Alex Franken - Animes Online BR https://animesonlinebr.org viage com a gente no Animes Online BR Thu, 02 Jun 2022 23:51:42 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 https://mundodosanimes.com/wp-content/uploads/2022/08/cropped-14c6bcf3-be6c-4046-ae51-74e8880e70ba-scaled-1-32x32.jpeg Alex Franken - Animes Online BR https://animesonlinebr.org 32 32 Pai Nosso? – Um documentário chocante https://animesonlinebr.org/review/pai-nosso-um-documentario-chocante/ https://animesonlinebr.org/review/pai-nosso-um-documentario-chocante/#respond Wed, 08 Jun 2022 15:00:05 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=32150 Uma mulher faz um teste de DNA e descobre vários meios-irmãos, revelando um esquema chocante que envolve um famoso especialista em inseminação artificial.

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Uma mulher faz um teste de DNA e descobre vários meios-irmãos, revelando um esquema chocante que envolve um famoso especialista em inseminação artificial.

Pai Nosso? é um filme de documentário, lançado pela Netflix e dirigido por Lucie Jourdan.

UM CASO CHOCANTE

No ano de 1979, em Indiana, nos EUA, Doutor Cline abriu uma clínica de fertilização. Naquela época, o médico era procurado por vários casais que queriam ter filhos, mas não podiam por questões biológicas. Cline era referência nessa parte da medicina, envolvendo inseminação artificial.

Anos depois, uma mulher, Jacoba Ballard, decide fazer um teste de DNA para descobrir se possui algum meio-irmão com o mesmo doador de esperma. Quando ela recebe o resultado do teste, surpreende-se por possuir não um ou dois, mas seis meios-irmãos com o pai em comum. Aprofundando-se mais em sua pesquisa, ela acaba achando cada vez mais meios-irmãos e resolve investigar o motivo.

© Netflix

A VERDADE

Vendo que as autoridades não tomariam uma providência, Jacoba resolve investigar por conta própria. Além das autoridades, a mídia também não estava dando atenção a Jacoba quando ela tentava que alguma matéria fosse feita sobre o assunto. Até que ela encontrou uma jornalista que foi quem começou tudo e deu visibilidade ao caso através de um programa de TV.

A verdade é que Cline usava seu próprio esperma na inseminação das mulheres que consultavam-se com ele. Jacoba acaba descobrindo um total de 96 pessoas que são meios-irmãos com o pai em comum: Cline. O documentário intercala relatos, incluindo o de Jacoba e alguns casais que consultaram-se com o médico durante aquela época com encenações dos acontecimentos. Não gostei tanto das encenações e acho que deveriam ter dado mais foco às investigações e a parte legal. Mas a parte dos relatos é ótima, chamando a atenção para temas importantes, como a violência obstétrica.

© Netflix

VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

Violência obstétrica é o desrespeito à mulher, à sua autonomia, ao seu corpo e aos processos reprodutivos. Podendo se manifestar por meio de violência verbal, física ou sexual. Pela adoção de intervenções e procedimentos desnecessários e/ou sem evidências científicas. Em seu relato, uma dessas mulheres diz: eu fui estuprada três vezes e não sabia. É revoltante, pois o médico conquistava a confiança dos casais e, quando a mulher ia ao consultório, ele escapava para seu escritório e pegava seu próprio esperma para usar nas mulheres. Não deixa de ser um estupro, pois essas mulheres não deram seu consentimento para que Cline fizesse isso.

O filme não entra em mais detalhes, mas fica claro que o médico acreditava que não estava fazendo nada de errado. Além disso, algo ainda mais curioso é o fato de que quase todos os filhos de Cline tem olhos claros e são loiros. Cline era bem religioso e Jacoba chegou até mesmo a suspeitar que ele fizesse parte de alguma seita. E que um de seus objetivos seria a “purificação”, implicando que ele acreditava na superioridade dos brancos. O documentário fala brevemente também do passado de Cline, mas, assim como a questão da seita, não é muito aprofundado.

O fato é que, mesmo com provas, Cline ainda saiu impune e até hoje Jacoba continua recebendo resultados de compatibilidade genética com estranhos. É um caso realmente bizarro e revoltante, que eu não conhecia até assistir ao documentário.

 

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Suk Suk – Um amor em segredo https://animesonlinebr.org/review/suk-suk-um-amor-em-segredo/ https://animesonlinebr.org/review/suk-suk-um-amor-em-segredo/#respond Wed, 01 Jun 2022 15:00:55 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=32020 Um taxista casado de 70 anos e um pai solteiro de 65 se apaixonam e começam a planejar uma vida juntos. Suk Suk

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Um taxista casado de 70 anos e um pai solteiro de 65 se apaixonam e começam a planejar uma vida juntos. Suk Suk é um filme de Hong Kong, lançado em 2019 e dirigido por Ray Yeung. Estreou no Brasil pela Netflix em 2022.

DELICADEZA AO RETRATAR O AMOR

O filme nos mostra um lado da vivência gay que é pouco explorado, não apenas no cinema, mas como um todo. Aqui temos protagonistas já na terceira idade e vemos as dificuldades deles como homossexuais, que é uma experiência totalmente diferente da dos mais jovens. Um deles possui uma família, esposa e filhos, enquanto o outro criou o filho sozinho. Ambos escondem essa parte de suas vidas, acabam se encontrando ao acaso e se apaixonando.

Suk suk é de uma sutileza incrível, tanto na fotografia quanto na forma como o relacionamento dos personagens é desenvolvida. É tudo muito delicado, verdadeiro e honesto. Os atores fizeram um ótimo trabalho, com química e intimidade na medida certa.

©Netflix

DIFICULDADES DA TERCEIRA IDADE

Outro tópico importante que o filme toca é os asilos. Mais especificamente, a criação de um asilo especial para esses idosos, já que assim eles não teriam que ter medo de ir para um asilo comum e precisarem esconder sua orientação sexual. Pessoas quando chegam em uma certa idade já são deixadas de lado pela sociedade e, se a pessoa foge do visto “normal”, acaba sofrendo mais ainda.

Além disso, vemos o quanto esses personagens sofrem por já estarem velhos e terem passado suas vidas todas escondendo quem são. O filme retrata muito bem essa dificuldade e o medo que eles tem de conversarem com seus filhos sobre o assunto. Assim como pode acontecer dos filhos terem medo de se assumirem para os pais, aqui vemos uma inversão, os pais com medo de se assumirem para os filhos. Não é fácil colocar em risco toda uma vida que já foi construída e o filme não deixa de mostrar justamente isso. É doloroso ver que não há possibilidades para os dois ficarem juntos, mas é a realidade.

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Tudo em todo lugar ao mesmo tempo – Uma comédia sobre o multiverso https://animesonlinebr.org/review/tudo-em-todo-lugar-ao-mesmo-tempo-uma-comedia-sobre-o-multiverso/ https://animesonlinebr.org/review/tudo-em-todo-lugar-ao-mesmo-tempo-uma-comedia-sobre-o-multiverso/#respond Wed, 25 May 2022 15:11:18 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=31895 Uma ruptura interdimensional bagunça a realidade e uma inesperada heroína precisa usar seus novos poderes para lutar contra os perigos bizarros do multiverso.

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Uma ruptura interdimensional bagunça a realidade e uma inesperada heroína precisa usar seus novos poderes para lutar contra os perigos bizarros do multiverso.

Tudo em todo lugar ao mesmo tempo é um filme da A24 e será lançado em 23 de junho de 2022 no Brasil. Dirigido por Daniel Kwan e Daniel Scheiner e estrelado por Michelle Yeoh.

TUDO

Desde o primeiro trailer, eu já havia ficado empolgado para esse filme. Tanto pela protagonista, Michelle Yeoh, que é maravilhosa quanto pela premissa do filme: a exploração de universos paralelos. E aqui a história entrega literalmente de tudo e é exatamente como a sinopse e trailers se propõem. Evelyn transita entre os mais “normais” e mais bizarros universos, e a criatividade dos diretores não se contém em nenhum momento.

Evelyn é uma pessoa extremamente comum. Ela possui uma lavanderia, que ela administra com seu marido. Ela vive uma vida normal, e ao ir resolver questões de imposto de renda, acaba entrando em uma absoluta loucura. Uma versão alternativa de seu marido entra em contado com ela para que ela o ajude a deter sua filha, que acabou virando uma entidade maligna que transita entre os multiversos.

©A24

EM TODO LUGAR

Passamos a acompanhar Evelyn enquanto ela explora diversas versões dela mesma. É interessante, porque, por Evelyn ser uma pessoa comum, as possibilidades de outras vidas para ela se tornam ainda mais empolgantes e é algo chocante até para ela. É uma situação que nos faz refletir sobre todas as possibilidades em nossas vidas. E se tivéssemos escolhido outro emprego? E se tivéssemos viaja para tal país? E se tivéssemos ficado com essa ou aquela pessoa? As possibilidades são infinitas e instigantes.

Mas, apesar de o filme mostrar toda essa loucura, em seu centro, Tudo em todo lugar ao mesmo tempo é uma história familiar, sobre cura e aceitação. É sobre a importância das pessoas que nos cercam, independente do destino que elas tiveram em nossas vidas. Evelyn, além de se sentir frustrada com sua vida, também passa por uma situação familiar delicada, quando sua filha quer apresentar a namorada para o avô. A protagonista acaba percebendo, ao ver inúmeras possibilidades de si mesmo, que o que realmente importa é as pessoas que ela tem ao seu lado em seu próprio universo. Evelyn, abrindo sua mente para diferentes possibilidades, acaba aceitando sua filha e dando valor a bondade de seu marido e suas vidas juntos.

©A24

AO MESMO TEMPO

Apesar de eu ter gostado muito dessa exploração de multiversos, das cenas de ação e interpretações, eu acredito que a comédia do filme não me agradou. Mas acredito que isso seja mais um gosto pessoal mesmo. A comédia do filme parece bastante “pastelão” e algumas situações foram bem vergonha alheia. Ainda assim, Tudo em todo lugar ao mesmo tempo, é um filme como nenhum outro que eu tenha assistido.

Toda a ideia do filme é ótima e a execução foi muito boa também. Outra coisa que gostei muito foi a edição, que é impecável, fazendo com que todo o enredo seja eficaz. Isso aliado a cenas de ação muito bem coreografadas, e o fato da atriz Michelle Yeoh já ter experiência com cenas do tipo só ajudam. A trilha sonora e edição de som é outro ponto forte, pois promove a mistura de universos junto com a imagem.

Esse é um filme que vale muito a pena ver nas telonas, para uma experiência ainda mais única, quanto estrear nos cinemas por aqui.

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Jujutsu Kaisen 0 – A história antes do anime https://animesonlinebr.org/anime/jujutsu-kaisen-0-a-historia-antes-do-anime/ https://animesonlinebr.org/anime/jujutsu-kaisen-0-a-historia-antes-do-anime/#respond Wed, 18 May 2022 15:00:23 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=31750 O jovem Yuta Okkotsu ganha o controle de um espírito extremamente poderoso, então um grupo de feiticeiros o matriculam na Tokyo Prefectural Jujutsu

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O jovem Yuta Okkotsu ganha o controle de um espírito extremamente poderoso, então um grupo de feiticeiros o matriculam na Tokyo Prefectural Jujutsu High School, para ajudá-lo a controlar esse poder e também para ficar de olho nele.

FENÔMENO

Jujutsu Kaisen virou um fenômeno mundial desde o lançamento do anime em 2020, o que alavancou as vendas do mangá de Gege Akutami. Depois de uma temporada incrível do anime, produzido pela MAPPA, a expectativa para esse filme estava imensa. E acredito que o longa não decepcionou.

Jujutsu Kaisen 0 é uma prequela, lançada em 2017, um ano antes do mangá que está atualmente em lançamento. A história do filme é a mesma do mangá. Yuta é um garoto que carrega uma maldição consigo, o fantasma de sua amiga de infância que morreu tragicamente. Ele é então levado para a escola Jujutsu, aonde reencontramos personagens queridos que já conhecíamos antes como Maki, Gojo, Panda e Inumaki.

©Toho

MANTENDO O NÍVEL

O filme faz um bom trabalho em nos apresentar esse novo protagonista, mas também dando mais destaque para personagens antigos. Um dos que mais se destaca é Maki e também Gojo, pois conhecemos um pouco mais de seu passado com o vilão Geto. O filme pode ter uma história bem básica seguindo os padrões do anime e de shonens de luta no geral. Mas a direção aqui é muito bem-feita, principalmente nas cenas de luta, que sempre se destacaram em Jujutsu.

Jujutsu Kaisen 0 consegue empolgar muito e a experiência de ver o filme no cinema, com certeza, aumenta a animação pela história. Ainda mais para quem já leu o mangá e/ou assistiu Jujutsu antes. Mesmo assim, acredito que o filme possa ser assistido por qualquer um, sem ter conhecimento prévio da obra. Sendo, inclusive, uma ótima porta de entrada para que mais pessoas se interessem pela obra como um todo. Quanto a animação, a MAPPA conseguiu manter o nível do anime, não há do que reclamar.

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Crush: Amor Colorido – Nova comédia romântica LGBTQIA+ https://animesonlinebr.org/series/crush-amor-colorido-nova-comedia-romantica-lgbtqia/ https://animesonlinebr.org/series/crush-amor-colorido-nova-comedia-romantica-lgbtqia/#respond Wed, 11 May 2022 15:00:25 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=31606 Paige, uma aspirante a artista, decide entrar para o time de atletismo do colégio. Ela se aproxima de sua crush, mas acaba descobrindo

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Paige, uma aspirante a artista, decide entrar para o time de atletismo do colégio. Ela se aproxima de sua crush, mas acaba descobrindo que talvez a garota certa para ela não seja quem ela espera.

Crush é um filme original da plataforma Hulu e estreou mundialmente no dia 29 de abril de 2022. Ele é dirigido por Sammi Cohen e estrelado por Rowan Blanchard, Isabella Ferreira e Auli’i Carvalho.

A DIVERSIDADE É NATURAL

Crush é o típico filme de romance adolescente, mas é diferente, pois foca em um grupo de personagens quase que inteiramente LGBTQIA+. A protagonista Paige é assumidamente lésbica e isso não é um problema na sua vida. Sua mãe decidiu ter a filha sozinha mesmo, pois desejava muito ser mãe. Ela é aquela típica mãe moderna que está por dentro de tudo e aceita a filha independente de sua sexualidade. Chega a ser engraçado em alguns momentos o quanto ela apoia a filha, dando dicas para a vida sexual dela. A comédia no filme, aliás, é bem colocada, mesmo que exagerada em alguns momentos, mas isso é bem comum em filmes do tipo.

A normalização da diversidade no colégio aonde Paige estuda e nas famílias dos personagens é revigorante. Muitas vezes temos filmes e séries LGBTQIA+ aonde os personagens sofrem por serem quem são e por amarem quem amam, mas isso não acontece aqui. Acredito que estamos vendo uma mudança de tom nas histórias do gênero. Um exemplo disso é a série Heartstopper da Netflix e esse filme da Hulu. Filmes e séries aonde vemos um lado mais otimista da vivência LGBTQIA+ aonde as histórias não são inteiramente focadas em dificuldades e “sair do armário”.

©Hulu

O CLICHÊ QUE PRECISÁVAMOS

Na história, Paige é apaixonada por Gabriela desde muito nova, mas ao entrar para o time de atletismo, acaba se aproximando da irmã de Gabriela, A.J. Temos aqui então um triângulo amoroso e situações bem comuns em filmes de comédia romântica adolescente. Mas, novamente, é revigorante ver essas histórias clichês que geralmente são focadas em personagens heterossexuais serem focadas, dessa vez, na vivência de pessoas LGBTQIA+.

O ritmo do filme é ótimo, com uma montagem e elementos que deixam tudo muito dinâmico. O tempo passa muito rápido e o filme diverte. Os personagens tem suas características próprias e é fácil de se identificar com eles. Principalmente com a protagonista que também está passando por coisas comuns como a seleção para sua faculdade dos sonhos. Algo engraçado é que as duas atrizes que fazem o casal Paige e A.J. tem uma certa rixa na vida real, mas, mesmo assim, a química das duas é incrível aqui. Crush vem como um sopro de ar fresco nas histórias LGBTQIA+, junto de uma nova leva de produções do gênero que, aparentemente e felizmente, vieram para ficar.

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Medida Provisória – Um futuro distópico brasileiro https://animesonlinebr.org/review/medida-provisoria-um-futuro-distopico-brasileiro/ https://animesonlinebr.org/review/medida-provisoria-um-futuro-distopico-brasileiro/#respond Wed, 27 Apr 2022 15:00:55 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=31359 Em um futuro próximo distópico no Brasil, um governo autoritário ordena que todos os cidadãos afrodescendentes se mudem para a África. Isso cria

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Em um futuro próximo distópico no Brasil, um governo autoritário ordena que todos os cidadãos afrodescendentes se mudem para a África. Isso cria caos, protestos e um movimento de resistência clandestino que inspira a nação.

Com direção de Lázaro Ramos e protagonizado por Taís Araújo, Alfred Enoch e Seu Jorge. Medida Provisória estreou nos cinemas do Brasil em 14 de abril de 2022. O filme é baseado na peça de teatro “Namíbia, não”, escrita por Aldri Anunciação e também dirigida pelo ator Lázaro Ramos.

TENTATIVA DE REPARAÇÃO

O filme começa com uma cena já marcante, de uma senhora indo ao banco para ser a primeira pessoa negra a receber um auxílio do governo como forma de reparação aos tempos de escravidão. Mas, ao tentar passar pela porta giratória, a senhora é barrada. Ela deixa seu celular, suas chaves, mas a porta continua trancando. É aí que vem a notícia: o auxílio foi cancelado.

Essa primeira cena já abre o filme nos mostrando micro agressões que pessoas negras sofrem todos os dias. E a escala de acontecimentos só vai aumentando ao longo de uma hora e meia de filme. Lázarro Ramos viaja por entre vários gêneros cinematográficos na sua direção. O filme começa de maneira leve, com tons de comédia, mostrando a vida dos nossos três protagonistas.

Quando surge a oferta do governo de pessoas negras viajarem para a África, os irmãos Antônio (Alfred Enoch) e André (Seu Jorge) até riem da situação. Mas logo a escala das coisas se tornam ainda maiores e as pessoas são forçadas a deixarem o país. Uma perseguição absurda começa. Capitu (Taís Araújo), que tem o mesmo nome da personagem da obra Dom Casmurro, fica na rua, fugindo da polícia, enquanto Antônio e André ficam presos em casa, já que a polícia não poderia invadir o domicílio.

Um futuro distópico
©Elo Company e H2O Films

O QUE CONSISTE A NEGRITUDE

O filme é repleto de cenas marcantes e discussões certeiras, principalmente em situações que colocam o personagem de Seu Jorge no centro. Ele é quem mais se destaca, junto da atuação de Taís Araújo. Alfred Enoch também está bem, mas senti que os outros dois personagens roubaram o show.

O ritmo do filme é ótimo, principalmente quando muda de uma hora para outra, indo da comédia ao drama, não se prolongando e chegando direto ao ponto. Lázarro Ramos não tem medo de colocar o dedo na ferida, e algumas das cenas remetem a situações que realmente ocorreram no Brasil. A cena que mais me chamou a atenção foi a da votação para passar o projeto que mandaria as pessoas negras para a África. Ela lembra muito o que aconteceu durante o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.

Apesar de falhar em explorar como a situação estava no resto do Brasil e mostrar a questão indígena, por exemplo, o filme levanta questões pertinentes. Como quando as pessoas vão ser identificadas como negros ou não. No filme, essas pessoas são categorizadas como pessoas de “melanina acentuada”. É dito que a identificação seria feita ao olhar para a pessoa. Mas seria tão fácil assim? Uma das situações é a de uma menina, que é negra, mas também albina e por isso tem a pele clara. Isso significa que ela não seria negra?

Enfim, foi uma ótima estreia de Lázarro Ramos como diretor. Apesar de pecar em algumas coisas, como furos do roteiro, o filme se mantém sólido e direto. É um filme, com certeza, marcante e que será lembrado por muitos anos, como um registro histórico, não só de situações passadas, como da situação atual na qual o país se encontra.

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Red: Crescer é uma fera – Abraçando o caos da adolescência https://animesonlinebr.org/review/red-crescer-e-uma-fera-abracando-o-caos-da-adolescencia/ https://animesonlinebr.org/review/red-crescer-e-uma-fera-abracando-o-caos-da-adolescencia/#respond Wed, 20 Apr 2022 15:00:15 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=31085 Em Red: Crescer é uma fera, Mei Lee é uma garota sino-canadense de 13 anos de idade, que está dividida entre continuar sendo

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Em Red: Crescer é uma fera, Mei Lee é uma garota sino-canadense de 13 anos de idade, que está dividida entre continuar sendo a filha perfeita ou abraçar o caos da adolescência. E para complicar mais ainda, ela vira um panda-vermelho gigante toda vez que seus sentimentos ficam fora de controle.

O filme foi dirigido por Domee Shi, do ótimo curta-metragem Bao, que ganhou o Oscar em 2019. Apesar de ser uma produção da Disney Pixar, Red: Crescer é uma fera estreou diretamente no serviço de streaming Disney Plus. O filme ficou de fora das telas do cinema, o que gerou alguns questionamentos pela mídia à fora, sobre o porquê os filmes da Pixar não tem o mesmo tratamento que filmes da Disney quanto a sua distribuição.

ANOS 2000

Turning Red, nome original do filme, se passa durante os anos 2000. Ele é quase que uma autobiografia da própria diretora, que viveu sua adolescência nesse mesmo período. A ambientação do filme é bem feita, fazendo a gente voltar a essa época. Um dos destaques sendo as famosas boy bands, que Mei Lee e suas amigas são fãs. No filme, existe a banda 4*Town, que também poderia ser comparada não só a cultura dos anos 2000, mas também atualmente, com bandas famosas como BTS.

Além disso, o filme tem uma estética que lembra um pouco os animes e a qualidade está incrível. As animações estão cada vez mais avançadas e até os mínimos detalhes dos movimentos dos personagens são impressionantes. As músicas também são muito contagiantes, sendo feitas por Billie Eilish e Finneas.

©Disney

A PUBERDADE FEMININA

Mas o grande tema aqui é com certeza a puberdade feminina e a ligação entre “turning red” (ficar vermelho) e a menstruação. Tanto que a protagonista vira um panda vermelho e, quando isso acontece pela primeira vez, sua mãe até confunde a situação, achando que a filha teve sua primeira menstruação. É algo que, mesmo sendo colocado no filme sutilmente, gerou algumas ridículas polêmicas, como se isso não fosse uma coisa normal que acontece.

Não só a puberdade e virar um panda, mas Mei Lee também terá que enfrentar uma mãe controladora, que exige uma perfeição inalcançável a filha. Mei Lee vive dividida entre duas personalidades, a filha correta e a adolescente comum, que ela deixa aflorar sempre que está com suas amigas. O fato de ela virar um panda, algo comum para as mulheres de sua família, é o gatilho para que questões familiares e da própria mãe de Mei Lee sejam exploradas.

Afinal, o que há de errado em abraçar o seu próprio caos, se ele faz parte de você e pode tornar mais verdadeiros os seus sentimentos e personalidade?

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Turma da Mônica: Lições – Crescendo sem deixar de ser criança https://animesonlinebr.org/review/turma-da-monica-licoes-crescendo-sem-deixar-de-ser-crianca/ https://animesonlinebr.org/review/turma-da-monica-licoes-crescendo-sem-deixar-de-ser-crianca/#comments Wed, 06 Apr 2022 15:00:55 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=30987 Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão se esquecem de fazer o dever de casa e fogem da escola. Mas nem tudo sai como o

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Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão se esquecem de fazer o dever de casa e fogem da escola. Mas nem tudo sai como o esperado, e os pais de Mônica decidem mudá-la de colégio. Mesmo fazendo novos amigos, a turminha sente saudade de estar sempre junta. Cebolinha então resolve bolar um plano infalível com Magali e Cascão para trazer a dona da rua de volta, mesmo que para isso precise recuperar o coelhinho Sansão para a amiga.Vamos falar de Turma da Mônica: Lições

ROMEU E JULIETA

Logo no início do filme, temos um tema que se estende ao decorrer da história: Romeu e Julieta. A turma está ensaiando para uma peça, aonde Mônica é Julieta e Cebolinha é Romeu. O tema da peça reflete a situação que se desenvolve depois no roteiro: a rixa que se forma entre as famílias de Cebolinha e Mônica. A turma fica dividida, mas, principalmente, Mônica e Cebolinha sofrem pelo desentendimento de suas mães. A indicação, também, de algo romântico entre eles é mostrado de forma leve e nada forçado.

Esse tema é bastante batido, mas foi colocado de forma sutil até. E serve, também, para ilustrar as dificuldades que a turma passa para se manter unida e continuar tendo contato. Mônica muda de escola, e isso traz a tona problemas que já existiam antes nos personagens, mas que, nesse filme, são mais explorados. Cebolinha e sua dificuldade com a fala, Cascão e o medo da água e Magali, com sua fome insaciável que é associada, aliás, a ansiedade, um tema muito importante a ser debatido.

©Globo Filmes

FIDELIDADE AOS QUADRINHOS E ELENCO PERFEITO

Já no primeiro filme era possível ver o tamanho do cuidado que a produção teve com a fidelidade aos quadrinhos. Acho que o elenco principal foi perfeitamente escolhido e, em Lições, os novos personagens que são inseridos são tão bem escolhidos quanto. Com destaque para o Do Contra, Humberto e Tina, vivida por Isabelle Drummond. A introdução de cada um é feita gradativamente e de maneira muito perspicaz. É muito divertido de acompanhar a aparição de cada personagem e o quão fácil é para quem já conhece as histórias de identificá-los.

Além da escolha perfeita de elenco, percebi que, nesse filme, a parte técnica evoluiu muito. A fotografia é linda, a trilha sonora muito bem colocada nas cenas, e o figurino dos personagens é muito bem escolhido. A paleta de cores para cada personagem é respeitada, o que ajuda muito a trazer cada um a vida. Acredito que os filmes da Turma da Mônica conseguiram muito bem transportar a magia dos quadrinhos para as telas e são capazes de cativar não só quem já ama essas histórias, mas também um público totalmente novo.

©Globo Filmes

CRESCER SEM DEIXAR DE SER CRIANÇA

Além de Romeu e Julieta, o tema principal aqui é: como crescer sem deixar de ser criança. Turma da Mônica é um universo que marcou gerações que cresceram lendo os gibis do Maurício de Souza. Mas não é só o público mais velho que é cativado por esses personagens, as crianças também. Do último filme, Laços, para esse, a Turma da Mônica cresceu um pouco e chega aquela fase que vamos deixando de ser criança. A discussão que o filme traz sobre isso é muito válida e conversa tanto com as crianças que estão passando por essa fase, quanto com quem já cresceu e muitas vezes sente que perdeu um pouco da sua criança interior.

Mudanças são inevitáveis, e algumas vem para o melhor, como percebemos na grande evolução pela qual Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali passam. Mas, mesmo que cresçamos, não significa que precisamos deixar para trás tudo que um dia gostamos. É possível crescer e amadurecer sem esquecer aquilo que um dia nos fez tão feliz e que nos marcou tanto. Toda a alegria e inocência da infância não precisa ser deixada no passado. É possível crescer sem perder nossa essência, quem um dia fomos e o que um dia tanto amamos. Turma da Mônica: Lições nos ensina justamente isso.

Turma da Mônica: Lições está disponível na Amazon Prime Video.

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Munique: No limite da Guerra https://animesonlinebr.org/review/munique-no-limite-da-guerra/ https://animesonlinebr.org/review/munique-no-limite-da-guerra/#respond Wed, 16 Feb 2022 15:00:46 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=30272 Munique: No limite da guerra é um filme de 2021 produzido pela Alemanha e Reino Unido, dirigido por Christian Schwochow com roteiro escrito

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Munique: No limite da guerra é um filme de 2021 produzido pela Alemanha e Reino Unido, dirigido por Christian Schwochow com roteiro escrito por Ben Power. Na história, dois amigos, Hugh (George MacKay) e Paul (Jannis Niewohner) se envolvem em uma complexa trama de espionagem para tentar derrubar Hitler antes que a Segunda Guerra estoure.

ANOS ANTES DA GUERRA

A trama começa em 1932, quando Hugh e Paul são estudantes em Oxford. Eles celebram a formatura e todos se divertem, alheios ao que viria anos depois. Seis anos se passam, e agora Hugh trabalha como secretário do então primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain. Chamberlain tenta a todo custo conseguir um tratado de paz com Hitler.

Aparentemente funciona, e Hitler convida Chamberlain e o primeiro-ministro francês para uma conferência em Munique. Enquanto isso, Paul trabalha como tradutor em Berlin e trama com um general para tirarem Hitler do poder. É interessante ver como a posição de Hugh muda. Quando jovem, ele defende Hitler e diz querer ver uma nova Alemanha. Sendo totalmente contrário a Hitler, Hugh discute com o amigo e eles nunca mais se falam. Até que seus caminhos se cruzam em Munique.

O filme é bem ambientado, com atuações muito boas, principalmente de Jeremy Irons, que interpreta Neville Chamberlain. Mas senti que a trama foge um pouco do foco, que seria a amizade dos protagonistas. O roteiro se desenvolve mais na história de Chamberlain, quase como se quisesse tornar mais memorável do que são os feitos do primeiro-ministro.

Munique: No limite da guerra está disponível na Netflix

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A Vida Depois – O ciclo da violência nas escolas https://animesonlinebr.org/review/a-vida-depois-o-ciclo-da-violencia-nas-escolas/ https://animesonlinebr.org/review/a-vida-depois-o-ciclo-da-violencia-nas-escolas/#respond Wed, 09 Feb 2022 15:00:21 +0000 https://www.nsvmundogeek.com.br/?p=30139 A Vida Depois, ou The Fallout, é um filme estadunidense de drama adolescente. Escrito e dirigido por Megan Park e estrelado por Jenna

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A Vida Depois, ou The Fallout, é um filme estadunidense de drama adolescente. Escrito e dirigido por Megan Park e estrelado por Jenna Ortega e Maddie Ziegler. Na história, Vada (Ortega) precisa tentar seguir a vida depois que uma grande tragédia acontece em sua escola.

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS DOS EUA

The Fallout toca em um assunto delicado: a violência nas escolas estadunidenses. Mais especificamente: os tiroteios que acontecem nesses lugares, na maioria das vezes realizados por alunos. A história vai direto ao ponto, começando já com o tiroteio. É interessante que, mesmo não mostrando nenhuma violência explícita, o clima criado na cena é o suficiente para causar aflição. O roteiro foca mais na reação das personagens aquela situação, enquanto ouvimos apenas os tiros sendo disparados.

Vada encontra com uma colega, Mia (Ziegler) no banheiro, e é claro as diferenças entre as duas personagens, tanto em estilo e personalidade. Mas a situação une as duas a mais um colega da escola. Vemos o desespero desses três adolescentes ao passar por essa situação. A interpretação das duas atrizes e do ator é muito realista e é como se estivéssemos escondidos junto com eles.

A Vida Depois
© Warner Bros. Pictures

SENSIBILIDADE AO LIDAR COM O TEMA

Dá para perceber desde o início do filme que o roteiro não focará na vida do atirador, mas sim na vida das personagens, principalmente Vada. Achei muito sensível à forma como a diretora lidou com o depois que a situação passa. Acompanhamos Vada enquanto ela tenta assimilar o que aconteceu. Com isso vem o medo, ansiedade e a culpa por ter sobrevivido. Também achei linda a maneira com que o filme trabalha a relação de Vada com Mia e a forma natural com que a sexualidade das personagens é explorada.

A Vida Depois fala justamente sobre o que o título diz, a vida depois do que aconteceu com esses jovens naquela escola. A vida depois de um trauma muito grande e como lidamos com isso. A forma com que a câmera se aproxima o máximo de Vada em momentos tensos nos causa ainda mais empatia com o que está acontecendo. Ao mesmo tempo, o filme não tem medo de mostrar como é dura a realidade.

A sensação o tempo todo é de que o que aconteceu pode se repetir. Infelizmente, é algo que sabemos ser verdade. É possível, através desse filme, debater sobre o porte de armas nos EUA, o porquê desses jovens terem acesso a elas e como a violência é algo já instaurado na realidade das escolas estadunidenses.

A Vida Depois está disponível na HBO Max.

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