Introdução
Immortals: Fenyx Rising, inicialmente apresentado como Gods and Monsters na E3 de 2019, é a nova proposta de mundo de aberto da Ubisoft que foge de seus padrões e franquias pré-estabelecidas. Immortals foi lançado em 3 de dezembro de 2020 para Playstation, Xbox, Nintendo Switch e Windows. Confira abaixo o trailer de lançamento:
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Fenyx! Quem?
Em Immortals: Fenyx Rising, controlamos Fenyx. Fenyx é uma personagem totalmente customizável, podendo ser menina ou menino. Além disso é possível customizar o cabelo, cor de pele, corpo, etc. Para fins de praticidade, vou tratar Fenyx como menina, uma vez que foi minha escolha de personagem e também como foi apresentada oficialmente pela Ubisoft.
Inicialmente, o jogo nos apresenta Fenyx como uma escudeira que naufragou em uma ilha misteriosa. Ao naufragar, Fenyx se vê separada de seu irmão. Temendo o pior, ela começa a explorar a ilha. A partir daí, nossa protagonista se vê envolvida numa trama de deuses e semi-deuses, encontrando vários personagens conhecidos da mitologia grega, como Zeus, Hermes, Afrodite, etc.
A Odisseia de Fenyx
A história começa com Zeus questionando Prometeu sobre a libertação de Tifão, que por vingança, reduz os deuses do Olimpo a meras sombras de si mesmos. Prometeu então diz que vai contar a Zeus a solução para o problema através de uma história. Como você pode imaginar, a história narrada é a de Fenyx, a qual deve ser a heroína da história e a solução para o problema de Tifão.
A história começa do naufrágio de Fenyx e acompanha ela durante todos os encontros com as figuras divinas do olimpo. Nesse caso, os deuses escolhidos para participar da história são Afrodite, Hefesto, Ares, Atena e Zeus. Com a exceção de Zeus, todos os demais deuses forma amaldiçoados por tifão e se tornaram outra “coisa”. Afrodite foi transformada em árvore, por exemplo. Para libertar os deuses, é necessário cumprir objetivos específicos em cada área do mapa.
O objetivo principal do jogo é libertar todos os Deuses para então confrontar Tifão. Ao longo da jornada, a figura de Fenyx se torna cada vez mais intrigante, afinal de contas, ela é tão capaz quanto um deus ou semi-deus. Conforme a história avança, mais é possível descobrir sobre a origem da protagonista.
Zeus e Prometeu: dois narradores insuportáveis
Como mencionei anteriormente, Prometeu conta a história de Fenyx a Zeus. Conforme a história avança ou até mesmo durante a exploração de mapas, Prometeu e Zeus se intrometem na história. Às vezes falam coisas importantes para a narrativa (Prometeu) mas em várias ocasiões só falam besteiras (Zeus), que revelam muito do caráter dos narradores (especialmente de Zeus). Em todo caso, a história narrada é muito divertida. É possível extrair novas informações sobre o mundo e a mitologia, e também dar boas risadas.
Liberdade para explorar
Immortals: Fenyx Rising é um jogo de mundo aberto, com elementos de RPG. A forma como o mundo é construído e o quadro de habilidades lembram um mix de Zelda: Breath of the Wild com Horizon: Zero Dawn. O mapa é livre para o jogador explorar onde quiser, quando quiser.
Por causa do mapa vasto, o jogo apresenta formas criativas e divertidas de locomoção. Dentre elas temos as montarias e as asas de ícaro. As montarias em geral são cavalos, podendo apresentar variantes épicas, como unicórnios, alces e espectros.
Já as asas de ícaro, é um dos muitos upgrades de habilidades encontrados ao longo do jogo. Com elas é possível planar ao estilo Batman em Arkham Knight.
Pode parecer não funcional a primeira vista, mas elas foram muito bem adaptadas para o mundo aberto e, conforme o jogador faz melhorias nelas, é possível praticamente voar. As asas eram minha forma favorita de me movimentar pelo mundo.
História, desafios e colecionáveis
Além da história principal, há vários elementos de mundo aberto que oferecem boa distração para o jogador. Dentre elas temos os portões de tártaro, os desafios e os colecionáveis. Os portões do tártaro se assemelham às “shrines” de Zelda.
Cada portão apresenta um desafio único ao jogador, que podem variar de desafios de combate, tempo, ou quebra-cabeças. Como recompensa, as câmaras oferecem raios de Zeus, que servem de moeda de troca para fazer upgrades em Fenyx.
Os desafios de mundo aberto envolvem puzzles de afresco, arpa e esferas. Além desses também temos os desafios de arco e flecha e velocidade. Todos eles oferecem moedas de troca para upgrades da protagonista. É possível fazer melhorias nos status de vida e energia de fenyx, além de comprar novos ataques ou então reforçar os já adquiridos.
Mas com tanta coisa no mapa, como localizar isso tudo? Nisto entra Fósforo.
Fósforo, o leal companheiro
Fósforo é uma fênix que Fenyx resgata no começo da história e que prontamente se alia a ela. Porém, ele não é apenas um mascote fofinho. Fósforo atua como os olhos de Fenyx no mundo aberto para localizar pontos de interesse. Além disso, ele oferece opções diferentes de ataques que se unem aos da protagonista. É possível até mesmo ficar invisível com sua ajuda.
Além das melhorias de combate e de visualização do mundo aberto, é possível adquirir novas skins para fósforo que garantem melhorias diferentes para ele e para Fenyx.
Pancadaria ao estilo grego
Aliado ao mundo aberto, Immortals: Fenyx Rising é um jogo hack ‘n slash. O combate é satisfatório e fluido. Fenyx pode equipar-se com espadas ou machados. Além disso, conta com opçoes de defesa como desvio e parries. As espadas e machados apresentam múltiplas variantes que podem ser encontradas no mundo aberto em baús de tesouro. Cada um dá um efeito diferente ao combate da protagonista.
Além das armas básicas, o jogo oferece habilidade de combate especiais que envolvem Fósforo e habilidades especiais dos deuses. Dentre as habilidades temos o martelo de Hefesto e as lanças de Ares. Cada uma abre possibilidades únicas para estraçalhar os inimigos.
Maldito Tártaro!
Bom, assim como todo jogo, temos pontos negativos. Os principais pontos negativos de Immortals: Fenyx Rising ficam por conta das side-quests e combate repetitivo.
Apesar do combate ser extremamente satisfatório, ele pode se tornar monótono e repetitivo ao decorrer das horas gastas no jogo. Isto especialmente em relação ao chefes, que não exigem algo a mais para derrotá-los.
Em relação às side-quests, praticamente não há nenhuma. As poucas que o jogo nos apresenta são dadas pelos deuses, mas são bem desinteresantes, geralmente envolvendo derrotar algum inimigo genérico do jogo. A diferença é que elas dão alguns ítens especiais ou ítens a mais.
Conclusão
Apesar de alguns pequenos detalhes, Immortals: Fenyx Rising é um excelente título da Ubisoft. Diria até que a Ubisoft em parte se redmiu com o lançamento do jogo. Ele une vários elementos de títulos de outras franquias que deram certo, porém ainda assim apresentando sua própria identidade. O combate fluido somado a um mundo vasto e lindo de se explorar, tornam Immortals um dos jogos obrigatórios para quem gosta de exploração e hack ‘n slash.
Notas
História – 4/5
Jogabilidade – 4/5
Arte – 5/5
Trilha sonora – 5/5
Diversão – 4/5
Total: 4,4
Fiquem ligados na NSV para mais análises como essa