My Hero Academia: Vigilantes – Quando os Heróis Não Têm Licença Para Sonhar

Se você achava que já conhecia tudo sobre o universo de My Hero Academia, prepare-se para uma surpresa. Vigilantes, novo anime da Crunchyroll, não é apenas um spin-off – é uma carta de amor aos quadrinhos clássicos e uma história emocionante sobre heróis que o sistema ignorou.

Heróis sem capa, mas com muito coração

Anos antes de Deku entrar na U.A., o Japão já tinha seus protetores não-oficiais. Koichi Haimawari, o protagonista, é a prova de que um Quirk “simples” não define seu potencial. Sua habilidade, “Deslizar e Planar”, parece modesta – ele basicamente “surfa” pelo ar rente ao chão – mas a forma como ele a desenvolve ao longo da história é pura genialidade.

E ele não está sozinho! Também conhecemos Kazuho Haneyama (Pop Step), Uma idol fracassada que usa sua agilidade para lutar contra o crime, e Knuckleduster, Um homem misterioso que enfrenta vilões na base do soco e da estratégia.

Diferente dos alunos da U.A., esses personagens não têm treinamento de elite ou o respaldo da sociedade. Eles são foras da lei, e é impossível não torcer por eles.

Uma homenagem aos quadrinhos clássicos

O mangaká Hideyuki Furuhashi não esconde suas influências: Vigilantes bebe diretamente do tom deWatchmeneBatman: O Cavaleiro das Trevas, trazendo um Japão mais sombrio, onde a linha entre herói e vigilante é tênue.

A animação que faz você sentir o cheiro de HQ antiga

Sabe aquele efeito visual que te transporta direto para as páginas amareladas dos gibis dos anos 90? É exatamente isso que a equipe de animação conseguiu capturar com maestria em Vigilantes. Dá até para jurar que sentimos o tato áspero do papel ao ver:

  • Aquele pontilhado característico da retícula – sabe quando você passava o dedo nas páginas dos quadrinhos e sentia a tinta? É essa textura que surge nas sombras, dando um charme vintage às cenas.

  • As onomatopeias que pulam da tela como se fossem de verdade – o “POW!” dos socos do Knuckleduster e o “WHOOSH!” do Koichi deslizando parecem saltar da animação, igual nos quadrinhos que a gente colecionava.

  • A iluminação que joga com luz e sombra feito um filme noir – aqueles contrastes marcados, com rostos meio escondidos na penumbra, criam um clima pesado que combina perfeitamente com a história.

É impressionante como os animadores conseguiram pegar a essência das HQs clássicas e transformar em movimento. Você assiste e tem a nítida sensação de estar folheando uma edição rara daquela revista que seu tio guardava na prateleira. Só falta mesmo o cheirinho de papel envelhecido.

É uma experiência visual única, diferente do My Hero Academia original, mas que mantém a essência da obra.

© Crunchyroll

Por que vale a pena assistir?

Os dois primeiros episódios já mostram que a produção está a todo vapor:

  • Animação fluida, com sequências de ação criativas (Koichi deslizando pela cidade é hipnotizante, mostrando o potencial do personagem).

  • Dilemas mais maduros: o que significa ser um herói quando ninguém te reconhece como tal?

  • Conexões com o cânone: aparições de personagens conhecidos como All Might e Eraser Head.

Quem vai gostar?

  • Fãs de My Hero Academia que querem explorar mais o universo.

  • Quem ama quadrinhos dos anos 80/90 e histórias de heróis “fora do sistema”.

  • Quem busca uma animação com estilo próprio, misturando 2D tradicional e efeitos gráficos inovadores.

MY HERO ACADEMIA:Vigilantes é mais do que um spin-off – é uma história sobre perseverança, redenção e o que realmente faz um herói. E, pelo visto, a adaptação está à altura do mangá.