que retrata de forma bem crua a violência, abusos, torturas, agressão física e verbal, além de tratar de emoções fortes como abandono, solidão e tentação aos pecados. Se a pessoa tem gatilhos ou alguma sensibilidade especial com algum destes temas, eu não recomendo a leitura.

Quem gosta de fantasia sombria, terror e mundos medievais mais realistas, eu tenho certeza que adorará A Herdeira de Umbrea. Os combates são verossímeis (estudei muita HEMA para montar as cenas de combate), a baixa fantasia faz as personagens sofrerem com elementos como frio, fome, sede, dor. As lutas são dramáticas, os monstros são focados no terror e a bruxaria é um elemento bastante presente na obra. Fãs de Berserk, Claymore, The Witcher, Dark Souls, Game of Thrones, e aqueles que gostem da parte mais sombria da Idade Média da Terra mesmo, creio que encontrarão no meu livro um ótimo entretenimento.

O grupo da Vikni é diverso, os personagens são aprofundados e a narrativa é fluída e cativante. No prólogo o leitor já vai entender bem a proposta e o tom do livro, é uma introdução muito honesta da história, então confio bastante que se a pessoa gostar do prólogo, vai gostar de toda a obra. Quem quiser conhecer, pode ir à Amazon, clicar em “Pedir Amostra” e ler os primeiros capítulos gratuitamente.

Por fim, eu estou sempre aberta a conversar com os leitores, ouvir teorias, tirar dúvidas, compartilhar opiniões. Tem sido uma experiência muito legal manter esse contato próximo de leitores-autora, então convido todo mundo a me seguir nas redes sociais que eu estou sempre postando novidades e interagindo com todo mundo.

E, por fim, quero agradecer muito ao Bruno, pelo contato e educação comigo, e ao Animes Online BR, pela oportunidade que me deu e pelo ato de divulgar a literatura nacional. Fiquei bem nervosa escrevendo, mas foi uma experiência fantástica!

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Review – A Herdeira de Umbrea https://animesonlinebr.org/livros/review-a-herdeira-de-umbrea/ https://animesonlinebr.org/livros/review-a-herdeira-de-umbrea/#respond Thu, 30 Nov 2023 13:00:52 +0000 https://animesonlinebr.org/?p=37647 “Viver não é preciso, Vikni. Viver é caótico, é livre. Não há precisão, não há um protocolo ou destino, não há como planejarmos

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“Viver não é preciso, Vikni. Viver é caótico, é livre. Não há precisão, não há um protocolo ou destino, não há como planejarmos nossa vida. Nós duas estamos aqui, neste momento, porque viver é impreciso.”

Capa a Herdeira de Umbrea. É exibida o rosto de Vikni, uma jovem de pele clara, cabelo moreno e olhos verdes.
Fonte: Isabella Leão

A Herdeira de Umbrea é uma obra nacional do gênero dark fantasy e cativante para todo leitor que ouse se aventurar no mundo mágico, misterioso e sombrio de Myr. Originada por Isabella Leão, escritora gaúcha, autora também do conto Apenas Bruxas Caminham no Escuro e game designer do sistema de jogo PandoraRPG. Não deixe de conferir nossa review sobre A Herdeira de Umbrea.

A sinopse:

Myr é um mundo sombrio de fantasia medieval, assolado por bruxos, demônios, devas e conspurcado pelos pecados mortais. Nas terras nevadas do norte, Vikni fora amaldiçoada pelo sangue de um demônio, tragédia que fez sua mãe ser condenada à morte por bruxaria e seu pai perder a sanidade em uma busca desenfreada pelo monstro. Vikni tornou-se uma espadachim e inicia agora sua cruzada para caçar o Demônio de Yafira, criatura que sentenciou sua família à ruína. Enquanto persegue seu algoz pelas terras de inverno e sombras, ela terá que lidar com os tormentos da bruxaria, os pesadelos da deusa da entropia e a perseguição ferrenha da sagrada e inquisitória Igreja de Haggndar, em uma jornada de sangue, morte e sacrifícios.

Do universo:

Mapa de Myr da obra A Herdeira de Umbrea. Trata-se de um amplo continente com áreas deserticas, verdes e uma porção gélida ao norte

Fonte: Isabella Leão e @gustavineo_art

O mundo de Myr é um universo rico em vasto em termos de sua própria mitologia(muito inspirada na cultura eslava) e história. Myr é um continente com reinos, raças e civilizações distintas convivendo com suas próprias crenças, qualidades, defeitos e objetivos. Ao misturar elementos de uma fantasia medieval com um toque sombrio, a autora conseguiu criar um universo em que nos sentimos realmente em uma campanha de RPG, um universo onde há segredos obscuros e místicos ao mesmo tempo em que esperamos encontrar um monstro ou inimigo que fará parte da campanha das personagens. Nesse ponto para todo fã de um bom RPG como Dungeons and Dragons e Tormenta você se sentirá em casa. Entretanto, tome cuidado ao se enganar pensando que Myr é um reino de apenas aventuras épicas, conforme o gênero dita: é uma fantasia medieval sombria.

E de sombrio esse universo tem muito, é clara a inspiração de Isabella em obras como Berserk, em especial nos elementos como a violência (tanto física quanto mental), o horror, cenas descritivas de gore e outros pontos que deixarei serem descobertos durante a leitura. Em certo ponto a narrativa também se usa de técnicas que vemos em algumas obras de horror de autores mais conhecidos como H.P Lovecraft ou Stephen King ao focar no sofrimento psicológico da personagem enquanto observa-se a passagem do tempo ou a degradação da mente dela.

Ainda assim, mesmo com essas inspirações, o brilho de Myr não é tirado, muito pelo contrário, até fãs de obras muito imersivas como Senhor dos Aneis ou Game of Thrones vão se sentir abraçados pelo mundo rico e sombrio de Myr e para os amantes do horror garanto que terão aqui uma de suas fantasias preferidas.

Das personagens:

Vikni e sua trupe são com certeza carismáticos, cada um a sua maneira e sem dúvidas foram pensados cautelosamente pela autora. A trama possui alguns personagens secundários e auxiliares, porém podemos focar nossa análise no grupo principal: Vikni, a bruxa; Mharessa, a barda; Saqxel, a bárbara e Sastrya, a cavalheira.

Imagem da Personagem Vikni do livro A Herdeira de Umbrea

Fonte: Isabella Leão

Esse quarteto de damas guia todo o andamento da história e na maior parte do tempo acompanhamos a narrativa sob a ótica de Vikni sendo ela a protagonista da história.

A química das personagens combina bem e você claramente vê um grupo ali formado de forma orgânica, sem gerar estranheza ou aquela sensação do narrador estar forçando a junção desse grupo. O motivo que une o grupo também é convincente e não gera a sensação de estar ligado apenas por capricho de roteiro e sim de trata-se de um grupo convicto com suas ambições e diferenças.

Personagem Mharessa da obra A Historia de Umbrea

Fonte: Isabella Leão

Ainda que cada personagem tenha seu próprio núcleo, senti que outros núcleos poderiam ser um pouco mais explorados como por exemplo o de Mharessa, porém conversando com a autora entendi que isso será explorado na sequência (já confirmada) da obra e que agora teremos não só mais narradores como exploraremos outros núcleos de outros personagens.

De forma geral o quarteto combina muito bem com a aventura que enfrentam e com o mundo fantasioso de Myr. Suas motivações e aspirações nos fazem ler mais uma página e muitos diálogos ricos ocorrem entre eles o que nos faz sempre pensar sobre a vida e ao mesmo a brutalidade daquele mundo sombrio.

Do enredo:

A trama da Herdeira de Umbrea é construída sobre um plot de vingança, um mote bem tradicional para muitas fantasias, ainda mais se tratando de uma sombria. Mas, felizmente, a autora soube tratar bem isso e dessa simples ideia floresceram outras que foram ornando sua história principal com pequenos arcos bem interessantes e em especial devo citar o arco da Bruxa de Ravendell que é muito bem construído.

Toda a construção de mundo feita em volta do universo de Myr como a Igreja de Haggnar, a mitologia do mundo, as bruxas, os demônios, tudo se entrelaça com o enredo principal da obra e suas ramificações o que deixa ainda mais gostosa a história e nos faz pensar qual será o passo seguinte de Vikni e seu grupo.

Um ponto alto é que mesmo o plot sendo algo mais “chiclê” como vingança, ele é bem construído, é coeso e você não se sente enjoado de ser lembrado que na verdade a história é sobre uma vingança. Hora ou outra você se sentirá preso pela capacidade de imersão desse universo e se perguntará sobre um elemento ou outro da obra, puxando sua atenção para diversas partes, mas nisso a escritora soube atuar bem, conseguindo capturar de volta a atenção do leitor e puxando-a para as partes da história que queria focar.

Sem entrar em spoilers, podemos resumir que a jornada de Vikni é uma jornada cheia de bruxaria, sangue, amizade, momentos épicos, momentos dramáticos e não uma redenção, mas praticamente um renascimento dela.

Em  resumo:

A Herdeira de Umbrea é uma joia quando pensamos em obras nacionais do gênero dark fantasy, sua qualidade é comparável a obras do mesmo gênero já consagradas pelo público como The Witcher. A escrita de Isabella realmente chama a atenção durante as páginas e o vasto mundo construído em sua mente e transcrito nesse livro nos encanta e nos prende, seja caminhando pelas florestas com medo de Ravendell, nas aventuras atrás de monstros, ou nos embates entre Vikni e a Igreja de Haggnar.

Você pode encontrar o livro na Amazon, podendo ser lido via Kindle (via aplicativo no PC, celular ou dispositivo Kindle) e com certeza deveria dar uma chance para ele.

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Distant Worlds é uma celebração para os fãs da franquia https://animesonlinebr.org/review/distant-worlds-e-uma-celebracao-para-os-fas-da-franquia/ https://animesonlinebr.org/review/distant-worlds-e-uma-celebracao-para-os-fas-da-franquia/#respond Tue, 03 Oct 2023 12:12:06 +0000 https://animesonlinebr.org/?p=36817 Olá a todos! Aqui é o Bruno Rezende e hoje vamos falar um pouco sobre a experiência que tive e porque Distant Worlds

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Olá a todos! Aqui é o Bruno Rezende e hoje vamos falar um pouco sobre a experiência que tive e porque Distant Worlds – Music From Final Fantasy é uma celebração para os fãs da franquia.

Primeiro, gostaria de explicar o que é o Distant Worlds, desde 2007 após o aniversário de 20 anos da franquia Final Fantasy a Square Enix resolveu criar junto de seus parceiros uma experiência musica e oficializou então o projeto: uma orquestra que percorreria o mundo tocando as melhores composições de Final Fantasy para junto de seus fãs prestigiar essa importante história e escutar o melhor da música do universo dos cristais.  Na verdade, não é a primeira vez que a Square Enix faz algo do tipo, outros concertos já haviam ocorrido como em 2002 e 2004 no Japão ou em 2005 no Estados Unidos, mas nada na escala que se criou com o Distant Worlds.

Hoje, o projeto já realizou apresentações em diversas localidades no globo e teve no dia 28 de setembro de 2023 sua première no Brasil no espaço Unimed, localizado na Barra Funda em São Paulo – SP. Além disso, no dia 01 de outubro de 2023 foi realizado uma segunda apresentação, porém no Rio de Janeiro e assim completou-se a tour do Distant Worlds pelo território nacional.

Nas duas apresentações contamos com a regência do maestro Arnie Roth, diretor musical já renomado no seu meio e que faz parte do projeto junto das lendas: Nobuo Uematsu , compositor de diversas soundtracks de Final Fantasy como “To Zanankard” – Final Fantasy X e Eric Roth, outro compositor e maestro famoso. E nos dois dias de espetáculo também contamos com a famosa Orquestra Villa-Lobos, já bem conhecida pelo público brasileiro e de excepcional qualidade.

Nessa coluna irei focar especialmente na apresentação de São Paulo pois foi a que pude participar e elencarei os pontos positivos e negativos desse dia épico que de fato nos levou a mundos distantes.

Logo Distant Worlds - Um par de asas brancas em um fundo azul marinho com os dizeres Distant Worlds music fom Final Fantasy

Fonte: Logo da Distant Worlds

O espaço

O espaço Unimed é um local de eventos já bem conhecido em São Paulo, o queridinho de muitas festas de formaturas de universidades já abrigou também diversos shows de artistas internacionais e apresentações como 5 Seconds of Summer, Ghost, Jackson Wang e até a Kingdom Hearts Orchestra. De forma geral trata-se de um espaço muito amplo localizado próximo ao metrô Barra Funda.

O lugar por ser bem espaçoso comportou muito bem o público, mas devo dizer que a Cine in Concert Experience (organizadora) criou uma organização um pouco confusa para quem desejava encontrar seu lugar. Os assentos foram dispostos em ordem alfabética com três fileiras para cada letra e separado os números pares no lado direito da plateia e os ímpares no lado esquerdo. Ficou um pouco confuso lendo? Pois é, para quem procurou a primeira vez foi mesmo confuso, mas com um pouco de paciência era possível encontrar seu lugar. Ainda assim, mesmo com a quantidade grande de lugares a disposição deles e a nivelação em relação ao palco foi muito boa, de modo que mesmo lá atrás era possível se ter uma boa visão do espetáculo.

Já fora da plateia, o redor estava um pouco conturbado de andar, dado que o espaço restante não era tão grande, então idas ao banheiro ou trânsito de um lado para o outro do salão acabavam sendo um pouco caóticas pelo fluxo de gente.

Em termos de vendas, o público encheu quase todas as cadeiras disponíveis, mas ainda havia alguns poucos lugares disponíveis, ainda não temos números oficiais divulgados, todavia pela quantidade de pessoas a impressão foi de que as vendas para a estreia foram excelentes.

Fachada espaço de evento unimed, prédio verde e alto, próximo ao metrô barra funda Espaço unimed desmontado mostrando a amplitude do salão.

Fonte: Fotografia Uol

No todo, a disposição do espaço foi bem interessante, mas poderia ter sido adotado um esquema melhor na organização dos assentos e nos fluxos para os banheiros ou vendas de bebidas.

A acústica

É importante salientar que o Espaço Unimed não é como a famosa sala São Paulo , é sim um espaço para receber bons shows, porém não foi projetada com um tratamento acústico ao nível de uma sala dedicada à orquestra. E é exatamente por isso que eu fiquei tão surpreso pela qualidade e esmero que a produção colocou nesse concerto. Havia um cuidado na disposição dos instrumentos e na microfonação, de modo a extrair o melhor de cada uma das peças da orquestra. A Villa-Lobos como sempre brilhou na execução e mostrou porque é tão respeitada no nosso país. A execução foi maravilhosa, não só pela qualidade dos instrumentistas como também pela condução de Arnie Roth que se destacou como um show aparte.

É claro que houve um erro ou outro como em algumas horas um instrumento ficou com um volume baixo(em especial os de percussão) ou alguns problemas com microfones como estalidos e leves chiados, mas nada que atrapalhou o espetáculo e para muitos que estavam totalmente imergidos na experiência imagino que sequer notaram.

A setlist e os intercursos.

Para os fãs da franquia Final Fantasy esse dia foi um banquete! Tendo passado por diversos clássicos da trilha sonora dos jogos da saga como One Winged AngelFinal Fantasy VII e To ZanarkandFinal Fantasy X  a apresentação como um todo foi uma ode à vida de Final Fantasy e o amor dos fãs pela franquia. Não foi incomum ouvir sons de choro pela plateia pela emoção de ouvir suas composições favoritas ao vivo e os olhos marejados de alguns espectadores por estarem vivenciando aquele sonho.

Como algumas apresentações sinfônicas, Distant Worlds foi divida em dois atos com um intervalo no meio e tercetos de música que se intercalavam com as apresentações, agradecimentos e palavras do maestro da noite. Ao todo tivemos várias músicas do mestre Nobuo como Liberi Fatali  – Final Fantasy VIII, You’re not AloneFinal Fantasy IX, Aerith’s ThemeFinal Fantasy XVII. Mas não só isso, também foram tocadas músicas como Triumph Final Fantasy XIV, composta por Masayoshi Soken e Blinded by Light  – Final Fantasy XIII de Masashi Hazamu.

Logo do Final fantasy VIII em um fundo branco em projeção no telão

Fonte: O autor

Podemos dizer que a setlist como um todo foi bem focada em títulos da saga conhecidos pelo público ocidental e se focou em trazer as músicas mais importante da franquia como também outras bem-amadas pelo público brasileiro como a própria One-Winged Angel – Final Fantasy VII que contou com um coro da plateia no seu refrão.

A única ressalva que tenho a trazer aqui foi a falta de um tradutor ou legendas na projeção quando o maestro falava, para muitos isso não foi um problema, porém como Arnie Roth falava apenas em inglês tenho certeza de que algumas pessoas pela falta de domínio da língua inglesa devem ter se perdido durante as interações do regente com sua plateia e ficaram um pouco perdidos o que pode sim ter prejudicado um pouco da experiência.

Logo Final Fantasy VII em fundo branco com a orquestra

Fonte: o autor

Uma celebração para os fãs

Mesmo com alguns poucos pontos negativos que elenquei, é fácil dizer que Distant Worlds no Brasil foi um sucesso. Para mim a essência do Distant Worlds é essa: te conectar com mundos distantes, te levar e te imergir no maravilhoso mundo de Final Fantasy através de uma experiencia musical de ponta. Pessoalmente eu me senti assim e o sorriso dos fãs na saída junto dos sons chorosos e emocionados que ouvi ao longo do dia apenas me confirmam isso. Nessa noite fria de quinta-feira, dia 28 de setembro, eu me senti no mundo de Final Fantasy.

Agora nos resta ficar na torcida do evento voltar ao Brasil nos anos seguintes e quem sabe com a repercussão positiva trazerem outros títulos como Nier Music Concert ou o retorno do Kingdom Hearts Orquestra.

Agradeço a leitura e até a próxima! Aproveite para escutar nosso podcast e ouvir o melhor do Animes Online BR.

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Cinco motivos para assistir Gundam The Witch From Mercury https://animesonlinebr.org/anime/cinco-motivos-para-assistir-gundam-the-witch-from-mercury/ https://animesonlinebr.org/anime/cinco-motivos-para-assistir-gundam-the-witch-from-mercury/#respond Fri, 04 Aug 2023 13:53:24 +0000 https://animesonlinebr.org/?p=36263 Olá a todos! Me chamo Bruno e tenho o prazer de estar de volta para o time de sucesso aqui do Mundo dos

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Olá a todos! Me chamo Bruno e tenho o prazer de estar de volta para o time de sucesso aqui do Animes Online BR! E hoje vim falar um pouco sobre o anime que terminei recentemente e quero trazer cinco motivos para assistir Gundam The Witch From Mercury.

Mas antes, fique com a sinopse desse maravilhoso anime:

A.S. (Ad Stella) 122 – Uma era onde diversas corporações construíram um novo e importante sistema econômico no espaço. Suletta Mercury, uma garota solitária do remoto planeta Mercúrio se muda para o Instituto Asticassia de Tecnologia, gerido pelo Grupo Beneritt, que domina a indústria de mobile suits. Com uma luz escarlate brilhando em seu coração puro, esta garota dá o primeiro passo rumo a um novo mundo.

Fonte: Crunchyroll

  1. A épica e gostosa vida na escola Asticassia

Bom, por mais bobo que possa soar isso, a escola na qual Suletta vai passar boa parte de seu aprendizado é palco de diversos momentos épicos e divertidos. Seja nas interações com seus amigos e o dia a dia de uma estudante vivendo sua vida colegial ou então durante os duelos entre os pilotos para decidir o destino de algo ou alguém, a escola é um elemento muito importante nessa série e por mais que você possa pensar que nada pode vir de interessante de lá, te garanto que a vida que essa escola evoca vai te surpreender.

  1. A incessante guerra entre as famílias

Se você já assistiu Game of Thrones e gostou você já deve ter uma familiaridade com esse tema da briga entre famílias (casas). Em Gundam the Witch from Mercury não é diferente, o mundo é controlado por grandes corporações que são compostas por grandes e poderosas famílias e você acompanha mais de perto a vida dos herdeiros dessas famílias do ponto de vista da Suletta Mercury. Cada conversa e cada duelo envolve o legado dessas empresas e por isso você sempre vai se ver preso em um dilema político ou um estratagema para ganhar da rival.

  1. Um bom roteirista em ação

A protagonista Suletta e Miorine juntas
Fonte: Sunrise/Crunchyroll

Todos gostamos de ver nossos protagonistas evoluírem e aprenderem, mas poucas são as séries/animes que sabem fazer isso com maestria e felizmente Ookouchi Ichirou (roteirista) soube fazer o dever de casa! A evolução da protagonista nesse anime é de dar brilho nos olhos, os aprendizados, tristezas, paixões e desafios ao longo dos episódios é gigantesca e você consegue acompanhar toda a mudança da mentalidade dela. É o tipo de coisa que sentimos falta na maior parte das séries que hoje acabam focando demais em estética ou marketing e pouco no roteiro em si.

  1. Trilha sonora instigante

A trilha sonora de The Witch from Mercury possui elementos bem interessante, ela não está presente em todos os momentos na obra, mas sim colocada estrategicamente em alguns momentos e nesses momentos a escolha por privilegiar ost’s mais puxadas para o épico brilha. Além disso, Jin Aketagawa (diretor de som da obra) escolheu um time de peso tanto nas aberturas quanto nos encerramentos, contando com artistas como Yoasobi e Yama.

  1. Lutas de robôs (gundams) muito bem animadas

Bom, Gundam é uma série sobre mechas não? Então nada mais justo de terem uma atenção especial com as cenas envolvendo as máquinas gigantes e nesse anime esse ponto não é insuficiente. A animação dos robôs é simplesmente incrível, existe fluidez em todos os movimentos e a mescla de 2D+3D através da CGI é feita de forma muito interessante sem que destoem os elementos para que  você consiga aproveitar aquela sensação de uma luta no espaço.

Animou? Então dê uma chance para Gundam the Witch From Mercury! O anime está disponível na Crunchyroll com legendas pt-br!

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